Especial - Gigantes

 

Gigantes na Pré-História:

No Brasil, na América e no Mundo – Parte II

As terras milenares do Brasil também mostram construções de grande porte, se bem que como menor intensidade e pujança dos que as Andinas e de outras regiões, mas que vêm demonstrar igualmente grande força e poder operacional de seus construtores nas remotas estruturas que aqui foram encontradas. 

 

Por J. A. FONSECA*

De Itaúna/MG

Maio/junho - 2021

jafonseca1@hotmail.com

 

O leão de pedra, guardião dos segredos da Serra Azul.

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Grandes acontecimentos se perderam na noite dos tempos nestas terras sul-americanas onde se encontra o Brasil e vários países da região Andina, nas quais podem-se ver vestígios verdadeiramente importantes de uma antiga civilização. Mas, não é só isto, pois a nosso ver e de outros observadores, tratou-se de uma civilização de gigantes que viveu na Terra, em face dos inexplicáveis monumentos encontrados em grande monta e em toda a parte, e das muitas figuras gigantescas esculpidas em pedra. Apesar de sua mudez milenar estas magnificas estruturas mostram forte impossibilidade de que poderiam ter sido erigidas por homens comuns, principalmente quando não conseguimos detectar a presença de instrumentos adequados para a sua conclusão e por causa da sofisticação e grandeza que estas ruínas explicitam com grande evidência.

 

As terras milenares do Brasil também mostram construções de grande porte, se bem que como menor intensidade e pujança dos que as Andinas e de outras regiões, mas que vêm demonstrar igualmente grande força e poder operacional de seus construtores nas remotas estruturas que aqui foram encontradas.  Neste trabalho estamos falando dos prováveis gigantes que teriam vivido na Terra e das evidências de sua passagem por nosso país antes de terem se estabelecido na região dos Andes que, naquele tempo, certamente, não estaria situada em elevada altitude como é nos dias de hoje.

 

É muito provável que estas ideias venham ser rejeitadas, considerando-se que os estudos arqueológicos atuam numa contagem de tempo relativamente modesta e a nossa tese estende-se por muitos milhares de anos no passado, além de tomar como referência citações bíblicas e escritos muito antigos que costumam ser classificados como lendários ou destituídos de crédito. Ao lado disto vamos, entretanto, mostrar elementos importantes e questões não respondidas que fazem parte da história antiga dos homens e relacioná-las aos famosos gigantes citados naqueles documentos.

 

Local onde foram extraídas pedras em Puma Punku. Não é algo excepcional?

 

As antigas tradições falam dos lendários continentes da Lemúria e da Atlântida que teriam desaparecido sob as águas num turbilhão de fogo e tremores de terra. E que nestas terras milenares habitaram gigantes que construíram grandes impérios e grandes civilizações. Diante da inexplicável arquitetura e dos trabalhos monumentais que estes povos gigantes construíram, surgiram ideias modernas que propõem que seres alienígenas desembarcaram em nosso planeta e que com sua tecnologia avançada teriam ajudando os seres humanos a construírem estas cidades e obras excepcionalmente gigantescas e harmônicas. É nosso pensamento que se não houvessem pessoas minimamente inteligentes e hábeis na Terra para assimilar os conhecimentos desses chegantes e usar dos ensinamentos por eles transmitidos de forma adequada, nada disto poderia ter sido feito. E parece-nos que a ideia da presença alienígena não conta com uma inteligência avançada para o homem que viveu naquele tempo.

 

É preciso possuir discernimento para construir cidades e mantê-las funcionando, gerir certos conhecimentos que possam conduzir ao progresso e a independência de um povo e mantê-lo vivo e atuante. Caso contrário, os tais seres alienígenas construtores que aqui viessem, tenderiam a tornar-se em eternos ‘babás’ de homens indolentes e irresponsáveis que não teriam condições de progredir e construir grandes impérios no passado, como de fato e verdadeiramente, construíram. O fato de não sabermos direito quem teriam sido esses construtores e como fizeram para desenvolver tão espantosa tecnologia e construir obras quase imperecíveis, não nos habilita criar alternativas que possam explicar estes mistérios. Os relatos mitológicos (que podem ser verdadeiros, apesar de distorcidos no decorrer do tempo) falam dos gigantes, a Bíblia também fala deles e os antigos escritos da Índia e de outros povos também os mencionam. Por que então não poderíamos considerar em nossos estudos relatos contundentes como estes, de um passado que insistimos em não reconhecer, apesar dos testemunhos, que aos milhares, desafiam a nossa argúcia?

 

O Ciclope, ser mitológico, ligado às primeiras raças da Terra.

 

A mitologia grega fala dos Ciclopes, seres gigantescos que possuíam um só olho na testa. Segundo os autores destes relatos lendários a raça dos Ciclopes era constituída de quatro tipos de seres: os uranianos, os ferreiros, os construtores e os pastores. Os uranianos eram caracterizados por sua força e habilidade manual. Os ferreiros habitavam o coração dos vulcões e em suas oficinas fabricavam armas para os deuses e objetos de utilidade. Os construtores foram os que construíram todos os grandes monumentos pré-históricos da Grécia e da Sicília. Estas suas obras foram feitas com blocos de pedra cujo peso e tamanho desafiavam as forças dos homens de sua época. Os Ciclopes pastores eram um grupo muito perigoso, porque costumavam devorar os seres humanos. 

 

A Bíblia, como dissemos, também dá testemunho da existência de gigantes nos tempos antigos da Terra. No capítulo seis (1 - 8) do Gênesis, quando põe em destaque o problema da corrupção universal, fala sobre os gigantes que viviam entre os homens. Vejamos: “Naquele tempo havia gigantes sobre a Terra (e também depois), quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens, e elas lhes davam à luz filhos; esses são os famosos heróis da antiguidade.”

 

Em Números cap. 13, 32 – 33 temos: “A Terra que percorremos para explorar é um país que devora seus habitantes, e a população que vimos é toda de gente de grande estatura; vimos nela gigantes, isto é, os filhos de Anac, a raça de gigantes, e aos nossos olhos tínhamos a impressão de sermos gafanhotos e assim devíamos parecer aos olhos deles.”

 

Em Deuteronômio cap. 3, 11 lemos: “Og, rei de Basan, restava como único sobrevivente dos nefaistas; o seu leito é de ferro e pode ser visto em Rabat dos amonitas; mede nove côvados de comprimento e quatro de largura em côvados comuns.” É importante observar que um côvado media três palmos ou 66 centímetros. Então, o leito de Og, rei de Basan, media quase seis metros. 

 

Em Samuel 2, cap. 21, 16 o relator faz comentários de um gigante na batalha contra os filisteus: “Houve uma outra batalha em Gat. Nela se encontrou um homem de grande altura, que tinha seis dedos em cada mão e em cada pé, isto é, 24 dedos; e era também ele descendente de Rafa.’

 

No livro das Crônicas 1, cap. 6, 6 – 8, o escritor fala também do gigante de seis dedos narrado por Samuel e que foi visto na batalha de Gat. Disse também que ele era da linhagem dos nefaistas.

 

Histórias sobre gigantes existem em diversas culturas da Terra, mas o que é mais importante é que suas obras sobreviveram ao tempo e aos cataclismos para testemunhar a sua existência. A grande pirâmide do Egito e as outras duas suas companheiras, por exemplo, se mostram como um verdadeiro vácuo na história antiga de nosso planeta, por sua construção extraordinária e, comprovadamente, difícil de ser explicada. Técnicas apuradíssimas foram utilizadas não somente na sua estrutura lítica externa de pedras colossais, mas também no seu interior constituído de túneis gigantescos e câmaras que teriam exigido de seus construtores o máximo de sutileza e inteligência na sua finalização. Uma verdadeira engenharia de gigantes.

 

  

Gigantesco monólito em Puma Punku.

 

E como se isto não bastasse, as demais construções à volta, como os templos e estruturas monumentais que vêm sendo descobertas e estudadas imprimem na mente de seus descobridores ou de quantos as vejam um quê de mistério crescente e difícil de ser detido, porque o que se vê não pode ser explicado de conformidade com as perspectivas convencionais que nos dispomos para analisá-las e compreendê-las.

 

O pesquisador e autor Grahan Hancock que fez profundos estudos sobre as antigas civilizações e também no Egito, mostra em seu livro “As Digitais dos Deuses” a descoberta da gigantesca estrutura de Osireion que se achava profundamente soterrada sob a areia, próximo do templo de Seti I, em Abidos. Para os arqueólogos este edifício teria sido construído há perto de 10000 anos, mas pensamos quem ele é muito mais antigo. Segundo Hancock o estilo arquitetônico de Osireion é diferente das construções da época do faraó Seti I, mostrando uma estrutura gigantesca em monólitos de granito cor-de-rosa que pesam até cerca de 10 toneladas. Questiona-se que tipo de construtores seriam esses que podiam cortar e transportar de lugares distantes blocos gigantescos como estes e assentá-los com tamanha maestria e elegância? Sob a nossa perspectiva só poderiam ter sido homens gigantes, tanto no tamanho físico quanto na inteligência e apurada técnica, que teriam vivido em passado distante e que poderiam estar relacionados aos demais outros autores de tantos edifícios milenares do Egito e de muitos outros em lugares na Terra.

 

É também muito conhecido o chamado ‘terraço de Baalbek’, no Líbano, por causa de sua condição excepcionalmente inexplicável. Sua estrutura gigantesca teria servido de base para a construção de templos romanos e permanece lá causando interrogações nas mentes dos estudiosos. O bloco da estrutura principal, medindo 750 metros de extensão e com peso que pode atingir entre 1200 e 1500 toneladas é tido como um dos maiores blocos de pedra trabalhados, transportados e assentados em todo o planeta, além de se ver constatada a impossibilidade de que o mesmo possa ter sido manuseado por homens comuns. Assim, o seu mistério permanece e o questionamento sobre sua realidade incontestável rompe o silêncio dos séculos sem uma resposta possível que o poderiam explicar.

 

Voltando à América não poderíamos deixar de destacar a região misteriosa de Marcahuasi, também nos Andes peruanos. Marcahuasi é o nome que foi dado a uma montanha de pedra que fica nas proximidades de Lima, no Peru e que possui características muito especiais. Encontra-se a 3657 metros acima do nível do mar e tornou-se famosa por causa das lendas que falam sobre a sua existência. Ela é relacionada a uma antiga civilização de gigantes que ali teriam vivido e que seriam os criadores de nossa humanidade atual. Suas formações rochosas em granito são conhecidas mundialmente, pois mostram figuras gigantescas esculpidas na pedra que lembram rostos humanos e de animais de diversos tipos.

 

Discute-se hoje se estas esculturas extravagantes seriam apenas formações naturais ou se teriam sido mesmo produzidas por um antigo povo, considerando-se que reúnem uma diversidade de figuras com características muito peculiares e gigantescas. O que se sabe, de fato, é que estas centenas de pedras caracterizadas são muito difíceis de serem explicadas de forma definitiva, pois teríamos de atribuir à natureza um caráter muito especial de esculpir obras de arte em lugares muito específicos e não de forma geral, em todas as regiões do planeta. Não estamos falando de uns poucos casos de ‘erosão’, mas de centenas de figuras ‘esculpidas’ na pedra dura da região e, evidentemente, já bem desgastadas pelo tempo. Não se tem ideia da sua longevidade. Seria, pois racional pensarmos que venham tratar-se de vestígios de uma antiga civilização e buscarmos maiores evidências ou apenas insistirmos que se tratam somente de resultado de erosão geológica localizada? Diante de tantos mistérios existentes em toda a face da Terra seria de bom senso arriscar na primeira hipótese.

 

Daniel Ruzo, arqueólogo autodidata peruano que as estudou teria afirmado que neste lugar acumulam-se centenas de esculturas de rostos humanos e de animais como camelos, leões, focas e sapos. Para ele tratam-se de ruínas de uma cidade de pedra, na qual teria vivido um povo muito antigo que ele chamou de Masma. Disse ainda que esta civilização teria sido destruída por um cataclismo há muitos milênios.

 

 

Apesar disto a maioria dos estudiosos afirma que Marcahuasi seria apenas constituída de monumentos naturais. Alegam estes estudiosos que é uma difícil tarefa identificar possíveis imagens que poderiam ter sido esculturas já desgastadas pelo tempo, de formações naturais que são produzidas pela erosão. Os mais ousados, porém, apostam na ideia de que as figuras foram esculpidas e falam de povos antigos que habitaram naquele lugar, os quais teriam sido os seus verdadeiros autores.

 

O autor do livro “A Irmandade dos Sete Raios”, Brother Philip, disse que as enormes figuras de Marcahuasi teriam sido feitas por uma raça de gigantes que teria habitado em Marcahuasi há muitos milênios.  

   

Outro grande mistério que perturba o sono dos pesquisadores é Puma Punku, na Bolívia. Localiza-se bem próximo de Tiahuanaco e trata-se de um conjunto de pedras gigantescas em ruínas, porém trabalhadas de forma magistral e incompreensível. Algumas das estruturas megalíticas continham uma espécie de ligação metálica que uniam os blocos, todos trabalhados com precisão invejável. Seu enigma coloca-a em destaque na história antiga da América, dentre as muitas outras em diversas localidades do planeta que também têm trazido muitas interrogações quanto à sua origem. No caso de Puma Punku, especificamente, seria mais cômodo para os pesquisadores arqueológicos que ela não existisse, porque é tão gritante a excentricidade de seus resquícios e de suas estruturas monumentais em pedra, quanto são inaceitáveis a forma primorosa e altamente técnica que elas teriam sido trabalhadas e assentadas em seu lugar.

 

 

Os estudiosos veem nestes cortes precisos um tipo de tecnologia muito avançada e desconhecida, porque nenhuma ferramenta convencional poderia ser capaz de executar um trabalho desta envergadura, com a precisão impecável e elevado grau de dificuldade que ele teria exigido de seus executores.

 

Hoje são apenas ruínas, mas que não nos deixam acreditar no que estamos vendo. São toneladas de pedras que foram ‘manuseadas’ em blocos gigantescos e finamente trabalhados, com cortes perfeitos e impecável execução. Como explicar uma ‘construção’ colossal como esta se até mesmo em nosso tempo os técnicos que a visitam não sabem dizer como estas coisas poderiam ter sido feitas, tal a sua sofisticação? Existem pedras gigantescas cortadas na forma da letra ‘H’ que se mostram como se encaixassem umas com as outras formando edificações monumentais, como num quebra-cabeças de gigantes. Isto é inédito na história da humanidade. Não se tem notícia de casos correlatos em nenhum lugar do planeta.

 

Lendas locais dizem que Puma Punku foi construída pelos deuses. A estranheza e magnitude destas ruínas nos conduzem a crer que seus construtores se tratavam de seres diferenciados equiparados aos deuses, ou mesmo gigantes, tanto em estatura física quanto em inteligência, engenheiros excepcionais, cuja técnica desconhecida impressionam até nos dias de hoje. De fato, diante delas ou mesmo de simples imagens fotográficas destes componentes líticos destroçados, não se pode sequer intuir como aquilo tudo pôde ser transportado, primorosamente cortado e ajustado em seus respectivos lugares, apesar do caos em que Puma Punku se encontra no momento presente.

 

Se quiséssemos hoje construir algo parecido com Puma Punku, usando de uma técnica parecida com a que foi utilizada por seus construtores, isto seria simplesmente impossível, dadas as inúmeras dificuldades que se apresentariam para execução e a consecução final de tal empreendimento. Só nos resta atribuir tal engenhosidade a construtores de porte gigantescos, como deuses, segundo as lendas, para explicar os inúmeros mistérios que tais monumentos megalíticos transparecem em sua crua e esplêndida realidade.      

     

Como já dissemos que também no Brasil existem monumentos colossais que precisam ser melhor explicados, mostraremos agora outras regiões de nosso país que se destacam neste sentido, além de muitos outros que vamos deixar de mencionar, para não nos estendermos demasiadamente. As plagas ardentes que compreendem a extensa região do nordeste do Brasil, no estado do Piauí, acolhem um local excepcional que atende pelo nome de Sete Cidades. Além da variedade de signos estranhos gravados na pedra temos diante de nós um conglomerado de monumentos líticos gigantescos que causam perplexidade ao visitante, pois assemelham-se a ruínas de uma cidade abandonada ou destruída por forças descomunais.

 

Destaques das Sete Cidades do Piauí e de suas gigantescas formações rochosas.

 

Quando lá estive, nos idos de 1999, senti-me diminuto perante as suas estruturas desconcertantes e multiformes, que nos induzem a imaginar que estejamos mesmo em meio a ruínas de uma grande cidade. Seus monumentos pétreos fazem-nos viajar na imaginação, uma vez que se estendem por uma extensa área e mostram características peculiares e formações pouco convencionais, ao lado de figuras humanas e de animais esculpidas da pedra.

 

‘Construção’ colossal em Sete Cidades.

 

O pesquisador piauiense, Reinaldo Coutinho, residente próximo dali, em Piripiri, durante muitos anos vem estudando os enigmáticos monumentos deste complexo megalítico misterioso e de grande importância para a história do Brasil, além dos milhares de registros rupestres que cobrem seus belíssimos paredões líticos. Coutinho suspeitou que uma espécie de ‘janela’ em determinado lugar no alto do paredão íngreme na Terceira Cidade poderia estar relacionada ao ritmo solar de cada ano e, por isto mesmo, importante para os ciclos agrícolas de uma provável população local. Em 1995 decidiu colocar à prova a sua suspeita e constatou que este furo se acha mesmo alinhado com o nascer do Sol no trópico de Câncer, no dia 21 de junho de cada ano, no solstício de inverno no hemisfério sul, quando sua luz se projeta em um monólito central logo atrás do furo numa área aberta no alto do monólito de pedra. Por volta das 6 h, afirma, o sol ocupa totalmente o furo na rocha, irradiando-se por toda a área. Segundo suas observações este fenômeno pode ser também constatado alguns dias antes ou depois desta data (21 de junho), na qual ele alcança o seu ápice.

 

Quando andamos por entre os paredões íngremes do complexo de Sete Cidades e suas figuras multiformes decorando os ambientes, temos a impressão de que estamos diante de ruínas de antigas edificações, uma vez que encontramos ali praças, ruas, avenidas abertas entre os monólitos, muros e grandes muralhas. Podem-se ver também elevações semelhantes a torres de vigia, sendo que em algumas podemos ver janelas abertas no alto, ocultando em seu interior uma escuridão milenar, indicando que poderíamos encontrar também túneis ou passagens secretas sob suas edificações.

 

 

Diz-se que Sete Cidades se trata de um conglomerado de formações naturais em arenitos laminados e maciços, caprichosamente modelados durante milênios pela ação da chuva e dos ventos fortes da região. Seria, portanto, o resultado de um processo geológico natural iniciado há cerca de 190 milhões de anos, tendo ocorrido também fraturas nas rochas, produzidas por chuvas torrenciais e ventos carregados de areia, o que ajudou a formar os canais gigantescos e o distanciamento das rochas, fazendo-as assemelharem-se a ruas, praças e ruínas de uma cidade destruída.

 

No entanto, gostaríamos de acrescentar que em todo este vasto complexo geológico de cerca de 20 km2 existem alguns aspectos específicos com características importantes que gostaríamos de comentar. Na primeira cidade a presença dos tubos enegrecidos sobre as rochas causa perplexidade. A natureza teria sido excepcionalmente caprichosa neste recanto do Parque, que por causa disto foi chamado de pedra dos canhões. Na segunda cidade, no alto do conglomerado, logo após a subida próximo à pedra da jiboia, existe um espaço constituído de pedras fundidas, totalmente derretidas sob o sol e que também nos chama a atenção pela sua condição inusitada. Na terceira cidade temos o caso do furo solsticial descoberto pelo pesquisador Reinaldo Coutinho e já abordado anteriormente. A quarta cidade é formada por imensos paredões e formações pétreas esculpidas em grande profusão. A quinta cidade mostra uma grande porta selada e inscrições estranhas ao lado da mesma, como a indicar a existência de algo mais importante neste monumento. A sexta cidade com suas cúpulas gigantescas, semelhantes a iglus pétreos monumentais e cobertos por camadas de pedra justapostas em formatos quase hexagonais impressionam. A sétima cidade acolhe a famosa gruta do pajé e suas variadas e complexas inscrições rupestres, que Coutinho pensa tratar-se de símbolos astronômicos. Após isto, temos ainda as figuras diversas ‘esculpidas’ na pedra que também impressionam pela sua forte expressão e gigantismo.

 

Em suma, existem muitos aspectos extravagantes e diferenciados em todo o conjunto de Sete Cidades que teriam obrigado a natureza a trabalhar com especial atenção e cuidado, além de dotar com exclusividade certos recantos com caracteres próprios em detrimento de outros. Este é um fator de caráter excepcional que chama a atenção e causa admiração e surpresa, mas levantam também questões a serem respondidas.

 

Vamos ‘voar’ agora para a Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, onde vamo-nos deparar também com os gigantescos paredões pétreos que aparecem diante de nós quando chegamos à região, vindo de Cuiabá. As belíssimas formações rochosas que a natureza esculpiu mostram figuras estranhas que lembram esculturas modernas, à semelhança de minaretes e colunas portentosas, conduzindo nossa imaginação a criar imagens fantásticas e, até mesmo, super-humanas, de lendas e histórias inacreditáveis.

 

As formas esculpidas nas montanhas e nas pedras colossais encontradas em muitos lugares da Chapada com suas inexplicáveis expressões fazem-nos viajar no tempo e questionar que tipo de força teria produzido tudo aquilo. Seriam formas naturais, esculpidas ao acaso pelos agentes do tempo e da erosão? Seriam a água, o vento e o calor ou a simples erosão natural da rocha os responsáveis por tão intrincado espetáculo pétreo de formas variadas e imponentes, à semelhança de um museu a céu aberto, desafiando a inteligência do homem ou ocultando-lhe verdades de um tempo desconhecido?

 

 

Os cientistas e pesquisadores afirmam que toda esta região foi, há milhares de anos, morada de dinossauros, depois de estar submersa e ter-se tornado um grande deserto, impregnado de fósseis milenares. Após passar por esses vários estágios a própria natureza teria esculpido as belas formas que hoje ela ostenta e podem ser vistos por quantos delas se aproximem, ora como conjuntos toscos de grandes ruínas, ora como formas isoladas, como se fossem monumentos erigidos ao desconhecido.

 

A Cidade de Pedra, por exemplo, localiza-se no alto das serras de arenito, onde se podem ver conjuntos megalíticos com estilos diversificados e agrupamentos variados, à semelhança de ruínas que nos causam forte impressão por causa de sua compleição gigantesca. São formações diferenciadas e belíssimas que não nos impedem de atribuir-lhes formas definidas como se fossem esculturas milenares desgastadas pelo tempo.

 

Dali estendemos nossa ‘viagem’ até Barra do Garças, também no Mato Grosso, região que também já descrevemos em outros artigos neste site, por causa da variedade de coisas estranhas que existem por estas paragens. Queremos destacar alguns monumentos líticos que mostram características que se aproximam do tema que estamos abordando, sobre os gigantes da Terra. Em primeiro lugar, apresentamos uma espécie de ‘dólmen’ gigantesco que encontramos numa fazenda próximo de Araguaiana, quando lá estivemos acampados em 1981.

 

Próximo a Barra do Garças, num local de grande beleza conhecido como Serra Azul, existem matas naturais e diversas cachoeiras, vegetação variada e paredões maciços, que nos propiciam uma caminhada especialmente agradável. Passando por riachos de água cristalina e subindo por elevações inclinadas, juntamente com um acompanhante, cheguei a um local surpreendente. Além de suas cachoeiras, que correm por entre fortificações pétreas proeminentes, nos vimos diante de verdadeiros paredões de basalto negro, cobertos de vegetação, com toda sua imponência e formações misteriosas e monumentais.

 

Ao subirmos por uma das encostas encontramos formações rochosas mostrando figuras antropomorfas e zoomorfas, como se fossem esfinges guardiãs velando por um segredo muito antigo. Em um ponto elevado divisamos três pedras estranhamente “colocadas” em posição vertical e mais ou menos enfileiradas, como que demarcando um terreno específico ou algo de grande relevância. Para nos aproximarmos subimos por uma espécie de escadaria, desgastada pelo tempo, até uma “plataforma” onde estas pedras erguiam-se imponentes. Apresentavam-se como três esfinges alinhadas umas com as outras, duas delas como se fossem cabeças humanas com fisionomias ainda perceptíveis e uma terceira, que se achava voltada para o vale, que se apresentava com o um leão, em posição de ataque.

 

Apesar do desgaste natural do tempo pode-se ver nestas três pedras, verticalmente erigidas, figuras de porte bem definido, como se tivessem sido colocadas intencionalmente naquele lugar, para fins que nos escapam neste momento. O desgaste produzido pelo tempo não deixa, entretanto, persistir a dúvida de que estas formações verticalizadas seriam uma espécie de marco simbólico de uma cultura incomum e milenar, por causa de sua grandiosidade e do mistério que envolve o seu formato e a sua posição.

 

Achamos estranho que tenhamos tantos registros de monumentos de grande porte em todo o nosso planeta e que estes tenham a sua feitura atribuída a uma raça de estatura mediana e com poucos recursos disponíveis para executá-los, quando alguns outros são atribuídos à ação da natureza simplesmente. O gigantismo das muitas destas manifestações líticas juntamente com antigas construções monolíticas, é mistério intransponível, pois a sua presença em muitas regiões não é fato raro e incomoda os estudiosos.

 

 

Felizmente, muitas outras descobertas desconcertantes que têm sido feitas com regularidade e a contragosto dos que não questionam, acabam por trazer apoio a uma nova tese sobre a história da Terra, pois estas têm surgido em toda a parte como se fora um forte sinal que prenunciasse uma outra compreensão sobre a existência desses povos desconhecidos de antanho. Estamos falando dos inúmeros fósseis de pegadas humanas de grande porte que se acham gravadas na pedra, em diversos lugares, e que vamos citar adiante como referências para esta realidade remota dos povos gigantes em nosso planeta. Eis alguns exemplos:

 

Em Mpaluzi, no sul da África, foi encontrada uma pegada gigante com 1,20 metros de comprimento, gravada em posição vertical em uma pedra de granito bruto com 4 metros de altura. Corresponderia à pegada de uma pessoa com altura de 7,5 metros. Há quem diga que ela teria sido esculpida ou que se trata apenas de deformações na rocha, mas ela está lá para quem quiser ver, registrada de forma incontestável, para causar polêmica e levantar questões.

 

No Parque dos Dinossauros de Glen Rose, ao sul do Fort Worth, próximo ao rio Paluxy, no Texas, foram encontradas pegadas de dinossauros e em escavações posteriores surgiu algo de inusitado: foi localizada uma pegada humana de 64 centímetros junto das pegadas de dinossauros. Como sabemos que, cientificamente, ela não poderia estar ali, porque os dinossauros viveram no período cretáceo, quando não existiam seres humanos, o que dizer sobre isto? A oeste do Texas foi encontrado também um fóssil raro de um réptil voador, o pterodátilo.

 

Na Austrália foram encontradas pegadas gigantes que poderiam pertencer a indivíduos que teriam uma altura aproximada de 3 a 3,5 metros. Uma equipe que pesquisava às margens do rio Winburndale descobriu um molar humano fossilizado de grande tamanho. Análises que foram feitas levaram os cientistas a estimarem a altura do proprietário daquele dente que poderia alcançar até cerca de 10 metros.

 

No estado da Califórnia (EUA) também foram encontradas duas pegadas gigantes – uma com 1,50 m e outra com 2,50 m.    

 

Noticiou-se de forma restrita que foram descobertos na Itália, no Parque Arqueológico de Cuma, próximo a Nápoles, ossos humanos de grande porte, que foram posteriormente ocultados do público. 

 

No norte da Síria, na região de Ain Andara, existem ruínas de um templo muito antigo que possuem estruturas que representam leões e esfinges de grande porte. No chão foram esculpidas pegadas humanas muito grandes, porque este templo teria sido dedicado aos deuses gigantes que faziam parte da crença daqueles povos. Em 2018 este templo foi bombardeado pelas forças turcas e grande parte de suas ruínas foi lastimavelmente destruída.   

 

Vimos que as evidências sobre a existência de gigantes em tempos remotos se mostram muito fortes em praticamente todas as tradições dos povos da Terra e os estudos arqueológicos têm encontrado provas importantes neste sentido, afora os inúmeros resquícios arquitetônicos que se afloram por toda a parte e que não podem ser explicados convenientemente.

 

Mas, é importante que se diga que quando nos referimos esses gigantes que aqui viveram e que teriam sido os responsáveis por estas construções monumentais e também por estas ruínas já muito desgastadas pelo tempo, nos reportamos a uma época muito antiga, na qual esses povos lendários se destacavam também por sua cultura e inteligência. Não nos referimos, portanto, a seres pouco desenvolvidos, brutamontes ou moradores de aldeias e cavernas (que deveriam existir também) e em condições de subsistência apenas, mas a criaturas tecnicamente evoluídas e habilidosas, portadores de um conhecimento que teria se perdido no decorrer do tempo.

 

Como nos dias de hoje, também no passado podermos inferir que estas coisas também acontecessem, pois o ciclo evolucional das raças não segue padrões de igualdade entre os povos, havendo grupos mais desenvolvidos e outros menos. Se nos reportarmos a apenas 6000 anos no tempo, por exemplo, teríamos uma realidade surpreendente de homens vivendo em cavernas e de forma simplória em pequenas comunidades, mas também no Egito com toda a sua pompa e no auge de sua civilização.

 

* J. A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado incursões em diversas regiões do Brasil. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. E-mail jafonseca1@hotmail.com

 

 

- Fotografias: J. A. Fonseca e Sávio Egger.

 

 

- Ilustrações: J. A. Fonseca.

 

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Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.

 

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