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Paleontologia

 

Paleotocas:

Antigas estruturas cavadas por animais extintos*

Na Paleontologia, as paleotocas fazem parte da Icnologia, já que não se trata de ossos

fossilizados de animais extintos, mas sim de feições deixadas por eles,

da mesma forma que pegadas, fezes fossilizadas (coprólitos) e outros.

 

Detalhe da paleotoca da Serra do Gandarela,  localizada nos municípios de Caeté, Santa Barbara,

Barão de Cocais, Rio Acima, Itabirito e Raposos na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Paleotocas são tocas cavadas por animais extintos que viviam, em parte, em abrigos subterrâneos. Assim como atualmente os tatus, as corujas buraqueiras e outros animais se abrigam em tocas que eles mesmos escavam, no passado existiram animais que cavaram abrigos.

 

Portanto, o termo paleotocas (derivado da palavra grega paliós, que significa “antigo”) se aplica apenas a tocas de animais extintos. Quando as paleotocas estão preenchidas por sedimentos, chamam-se "crotovinas" (ou "krotovinas", do russo).

 

A pesquisa de paleotocas se insere na Paleontologia, já que se trata de estruturas cavadas por animais de épocas geológicas passadas.

 

Na Paleontologia, as paleotocas fazem parte da Icnologia, já que não se trata de ossos fossilizados de animais extintos, mas sim de feições deixadas por eles, da mesma forma que pegadas, fezes fossilizadas (coprólitos) e outros. As paleotocas são, portanto, os maiores e mais bem preservados icnofósseis do mundo.

 

A pesquisa das paleotocas e crotovinas que a equipe do Projeto Paleotocas 2 vem desenvolvendo está mostrando que estamos, na realidade, lidando com restos de abrigos subterrâneos de animais pré-históricos.

 

Mais um detalhe da paleotoca da Serra do Gandarela,

 

Um abrigo subterrâneo deve ser entendido como um complexo interconectado de túneis e câmaras, desenvolvendo-se em vários "andares", com várias entradas e saídas para a superfície.

 

Os túneis sobem e descem dentro da montanha. Os túneis individuais podem atingir 100 metros de comprimento e o abrigo, como um todo, tem um raio de pelo menos 100 metros.

 

Quando uma escavação expõe restos de um abrigo subterrâneo, alguns dos túneis são encontrados abertos (e chamados de paleotocas) enquanto a maioria dos túneis é encontrada preenchida por areias e argilas que foram lavadas para dentro pelas águas da chuva (e que serão chamadas de crotovinas).

 

Os abrigos, pelos dados disponíveis no momento, são formados por túneis com pelo menos três tamanhos. A definição de "tamanho" de um túnel só pode ser feita com segurança se o túnel apresenta paredes originais, sem erosões, desabamentos, etc.

 

Os túneis mais impressionantes têm ao redor de quatro metros de largura e dois metros de altura, como algumas das paleotocas de Santa Catarina. A grande maioria dos túneis possui em torno de um metro e trinta centímetros de diâmetro. Alguns túneis apresentam um terceiro tamanho, de apenas 80 centímetros. Somando os comprimentos individuais dos túneis que compõem um abrigo subterrâneo se chega facilmente a 100 ou 200 metros.

 

Uma Paleotoca e uma Crotovina, expostas em uma escavação.

 

Tatus gigantes

 

Os tatus gigantes viveram na América do Sul por milhões de anos, até cerca de 10 mil anos atrás e fazem parte da Megafauna Pleistocênica Sul-Americana, à qual também pertencem outros com animais gigantes como o Mastodonte (sul-americano), o Megatherium (preguiça gigante) e o Gliptodonte (animal parecido  com o tatu, mas do tamanho aproximado de um automóvel).

 

Os tatus gigantes chegavam a 250 quilos de peso e havia vários gêneros e muitas espécies, como os Eutatus, os Propraopus e os Pampatherium. Ainda não se tem certeza qual deles cavava a terra e fazia as paleotocas e “uma definição mais precisa a respeito dos organismos escavadores somente será obtida com um grande número de paleotocas, de preferência com muitas marcas de garra nas paredes”, de acordo com o Projeto Paleotocas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

 

O Pampatherium era um tatu gigante, do tamanho de um asno (pesando de 100 a 200 kg). Sua carapaça comportava três faixas de articulação. Contrariamente aos tatus atuais, era hervíboro e não cavava a terra.

 

Sua existência é estimada desde 700.000 anos atrás, tendo desaparecido há cerca de 10.000 anos. O gênero Pampatherium pertence à família dos Dasypodideos (tatus).

 

Os Glyptodon e os Panochtu eram falsos tatus com carapaça óssea rígida, não articulada. Eles eram tão grandes quanto um Volkswagen “Fusca” e podiam pesar mais de 700 kg. Alguns possuíam uma bola espinhosa na ponta da calda, utilizada como uma maça para defender-se.

 

As placas ósseas de suas carapaças eram muito espessas (3 cm) e tinham motivos geométricos que permitem distingui-los. Eles se deslocavam lentamente e se alimentavam de plantas aquáticas. Desapareceram por de 8.000 a 9.000 anos atrás.

 

No alto um Gliptodonte e um Panochthu, abaixo o Eutatus e o seu esqueleto.

 

Os Glyptodon e Panochtu pertencem à família dos Glyptodontídeos, exclusivamente americana e hoje totalmente extinta.

 

O Eutatus era um tatu gigante insetívoro, da família Dasypodidae, que foi endêmico da América do Sul durante o médio ao tardio Pleistoceno, vivendo de 1,2 milhões até 10.000 anos atrás.

 

* Informações do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela.

   25/04/2013

 

- Imagens: Acervo do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela e Projeto Paleotocas.

 

- Bibliografia:

   http://www.ufrgs.br/paleotocas/Definições.htm , acesso em 22/9/2012

   http://www.ufrgs.br/paleotocas/Portugues.htm

   http://www.ufrgs.br/paleotocas/Portugues.htm

   http://www.fumdham.org.br/pesquisas/paleontologia/pampatherium.asp

  

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