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Geologia

 

 

Sibéria/Rússia:

Estranha descoberta na Península de Yamal

A internet russa encheu-se de muitas teorias sobre a origem do misterioso

buraco, versando desde o impacto tecnológico até a queda de um meteorito,

incluindo o meteorito de gelo, como também a atividade dos OVNIs.

 

Por Natália P. Dyakonova*

De Moscou/Rússia

Para Via Fanzine

26/08/2014

 

Como a única hipótese de trabalho consistente em explicar o surgimento do funil,

até o momento está se considerando uma ejeção puramente mecânica.

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A Península de Yamal (que na linguagem dos grupos étnicos locais significa ‘beira da terra’), localizada na região do Ártico e cercada dos golfos do Mar de Kara, é uma das regiões gasíferas e petrolíferas estratégicas mais importantes da Rússia. Aqui foram cavados 32 campos de hidrocarbonetos, tanto na terra, como aquáticos.

 

Mapa da Rússia, o círculo vermelho denota a Península de Yamal.

 

Em 10 de julho de 2014, um grupo de especialistas em petróleo, sobrevoando de helicóptero as explorações petrolíferas e gasíferas, descobriu uma cratera gigante, no fundo da qual ruge uma poderosa corrente subterrânea. À primeira vista, o tamanho do funil era tal que um par de helicópteros MI-8 (diâmetro das pás de 21 m), aparentemente poderiam voar com facilidade no interior da cratera, sem tocar nas paredes desta.

 

Ainda que o buraco encontra-se a 30 km do campo de gás mais potente na Península de Yamal, nenhum trabalho foi realizado diretamente neste local.

 

Vista da cratera de um helicóptero.

 

O buraco lembra até certo ponto um profundo sumidouro de paredes lisas, pelas quais ainda está se desprendendo o solo, o que indica uma formação recente. Seria importante entender, como se realizou o lançamento do solo para fora, formando uma espécie de borda em torno da cratera.

 

Vista geral da cratera.

 

Portanto, é melhor chamar o buraco de cratera, porque o solo não se afundou (o que está acontecendo em diferentes partes do nosso planeta, com uma frequência alarmante), mas foi lançado de dentro para fora, sobre a superfície, por alguma força muito potente.

 

 

Detalhe do solo na borda da cratera, lançado de dentro para fora.

 

A internet russa encheu-se imediatamente de muitas teorias sobre a origem do misterioso buraco, versando desde o impacto tecnológico até a queda de um meteorito, incluindo o meteorito de gelo, como também a atividade dos OVNIs. Por ora, é difícil afirmar coisa qualquer sobre as razões de formação deste gigantesco buraco. Em 16/07 passado, se deslocou para o local, um pequeno grupo de especialistas do Centro para o Estudo do Ártico, do Instituto da Geosfera da Academia de Ciências da Rússia. O objetivo desse grupo era a realização de pesquisas primárias acerca do ‘buraco negro’ na Península, recolhendo também amostras de solo, ar e água para análises.

 

Os especialistas chegaram para pesquisar a cratera.

 

O diâmetro interno foi determinado por eles como sendo de 40 metros e, o externo, de 60 metros, sendo que as partículas menores do solo espalharam-se a uma distância de 120 metros. A profundidade do buraco supera os 50 metros, podendo atingir até 70 metros.

 

Detalhe da parede da cratera.

 

Para descer à depressão, é necessário utilizar um equipamento de escalada profissional. Os montículos de terra formados ao longo da borda da cratera estão se desmoronando constantemente, de modo que os pesquisadores têm que trabalhar a certa distância das bordas do funil. Por enquanto, examinar o interior do funil do Yamal apenas é possível por meio da câmera especial de vídeo.

 

As paredes íngremes da cratera são difíceis de serem estudadas.

 

Não foi detectado excesso algum do fundo natural de radiação. Também não foi encontrado qualquer vestígio de queima e carbonização, de modo que os cientistas rejeitaram tanto a versão do impacto tecnológico, como a do meteorito.

 

Como a única hipótese de trabalho consistente em explicar o surgimento do funil, está se considerando uma ejeção puramente mecânica. A síntese desta hipótese é a seguinte: por muito tempo, na cavidade subterrânea estavam se acumulando a água e o gás do pântano. Uma espessa camada do “permafrost”, ou solo perenemente congelado, impediria que essa mistura fosse lançada para a superfície. Ao longo dos últimos 40 anos, a temperatura dos solos perenemente congelados na região passou de -8º C a -3º. A camada do solo gelado diluiu, e em algum momento os gases romperam-na, de modo semelhante a um ‘efeito de champanhe’.

 

É bom lembrar que nós estamos falando da zona do permafrost. O permafrost é um fenômeno global, ocupando pelo menos 25% da área terrestre total do planeta. O único continente, onde o permafrost está completamente ausente, é a Austrália. Uma parte significativa do permafrost moderno foi herdada da última Idade do Gelo, e agora está se derretendo lentamente. De 60 a 65% do território russo encontra-se na zona do permafrost. O que significa isso na prática? Em alguns lugares, mesmo no verão mais quente (e na Sibéria, com o seu clima acentuadamente continental, também há verão quente, com temperaturas de até 30-38 graus positivos) a terra gelada derrete-se a uma profundidade de apenas 120-140 cm. Debaixo dessa profundidade, está o solo congelado, tão duro quanto o concreto.

 

Por isso, é difícil imaginar a força que poderia jogar para fora aquela quantidade de solo congelado. Além disso, a quantidade do solo que aparece na superfície, dado o diâmetro e a profundidade da cratera, por alguma razão resulta ser pouca, a julgar pelas fotos. Onde estaria o resto?

 

A exploração da misteriosa cratera no Yamal está apenas começando.

 

* Natália P. Dyakonova é filóloga e pintora profissional, pesquisadora e historiadora por inclinação. É colaboradora e correspondente de Via Fanzine na Rússia.

 

- Seu blog é http://protocivilizacion.blogspot.ru

                      (Com dispositivo para tradução automática).

  

- Tradução do russo: Oleg I. Dyakonov

- Revisão final e adaptação: Pepe Chaves

 

- Imagens: Divulgação/Reprodução.

 

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