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Internacional
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História: Ditaduras latino-americanas em exposição Exposição mostra terror implantado por ditaduras latino-americanas.*
Cerco ao Palácio de la Moneda, em Santiago, quando do golpe militar no Chile. Leia também: Miss Turismo da Venezuela leva tiro na cabeça Venezuela: Leopoldo Lopez está detido no Palácio da Justiça Violência explode em conflitos de rua na Venezuela Outros destaques de Via Fanzine
Prisões ilegais, tortura, morte e desaparecimento de pessoas. O terror implantado pelas ditaduras militares na América Latina, entre 1964 e 1990, e a narrativa dos "anos de chumbo" no Brasil serão tema de uma exposição que será aberta no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília, na quinta-feira (20), às 11h.
Promovida pela presidência do Senado e pelo gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS), a exposição é produzida pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e traz revelações inéditas em resgate histórico da luta contra os aparatos repressores oficiais e clandestinos que violaram a democracia e os direitos civis.
A intenção é levar à juventude informações, consciência e experimentação desse período conturbado e sangrento da história latino-americana, com a divulgação dos rostos de 366 vítimas da ditadura militar no Brasil, acompanhados de som ambiente com os nomes, idade, local e ano de desaparecimento dessas pessoas.
Depoimentos, fotografias, vídeos e documentos da época, todo o material foi garimpado em um minucioso trabalho de pesquisa que se estendeu por mais de um ano sobre os arquivos do MJDH e do Arquivo Público de São Paulo, no Brasil, e em Buenos Aires, na Argentina.
A mostra é organizada em cinco partes: Contexto Político Latino-Americano e Brasileiro; A Ditadura Militar no Brasil; O Movimento de Justiça e Direitos Humanos; O Processo de Transição Política no Cone Sul – Anistia/Redemocratização; e Políticas da Memória, que destaca o trabalho das Comissões da Verdade em quatro países.
- Nós, brasileiros, temos uma grande dívida de memória histórica para com as novas gerações e precisamos criar uma consciência coletiva para mudar essa realidade de transição, que é interminável - afirma o ativista Jair Krischke, fundador e presidente do MJDH, de atuação decisiva para a sobrevivência de cerca de 2 mil perseguidos dos regimes militares no Cone Sul.
Krischke foi um dos escolhidos entre 32 finalistas de todo o país para receber a Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara, do Senado. Ele foi indicado à comenda pelo senador Pedro Simon. O título foi entregue em dezembro de 2011, em sessão solene em Brasília.
A exposição Movimento de Justiça e Direitos Humanos – Onde a Esperança se Refugiou ocorrerá de 20 de março a 13 de abril. O horário de visitação é das 9h às 17h, inclusive nos fins de semana, no Salão Negro do Congresso Nacional. A entrada é franca.
* Informações da Agência Senado. 17/03/2014
- Imagem: Wikipedia.
Leia também: Miss Turismo da Venezuela leva tiro na cabeça Venezuela: Leopoldo Lopez está detido no Palácio da Justiça Violência explode em conflitos de rua na Venezuela Outros destaques de Via Fanzine
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Caracas: Leopoldo Lopez está detido no Palácio da Justiça* "Hoje eu me apresento para uma justiça injusta que não julga de acordo com a Constituição e as leis", disse o líder oposicionista.
Seguidores de Lopez estiveram em frente ao Palácio da Justiça onde gritaram palavras de ordem em favor do líder. Leia também: Miss Turismo da Venezuela leva tiro na cabeça Venezuela: Leopoldo Lopez está detido no Palácio da Justiça Violência explode em conflitos de rua na Venezuela Outros destaques de Via Fanzine
Segundo informações da Globovision, o líder popular Leopoldo Lopez foi levado de helicóptero de La Carlota, depois de render-se à aplicação da lei e ser transferido para Chacaito.
Presume-se que ele seria levado para Sebin, em Plaza Venezuela, no entanto, o Coordenador Nacional de Comunicação Popular Will, Johan Merchan, informou que ele está no Palácio da Justiça, em Caracas. Foram montados três piquetes da Guarda Nacional na entrada principal e fechamento das estradas que levam ao palácio.
Ainda assim, alguns seguidores de Lopez estiveram em frente ao Palácio da Justiça onde gritaram palavras de ordem em favor do líder.
Mais cedo, o vice-presidente do Conselho Legislativo do Estado de Zulia, Lester Toledo, confirmou em sua conta no Twitter que Lopez foi removido de helicóptero, acrescentando que “não sabemos para onde”. Ele responsabilizou o governo nacional por "qualquer coisa que possa acontecer a Leopoldo López".
Num discurso antes de se entregar, López afirmou, "Hoje eu me apresento para uma justiça injusta que não julga de acordo com a Constituição e as leis. Se a minha prisão for pelo despertar do povo valerá a pena. A maioria dos venezuelanos querem mudanças e podemos construí-la”.
Ele observou que os cidadãos devem procurar uma “maneira de sair dessa bagunça, mas a manifestação deve ser pacífica nas ruas”. Ele também acrescentou que “Eu não estou cometendo crime algum e não quero viver clandestinamente na Venezuela”.
O líder nacional da Vontade Popular chegou à Praça Brion Chacaito por volta das 11h50, acompanhado de sua esposa Lilian Tintori. Embora Lopez tenha pedido aos cidadãos para que se reunissem na Praça Brion Chacaito para apoiá-lo, sugeriu que voltassem para suas casas em paz. No entanto, alguns tentaram impedir que o veículo usado em seu traslado continuasse se movendo.
* Informações da Globovision (Venezuela), com tradução de Pepe Chaves. 18/02/2014
- Imagem: Reuters.
Leia também: Miss Turismo da Venezuela leva tiro na cabeça Venezuela: Leopoldo Lopez está detido no Palácio da Justiça Violência explode em conflitos de rua na Venezuela Outros destaques de Via Fanzine
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Caracas: Maduro ordena expulsão de diplomatas americanos* Além da expulsão dos diplomatas, Maduro também não participou da 68ª Assembleia das Nações Unidas, em Nova York, na semana passada.
Maduro não compareceu à reunião em protesto, ao acusar o governo dos Estados Unidos de não ter concedido todos os vistos à sua equipe de trabalho. Leia também: Venezuela acusa EUA de negarem voo presidencial Governo do Brasil quer explicação formal dos EUA Documentos da NSA: Dilma Rousseff como alvo de espionagem Snowden recebe asilo temporário na Rússia Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem Brasília abrigou base de espionagem dos EUA, diz 'O Globo'
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje (30) que vai expulsar três diplomatas dos Estados Unidos do país. Segundo ele, os funcionários da embaixada americana em Caracas, participaram de reuniões com a oposição no país para elaborar “planos de sabotagem energética e econômica.” “Yankees, go home [voltem para casa]”, disse.
Segundo ele, a decisão foi fruto de uma investigação detalhada. “Investigamos durante vários meses e detectamos que um grupo de funcionários da Embaixada dos Estados Unidos se reuniu com a extrema direita, para financiá-lo e apoiá-lo em ações de sabotagem elétrica e na área econômica do país. Tenho provas em minhas mãos”, declarou.
Ele disse que deu instruções à Chancelaria do país para notificar os diplomatas Elizabeth Hunderland, David Mutt e Kelly Keiderlinh, para que em 48 horas deixem a Venezuela e regressem aos Estados Unidos. “E não importa as ações que o governo americano adote como resposta”, ressaltou.
No começo de setembro, o país sofreu um apagão elétrico que atingiu 60% do território venezuelano. Dias depois o governo anunciou ter provas de que o sistema fora sabotado. Segundo Maduro, pela direita do país. Também há problemas inflacionários, com o câmbio paralelo que pressiona o bolívar, moeda venezuelana. Além da alta inflação e uma crise de abastecimento de produtos alimentícios e de higiene.
Além da expulsão dos diplomatas, Maduro também não participou da 68ª Assembleia das Nações Unidas, em Nova York, na semana passada. Ele não compareceu à reunião em protesto, ao acusar o governo dos Estados Unidos de não ter concedido todos os vistos à sua equipe de trabalho. Outro motivo alegado pelo presidente venezuelano para não ir à ONU foi a negativa que o governo venezuelano recebeu para sobrevoar o espaço aéreo americano em uma viagem à China.
Maduro voltou a dizer que a Venezuela é vítima de um “complô nacional e internacional de desestabilização”. “Vivemos uma guerra, elétrica, econômica e psicológica que pretende acabar com a revolução bolivariana”, disse.
* Informações de Leandra Felipe/ Agência Brasil/EBC, com TV Multiestatal Telesur. 1º/10/2013
- Imagem: Divulgação.
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Conflito no Oriente Médio: Síria: Obama pode promover outra guerra* O argumento central é que não poderia se permitir o uso de gases venenosos nesse conflito, abrindo precedente internacional para que outros "terroristas" também usem esta arma contra Israel ou o Ocidente.
Por Isaac Bigio* De Londres Para Via Fanzine Tradução: Pepe Chaves 28/08/2013
Tensão aumenta ente países envolvidos em conflito na Síria. Leia também: Colômbia:Repressão policial persiste em greve nacional* Ninguém assume o uso de armas químicas na Síria Crianças são vítimas de massacre na Síria Anistia Internacional condena retenção de brasileiro em Londres Em carta, Snowden fala sobre os EUA Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem
O presidente dos EUA, Barack Obama e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, consideram abertamente a possibilidade de bombardear a Síria. Isso não significa que será gerada uma nova intervenção militar ocidental no Oriente Médio ou que ocorrerá em escalas iguais ao Afeganistão, Iraque ou Líbia.
Ao contrário desses cenários, os EUA não planejam uma mudança de regime (mas remover 'cirurgicamente' setores que detenham armas bioquímicas), nem enviar tropas ou milhares de bombas durante meses. Há uma maior oposição dentro das populações ocidentais para uma nova intervenção militar e a Rússia está pronta para vetá-la na Organização das Nações Unidas (ONU).
Em Washington e Londres muitos usariam tais ameaças ou possíveis bombardeios para forçar o presidente sírio, Assad, a negociar sua remoção.
O argumento central é que não poderia se permitir o uso de gases venenosos nesse conflito, abrindo precedente internacional para que outros "terroristas" também usem esta arma contra Israel ou o Ocidente. No entanto, outros relatórios anteriores indicaram que os insurgentes sofreram com o gás, enquanto Damasco diz que os seus inimigos mataram 300 civis com essas armas vetadas.
The Economist, a principal revista britânica, apesar de endossar uma guerra contra a Síria, aceita que haja uma contradição em Washington, como na década de 1980, quando Reagan armou e financiou Saddam Hussein, apesar de saber que massacrou milhares de curdos em seu próprio país, além de iranianos com armas bioquímicas.
Hoje, o Pentágono tem o maior arsenal de armas de destruição em massa e de sua história, além de um orçamento militar igual ou maior do que os de todos os outros exércitos do mundo.
Este mega-poder detonou as únicas bombas atômicas contra o homem, em 1945, atingindo centenas de milhares de civis japoneses. A Turquia, que funciona como base de insurgentes sírios, ainda se desculpa pelas mortes de 1,5 milhão de civis armênios, como parte de seu objetivo de limpar etnicamente seu país de todos os cristãos há um século atrás.
A quinta intervenção
Essa guerra poderia ser a quinta, desde 1991, desencadeada pela Casa Branca no Oriente Médio. Tudo começou com a retirada de Hussein do Kuwait, protegendo as petromonarquias árabes, que fornecem grande parte do seu petróleo, mostrando ao cabisbaixo Kremlin que eles agora eram os maiores do mundo. Bush pai então pouparia seu ex-aliado, Saddam, para não desestabilizar a região e beneficiar o Irã.
Dez anos depois, Bush filho organizou a maior coligação militar da história para invadir o empobrecido e devastado Afeganistão. Sua mensagem foi mostrar o novo poder do vencedor da Guerra Fria e afirmar uma estratégia para dominar o Oriente Médio e a Ásia Central, áreas essas, que sempre competiram com a Rússia e de onde provem a maior parte das exportações mundiais de petróleo.
Dois anos depois George W. Bush decidiria por derrubar aquele que seu pai hesitou: depôs e executou Saddam Hussein. Com a guerra do Iraque, os EUA se asseguraram de uma das maiores reservas de petróleo, garantindo seu domínio na Península Arábica.
Em 2011 foi a vez de Kadafi, um ditador nacionalista que antes propôs uma união 'anti-imperialista' do mundo árabe e da África, mas foi deposto e perdeu suas ricas reservas de ouro negro.
Agora é a vez da Síria. Ao contrário do Iraque e da Líbia, este país não tem muito petróleo. Por outro lado, enquanto o regime afegão foi completamente isolado internacionalmente, a Rússia fez pouco para proteger Hussein ou Kadafi, mas Assad na Síria tem um forte apoio internacional da Rússia e do Irã.
A maior base militar russa no Mediterrâneo está na Síria. O Irã, que se aproveitou das intervenções anglo-americanas no Afeganistão Iraque e Líbia (que eliminaram seus antigos inimigos), desta vez, está totalmente comprometido com Damasco.
Xadrez geopolítico
A guerra civil da Síria tem como característica, o fato de que diferentes estados da região interferem a um grau nunca visto em décadas.
Teerã sabe que, se Assad cair, o próximo alvo dos EUA e Israel será uma guerra contra eles, usando a desculpa de que estariam evitando o desenvolvimento de uma bomba nuclear. Para os aiatolás persas, a Síria é a sua principal aliada no mundo árabe, sendo a ponte que liga os xiitas iranianos aos xiitas do Líbano (o maior grupo étnico naquele país do Mediterrâneo). Os Assad e seus parentes pertencem somam um oitavo da população síria que é alauíta (uma ramificação do islamismo xiita).
A Síria durante meio século tem sido a principal e constante parceira de Moscou nesse imbróglio. Putin, que cada vez mais quer afirmar o poder da sua república contra os EUA, é muito forte em seu apoio a Assad.
Milhares de combatentes ligados ao Irã e ao Hezbollah (principal partido armado do Líbano) apóiam Assad, enquanto a oposição síria é financiada e armada pelos petromonarcas árabes, pela Turquia e a nova Líbia. Esses países procuram enfraquecer o Irã e o nacionalismo dos xiitas, fazendo com que em seus próprios territórios estas minorias sejam marginalizadas.
Entre os sunitas (que agrupam entre 80% a 90 % do 1,5 bilhão de muçulmanos) há muitos para quem este conflito tem um sabor de guerra santa entre o Islã 'verdadeiro' (o sunita) e os hereges alauítas e xiitas. Esta visão é compartilhada com os grupos ligados à Al Qaeda operando na Síria e cuja força cresce cada vez mais.
Israel, que por um lado considerava a queda de Assad como um remédio pior que a doença, agora trabalha para que Assad caia, porém, em direção a um governo pró-ocidental.
Washington e Londres poderiam substituir Assad por um aliado e evitar que a guerra contra a Al Qaeda possa crescer. Ambos acabam de promover um golpe de Estado no Egito, que depôs o primeiro presidente constitucionalmente eleito no país mais populoso do mundo árabe, pelo fato de este ser um muçulmano nacionalista que não se sujeitava à sua agenda.
Consequências de um eventual bombardeio
Os bombardeios ocidentais funcionaram no Afeganistão, Iraque e Líbia, porque não havia nenhum país que comprou a briga e saiu em defesa dos invadidos. Durante meio ano, apenas a Venezuela e a ALBA defenderam Kadafi, mas foram incapazes de fazerem mais que isso.
Contudo, neste caso atual, a Rússia mantém a maior oposição, enquanto o Irã e o Hezbollah libanês já estão metidos nesse conflito.
Por outro lado, a oposição síria está muito dividida e os grupos pró-Al Qaeda conseguem crescer em meio a eminência de uma guerra e a intervenção estrangeira.
A intervenção militar é impopular para a maioria da população europeia e até mesmo na Turquia, a principal instigadora da revolta anti-Assad.
Se ocorrer, esta seria a primeira guerra contra um vizinho imediato de Israel, o que encorajaria os palestinos e o Hezbollah a atacar alvos judaicos. Por sua vez, isso aumentaria as tensões internas no Egito, onde há insatisfeitos com a nova junta militar.
A ONU não endossa o ataque dos EUA contra a Síria, o que retira sua legitimidade legal, acentuando ainda mais as tensões com a Rússia e o Irã.
- Foto: AFP.
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