Vale do Peruaçu

Reconhecimento da UNESCO:

A força histórica do Vale do Peruaçu

Os sítios arqueológicos do Vale do Peruaçu são constituídos de grandes painéis de pinturas rupestres em lajedos gigantescos e em cavernas excepcionais, decoradas com grandiosos e admiráveis espeleotemas, formando pilares e figuras belamente arranjadas.

 

Por J. A. FONSECA*

De Itaúna/MG

Junho/Julho/2025

jafonseca1@hotmail.com

 

Figuras enigmáticas na Lapa do Índio.

 

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no norte de Minas Gerais, reúne uma grande quantidade de sítios arqueológicos e inúmeros outros atrativos, e está sendo, merecidamente, reconhecido como Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO. Segundo a reportagem no jornal Estado de Minas a concessão do título internacional foi aprovada em votação unânime dos 22 membros integrantes do Comitê do Patrimônio Mundial daquela entidade.  

 

Os sítios arqueológicos do Vale do Peruaçu são constituídos de grandes painéis de pinturas rupestres em lajedos gigantescos e em cavernas excepcionais, decoradas com grandiosos e admiráveis espeleotemas, formando pilares e figuras belamente arranjadas. É reconhecido por todos os que o visitam como possuidor de grande beleza natural, por sua riqueza histórica por causa de suas admiráveis e múltiplas inscrições rupestres, e preservação da fauna e da flora local.

 

É importante dizer que o Brasil possui diversos paraísos também reconhecidos pela UNESCO como o Pantanal Mato-grossense, o Parque Nacional do Iguaçu, os Lenções Maranhenses, as Ilhas de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas, o Parque da Chapada dos Veadeiros, o Parque Nacional das Emas, etc.

 

Visitei o Vale do Peruaçu duas vezes, em out/2018 e em out/2019 como turista e também como pesquisar arqueológico amador e grande interessado pela arqueologia brasileira por causa da sua grandiosidade e características pouco comuns, em muitos casos, assunto tratado em artigos diversos neste site pelo autor.

 

Com a notícia do merecido reconhecimento feito pela UNESCO decidimos retornar ao assunto por causa da importância que representa o parque e a sua expressividade histórica em território brasileiro. As inúmeras publicações feitas em diversos veículos da imprensa concorrerão muito para mostrar a grandiosidade de suas atrações e isto permitirá um aumento merecido no turismo na região que também ajudará a promover e tornar visíveis os importantíssimos arquivos arqueológicos e belezas naturais ali existentes e de muitos outros no Brasil como um todo.

 

Passarela sobre o rio Peruaçu na trilha que leva até a Lapa dos Desenhos.

 

No caso do Vale do Peruaçu podem se ver múltiplas e exuberantes demonstrações de ‘arte’ primitiva constituídas de belíssimas inscrições em cores múltiplas que deixam qualquer visitante extasiado e, mais ainda perplexo o cuidadoso observador, por causa da multiplicidade daquilo que seus olhos vêm. Em acréscimo à sua beleza estética admirada por todos os que o visitam, temos ainda a questão da misteriosa simbologia que se acha inserida em todo o seu contexto artístico, sem mencionar a elevada quantidade de elementos desconhecidos e signos alfabéticos que podem ser vistos em seus painéis grandiosos e enigmáticos.

 

Em nossa primeira visita em out/2018, fomos assistidos pelo guia turístico Célio Lima Neto e estivemos na Lapa do Caboclo, na Lapa do Índio, na Lapa do Boquete, na Lapa dos Desenhos e na Gruta do Janelão e vimos que cada um destes sítios conta uma história silenciosa, mas relatada de forma exuberante em seus magníficos painéis líticos.

 

O Parque conta com uma bela estrutura que foi construída para visitantes, muito bem planejada e executada, mantendo suas condições naturais e permitindo que se possa incursionar por diversos lugares e fazer caminhadas rumo às grutas ou lapas com as inscrições de forma segura e agradável. Em muitos lugares podem-se admirar belas paisagens em torno, além de formações rochosas inigualáveis e também os chamados espeleotemas (estalactites e estalagmites no interior das cavernas) e a beleza natural de cada abrigo.

 

Os grandes painéis decorados com inscrições belíssimas nos lajedos gigantescos e em colorações variadas (vermelho, ocre, amarelo e preto) mostram a excentricidade de muitas destas decorações primitivas e seus motivos variados. Existem grandes cânions com paredões verticalizados e poderosos, caminhos arenosos e grutas belíssimas em muitos lugares, além do rio Peruaçu que corre por entre os montes, os vales e a vegetação verdejante.

 

As milhares de inscrições que cobrem os seus paredões íngremes constituem um detalhe à parte e chamam a atenção por causa da sua intensidade e de suas figuras excêntricas. Muitas delas se mostram bem conservadas, mostrando figuras geométricas variadas, signos indecifráveis, figuras antropomorfas e de animais, além de plantas e símbolos desconhecidos. Dentre os sítios que visitei no Peruaçu, no total de cinco, os que apresentam maior concentração e complexidade nos símbolos e figuras retratadas na pedra, são o da Lapa do Caboclo e da Lapa dos Desenhos, onde se podem ver figuras executadas com perfeição e muitas delas a alturas consideráveis, chegando a alcançar até cerca de dez metros de altura.

 

Muitos dos painéis pictóricos são de grandes dimensões e foram gravados utilizando-se de cores variadas, além de que apresentam um conjunto mágico de elementos que parecem mais querer representar uma espécie de relato ou mesmo expressar anseios ou experiências que envolviam os seus autores ou a sua própria comunidade.

 

Razões como estas acabaram por fazer-nos visitar o Vale do Peruaçu por duas vezes em breve espaço de tempo. Vimos tantas coisas interessantes e misteriosas por lá que sabemos hoje, poderíamos retornar ainda muitas outras vezes e mesmo assim não nos sentiríamos desmotivados em ver o que ele tem para mostrar. Em nossa segunda ida contratamos um guia com indicação especial e também tivemos sorte. Fomos acompanhados por Nilson Evangelista da Silva, um condutor experiente e conhecedor do parque com vários anos percorrendo a região.

 

Figuras geométricas na Lapa do Caboclo.

 

Voltamos à Lapa do Janelão. Já a havia visitado anteriormente, mas não havia percorrido a trilha que leva até ao final da caverna (no limite de seu ponto de visitação) que alcança 2400 metros de percurso no seu interior. Pode-se dizer que trata-se de uma caminhada muito agradável, apesar dos percalços logo no início com duas descidas e subidas fortes.

 

A caverna possui quatro claraboias no teto e recebe claridade em toda a extensão percorrida, onde encontramos estalactites e estalagmites de grande porte e de rara beleza, árvores vicejando em toda a parte, pedras descomunais deslocadas e um pequeno rio (o Peruaçu) que corre suavemente, refrescando todo o ambiente.

 

É tudo muito belo e grandioso, pois os salões desta caverna alcançam até cerca de 100 m de altura em algumas localidades e grandes blocos de pedra são vistos em toda a parte.  Mesmo com o esforço despendido na distância percorrida e os percalços, escadarias que se elevam a grande altura logo na descida da entrada e na subida no retorno, a jornada é compensadora. Antes da entrada, logo mais abaixo, temos as ricas e variadas inscrições rupestres em seus paredões gigantescos, compondo com a vegetação em torno uma paisagem inexplicavelmente sofisticada, bela e misteriosa.

 

Este autor e um dos esplêndidos painéis da Lapa dos Desenhos.

 

Nesta visita fomos também até a Lapa do Rezar, quando tivemos que percorrer uma trilha de cerca de 1200 metros, em parte bem ressecada e em parte sombreada por vegetação e árvores verdejantes. O nome Rezar, segundo as pessoas do local, foi dado porque a gruta era visitada anualmente por pessoas religiosas que em peregrinação faziam romarias e orações no local. Próximo do topo da montanha onde se acha a caverna sobe-se por uma escadaria de 500 degraus no meio de árvores quase sem folhas por causa da seca.

 

Mas, a visão do amplo salão que se abre logo na entrada com 40 m de altura diante de nós é algo fascinante. Penetramos pelo largo vão desta entrada (estimado em 90m de largura) todo iluminado pela luz do sol, e observamos os painéis rupestres pintados em grande extensão e grande quantidade de elementos, localizados a alturas significativas nos contrafortes íngremes. Da mesma forma que nas demais Lapas visitadas os motivos das figuras gravadas na pedra são muito variados, mostrando ao mesmo tempo beleza, estranheza e complexidade na sua composição, além de estarem bem conservados como muitos dos outros que já destacamos anteriormente.

 

Um dos gigantescos espeleotemas na Caverna do Janelão.

 

Há algumas décadas a área do Parque era constituída de fazendas com criação de gado, o corte predatório de madeiras e o desmatamento, além de uma mineradora de extração de manganês. Com o trabalho de gente de peso e determinação como é o caso do espeleólogo Luiz Beethoven Piló e da arqueóloga do IEPHA Maria Elisa Castellanos Solá, que trabalharam para a criação do Parque, e também o trabalho de décadas do arqueólogo André Prous, francês e radicado no Brasil e chefe do Setor de Arqueologia da UFMG em Belo Horizonte, foram feitas diversas desapropriações para a constituição do Parque e preservação das riquezas arqueológicas e naturais do local. Hoje ele é fiscalizado pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis.

 

Tivemos notícia de que na década de 1980 e início de 1990 até a criação do Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, por meio de decreto assinado em 1999, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, a região sofreu forte devastação na sua fauna e na sua flora, além de agressões praticadas por pessoas inescrupulosas junto aos registros rupestres, quando alguns deles foram retirados ou danificados.

 

O desmatamento e a exploração de madeira nobre, queimadas e a retirada da vegetação para a formação de pastagens eram intensas, afetando com isto severamente toda a fauna da região, a erosão do solo e o assoreamento dos rios. A exploração mineradora também, como já dissemos, atuava na região, na extração de manganês, fato este que também contribuiu bastante para alterações importantes no ecossistema.

 

Após esta era de destruição a região passou a ser protegida por lei e então o grandioso Parque das Cavernas do Peruaçu foi criado e sua recuperação concluída. Toda a região encontra-se hoje totalmente preservada, tendo sido transformada em uma unidade de conservação em 1997 e oficializada por decreto presidencial em 1999. De 2002 a 2005 foi desenvolvido e aprovado um plano de manejo para estruturação e implantação das condições necessárias para o seu funcionamento, com a construção de estradas, trilhas, edificações para suporte aos visitantes e a contratação de guias especializados para a condução e orientação das pessoas.

 

Somente no ano de 2010 é que se deu início à implantação dos projetos de infraestrutura do Parque, tendo sido concluídos apenas em 2016, quando passaram a permitir que o acesso aos visitantes pudesse ser feito de forma efetiva e eficiente.

 

A região que constitui hoje o Parque do Peruaçu guarda a maior reserva espeleológica de Minas Gerais e possui 155.910 hectares de área preservada e abriga perto de 100 cavernas e grutas, cânions gigantescos e uma grande e variada quantidade de inscrições rupestres, algumas das quais tiveram sua idade estimada em perto de 12000 anos. Localiza-se no norte de Minas, entre os municípios de Itacarambi e Januária, a cerca de 650 km de Belo Horizonte.

 

O arqueólogo André Prous disse haver cerca de 60 sítios arqueológicos só nesta região. Esta é uma condição de registros rupestres excepcionalmente relevante, pois encontra-se localizada em um mesmo espaço no norte do estado e possui uma concentração absolutamente importante de elementos e registros rupestres ligados à antiga história do Brasil.

 

A incrível estrutura em pedra no interior da Caverna do Janelão.

 

Para os arqueólogos o início da ocupação humana no Vale do Peruaçu poderia ter ocorrido há cerca de 11.000 anos, quando os seus primeiros habitantes, caçadores e coletores que ali habitaram, deixaram marcado nas pedras e nas cavernas registros diversos com seus símbolos variados e figuras simples relacionadas às suas comunidades.

 

Sabemos que existem muitos destes lugares ‘encantados’ no Vale do Peruaçu e o que mais nos chamou a atenção foram os grandes painéis pintados nos seus paredões pétreos, alguns deles alcançando cerca de dez metros de altura. Na Lapa dos Desenhos estes painéis são gigantescos, apresentando conjuntos magníficos com representações de figuras expressivas e variadas, motivos geométricos multicores, figuras antropomorfas, zoomorfas e signos variados e desconhecidos, além de uma rica policromia que dão aos mesmos relevante destaque, beleza e um sentimento de que estariam relatando algo de grande importância para esses povos.

 

Em nossas experiências em passagens por diversos estados do Brasil conhecendo sítios arqueológicos importantes, não tínhamos visto ainda nada igual ou semelhante ao Vale do Peruaçu, principalmente, no tocante à beleza e à grandiosidade do que se acha reunido ali.  Era como se estivéssemos diante de um grande ‘livro’ aberto que expunha parte de uma história desconhecida de nosso país e de nossos antepassados, escrito por meio de sinais, figuras geométricas, símbolos desconhecidos, desenhos expressivos e signos diversos, traçados, em muitos casos, com rara expressividade em cores vivas e em tonalidades variadas.

 

Pinturas rupestres mistas na lapa que antecede a Caverna do Janelão.

 

Como já dissemos, em quase todos os painéis do Peruaçu (que são inúmeros) vamos encontrar a superposição de figuras, indicando ocupações diferentes e culturas variadas na região. Tal fato leva-nos a pensar qual teria sido a intenção desses homens (artistas) desconhecidos do passado do Brasil (que não teriam sido os silvícolas da época da descoberta), para desenvolverem tão grandioso trabalho na pedra tosca e com tanta versatilidade e beleza plástica, a qual impressiona até mesmo o mais descuidado visitante. Muitas das cores utilizadas por esses artistas primitivos ainda se destacam de forma muito viva e mostram a habilidade de muitos desses autores desconhecidos do Brasil remoto.

 

O amarelo, o ocre, o vermelho forte, além do preto (usado em menor escala) se mostram firmes e admiravelmente expressivos, mantendo a qualidade das enigmáticas figuras, em sua maioria, e destacando-se à distância, por causa de sua grande concentração em alguns casos e a posição que ocupam no paredão lítico.  Por mais que as estudemos e queiramos dar a elas um momento específico ou motivações para os seus autores a sua existência, pura e simples, e a forma excepcional com que se mostram ao observador, afiguram-nos como um grande mistério. É importante saber que tal posicionamento não se refere ao conjunto pictórico do Vale do Peruaçu como um todo, mas em relação a alguns grupos específicos de figuras mais enigmáticas e dotadas de conotações que não podem ser facilmente explicadas. 

 

Diante da sofisticação de muitos destes registros no Vale do Peruaçu, pode-se suspeitar que aqueles povos teriam então uma maneira diferente de ‘escrever’ e que esta ‘linguagem’ poderia estar relacionada a agrupamentos ou a raças bem mais antigas da Terra. Esta possível ‘linguagem’, além de mostrar figuras geométricas variadas inclui também figuras de animais, aves e humanas, procurando mostrar um contexto de ideias, onde estes elementos se coadunavam uns com os outros, num processo de vida e preservação de sua própria condição de sobrevivência.

 

Parece-nos que haveria também uma relação direta e incisiva em relação às suas crenças, aos seus medos e anseios, inerentes ao próprio sentimento humano, como também quanto aos fenômenos da natureza que observavam e um certo misticismo na compreensão dos mistérios que envolvem a própria vida, o nascer e o morrer.

 

É difícil para a nossa percepção pragmática das coisas em nosso tempo compreender as motivações que levaram esses homens primitivos a agirem desta maneira, pois consideramos que a sua condição seria extremamente limitada no campo mental e material. Que tipo ânimo ou ‘inteligência repentina’, pensamos, teriam se apoderado de suas mentes para levá-los a executar tão belos quanto sofisticados ‘trabalhos de arte’ a alturas tão expressivas e com elevado grau de dificuldade? Características deste tipo tornam uma tarefa como esta em algo não muito fácil de se compreender ou explicar.

 

O arqueólogo André Prous realizou muitas pesquisas em muitos dos abrigos do Peruaçu, alguns dos quais não estão abertos à visitação pública, como é o caso da Lapa do Malhador que se classifica entre um dos mais importantes patrimônios arqueológicos do Brasil. Segundo ele, toda esta região do Vale seria também uma das que teriam recebido os primeiros ‘artistas’ chegantes e que aí teriam encontrado paredões imensos para serem ‘trabalhados’ por seus ímpetos de ‘decoração’. Logo esses homens desconhecidos cobririam com “seus desenhos geométricos lineares policrômicos” todo o espaço possível destas paredes pétreas descomunais, desde a altura de um metro até alcançar cerca de 18 metros em alguns lugares, conforme afirma.

 

Parte das figuras enigmáticas próximos a caverna do Rezar.

 

Disse o arqueólogo que em todo o canion do Peruaçu foram levantados cerca de 60 sítios arqueológicos, num espaço relativamente pequeno para tantas manifestações ‘artísticas’ primitivas, colocando a região como a de maior concentração rupestre de Minas Gerais e dentre as maiores do Brasil. Na Lapa do Boquete, onde a equipe do arqueólogo trabalhou por muitos anos, foram encontrados diversos vestígios da presença humana, além de seus inumeráveis registros rupestres em cores fortes e variadas.

 

Afirmou também que “a decoração de paredões naturais com pinturas e gravuras já era praticada, há 9000 ou 10000 anos, nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e Piauí”. Na Lapa do Boquete foi encontrado um bloco de pedra enterrado, contendo incisões profundas e retilíneas que foram datadas entre cerca de 9000 e 7000 anos, sendo também identificados sepultamentos realizados em covas.

 

É nosso pensamento que esta região e muitas outras que existem no Brasil, tornaram-se privilegiadas por exibirem muitas destas demonstrações oriundas de uma cultura desconhecida, as quais acham-se mescladas com outras que se mostram claramente tratarem-se de ‘arte’ de caráter mais comum e que poderiam ter sido executadas posteriormente por outros grupos que ali teriam se instalado e sobrevivido.

 

No caso do Vale do Peruaçu este fator eleva muito o seu grau de complexidade, porque temos uma grande incidência desta ‘arte’ mais primitiva misturada com estas outras, onde os motivos e as técnicas de execução aplicadas se mostram muito variados. Também é alvo de incompreensão muitas das figuras que se acham gravadas na rocha, que em sua maior parte costumam abordar uma temática não conhecida, ocasionando assim novas dificuldades na busca do entendimento de seus reais objetivos ou prováveis significados.

 

Nos painéis desta nova gruta que visitamos em nossa segunda viagem (a Lapa do Rezar) vamos encontrar também, com relevante intensidade, elementos diferenciados e figuras inusitadas em destaque, compondo gigantescas áreas trabalhadas na pedra a uma altura considerável.  

 

Estas coisas causam-nos impressões muito fortes. Em nossas buscas no sentido de identificar o potencial dos autores desta ‘arte’ misteriosa, nossos pensamentos nos conduzem até mesmo a especular que eles teriam de ser, no mínimo, muito criativos e dotados de um grau de inteligência e persistência relevantes. Isto sem levar em consideração outros aspectos importantes que envolvem esta bela ‘arte’, no seu caráter estético, por exemplo, e no da beleza estratégica, acompanhados do poder da criação de figuras enigmáticas e simbólicas não facilmente identificáveis, que causam até os dias de hoje perplexidade nos seus observadores e até mesmo em pesquisadores acostumados com estas manifestações primitivas em todo o Brasil.

 

* J. A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado incursões em diversas regiões do Brasil. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. E-mail jafonseca1@hotmail.com.

 

- Fotografias: J. A. Fonseca e Adriano Augusto.

 

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