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Internacional

 

    

Valparaiso:

Dilma diz que Unasul vai criar

comissão para atuar na Venezuela*

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia confirmado presença

nas cerimônias, mas cancelou a viagem de última hora. 

 

 

As presidentes Dilma Rousseff e Michelle Bachelet, do Chile, se reúnem em Valparaiso.

 

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) vai formar uma comissão para acompanhar a situação da Venezuela. Dilma está no Chile para participar das cerimônias de posse da presidente eleita Michelle Bachelet.

 

O assunto será discutido em uma reunião de chanceleres amanhã (12) em Santiago. "Os ministros vão criar uma comissão, que pode ser com representantes de todos os países que participarão do encontro, e fazer a interlocução pela construção de um ambiente de acordo, de consenso, de estabilidade lá na Venezuela", disse a presidente, em entrevista antes de se reunir com Bachelet.

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Além de Dilma, os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, da Bolívia, Evo Morales, da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Equador, Rafael Correa, do México, Enrique Peña Nieto, do Paraguai, Horacio Cartes, do Peru, Ollanta Humala, do Suriname, Desiré Bouterse, do Uruguai, José Mujica, e o primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe, participarão da posse de Michelle Bachelet.

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia confirmado presença nas cerimônias, mas cancelou a viagem de última hora. Dilma disse que a ausência do venezuelano não vai prejudicar a atuação da Unasul em busca de soluções para o país bolivariano, em crise por disputas entre o governo e a oposição.

 

"O fato de não vir um ou outro presidente não vai interromper esse processo, porque serão os chanceleres e não os presidentes [que irão discutir o assunto]. É um momento de posse, estamos comemorando a posse dela, é mais correto que sejam os chanceleres a fazer a reunião", acrescentou.

 

Dilma reafirmou que o Brasil defende a "manutenção da ordem democrática" no caso da Venezuela.

 

* Informações de Luana Lourenço/Agência Brasil.

    11/03/2014

 

- Foto: Roberto Stuckert/Presidência da República

 

*  *  *

 

Caracas:

Violência explode em conflitos de rua na Venezuela

Manifestação é a maior enfrentada pelo presidente Nicolás Maduro desde que ele chegou ao poder no ano passado.*

 

Maduro acusou os manifestantes de tentar lançar um golpe contra ele. Mandado de prisão

foi emitido contra Leopoldo López, um importante líder da oposição, que apoiou os protestos.

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Tiros soaram e gás lacrimogêneo nublou o ar de um rico distrito de Caracas na noite do último sábado, quando os protestos contra o governo continuaram pelo quarto dia consecutivo.

 

Os desordeiros queimaram lixo e atiraram pedras contra a polícia na cidade de Plaza Altamira. Em retaliação, as autoridades usaram canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar multidões em número maior que mil.

 

Há um crescente descontentamento com a inflação galopante - que chegou em até 56,3 % nos últimos 12 meses - e uma taxa de homicídios que , de acordo com as ONGs locais, é uma das maiores do mundo.

 

"O governo está nos levando para o matadouro", disse Valentina Ortiz de 33 anos, uma pediatra de Plaza Altamira. "Nós seremos capazes de obter comida e água em breve", afirmou ela.

 

Assim como Ortiz, outros manifestantes prometeram se reunir até que as coisas mudam.

 

"Não importa quanto tempo leva, uma semana ou um mês. Estaremos aqui todos os dias", disse José Pérez, um cidadão de 34 anos. "Estamos em guerra", arrematou.

 

Os protestos são os maiores já enfrentados pelo presidente Nicolás Maduro desde que ele chegou ao poder no ano passado, após a morte de Hugo Chávez.

 

A violência de sábado à noite entrou em erupção depois que dezenas de milhares de pessoas saíram para as marchas em prol do governo e da oposição durante o dia, quando ambas facções permaneceram pacíficas. Havia uma atmosfera de alegria na marcha pró-governo.

 

"A revolução é o amor, é paz", havia muitos cartazes negando as alegações de que o governo seria o culpado pela violência.

 

Maduro prometeu pôr fim à violência.

 

"Eu não vou abrir mão de um único milímetro do poder investido em mim pelo povo venezuelano", afirma Maduro às multidões, em um cartaz de cores vivas, salpicado com as palavras "pessoas de paz".

 

O presidente chamou os manifestantes de "fascistas nazistas" que querem vê-lo derrubado do poder. Ele culpou os pela violência.

 

"Estamos marchando para a paz; não queremos violência", disse Jackeline Maceas, de 41 anos, uma administradora vestida com um boné vermelho e uma camiseta estampada com o rosto de Chávez.

 

Um mandado de prisão foi emitido contra Leopoldo López, um importante líder da oposição, que apoiou os protestos. López, de 42 anos, apontado como o próximo presidente do país, é acusado de assassinato e terrorismo. Apesar das acusações, ele continua a insultar o governo.

 

"Você não tem coragem para me prender?", perguntou ele no Twitter, acrescentando que, talvez, o governo esteja aguardando ordens de Havana.

 

Diosdado Cabello, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, disse que López era um "covarde" tentando fugir do país.

 

Durante o dia, estudantes realizaram um protesto anti-governo no distrito de Las Mercedes Caracas.

 

"Todos os nossos filhos são iguais, sejam da oposição ou pró-governo", disse Carolina Morales, uma mãe de 45 anos. "O governo é o culpado por essa violência, para provocar os alunos. Os alunos têm de se defender contra as balas do governo", declarou.

 

David Smilde, um professor de sociologia local, diz que a repressão do governo está desempenhando um papel importante na alimentação dos protestos.

 

"Os protestos realmente ganharam força, uma vez que começaram a ser reprimidos. Estudantes estão protestando porque sentem que os espaços democráticos da Venezuela estão sendo reduzidos", disse Smilde. Segundo ele, "O cidadão sente que se não fizer alguma coisa agora pelos espaços democráticos, a sua voz será reduzida ainda mais no futuro".

 

Sem eleição próxima, há pouca esperança de que os protestos consigam derrubar Maduro do poder. A agitação também aponta para uma divisão dentro da oposição, uma vez que Henrique Capriles, líder da oposição que perdeu as eleições contra Maduro e Chávez, se distanciou das manifestações.

 

Apoiadores da oposição agora veem pouca esperança em Capriles e cresce a tendência para o surgimento de membros mais radicais da oposição. Em Plaza Altamira, o manifestante Tulio Manzini, de 22 anos, afirma que, "López é mais radical do que Capriles, e isso é o que este país mais precisa agora".

 

Manifestantes voltam às ruas no domingo**

 

Neste domingo milhares de estudantes voltaram às ruas em Caracas para denunciar a violência desatada por grupos de encapuzados após o início das manifestações que tomam as ruas da Venezuela nos últimos dias.

 

Ao longo da semana, três pessoas morreram, 70 ficaram feridas e 200 foram presas. Os incidentes são atribuídos a grupos de chavistas infiltrados.

 

Já o presidente Nicolás Maduro classificou os manifestantes como "facistas" que querem "acabar com a paz".

 

* Informações de Girish Gupta/USA Today, com tradução de Pepe Chaves.

* Informações da Redação VF, com agências.

   17/02/2014

 

- Foto: Girish Gupta.

 

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