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Internacional
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Síria: EUA e Rússia dão uma semana à Síria para entregar armas* Norte-americanos e russos chegam a acordo e decidem dar uma semana ao regime sírio para apresentar as armas químicas que possui.
John Kerry e Sergei Lavrov anunciaram o acordo em conferência de imprensa. Leia também: EUA e França aceitam discutir proposta russa para crise Governo do Brasil quer explicação formal dos EUA Documentos da NSA: Dilma Rousseff como alvo de espionagem Snowden recebe asilo temporário na Rússia Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem
Bashar al-Assad tem, a partir de hoje, uma semana para entregar uma lista das armas químicas de que dispõe, avisaram os EUA e a Rússia.
Ao fim de três dias de discussões entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Genebra, norte-americanos e russos concordaram em dar um prazo ao regime sírio e proceder de acordo com as diretivas das Nações Unidas.
Agora, segundo o acordo alcançado, inspetores da ONU deverão estar no terreno, na Síria, até novembro, com o objetivo de eliminar as armas químicas do país, disse John Kerry. "Os inspetores deverão estar no terreno o mais tardar em novembro... E o objetivo é estabelecer a remoção até ao meio do ano que vem", explicou.
"Não haverá lugar a manobras (...) ou a qualquer opção que não seja uma completa aplicação [do plano] pelo regime de Assad", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana. Se o plano for implementado na totalidade, pode "acabar com a ameaça que as armas químicas colocam, não só ao povo sírio, mas também aos seus vizinhos", defendeu.
"Devido à ameaça da proliferação, este plano pode fornecer mais proteção e segurança ao mundo", concluiu Kerry, ladeado por Sergei Lavrov. "Foi alcançado o objetivo que foi estabelecido numa conversa entre os nossos presidentes a 5 de setembro à margem do G20... Sobre colocar sob controlo internacional o arsenal de armas químicas sírias", disse o russo.
* Informações de Mariana Cabral / Expresso (Portugal).
- Imagem: Reuters.
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Síria: Ninguém assume armas químicas Regime sírio e rebeldes trocam acusações sobre uso de armas químicas.*
Em meio à troca de acusações, a alta representante da ONU para o desarmamento, Angela Kane, chegou ao meio-dia deste sábado a Damasco para negociar os termos de uma investigação sobre o uso de armas químicas. Leia também: Crianças são vítimas de massacre na Síria Anistia Internacional condena retenção de brasileiro em Londres Em carta, Snowden fala sobre os EUA Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem
O regime sírio e os rebeldes se acusavam mutuamente neste sábado pelo emprego de armas químicas em um ataque na quarta-feira contra os subúrbios de Damasco, em meio à crescente pressão internacional por uma intervenção militar no país.
O ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, garantiu neste sábado que Damasco "jamais utilizou armas químicas", rejeitando as acusações da oposição armada.
"Jamais utilizamos armas químicas na Síria, sob qualquer forma, líquida ou gaz", disse Al-Zohbi em entrevista ao canal de televisão Al-Mayadine, baseado em Beirute.
"O Exército sírio não precisa utilizar armas químicas. Seu moral está elevado e realiza progressos diante do terrorismo. Nossas tropas avançam e os terroristas estão acuados", afirmou o ministro.
O chefe da diplomacia síria, Walid Muallem, desmentiu "com vigor as acusações de que o regime utilizou armas químicas", e acusou os "terroristas" por lançar mão de tais recursos.
Já a oposição síria rejeitou as acusações do regime de que teria usado armas químicas e afirmou que trata-se de uma estratégia do governo para desviar a atenção de seus próprios "crimes".
"A Coalizão Nacional Síria nega energicamente as informações mentirosas emitidas pelo regime de (presidente Bashar al) Assad e considera que trata-se de uma tentativa desesperada para desviar atenção dos contínuos ataques contra civis".
O presidente da Coalizão, Ahmat Jarba, exortou a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, a intervir de "forma séria" na Síria diante dos ataques químicos.
"Peço à comunidade internacional que passe das palavras à ação. Estamos fartos de ouvir palavras e necessitamos de medidas concretas de parte das Nações Unidas. Exijo que o presidente americano, Barack Obama (...), que tenha responsabilidade, tanto pessoalmente como em nome de seu país. Exijo a mesma atitude do presidente francês, François Hollande, do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e dos chefes de Estado árabes".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou neste sábado ter contabilizado 322 mortos vítimas de "gases tóxicos" nas proximidades de Damasco na última quarta-feira, baseando-se em novos relatórios médicos.
"A OSDH apurou 322 mortos, dos quais 54 crianças, 82 mulheres e dezenas de rebeldes, e mais 16 corpos não identificados".
Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), cerca de "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco após o suposto ataque com armas químicas.
"Três hospitais da província de Damasco apoiados pelos Médicos Sem Fronteiras informaram à organização internacional médico-humanitária da chegada de aproximadamente 3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos em um período de menos de três horas durante a manhã do dia 21, dos quais 355 morreram".
Em meio à troca de acusações, a alta representante da ONU para o desarmamento, Angela Kane, chegou ao meio-dia deste sábado a Damasco para negociar os termos de uma investigação sobre o uso de armas químicas.
O mandato da missão de especialistas da ONU, dirigida por Aake Sellström, que chegou a Damasco dia 18 de agosto, se limita a investigações sobre a utilização ou não de armas químicas este ano em Jan al Asal (norte), Ataybe (próximo de Damasco) e Homs (centro).
Contudo, depois dos últimos acontecimentos, a comunidade internacional pediu que esses especialistas possam ir o quanto antes ao local do ataque para verificar as acusações.
O chanceler Walid Muallem informou neste sábado ao ministério iraniano das Relações Exteriores que "o governo sírio vai cooperar com a missão das Nações Unidas na Síria e dará condições para que as zonas atacadas com armas químicas por grupos terroristas e takfiris (sunitas extremistas) sejam visitadas".
"No momento, nós estamos discutindo com a missão de investigação das Nações Unidas" para preparar esta visita, acrescentou o chanceler sírio, em conversa telefônica com o colega iraniano, Mohammad Javad Zarif.
O presidente norte-americano, Barack Obama, que, na sexta-feira considerou "muito preocupante" a possibilidade de que o regime sírio tenha bombardeado uma área rebelde com armas químicas, analisava este sábado, com seus conselheiros, a eventual resposta de seu governo, informou um funcionário da Casa Branca.
Obama ordenou seus serviços de inteligência a "coletar fatos e provas para determinar o que aconteceu na Síria" para tomar uma decisão, explicou.
Washington anunciou pouco antes a mobilização de forças militares que permitam proporcionar opções a Obama caso o presidente ordene uma intervenção na Síria, mergulhada em um conflito que, desde março de 2011, deixou mais de 100.000 mortos, 7.000 deles crianças, e obrigou milhões de pessoas a fugir, segundo a ONU.
O ministro de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, destacou que este fato não significa que tomou uma decisão de intervir na Síria. De fato, o país não quis tirar conclusões precipitadas.
Um responsável pela defesa em Washington informou de que esses meios militares incluem o envio ao Mediterrâneo de um quarto destróier equipado com mísseis de cruzeiro.
Segundo a edição deste sábado The New York Times, citando um funcionário de Estados Unidos, as autoridades norte-americanas poderiam tomar como exemplo os bombardeios da Otan na guerra de Kosovo em 1999 para realizar uma ação similar contra a Síria sem um mandato da ONU.
A Rússia, também aliada do regime sírio, denunciou que o ataque foi "claramente uma provocação" dos rebeldes e considerou que "os pedidos de algumas capitais europeias (...) a tomar agora mesmo uma decisão sobre o uso da força são inaceitáveis".
Moscou pediu ao regime de Assad que coopere com os especialistas da ONU e reivindicou aos insurgentes que lhes garanta o acesso aos lugares dos ataques.
A coalizão da oposição síria se comprometeu "a garantir a segurança" dos inspetores da ONU.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou na sexta-feira que a utilização de armas químicas constituiria um "crime contra a Humanidade", de "graves consequências para quem o perpetrou".
* Informações da AFP.
- Imagem: Divulgação.
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