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 Pré-história brasileira

 

 

Povos pré-históricos:

A antiguidade dos registros rupestres do Brasil

Neste trabalho queremos abordar este assunto e mostrar que uns são

diametralmente opostos aos outros e suscitam inúmeros questionamentos

  

J.A. Fonseca*

De Itaúna-MG

Para ARQUEOLOVIA

12/07/2012 

 

Inscrições encontradas do Estado de Santa Catarina.

 

INTRODUÇÃO

 

O que chamamos regularmente de pré-história brasileira é o estudo dos resquícios que têm sido encontrados, oriundos de populações indígenas que aqui viveram e outras, de povos denominados caçadores-coletores, que se espalharam por todo o território sul-americano. Em nossas viagens pelo Brasil e, já tendo percorrido todas as suas regiões, temo-nos deparado, entretanto, com certos registros que não se coadunam muito com o que os estudiosos em arqueologia e história classificam como “arte” rupestre ou trabalhos oriundos de povos primitivos sem nenhum discernimento.

 

É certo que muitos dos registros encontrados no Brasil podem levar-nos a esta interpretação e os seus rudimentos mostram que foram, de fato, produzidos por homens de cultura muito reduzida, pois, em geral, não passam de traços, pontos, figuras zoomorfas e antropomorfas e outras marcas de caracteres simples, que poderiam estar representando acontecimentos comuns da vida destes indivíduos.   

 

Porém, não podemos, nem que o queiramos, colocar numa mesma caixa de avaliação e, indiscriminadamente, todos os registros que podem ser vistos espalhados sobre o vasto território brasileiro e nem atribuí-los às populações indígenas que aqui foram encontradas.

 

Sabe-se que a sua maioria não tem nenhuma ligação com aqueles outros povos e, nem mesmo estas populações mais recentes têm lembranças de que tenham produzido, dentro de suas respectivas culturas, tais registros rupestres que se encontram espalhados por toda a parte. Então, surge uma grande questão a ser respondida: quem os teria produzido, especialmente, os mais sofisticados, que demandariam certo grau de conhecimento e raciocínio lógico para a sua elaboração?

 

Neste trabalho queremos abordar este assunto e mostrar que uns são diametralmente opostos aos outros e suscitam inúmeros questionamentos, não somente quanto ao seu conteúdo, sempre misterioso e, especialmente, em relação à forma como e o porquê de terem sido produzidos pelas antigas populações.

 

REGIÃO NORTE

 

Atualmente, não muitos pesquisadores são conscientes do grau de importância que deve ser atribuído às culturas dos povos amazônicos e ao excepcional acervo arqueológico que esses deixaram, tanto em relação aos registros gravados nas famosas itacoatiaras (pedras pintadas), quanto nas culturas ceramistas, especialmente, as marajoaras e tapajônicas, que impressionam por sua sofisticada e variada técnica artística e pelos motivos nelas incrustados.

 

É fato que muitos resíduos dessas culturas estarão em franca e inexorável deterioração, em face de se localizarem em regiões de elevada densidade pluviométrica, florestas densas e rios caudalosos. Porém, os restos das peças em cerâmica que já foram encontrados e a elevada complexidade e simbologia de seus signos, não deixam dúvidas de que ali teria existido uma ou mais culturas que precisariam ser mais exaustivamente pesquisadas. Isto, sem falar dos muitos outros mistérios arqueológicos que a floresta ainda vem ocultando.

  

 

Vaso e tanga em cerâmica da cultura Marajó. Ao lado, vaso de cariátides da cultura Tapajós.

São trabalhos primorosos e que expõem rica simbologia.

 

Incontestavelmente, o estudo aberto e sem preconceitos das culturas pré-históricas do Brasil poderia muito fortalecer e desmistificar a verdadeira história desses povos. Destarte, de forma a identificar nestas peças e inscrições - e em outras descobertas - o que está ligado à sua arte e à aplicabilidade de seus utensílios domésticos, daqueles outros que se caracterizam por sua conotação cerimonial ou religiosa e, até mesmo, em relação aos conhecimentos cosmogônicos, sociológicos e lendários que esses povos possuíam.

 

Em verdade, a Amazônia continua sendo um vasto “celeiro” de mistérios em relação às populações humanas que ali viveram em passado mais remoto, qual a pesquisa nesta região tem ainda muito a revelar daquilo que a floresta vem ocultando.

 

“Arte Rupestre na Amazônia – Pará”, obra de Edithe Pereira, arqueóloga paraense do Museu Emílio Goeldi, vem demonstrar com riqueza de detalhes como é vasta e diversificada a incidência de inscrições rupestres naquele estado e como tem muito ainda a ser pesquisado em toda a Amazônia.

 

Segundo esta autora, o que se chama de arte rupestre é uma “denominação genérica dada aos desenhos elaborados na superfície das rochas pelas técnicas da pintura ou gravação”. Afirma ainda que tais demonstrações de “arte” se acham presentes em todos os continentes e podem alcançar mais de trinta mil anos.

 

 

Inscrições rupestres no Pará. Observa-se a sua sofisticada estrutura e harmonia de conjunto.

 

Sabemos também que existem muitas inscrições semelhantes a verdadeiras escritas no estado do Amazonas, algumas, em locais de difícil acesso. O insigne pesquisador brasileiro Bernardo Azevedo da Silva Ramos em sua obra “Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica”, fez incursões em diversas regiões e destacou muitas delas. Na cidade de Itacoatiara, às margens do rio Amazonas foram encontradas muitas destas inscrições, semelhantes a uma escrita. Também em outra localidade denominada Sangay, às margens do rio Urubu, encontram muitas destas inscrições.

 

Se percorrermos toda a região norte, a mais extensa do Brasil, nós vamos encontrar muitos mistérios arqueológicos ainda por serem explicados e muitos outros por serem desvendados, que estão, ora encobertos pela selva amazônica, ora pela censura oficial. Neste sentido, podemos destacar os já descobertos geoglifos do Acre, grandes formações geométricas gravadas no solo e cada vez mais descobertas em tempos recentes, com o desmatamento e o avanço das fazendas sobre a floresta.

 

Os lados destas imensas figuras são formados por grandes valas que chegam até três metros de profundidade, sendo algumas retilíneas e outras curvilíneas, formando grandes figuras, ora retângulos, ora quadrados ou círculos, além de outras formas. Estavam sob a mata densa e devem, portanto, remontar a um tempo bem antigo.

 

A Pedra Pintada no estado de Roraima é outro mistério. Trata-se de um grande monumento lítico que se eleva às margens do Rio Parimé, a cerca de 145 km de Boa Vista, subindo pela BR 174 em direção à Venezuela, se situa na Reserva Indígena de São Marcos.

 

Assemelha-se a um ovo pétreo gigantesco e, segundo pesquisadores, tem cerca de 60 m de comprimento por 40 m de altura e 40 m de largura. Essa rocha teria sido abrigo de povos primitivos desaparecidos há milênios em passado muito remoto. Diante da grandeza da Pedra Pintada e de seus registros milenares, encontramos a razão de seu nome, pois ao nos aproximarmos dela nos deparamos com um paredão de granito altaneiro, repleto de pinturas, algumas alcançando até mesmo cerca de 15 m de altura.

 

O grande monólito da Pedra Pintada e suas inscrições.

Ao lado insculturas encontradas no local chamado de Martírios do Araguaia.

 

Para alguns pesquisadores, a rocha teria surgido na Era Mesozóica, nos períodos do Cretáceo e Jurássico, há cerca de 67 e 137 milhões de anos. Outros emitem a teoria de que a região já teria sido um grande lago chamado de Lago de Manoa e que cobria parcialmente a Pedra Pintada, justificando assim, a altura em que são encontradas certas pinturas gravadas em seus paredões retilíneos. Esta teoria leva-nos à antiga lenda da cidade de ouro, desaparecida em meio à floresta amazônica e exaustivamente procurada pelos descobridores espanhóis e aventureiros audaciosos, o misterioso El Dorado.

 

Também não poderíamos deixar de citar a enigmática cultura chamada Cunani, no Amapá, por encontrar-se às margens do rio com este nome e outros sítios já pesquisados. O estranho é que foi encontrado também neste estado uma grande estrutura megalítica, próximo ao rio Rego Grande, constituída de grandes blocos de pedra, ajustados de forma circular e bastante peculiar. Muitos deste blocos estão alinhados com o nascer do sol no solstício, em 21 de dezembro e a trajetória do astro segue a inclinação de um destes grandes blocos pétreos de aspecto mais pontiagudo.

 

Também as inscrições do Rio Araguaia, em Martírios, são misteriosas e sua simbologia continua indecifrável. Após sua descoberta passaram a ser conhecidas como Martírios do Araguaia, nome dado pelos bandeirantes que as encontraram e por pensarem tratar-se de representações da coroa e dos instrumentos da crucificação de Jesus.

 

Desde o século XVII são conhecidos estes estranhos sinais que foram encontrados às margens do Rio Araguaia, na ilha do Bananal, do lado do estado de Tocantins. Os bandeirantes foram os primeiros homens, ditos civilizados, que por ali estiveram naquela época e encontraram aquelas estranhas marcas talhadas na pedra. Elas, no entanto, continuam até hoje envoltas em mistério, ocultando seu sentido verdadeiro, pois desde que foram descobertas não se conseguiu desvendar o seu significado e quem as teria feito. Grande parte dos pesquisadores as vê como petrogravuras deixadas por povos que aqui viveram há milênios, não se podendo, entretanto, determinar com presteza quando teriam sido insculpidas e quem teriam sido os seus autores.

 

REGIÃO NORDESTE

 

O nordeste brasileiro possui também grande concentração de registros rupestres e muitos deles de apreciável sofisticação. O surpreendente pesquisador brasileiro José de Azevedo Dantas que teria iniciado suas pesquisas arqueológicas no Rio Grande do Norte e na Paraíba em 1924, na localidade denominada Xiquexique, onde residia, fez inúmeros registros de relevantes descobertas nos sítios arqueológicos, hoje conhecidos como Xiquexique I, Xiquexique II, Abrigo do Morcego e Furna do Pau d’Arco.

 

Inscrições copiadas por José Dantas (reprodução feita pelo autor deste artigo).

 

Apesar de não ter frequentado nenhuma escola oficial, José de Azevedo Dantas desenvolveu estudos na áreas da geografia, história, genealogia, meteorologia e arqueologia, além de atuar também como músico, desenhista e editor de jornais manuscritos de pequena circulação em Carnaúba dos Dantas. Conforme foi dito acima, suas pesquisas arqueológicas se iniciaram em 1924, quando ele se muniu de lápis e papel e saiu pelo sertão do Seridó registrando inscrições rupestres, anotando detalhes dos locais pesquisados e fazendo croquis das regiões visitadas.

 

Outra região rica em inscrições é a do Xingó, situada nos platôs dos estados de Sergipe e Alagoas. Nesse local foram localizados 15 sítios rupestres com cerca de 1400 gravuras e pinturas ao longo dos “canyons” rochosos dos afluentes do rio São Francisco na divisa destes dois estados.

 

A arqueóloga Suely Silva realizou levantamentos fotográficos, topográficos, filmagens e cópias dos registros encontrados na região, com a descrição detalhada dos mesmos no intuito de “salvá-los” da destruição ocasionada pelo tempo e por outros fatores difíceis de serem controlados pelos pesquisadores, como o vandalismo, por exemplo.

 

Inscrições semelhantes a uma escrita encontradas no local chamado

de Vale dos Mestres III, em Canindé de São Francisco, Sergipe.

 

Segundo análises, os grafismos podem ser classificados em diversas categorias, podendo se notar aqueles não figurativos compondo sua maioria. Essa maior parte foi distribuída em círculos, cúpulas, semicírculos, bastonetes, linhas, grades, ziguezagues, figuras losangulares, setas e figuras geométricas. Além ainda de outros objetos como pirogas, luas, sóis e representações multiformes de caráter desconhecido.

 

Os figurativos são representados por mãos, figuras antropomorfas, zoomorfas e tridáctilos, que foram relacionadas a pegadas de aves, por causa de sua forma sempre ternária de representação.

 

Outra região que não pode passar despercebida é a de Sete Cidades, no norte do Piauí. Trata-se de um conglomerado de pedras multiformes que se localiza em pleno sertão piauiense, entre as cidades de Piripiri e Piracuruca, a aproximadamente 200 km de Teresina.

 

É um conjunto megalítico formado de pedras gigantescas em formas variadas, são montanhas, morros e elevações que se assemelham a castelos e casas em ruínas, além de outras representações semelhantes a esculturas com intrigantes formações, já desgastadas pelo tempo.

 

Com cerca de 20 km² de área total, suas diversas elevações rochosas de formatos inimagináveis sugerem muitas hipóteses, dentre elas, que venham tratar-se de dólmens, menires e esculturas de épocas remotas, produzidas por uma cultura milenar, além de haver milhares de inscrições em diversas localidades.

 

Inscrições na rocha e no detalhe, um monumento lítico em Sete Cidades, Piauí.

 

Ao penetrar por entre estas gigantescas muralhas e blocos pétreos de formas expressivas, temos a impressão de estar andando por ruas e praças de uma possante fortaleza destruída por forças muito poderosas, deixando à mostra alguns aspectos de seu antigo poderio.

 

Diante disto alguns pesquisadores ousaram emitir opiniões como, por exemplo, de que esta região teria sido palco de uma antiga civilização num passado muito distante, sendo aquelas formações rochosas nada mais que ruínas de um grande império.

 

Para os geólogos, o conjunto pétreo chamado de Sete Cidades seria apenas o resultado de um processo geológico natural, iniciado há cerca de 190 milhões de anos. Suas formações rochosas de arenitos laminados e maciços teriam sido caprichosamente modeladas durante milênios pela ação da chuva e dos ventos fortes naquela região.

 

Além disso, teriam ocorrido também fraturas nas rochas, produzidas por chuvas torrenciais e ventos carregados de areia, surgindo, em decorrência, canais gigantescos e distanciamentos entre as rochas, assemelhando-se a ruas e praças de uma cidade destruída e abandonada.

 

Como já dissemos, todo o nordeste brasileiro é muito rico em manifestações rupestres, mas seu mais misterioso monumento nessa categoria é, sem dúvida, a pedra lavrada do Ingá. Particularmente, também a considero um dos mais estranhos registros arqueológicos que encontrei em minhas viagens pelo interior do Brasil.

 

Segundo se sabe, esta continua sendo a “pedra no sapato” dos estudiosos pela complexidade de suas figuras insculpidas na rocha e pelo seu sofisticado simbolismo. A rocha única possui cerca de 23 m de comprimento e na sua parte mais alta mede 3,5 m, exibindo uma face lavrada com cerca de 40 metros quadrados de misteriosos caracteres.

 

É provável que este monumento tenha seu lugar reservado entre os mais intrigantes enigmas arqueológicos já descobertos em nosso planeta. É sabido que se trata do maior, mais complexo e mais misterioso conjunto rupestre que reporta a um passado desconhecido e carrega consigo uma grande quantidade de caracteres e signos ainda por serem decifrados.

 

Localiza-se no estado da Paraíba, na Serra da Borborema, município de Ingá, às margens do rio de mesmo nome, antigo Bacamarte, a 85 km de João Pessoa e a 35 km de Campina Grande. Na época da chuva este grande monólito fica parcialmente encoberto pela água e no tempo seco pode ser visto em sua totalidade, além de que o leito do rio fica completamente seco, com apenas algumas poças d’água espalhadas em quase toda a sua extensão.

 

Se observarmos com cuidado seus registros milenares, nós veremos que a sua sofisticação o distancia incontestavelmente daqueles simples rabiscos rústicos feitos na pedra, mãos carimbadas ou figuras zoomorfas, encontrados em muitas regiões país. Este apresenta uma técnica desconhecida para cortar a rocha, além de  suas figuras complexas e bem elaboradas, formando um conjunto inusitado e belo de formas bem concatenadas.

 

Reprodução desse autor das misteriosas e inexplicáveis insculturas da Pedra do Ingá, na Paraíba.

No detalhe uma foto das gravações da imensa rocha lisa.

 

Não é natureza de este trabalho penetrar mais profundamente em cada um destes casos, pois já o fizemos em outros artigos específicos. O que se pretende é mostrar a riqueza de símbolos e signos que podem ser encontrados em terras brasileiras, se os quisermos observar com acuidade.

 

Neste sentido, poderíamos anexar também inúmeros outros locais desta região que podem concorrer perfeitamente com estes registros fortes gravados em pedra que nos conduzem a fortalecer o nosso pensamento de que já existiu uma língua, hoje perdida, no passado mais remoto do Brasil. 

 

REGIÃO CENTRO-OESTE

 

Esta é também uma das regiões mais misteriosas do Brasil. Pode-se dizer que em todos os três estados que a compõe podem ser encontrados significativos registros rupestres e monumentos líticos que não deixam de nos alertar sobre suas enigmáticas origens.

 

No estado do Mato Grosso fizemos diversas incursões e nos deparamos com coisas estranhas em muitos lugares. Visitamos a região de Barra do Garças, Vale dos Sonhos e diversas localidades próximas, além de Coronel Ponce, Chapada dos Guimarães e Poxoréo, onde fizemos pesquisas.

 

Vale dos Sonhos (MT) e inscrições da casa de pedra (MT), em reprodução desse autor.

 

Próximo a Serra do Roncador encontramos muitos vestígios que nos permitem afirmar que povos ancestrais tiveram intensa atividade no planalto central brasileiro. E o mais notável é que em meio a estes vestígios, costumam ser encontrados caracteres avançados e signos que não correspondem ao estágio evolucional que os seus prováveis autores devessem possuir, de acordo com as perspectivas avalizadas pelos pesquisadores e historiadores.

 

Muitos desses lugares que visitamos, como a gruta dos pezinhos, a casa de pedra, o sítio Paz e Vitória e outras regiões em cidades matogrossenses dão mostras de que em um tempo passado algo de relevante aconteceu ali, em circunstâncias hoje desconhecidas e dificilmente aceitas. Tendo em vista as condições em que foram encontrados os povos que habitavam e ainda habitam a região, sob o enfoque do seu desenvolvimento.

 

A Chapada dos Guimarães é também um local diferente e, sem dúvida, mais uma destas localidades que se destacam por sua excepcional atratividade e beleza natural, mostrando prados quilométricos que são vistos do alto dos montes, como um quadro inimaginável pintado por mãos invisíveis e de rara expressividade.

 

Na chapada, é comum aos visitantes manterem-se silenciosos por longo tempo diante de paisagens tão exuberantes, como as cachoeiras de águas cristalinas e a expectativa de se depararem com animais selvagens, livres e saudáveis.

 

Magníficas formações rochosas em Chapada dos Guimarães e inscrições em Coronel Ponce em reprodução desse autor.

 

As formas esculpidas nas montanhas e nas pedras colossais encontradas em todos os lugares da Chapada dos Guimarães, com suas inexplicáveis expressões focalizando o vazio, fazem-nos viajar no tempo e questionar que tipo de força teria produzido tudo aquilo e, até mesmo, duvidar de nossas próprias conclusões.

 

Seriam formas naturais, esculpidas ao acaso em rochas pelos agentes do tempo? Teriam sido a água, o vento e o calor ou a simples erosão natural da rocha os responsáveis por tão intrincado espetáculo pétreo de formas variadas e imponentes? Alguns desses locais se fazem à semelhança de um museu a céu aberto, desafiando a inteligência do homem ou ocultando-lhe verdades insofismáveis

 

Coronel Ponce é uma localidade próxima à Chapada dos Guimarães e que possui inscrições semelhantes às demais encontradas na região. Vimos uma única vez referências sobre as inscrições rupestres de Coronel Ponce em inícios da década de 1990 no livro do arqueólogo André Prous, “Arqueologia Brasileira” [Editora Universidade de Brasília, em 1992]. Depois disso, não obtivemos mais nenhuma citação sobre este esplêndido painel de insculturas no interior do estado do Mato Grosso.

 

Segundo o ilustre pesquisador mencionado, estas inscrições se classificam na “tradição geométrica” e formam conjuntos heterogêneos de grande extensão, pois podem ser encontrados desde o planalto catarinense, na região Sul, até a região nordeste, passando pelos estados do Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso, onde, neste último, estes são muito mais ricos. Segundo André Prous “o tema dominante passa a ser o ‘tridáctilo’, triângulos (com incisão ou ponto de tipo ‘vulvar’) morfologicamente aparentados aos ‘tridáctilos’ como mostra a publicação do sítio Coronel Ponce por M. Beltrão. As outras figuras incluem ainda cupuliformes e por vezes curvilíneas”.

 

No seu aspecto inusitado, nossas pesquisas se depararam com situações estranhas em Paraúna, no interior do estado de Goiás, numa região de planalto, onde podem ser encontradas grandes montanhas rochosas que lhe conferem uma característica bastante peculiar.

 

Região de pecuária e de grande potencial turístico também possui grandes “monumentos pétreos” que parecem reportar a um tempo bem remoto do Brasil. Acreditamos que se tratasse de reminiscências de uma época muito anterior aos silvícolas que aqui habitavam por volta de 1500, quando da chegada dos portugueses, mas que poderiam ter sido obra de um povo ignorado pelos historiadores.

 

Monumentos pétreos na Serra das Galés e muro de pedra em Paraúna (GO).

 

O fato é que as estruturas estão lá, vivas e desafiadoras, pedindo uma explicação sensata. A cidade de Paraúna é muito aconchegante e bem cuidada. Já na chegada, podemos ver rochas elevando-se do solo, formando pequenos montes escarpados. Pela saída oeste em estrada de terra, há muitas outras montanhas e formações rochosas que podem ser observadas, guardando estruturas excepcionalmente peculiares.

 

Cada uma destas localidades possui aspectos distintos entre si, com exuberantes características e, acreditamos que certas formações não podem ser explicadas tão simplesmente como se tratando de meras obras da natureza.

 

Inscrições semelhantes a uma escrita em Poxoréo (MT), no detalhe uma reprodução desse autor.

 

Poxoréo é outro local que guarda muitos mistérios. É uma cidade tradicional do interior do Brasil com cerca de 18 mil habitantes e localiza-se a 240 km de Cuiabá, numa depressão que ganhou o nome de Rio Paraguai.

 

Cercada de serras e morros, está situada a uma altitude média de 700m acima do nível do mar, sendo que a cidade está assentada numa altitude de 450m.

 

Além de ser conhecida por suas riquezas minerais, pedras preciosas e o diamante, também se mostra um local de grandes preciosidades arqueológicas, estranhas formações líticas e outros registros de natureza desconhecida.

 

Apesar de já ter visitado essa região em tempo passado, quando pesquisei Coronel Ponce e Chapada dos Guimarães, não poderia imaginar que por aquelas bandas haveria de encontrar tantos registros de grande relevância como os que pudemos ali observar.

 

Em nossas andanças pela região de São Paulo da Raizinha, quando descobrimos mais dois outros abrigos enquanto procurávamos o que havia sido descoberto por Sávio Egger [leia reportagem aqui], fomos uma vez mais tomados de grande alegria e espanto ao nos depararmos com novos caracteres semelhantes a uma escrita primitiva.

 

Em todos estes três abrigos que visitamos podem ser vistas insculturas que levantam severos questionamentos em relação ao que poderiam estar representando, como também em relação à metodologia aplicada no seu feitio.

 

Algumas inscrições foram traçadas de forma retilínea e precisa, sendo necessário para isto utilizar-se de um instrumento adequado e de elevado teor tecnológico, uma vez que se trata de inscrições na rocha viva e com traços muito bem elaborados. 

 

Outros caracteres pareciam que ter sido “impressos” de forma modelada, como se a pedra, agora rígida, fosse mole em época das incisões. Outros signos possuem traçados e cortes tão retilíneos que se assemelham a trabalhos feitos por máquinas elétricas de corte e que nas junções deixam escapar pequenas falhas além do limite imposto pela figura.

 

Ademais, muitas outras regiões do Centro Oeste ocultam relíquias arqueológicas de elevado teor e valor histórico, além de mostrarem inexplicáveis traçados na rocha dura. Podemos citar como exemplo as enigmáticas insculturas da serra JK, próxima a Brasília; as figuras indecifráveis de Mara Rosa, em Goiás; a Pedra Preta de Paranaita, no Mato Grosso; os petróglifos do Pantanal em Mato Grosso do Sul, no Alto Sucuriú e no Maciço Urucum, para citar somente alguns destes muitos locais que guardam significativos vestígios de povos do passado distante.     

 

REGIÃO SUDESTE

 

O Sudeste do Brasil também é uma região riquíssima em registros rupestres e alguns destes apresentam caracteres muito expressivos.

 

A cidade de Montalvânia é um destes lugares demasiado estranhos que vem demonstrar-nos a existência de uma antiga história do Brasil. Está localizada no norte de Minas Gerais, a cerca de 900 km de Belo Horizonte e a apenas 18 km do estado da Bahia. Em pleno sertão mineiro, ela veio situar-se às margens do rio Cochá, no vale do Carinhanha, bacia do São Francisco, tendo como uma de suas maiores atividades a agropecuária.

 

Inscrições rupestres em Montalvânia e em reprodução desse autor. (MG).

 

Em suas proximidades podem ser vistos diversos maciços rochosos, nos quais se localizam algumas grutas e cavernas com estranhas e variadas inscrições rupestres, que fazem desconcertar os conceitos do mais aguçado pesquisador. Observando-as de perto nossa mente se perde em conjecturas e obriga-nos, diante de seu misterioso e milenar acervo mnemônico a externar uma pergunta que anseia avidamente por uma resposta, que suspeitamos, não possa ser respondida, pelo menos, por enquanto: o que afinal teria acontecido em Montalvania?

 

São Thomé é uma região mística, mas que também guarda uma expressiva quantidade de registros rupestres. Assenta-se no alto de uma imensa pedreira de itacolomito e quartizito, a cerca de 1.300 metros de altitude, já nas magníficas regiões da Serra da Mantiqueira.

 

Sua história remonta ao século XVIII, quando foi encontrada uma imagem na gruta das inscrições, no centro da cidade e o “padre eremita” Francisco Torres julgou tratar-se da estátua de São Tomé.

 

Esta é, sem dúvida, uma região de grande beleza, e se encontra permeada de lendas e acontecimentos pouco comuns, além de possuir muitos encantos naturais, como por exemplo, maciços montanhosos, grutas e cavernas, cachoeiras diversas e inscrições rupestres de natureza desconhecida e indecifrável.

 

Inscrições em São Tomé das Letras (MG) e em reprodução desse autor.

 

O vale do Peruaçu é tido como a maior reserva espeleológica de Minas Gerais e suas inscrições rupestres, segundo os estudiosos, podem ter mais de 12 mil anos. Ali também podem ser vistos grandes cânions com paredões verticalizados e formações curiosas na pedra.

 

Existem também os baixos-relevos com estilos variados e muitas pinturas caracterizadas por formas geométricas, de animais e de plantas. Felizmente, há a preocupação de preservar a beleza e a arte rupestre local, a grandeza dos paredões pétreos e a vegetação exuberante, criando-se para isto uma reserva ecológica em toda esta área com supervisão direta do IBAMA.

 

A equipe do arqueólogo André Prous encontrou muitos objetos na região, incluindo restos de alimentos e cerâmica, que oferecem elementos para o estudo do homem primitivo que teria vivido naquele ponto do Brasil remoto. Segundo o pesquisador, esta é uma das mais magníficas concentrações de pinturas das Américas e, apesar do difícil acesso, muitas pessoas chegam até lá, sendo que alguns destes visitantes as têm danificado criminosamente, tirando lascas e escrevendo sobre elas ou pinchando-as.

 

O município do Rio de Janeiro, além se ser um dos mais belos estados do Brasil, com suas lindíssimas praias, topografia envolta de mistérios inalienáveis e uma natureza pródiga e variegada, chama a atenção do pesquisador para as suas inúmeras evidências de que é também possuidor de uma história antiga, anterior mesmo ao período de sua descoberta e colonização.

 

Na cidade do Rio, o mais estranho destes lugares continua sendo a Pedra da Gávea, muito conhecida por sua posição estratégica e situada numa das localidades mais visitadas por turistas de todo o mundo, apesar de que a maioria não seja informada sobre os estranhos registros gravados naquela formidável estrutura.

 

Apesar de muitos observadores e pesquisadores da história do Brasil emitir a idéia de que a Pedra da Gávea seja uma esfinge construída por uma antiga civilização, os acadêmicos e a opinião oficial continuam a sustentar que tudo o que ali se encontra estampado é fruto de operação natural.

 

Seus traços característicos teriam sido produzidos pela erosão milenar, por obra do sol, do vento e da água. Outra coisa que chama a atenção é que podem ser vistos grandes cortes na pedra que foram equiparados a letras.

 

Quem as estudou e traduziu foi o pesquisador militar, arqueólogo, Bernardo Azevedo da Silva Ramos. O autor referido foi também diretor do Museu de Manaus e em seu livro “Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, especialmente do Brasil”, escrito na década de 1920 e publicado em 1932 e 1939 em dois volumes raríssimos, que descreve mais de duas mil inscrições brasileiras, também tratou das inscrições da Pedra da Gávea, onde afirmou serem de origem fenícia.

 

Segundo ele, os fenícios teriam desembarcado no Brasil por volta do ano de 850 a.C. e deixaram gravada tal chegada no cume desta pedra. Em sua análise sobre os caracteres ali encontrados, concluiu que se tratavam mesmo de inscrições fenícias, cujo significado seria: “Tiro, Fenícia, Badezir, primogênito de Jethbaal”.

 

Muitas outras regiões do sudeste brasileiro também mostram significativos registros de origem desconhecida e alguns deles poderiam talvez remontar-se a tempos relacionados a povos primitivos, em alguns casos, e a outros povos, com um tipo de cultura mais sofisticada, em casos mais específicos.

 

Não trataremos deles neste momento, mas apenas estamos mencionando-os de passagem, uma vez que também estão relacionados ao passado do Brasil e à sua história desconhecida.  

 

REGIÃO SUL

 

Pode-se dizer que em todas as regiões do Brasil encontram-se indícios de que povos primitivos viveram nestas terras milenares do Cruzeiro do Sul. A região sul tem também as suas peculiaridades neste aspecto e apresenta algumas variações relevantes.

 

Vila Velha, no estado do Paraná, é um destes locais que nos extasiam por sua inominável grandeza. Este é o nome que foi dado ao conjunto de monumentos megalíticos localizado no município de Ponta Grossa, no estado do Paraná e encanta pelas suas exuberantes e monumentais formações rochosas.

 

Seu nome sagrado desde os tempos do domínio tupi-guarani em solo brasileiro era Abaretama, a cidade dos homens, protegida pelo deus Tupan. Hoje ela é constituída por formações de arenito que se assemelha a ruínas que atraem a atenção de muitos turistas que a visitam.

 

Nesta condição, a lenda tupi não deixou de dar-lhe a denominação adequada, que passou a ser “Itacueretaba”, a cidade extinta de pedra, após sua destruição pela ira divina.

 

Monumentos pétreos de Vila Velha (PR) e as misteriosas inscrições em Santa Catarina em reprodução desse autor.

 

Localiza-se no município de Ponta Grossa, a 30 km desta cidade e a 120 km de Curitiba, à margem direita do Rio Tibagi, em imensa planície verdejante. Seu conjunto “arquitetônico” avistado da estrada mais se parece a um gigantesco castelo em ruínas, com seus paredões se elevando sobre um pequeno monte.

 

Este conglomerado constitui-se, de fato, de um conjunto colossal e fascinante. Quando observamos suas muralhas imponentes mais de perto, vem à nossa mente uma inquirição teimosa, dando crédito de que a lenda que envolve aquela bela região possa ter um fundo de verdade.

 

Santa Catarina é outro estado brasileiro que possui vastas e variadas evidências de que, em passado remoto, povos sofisticados teriam vivido em suas terras. Inscrições rupestres permeiam seus sítios arqueológicos e muitos deles levantam questionamentos extravagantes em face de suas características pouco comuns e fatores de dificuldade que envolvem muitas das formas perenizadas pelos seus autores.

 

Com mais este testemunho, nossa visão sobre o homem primitivo do Brasil vem sofrendo profundas modificações, não nos permitindo que os classifiquemos mais sob o rótulo frio de silvícolas destituídos de qualquer tipo de inteligência.

 

As inscrições rupestres em todo o litoral catarinense não se igualam às que foram encontradas em outras regiões do país por suas características peculiares, mas pensam os pesquisadores que estas foram gravadas por intermédio de instrumentos rudimentares de pedra, sem utilização de pigmentação.

 

São tão intrigantes que chegam a levantar suspeitas de que possam ter sido mesmo elaboradas por homens primitivos, sem nenhuma capacidade de discernimento ou criatividade.

 

Ademais, antigos vestígios percorrem uma faixa de cerca de 100 km em toda a costa catarinense, sem deixar de mencionar os demais registros arqueológicos encontrados no interior do estado. Os estudiosos não conseguiram ainda estimar a data aproximada destas inscrições, mas afirmam que teriam sido feitas pelos primeiros habitantes daquela região há cerca de três mil ou cinco mil anos.

 

Para os arqueólogos, estas manifestações líticas se tratam do que chamaram de arte ou escrita indígena, mas tais registros possuem características muito particulares e diferenciadas de muitas outras, em toda a vasta extensão do território brasileiro.

 

Em geral, tais registros são classificados como motivos abstratos geométricos, permeados com representações antropomorfas e zoomorfas. Afirmam que estas insculturas teriam sido produzidas por intermédio de ferramentas de pedra, tornando-se difícil identificar, entretanto, quem as poderia ter feito.

 

Algumas destas mostram uma superfície picoteada, enquanto outras são totalmente raspadas até atingir as conformações desejadas. Em alguns casos foram utilizadas ambas as técnicas. Em média as insculturas alcançam cerca de 3 mm de profundidade, mas podem chegar até a 8 mm.

 

No interior existem outros tipos de grafismos em pedra bruta que também mostram evidências de sinais característicos de uma escrita.

 

Existem muitos outros registros rupestres nesta região, como em todas as demais, que estamos deixando de mencionar, incluindo-se aí, o Estado do Rio Grande do Sul, onde certas manifestações também chegaram a equiparar-se a uma escrita primitiva.

 

Estas fazem parte de um trabalho mais amplo que o autor vem desenvolvendo e que envolve todas as regiões do Brasil e tudo aquilo que tem sido descoberto e pesquisado, e que chega ao seu conhecimento.

 

CONCLUSÃO

 

O enfoque que foi dado a este estudo sobre a pré-história brasileira é mais no sentido de destacar a diferença marcante que existe entre os rabiscos rupestres comuns, traçados sem critério muito apurado e os traçados sofisticados e conjuntos harmônicos registrados em muitos lugares, muitos deles vistos, in loco, pelo autor.

 

Sem fazer críticas aos muitos e valiosos estudos que já foram feitos em cima desta magnífica arte rupestre brasileira, não pode este autor, entretanto, concordar que muitos destes registros de tratem de rabiscos sem nenhuma pretensão, ou que teriam sido traçados aleatoriamente ou ainda, com intenção apenas de registrar acontecimentos comuns da vida cotidiana destes homens primitivos.

 

Conforme podemos ver nas inúmeras ilustrações aqui apresentadas, estes tais “rabiscos” requerem um melhor discernimento sobre o seu conteúdo, sem tocar no assunto inquietante que trata da sua feitura e da metodologia utilizada para a sua produção, conforme muitos deles se apresentam.

 

Deixamos, pois, na conclusão deste trabalho os nossos questionamentos que se multiplicam a cada descoberta, quanto aos reais significados de tais vestígios, considerando-se que, em geral, estes apresentam um desenvolvimento lógico e harmonioso, dotado de estrutura organizada. Sugerem que foram produzidos com o intuito de registrar conhecimento ou manifestar uma mensagem, de forma perene, para os tempos futuros.

 

Esta situação inquieta este autor, pois uma grande quantidade destes registros líticos dá claras mostras de que pretenderam transmitir idéias, mas a antiguidade que separa aquele tempo do de hoje tem inibido, de forma contundente, a sua compreensão.    

 

* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e  realizado incursões em diversas regiões do Brasil  com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do diário digital Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. Seu portal oficial é http://www.viafanzine.jor.br/fonseca.htm.

 

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