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Quando a bola sangra...

NÓS DISSECAMOS A BOLA SÓ PRA VER A COR DO AR!

Por Enrico Nuñez

Produção: Pepe Chaves

© Copyright 2004-2014, Pepe Arte Viva Ltda.

Contato: viafanzine@gmail.com

Clique aqui para ler crônicas do Arquivo 2010

 

Havia um Pato no caminho:

Porque o Corinthians vai pagar o Pato

Moral da história: Pato Mutante se transforma em Mico no Itaquera.

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

17/06/2015

 

Somente dirigentes sem o menor senso de planejamento poderiam deixar esta situação

ter chegado a este ponto. Por isso é justo que o Corinthians agora pague o Pato.

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Metaforicamente, o Corinthians vai pagar o Pato. Ou seja, vai arcar com os prejuízos de um péssimo negócio feito pela diretoria do clube, ao contratar, a preço de ouro o jogador Pato.

 

Mas, também literalmente, o Corinthians vai pagar o Pato. Ou seja, terá que desembolsar altas cifras ao jogador, referentes a pagamentos atrasados de direito de imagem, mesmo ele estando atuando agora pelo tricolor paulista.

 

Após emprestar Pato ao São Paulo Futebol Clube (para se livrar do pagamento de metade do salário ao jogador), o Corinthians foi cobrado pelo jogador através de vias judiciais e deverá pagar o Pato agora.

 

Contratado com pompas e apresentado à torcida como o salvador da Pátria, Pato decepcionou a todos com um baixo desempenho no ataque do Timão. A solução encontrada foi cedê-lo ao São Paulo que passou a arcar com metade do volumoso salário do atleta, aliviando o alvinegro em tempos de crise.

 

Somente o futebol paulista poderia dar um nó destes: um jogador contratado por um clube vem a atuar pelo rival, mas ao ser repassado, o clube contratante não quita todos os débitos com o atleta, e agora terá que pagá-lo para atuar em favor de um adversário.

 

Somente dirigentes sem o menor senso de planejamento poderiam deixar esta situação ter chegado a este ponto. Por isso é justo que o Corinthians agora pague o Pato.

 

Moral da história: Pato Mutante se transforma em Mico.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

 

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Copa no Brasil:

Pelé no País do Futebol Maravilha

Sua campanha em prol de gastos públicos com estádios e infraestrutura chegou a irritar alguns.

Mas nada irritou tanto, quanto o pedido do “Rei” ao povo brasileiro,

para que não se manifestasse nas ruas, “porque a Copa era mais importante”.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

19/03/2014

 

Assim como o “Rei”, o seu entronado “Príncipe”, também, entoou publicamente a visionária

e antológica afirmação: “uma Copa do Mundo no Brasil não se faz com hospitais”.

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O Pelé sempre fez questão de separar o Pelé do Edson Arantes do Nascimento. Que o Edson fale suas besteiras, mas deixem o Pelé em paz, afinal, ele marcou mais de mil gols. E nesta arrumação de Copa do Mundo no Brasil, o que não faltou foram “pérolas” do “Rei do futebol”, Edson Arantes do Nascimento! Além disso, o “Rei” colhe as sementes plantadas e mostra que tem um forte séquito, encabeçado pelo seu “Príncipe” Ronaldo, atualmente, alto funcionário da FIFA para a Copa no Brasil.

 

Defensor ferrenho da Copa no Brasil a qualquer custo, Pelé (e também Ronaldo) chegou a desagradar muitos admiradores, ao fazer declarações em que coloca o futebol na frente de outros problemas básicos e urgentes no país.

 

Sua campanha em prol de gastos públicos com estádios e infraestrutura chegou a irritar alguns. Mas nada irritou tanto, quanto o pedido do “Rei” ao povo brasileiro, para que não se manifestasse nas ruas, “porque a Copa era mais importante”.

 

Assim como o “Rei”, o seu entronado “Príncipe”, também, entoou publicamente a visionária e antológica afirmação: “uma Copa do Mundo no Brasil não se faz com hospitais”. Problemas das péssimas gestões governamentais à parte, Pelé e Ronaldo nada mais fazem do que olhar para o próprio umbigo ou puxar a brasa para a sua sardinha, querem, apenas, continuar a manter a boa vida e as adulações proporcionadas pelo futebol.

 

Ex-atletas como eles, devem se sentir a própria Alice no País das Maravilhas, quando a Copa é no seu próprio país. Sobretudo, pelo aumento exorbitante do faturamento com publicidades, onde aparecem sorridentes em propagandas de grandes montadoras, materiais esportivos, bebidas e outros produtos de elite.

 

Além disso, pipocam convites para as melhores festas do continente; tratamento vip por onde quer que se vá em todo o mundo; concedem entrevistas e “pareceres” aos maiores veículos de comunicação; recebem bajulação, brindes e dinheiro, muito dinheiro... E o povo? Que tome um alucinógeno goela abaixo se o futebol não bastar...

 

Embriagados pelas Maravilhas do País do Futebol, eles preferem maquiar a realidade brasileira, pelo menos, até que a Copa termine e que derroquem àqueles que dão de si pela busca à solução dos notáveis problemas nacionais! Estes são os nossos ídolos! Os mesmos, cujo desejo é te ver fanatizado com uma camisa da Seleção, gritando gol e enchendo a cara de cerveja durante a Copa no Brasil.

 

E a navalha na bola ó: sleptxssssssssssssssssssssss!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

 

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Absurdos da bola:

Racismo no Peru indignou os brasileiros

Que lição nós poderemos tirar quando vemos um estádio lotado por descendentes de indígenas

hostilizando um único indivíduo negro – entre tantos outros que ali estavam – naquele ambiente?

E que lição poderíamos tirar se tivesse ocorrido o contrário?

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

13/02/2014

 

As lamentáveis manifestações ofuscaram a derrota do Cruzeiro em sua estreia

na Copa Libertadores 2014 e causaram muita consternação em todo o país.

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O povo de um país multirracial e multicultural como o Brasil ficou espantado com a manifestação racista de torcedores do Real Garcilaso na partida que venceu o Cruzeiro por 2 a 1 no Peru, nesta quarta-fera.

 

Os gritos que imitavam sons de macacos desferidos para hostilizar o jogador Tinga toda vez que ele pegava na bola foi uma demonstração de hipocrisia de um povo, que mistura diversas etnias indígenas, criando uma mistura com descendentes de espanhóis e negros africanos.

 

Isso, em uma partida apitada por um árbitro negro, sendo que o Real Garcilaso também tinha atletas negros em campo. Então, por que essa demonstração de desrespeito e humilhação contra uma única pessoa, por vestir uma camisa adversária?

 

Cada vez mais comum na Europa, este tipo de preconceito vem crescendo em gramados de todo o mundo, sem a FIFA sequer punir à altura, tal ato, que seria crime em vários países – entre eles, o Brasil.

 

Nem mesmo no Brasil atletas de tez escura estão livres de serem vítimas de racismo. Mas, no mundo do futebol, clubes são punidos quando há brigas de torcidas ou quando os torcedores praticam outros crimes. Mas jamais quando os torcedores investem um coro racista para cima de algum atleta.

 

As lamentáveis manifestações ofuscaram a derrota do Cruzeiro em sua estreia na Copa Libertadores 2014 e causaram muita consternação em todo o país. A presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas Gerais publicaram notas abominando o ocorrido. Até o presidente do arquirrival Atlético Mineiro se manifestou contra o ato. O treinador do Real Garcilaso também se manifestou e se desculpou sobre o ocorrido. Diversos atletas, comentaristas e jornalistas brasileiros também se sentiram indignados com a demonstração racista, em pleno século 21. A CBF, A Conmebol e FIFA ainda não se manifestaram.

 

Que lição nós poderemos tirar quando vemos um estádio lotado por descendentes de indígenas hostilizando um único indivíduo negro – entre tantos outros que ali estavam – naquele ambiente? E que lição poderíamos tirar se tivesse ocorrido o contrário?

 

Contudo, se no Brasil o racismo é considerado crime pela Constituição Federal, a Conmebol e a FIFA necessitam instituir regras claras para a devida punição dos clubes, cujos torcedores se manifestam de maneira racista ou hostil aos visitantes. Segundo informações de nossos contatos em Belo Horizonte, o Cruzeiro deverá entrar com um recurso junto à Conmebol, no sentido de pedir apuração e punição ao ocorrido.

 

Bola “preta” para os peruanos que hostilizaram Tinga, seu time venceu em campo, mas vocês mutilaram a bola.

 

- Imagem: Cruzeiro E.C./Divulgação.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

 

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2013:

O ano em que o futebol paulista enfiou o pé na jaca

Sem nenhum time na Libertadores 2014, o futebol paulista

enfiou o pé na jaca, bateu na trave e assassinou a bola...

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

13/12/2013

 

Pé na jaca e bola na trave não alteram o placar.

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Será uma versão singular esta da Copa Libertadores da América 2014. Em um raro momento, nenhum clube paulista participa da competição. Do Brasil, conseguiram vagas, os seguintes clubes, Atlético Mineiro (atual campeão da competição), Cruzeiro (atual campeão brasileiro), ambos figuram como cabeças de chaves, além de Flamengo, Atlético-PR e Grêmio.

 

Os clubes do Estado que mais investe em futebol, onde são pagos os maiores salários do continente americano para esta modalidade, passaram horrores na temporada 2013.

 

O Estado de São Paulo ainda sustentou até o último momento, a possibilidade de enviar pelo menos um clube à competição subcontinental. Por ironia, o último candidato com chances foi a Ponte Preta, rebaixada no Brasileirão 2013. Mas, nem a campineira Ponte salvou a mátria paulista, pois foi facilmente derrotada na final da Copa Sul Americana, por 2 a 0 pelo Lanús, limitando a participação brasileira em cinco clubes.

 

Objeto de charges humorísticas e muitas críticas (sobretudo, por torcedores paulistas entre si), o futebol de São Paulo, em especial, o paulistano, passou a navalha no pescoço da bola este ano. Seus maiores destaques viraram piadas. Cenas cômicas e nada nobres foram fartamente exploradas pela mídia esportiva sensacionalista.  Vimos personagens que se tornaram ícones de grandes clubes paulistanos, como Emerson Sheik, Alexandre Pato, Rogério Ceni e tantos outros “rasgarem a bola” quase que literalmente na temporada 2013.

 

E nada indica que este baixo nível vivido pelo futebol paulista em 2013 não se repita na Série A do Brasileirão em 2014. Ainda que as contratações para a próxima temporada não tenham sido divulgadas, os clubes paulistas (que agora terão o Palmeiras de volta!) demonstram que poucas novidades poderão surgir para 2014.

 

Enquanto isso, clubes de Estados como Minas Gerais e Santa Catarina se destacam positivamente e demonstram crescimento na elite do futebol brasileiro. Desta maneira, as conjecturas transmutam, a Terra gira, a bola entra e a fila anda...

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

 

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Sem pesos e medidas:

A intermediária entre a CBF e um bando de loucos

Em vez de usar a CBF, o Corinthians devia era mandar o Ronaldo Nazário a Bolívia,

para fazer embaixadinhas para os torcedores atingidos e reafirmar em alto

e bom tom o quanto esta agremiação é de fato, um bando de loucos!

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

16/03/2013

 

Sepultamento do jovem Kevin Espada, morto por ação de torcedores corintianos na Bolívia.

 

Quando o jogador Ronaldo Nazário (hoje funcionário da CBF) chegou para jogar no Corinthians todos acharam uma “gracinha” a frase proferida por ele na sua chegada ao Parque São Jorge: “Sou mais um louco nesse bando de loucos”, incendiando o fanatismo e proferindo uma ode à inconsequência. A frase, que já devia estar muito bem ensaiada por ele, repercutiu em todos os veículos da comunicação nacional, evidentemente, exaltando a fiel “loucura” dos corintianos.

 

Cerca de três anos depois, um “bando de loucos” se dirige para a Bolívia e dispara um artefato derivado dos fogos de artifício em direção a torcida adversária, acertando o rosto de um jovem de 15 anos chamado Kevin Espada e o matando. É nesta hora que ninguém quer fazer parte do famigerado “bando de loucos”, depois que a verdadeira loucura (crime) foi feita.

 

Não somente a “loucura” cometida por um notório bando de indivíduos inconsequentes, significativo crime é também a direção de um estádio deixar torcedor entrar com uma “arma de fogo” como essa para assistir jogos de futebol. Falhas bolivianas a parte, o fato sensibilizou todo aquele país, cuja polícia deteve preso um bando de 12 loucos corintianos que, até essa data, ainda se encontra detido naquele país.

 

Punido ao ter a sua torcida banida dos jogos da Taça Libertadores 2013, o Corinthians chegou a mencionar que doaria rendas de algumas de suas partidas a família do jovem morto por seus torcedores. No entanto, isso não ocorreu, pois a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assumiu o ônus corintiano: marcou para o dia 06/04 uma partida amistosa da Seleção Brasileira contra a Seleção da Bolívia, a qual terá sua renda doada a família de Kevin Espada, decerto, para colocar um ponto final na questão.

 

O caricato presidente da CBF, José Maria Marin (que esbravejou fortemente contra a imprensa brasileira nesta semana), mais uma vez passou a mão na cabeça de um dos clubes preteridos pela Confederação. Nós entendemos que o problema com a torcida atingida, a família enlutada e a morte de um torcedor na Bolívia é relativo exclusivamente a direção do Corinthians, não do futebol brasileiro, jamais da CBF!

 

A família merece ser muito bem indenizada sim, contudo, não por ações da CBF, mas pela parte do Sport Club Corinthians Paulista, o verdadeiro responsável pela morte de uma pessoa. Torna-se ridículo o senhor Marin, se revestir de uma aura de "rapaz bonzinho" para tomar frente disso, mais uma vez, protegendo interesses do Corinthians, agora não mais para ser campeão brasileiro ou obter vantagens dentro de campo - como vimos recentemente -, mas em ações de seus vândalos torcedores que tramitam na justiça boliviana. Esse também seria o papel de uma confederação nacional de futebol?

 

É fato que a CBF tem sido uma verdadeira “mãe”, bem como manifestado predileção para com determinados clubes do futebol Rio-São Paulo, enquanto desconhece e até prejudica outros de seus confederados. O “biônico” (também no futebol, além da política) presidente da CBF agora está abrindo precedente para que qualquer clube confederado brasileiro também “use” a CBF e a Seleção Brasileira para limpar as sujeiras que porventura, sejam promovidas por gangs criminosas hospedadas calorosamente por suas torcidas. E com direito a apologia à loucura até por parte de jogador com peso de ouro! Bom, se não for assim, este presidente estará fazendo pior: estará declarando explicitamente um apoio dileto e preterido ao Corinthians (o que não seria novidade pra ninguém) ao colocar a maior instituição do futebol brasileiro a favor de um destacado “bando de loucos”.

 

Como eu já disse aqui noutros carnavais, a CBF, na prática, mostra (mais uma vez) que é mesmo uma extensão do Corinthians e vice-versa. Sem a menor ética, as ações, as pessoas envolvidas e as resoluções são sempre suspeitas quando o objetivo é beneficiar, limpar, obter vantagens. A CBF, uma instituição genuinamente carioca, presidida por um paulista tem sido bastante questionada ao se confundir com determinados clubes de futebol sediados nesses dois Estados, passando a funcionar como uma espécie de "extensão" destes - ou dos seus interesses, como queiram.

 

Eu também não sei onde termina a CBF e começa o Corinthians, e vice-versa (como citou o nosso editor). Sei é que estamos posicionados na intermediária, entre a CBF e o Corinthians. E dessa parte do campo, vemos cartolas unidos pela falta de escrúpulos, rodeados por um bando de loucos que usa e abusa de uma confederação, agora, não somente para alcançar títulos “inatingíveis” dentro do futebol, mas também na tentativa de sanar ações criminosas e extracampo de seus, igualmente, “loucos” torcedores.

 

Mais sensato seria, em vez de usar a CBF, o Corinthians devia era mandar o Ronaldo Nazário a Bolívia, para fazer embaixadinhas para os torcedores atingidos e reafirmar em alto e bom tom o quanto esta agremiação tem sido de fato, um bando de loucos e inconsequentes.

 

Ô, lôco, manô!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

 

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Rebaixamento:

A dor de um parto ao avesso

Quantos grandes clubes foram e ainda serão rebaixados e

passarão pela amargura, humilhação e execração pública?

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

22/11/2012

 

 

Agora é começar tudo de novo, para voltar ao ponto que se encontrava.

 

É tão doloroso, quanto um aborto ao avesso, seja para o jogador, treinador, torcedor ou presidente de um clube rebaixado. Pior que a dor de uma perda é a dor da marginalização. É o tiro para o escanteio, a falta mal marcada, o pênalti mal batido, e a bola do jogo que passa, perdida para a linha de fundo...

 

Assim, os envolvidos sentem o rebaixamento de um clube para uma divisão inferior.

 

Mas, quantos grandes clubes foram e ainda serão rebaixados e passarão pela amargura, humilhação e execração pública? Foi assim com o River Plate na Argentina (que voltou “rapidinho”, quase igual ao Fluminense) e agora é assim com o Palmeiras no Brasil. Quando um grande clube cai, toda sua estrutura é drasticamente abalada. Há uma forte queda de receita para a temporada seguinte e ainda assim, fica a exigência e a obrigação de se superar para retornar à elite o mais breve possível.

 

De fato, um clube não deixa de ser grande porque foi rebaixado, como disse o presidente Palmeirense Tirone. Ademais, o rebaixamento pode ser até um aprendizado, mesmo que ocorra por uma segunda vez, como é o caso aqui. Afinal, 10 anos separam o primeiro rebaixamento do Palmeiras e muitas lições aprendidas lá se foram perdidas. Vimos que a fé e a esperança estiveram presentes até a última possibilidade de chance de manutenção na elite. Mas também assistimos à ausência do futebol, à conclusão do gol estiveram e o ânimo ao longo de toda a disputa.

 

O Palmeiras manteve um elenco medianeiro na temporada 2012, mas poderia ter se safado do rebaixamento, se os jogadores tivessem um desempenho menos inconstante nas partidas.

 

O esmeraldino paulista parece ter se anestesiado após a conquista da Copa do Brasil 2012 e, simplesmente, “parou de jogar” durante o Brasileirão, pelo simples fato de já ter assegurada a vaga para a Libertadores de 2013. O comodismo tomou conta do elenco e, no primeiro sinal de fogo na casa das máquinas, o capitão Felipão abandonou o navio.

 

A Felipão deve ser atribuída grande parte da culpa pelo rebaixamento, pois ele deixou o clube no momento em que menos deveria fazê-lo, como se tivesse prevendo o desastre mais adiante e por isso, tirando o corpo fora sem se comprometer ainda mais com o insucesso do elenco.

 

Contudo, o comandante técnico não é o único culpado. Também a diretoria palmeirense tem uma grande dose de culpa na queda. Fez contratações duvidosas e outras que não deram certo, caracterizando os desconcertos dessa gestão. Na verdade, a culpa do rebaixamento sobrecai em prestações nas costas de cada um dos responsáveis pelo Palmeiras, dentro e fora de campo.

 

Não há dúvidas que o Porco possa se recuperar durante a temporada de 2013, pela Série B, e retornar revigorado à elite em 2014. Entretanto, agora é hora de muito trabalho, planejamento, ação e aquilo que mais esteve ausente em 2012: futebol.

 

- Imagem: Divulgação.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

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Torcedor-juiz:

Um flamenguista de toga na CBF

 O auditor flamenguista Jonas Lopes de Carvalho julgou Ronaldinho pelo STJD,

depois criticá-lo abertamente na internet. Esta é a CBF do Zé das Medalhas.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

11/10/2012

 

Jonas Lopes de Carvalho: Este é o auditor da CBF que julgou

Ronaldinho Gaúcho e o retirou da partida contra o Internacional.

Alguma dúvida de sua isenção?

 

Vi o desabafo do presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil contra o flamenguista do STJD da CBF, Jonas Lopes de Carvalho, que retirou Ronaldinho Gaúcho do jogo contra o Internacional por suspensão.

 

Suspensão pela qual, o jogador foi sequer advertido pelo juiz, mas punido – com base em imagens - por “jogada perigosa” ao levantar o pé à altura do rosto do atacante Kleber. Ora, se de fato, o STJD se vale de “imagens” para punir o que o juiz deixou de marcar, haverá uma revolução no futebol brasileiro. Pois está aberto precedente para invalidar aquele gol em que a bola entrou, mas o juiz não viu. Ou então validar aquele lance, em que a bola não entrou, mas o juiz viu isso. Por que não? Se o critério é usar imagens após os jogos para se “passar a limpo” a partida, está valendo tudo! Ou será que isso só vale contra o Atlético, jurado de não ser campeão por gente da CBF? Ou um critério teria sido inventado somente para afastar Ronaldinho, julgado pelo delírio e sabor de um flamenguista que o criticou publicamente?

 

O Kalil agora chora, esbraveja (e com razão), mas pôs panos quentes quando o jornalista Kajuru fez graves denúncias contra a CBF. Disse, o presidente do Atlético, que ouviu do presidente da entidade maior do futebol brasileiro, José Maria Marin, que “ninguém ia tocar um dedo no Atlético”. Decerto, ele não falou em meter as duas mãos ou em mudar as regras do jogo...

 

Kalil não quis polemizar as denúncias de Kajuru (veja abaixo) e Reinaldo até as negou, mas tudo o que ele falou está acontecendo. O Atlético não será campeão enquanto Kalil for presidente e quem é ele para contestar isso? Tudo o que foi denunciado está ocorrendo: o Atlético visivelmente prejudicado com a suspensão de partida contra o Flamengo, enquanto deveria apenas mudar o estádio; Ronaldinho suspenso injustamente (ou fora dos critérios que sempre foram utilizados pela Comissão de Arbitragem); Victor, o goleiro que vem salvando o Atlético, foi convocado para a seleção; o Fluminense vem sendo reiteradamente privilegiado pela arbitragem. Basta dizer que na vitória de 2 a 0 sobre o Bahia, os baianos saíram na frente e tiveram o gol injustamente anulado. Além disso, não sabemos se é acaso ou "tramas", mas vale lembrar que o Atlético é também o clube mais perseguido pela arbitragem: foi o que mais recebeu cartões amarelos e vermelhos nesse campeonato.

 

Já está tudo articulado no sujo palco do futebol brasileiro. Quando se vê um flamenguista assumido, a ponto de fazer uma grosseira montagem de Ronaldinho Gaúcho, para depois jogar uma toga da Justiça Desportiva Brasileira sobre a camisa do flamengo que usa na foto acima, para julgá-lo. Depois disso, o que mais podemos esperar de "Justiça Desportiva" no Brasil?

 

Em verdade este senhor, Jonas Lopes de Carvalho, deveria ter vergonha de se comportar dessa maneira e se tivesse o mínimo de caráter, deveria agora deixar o cargo, após pagar este mico preto e vermelho. E ainda dizer que o fato de ser flamenguista assumido (e ter insultado Ronaldinho publicamente) nada tem a ver com o seu ofício de togado... Este é um típico espetáculo de malandro carioca, de quem gosta de levar vantagem em tudo e de se aproveitar de sua posição para prejudicar desafetos ou fazer média com outros. Coisa mesquinha da pior raça de carioca. O sujeito subiu um degrau na vida e já quer beneficiar o seu clube, de dentro da CBF! Imagine agora o que faria com a sua comprovada má fé, se ele fosse uma autoridade no Brasil?

 

E, assim como o Atlético, qualquer outro clube que se tornar desafeto do Flamengo está sujeito a passar o mesmo: ter critérios de julgamento criados contra si. A CBF está dominada por uma corja de corruptos e desonestos. Basta ver que o seu presidente, antes de sonhar com o cargo, foi flagrado embolsando medalhas em uma premiação. Que moral pode ter um homem deste nível, como gestor maior de futebol no Brasil?

 

Afinal, foi Marin que colocou lá este homem que agora julga pela CBF, com uma camisa do Flamengo por debaixo da toga, cujo histórico falta com respeito aos clubes que ele mesmo julgaria depois. Há algo mais amador que isso para o futebol penta? Com a mais despida alma de torcedor rubronegro veio a público hostilizar os seus dois maiores rivais, ao chamar o Fluminense de "Florminense" e o Atlético de "Clube Patético Mineiro". Mas ele não critica os atletas do Flamengo que são acusados de assassinato, como um goleiro que saiu da Gávea para ir para trás das grades, ou os vários atletas do clube dele, acusados de associação com o tráfico e com o contrabando de automóveis importados. Tudo isso daria muitas piadas e "montagens" para gente desocupada como o senhor Jonas Lopes de Carvalho, mas ele ainda se diz imparcial, enquanto é assumido torcedor do Flamengo. E nem critica o seu clube que não paga salários e tem até telefone cortado enquanto a presidente assistia aos jogos olímpicos. Na primeira oportunidade, quer se vingar de quem saiu do clube que ele torce, por não receber valores pré-determinados.

 

Isso é inadmissível, incompatível com o cargo ou com o mínimo de seriedade que se espere das pessoas que integram o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas, será que Marin vai afastar Jonas Lopes de Carvalho, como afastou o comando da arbitragem a pedido do Corinthians? Evidentemente que não, porque, de fato, tudo já foi traçado para o Atlético não ser campeão, como teria dito Ricardo Teixeira, conforme denúncia. Tudo porque Kalil foi o último presidente de clube a resistir a proposta feita pela também flamenguista Rede Globo, para a transmissão do jogos do Brasileirão. E não adianta ninguém colocar panos quentes ou falar em conspiração: tudo está muito claro e não somente com relação à arbitragem, mas também o tapetão (como vimos). Todas as medidas seguem a favor de não permitir que o título siga para Minas. Houve inúmeras outras ocorrências, altamente contestáveis e suspeitas, que prejudicaram sobremaneira o Clube Atlético Mineiro ao longo deste campeonato, mas pouparei por aqui.

 

Esta é a CBF do Zé das Medalhas: um bando de cariocas e paulistas, fazendo a cama para os seus clubes sem a menor vergonha ou pudor. Tudo visando a valorização e exportação de jogadores. Será necessário que os presidentes de clubes, cansados da desonestidade e da falta de critérios comuns, se juntem e criem uma entidade paralela para termos futebol honesto no país? Ou tais presidentes vão também estar coniventes com a palhaçada em que está se transformando o futebol brasileiro dos dias de hoje? Afinal, foram eles que elegeram o Zé das Medalhas!

 

Já falei aqui, enquanto a CBF se mantiver no Rio de Janeiro, e não em Brasília, como os demais órgãos de caráter federal, tudo estará “facilitado” para que dirigentes inescrupulosos e torcedores-juízes como este desonesto e parcial Jonas Lopes de Carvalho, continuem depredando e desvirtuando este esporte que faz parte da cultura brasileira. É preciso refazer esta estrutura podre e corrupta criada por João Havelange e legada por ele ao seu genro Ricardo Teixeira, sob pena do esvaziamento dos estádios, que já se mostra bastante evidente nos últimos anos. Temos dito há muito!

 

- Imagem: Divulgação.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

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Adivinhação:

A bola de cristal do futebol

Após se dar com os burros na água por várias vezes, a maioria dos

 jornalistas esportivos não emenda: futebol é o imprevisto em si.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

10/09/2012

 

O Futuro, ao goleador pertence.

 

Lendo o artigo “Ronaldinho e a sua volta por cima” do editor de Via Fanzine, Pepe Chaves, eu pude refletir sobre algo que ele cita lá: a bola de cristal da imprensa esportiva.

 

Nesta temporada, os queridinhos da imprensa Rio-São Paulo, Flamengo e Corinthians, não mantêm desempenho para brigar pelas primeiras posições e por isso, os “médiuns do futebol brasileiro” têm apelado a outras previsões.

 

Num país em que uma emissora de televisão transforma um ex-jogador que mal sabe falar o português, em “comentarista esportivo”, pode-se esperar qualquer besteira vinda da imprensa.

 

A previsão inicial das bolas de futebol de cristal de muitos jornalistas “ousados” tem saído pela culatra. Clubes tidos inicialmente como favoritos fazem campanhas razoáveis ou até execráveis. Enquanto outros que não eram cotados pelas previsões mais otimistas, avançam junto ao grupo dos primeiros colocados.

 

Após se dar com os burros na água por várias vezes, a maioria dos jornalistas esportivos não emenda: futebol é o imprevisto em si. Essa de querer apontar os favoritos ou o possível campeão é coisa de quem somente não entende, mas de quem apenas brinca com futebol. Quem apostaria que o Bahia venceria o Vasco por 4 a 0 em São Januário?

 

É como aquela emissora que contrata o ex-jogador para ser o seu comentarista esportivo, quando este, na verdade, atua ali é como um torcedor doentio, pois não tem sequer a educação básica: grita, xinga, discute e fala muitas baixarias em rede nacional, forçando a barra para o seu time ser figurar entre as previsões mais otimistas. Na verdade, ele está ali mesmo é disposto a prever as glórias para o seu clube de coração e criticar ou rebaixar os rivais do clube a que torce fervorosamente. E para certos "comentaristas esportivos" não faltam motivos para se fazer média com o clube de sua estima.

 

Enquanto alguns jornalistas que se autoproclamam “experts” em previsão futebolística arriscam os seus palpites, a realidade é outra, e mostra que a bola do jogo é de quem sabe tocá-la, e logo, a faixa de campeão vai para aquele o qual esta terá o melhor caimento. E nessa, todos querem cair..

 

- Imagem: Divulgação.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

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Agradando corintianos:

CBF: Atendendo pedidos

Atendendo pedido do Corinthians, Marin mostra

cartão vermelho para o seu presidente de Arbitragem.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

23/08/2012

  

Como qualquer um poderia imaginar, o presidente da CBF, José Maria Marin, atendendo pedido da diretoria do Corinthians (do Mano, do Sanchez, do Ronaldo...) trocou o comando da Comissão de Arbitragem e nomeou como novo presidente Aristeu Leonardo Tavares em substituição a Sérgio Corrêa da Silva.

 

O inegável lance com três impedimentos não marcados no jogo do “Curingão” contra o “Peixe” foi a gota d’água que fez transbordar o copo, então, vazio. Para a diretoria e a torcida do Corinthians, a decisão do Papa Medalhas foi mais que acertada. Isso, para um clube que hoje domina a CBF com seus cartolas e que, comentam, recebeu ajuda da arbitragem e um empurrão do Lula para ser campeão, faz três temporadas.

 

Poderia ser uma atitude nobre, se Marin, atendendo ao pedido de um dirigente de clube, destituísse o chefe da arbitragem e não somente punisse ou reciclasse os árbitros da partida. Poderia, se ele agisse da mesma maneira com os demais clubes.

 

Gostaria muito de ver o Marin destituir o presidente da Comissão de Arbitragem, atendendo pedidos de clubes como o Náutico Capibaribe, ou mesmo os clubes do Paraná, de Minas Gerais, do Nordeste e outros. Inclusive, estes são os clubes que mais reclamam de arbitragem, sempre batendo na mesma tecla: clubes de São Paulo estão sendo privilegiados. No entanto, nunca são atendidos, sobretudo, desta maneira personalizada e assistencialista com que Marin veio a público anunciar essa substituição.

 

Para o Corinthians, as inúmeras vezes que este clube foi beneficiado por arbitragem são coisas do passado. Inclusive, podia enumerar aqui, decisões que foram retiradas dos verdadeiros vencedores, por conta de arbitragens da CBF, algumas, descaradamente. Mas vou poupá-los.

 

Pedir para tirar Mano e Sanchez, o pessoal do Curingão não pede, não é? Só querem o bem geral da nação corintiana, é o fato.

 

Enfim, fica a sensação de que por detrás da arbitragem da CBF estão decisões arbitrariamente favoráveis àqueles que, de alguma maneira, "prestam serviço direto" à Confederação ou que se encontram, profissionalmente, muito bem acomodados nos seios desta instituição 'pauliroca' do Brasil.

 

Lamentável, para um país "medalha de prata". E ainda acham pouco?

 

- Imagem: Divulgação.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

*  *  *

 

O lado negro do futebol:

CBF: lambanças e graves acusações

A CBF se tornou um ninho de cartolas suspeitos, cujo desígnio do futebol,

pode ser negro para o público que o sustenta no Brasil.

 

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

07/08/2012

 

Será que a CBF persegue?

 

Cada vez mais claro está que, as ações da CBF vêm se confundindo com interesses particulares de determinados clubes e dirigentes do futebol brasileiro. Através do artigo "Kajuru denuncia ‘esquema’ da CBF contra o Atlético" publicado por Via Fanzine, tomei ciência hoje das graves denúncias feitas por Jorge Kajuru, no seu programa de uma tevê a cabo, em Belo Horizonte. E, sua fala, realmente, pode proceder e, por isso, merece atenção das autoridades pertinentes.

 

Segundo o jornalista, haveria um complô dentro da CBF pronto para impedir que o Clube Atlético Mineiro conquiste o título nacional, pelo menos, enquanto Alexandre Kalil for o seu presidente. Ele diz ter ouvido isso de Eurico Miranda e também do ex-atacante alvinegro mineiro, Reinado, que teriam confirmado essa intenção do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

 

A retaliação seria porque o presidente atleticano Kalil teria resistido a aceitar proposta da Rede Globo para a transmissão dos jogos do Brasileirão em 2012. Kajuru também vê como pirraça o fato de a CBF promover o adiamento (e não mudar o local, como seria mais sensato) do jogo mandado pelo Flamengo, contra o Atlético.

 

Ovos gorados no ninho do urubu

 

Fato é que, passando por uma grave crise, dentro e fora de campo, agravada após dispensar o técnico Joel Santana e contratar Dorival Júnior, está claro que o Flamengo se beneficiou do absurdo adiamento imposto pela CBF. Com a conta de luz cortada este mês - por falta de pagamento -, enquanto a sua ocupadíssima presidente participando das Olimpíadas de Londres, melhor mesmo para a CBF é conceder um “recesso” ao Flamengo, senão, complica ainda mais. E eu, bobo aqui, pensando que quem iria brilhar como medalhista em Londres seria o nosso José Maria Marin...

 

Adiar uma partida poucos dias antes de sua realização, atirando por terra todo o planejamento de um clube profissional, que por sinal, lidera o campeonato, é um ato de menos, para gente acusada de fazer coisas muito piores. Para eles, pouco importa (ou muito importaria nesse momento?) que tal lambança venha prejudicar seja quem for.

 

Teixeira no trono virtual

 

Para Kajuru, Ricardo Teixeira, que recebe CR$ 120 mil da CBF para morar nos EUA e ainda assim “manter” cargo de assessor da CBF, é quem ainda manda na entidade e José Maria Marin, “seria somente” o seu presidente. Ele também evoca fortes adjetivos para se referir aos dirigentes, tomando por base o histórico destes, bem como as inúmeras denúncias formais contra Ricardo Teixeira.

 

A CBF se tornou um ninho de cartolas suspeitos, cujo desígnio do futebol, pode ser negro para o público que o sustenta no Brasil. As cartas marcadas, os jogos de interesse, a manipulação dos árbitros (evidente em outros casos), as pirraças e quedas de braços fora de campo, vêm tirar o brilho, daquela que deveria ser uma entidade ISENTA, para gestar a realidade nua e crua do futebol brasileiro.

 

Não resta a menor dúvida que, clubes como Corinthians e Flamengo têm sido reiteradamente beneficiados pela CBF nesses últimos anos. Recentemente, o clube de coração do ex-presidente Lula teve um forte empurrão para conquistar o campeonato brasileiro. Além disso, está claro que o atendimento é sempre “vip” aos clubes dirigidos por “amigos pessoais” (ou um pouco mais que isso) dos dirigentes da entidade maior do futebol brasileiro.

 

Reiteramos aqui a necessidade, de uma “limpeza” urgente na entidade maior do nosso futebol, incluindo, a transferência de sua sede para Brasília. Alô, Dona Presidenta faxineira!

 

Contudo, a bem da verdade, enquanto a sede da CBF permanecer na cidade do Rio de Janeiro e não em Brasília como outros órgãos federais, estas e outras maracutaias bem piores estarão na pauta de nossas próximas “navalhas na bola”.

 

Cria vergonha! Vai para Brasília, CBF!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Tópico relacionado:

   Kajuru denuncia ‘esquema’ da CBF contra o Atlético

 

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O substituto:

Medalhista da CBF substitui Ricardo Teixeira

Mesmo envolvendo e expondo uma filha menor de idade, que teria recebido milhões em sua conta,

depositados pelo presidente do clube Barcelona, Teixeira mostra que é osso gordo de se roer.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

09/03/2012

Marín, no momento do 'embolso da medalha subtraída'.

 

Sei que ninguém sentiu minha falta neste recanto digital. Até porque, eu não daria conta de escrever sobre as inúmeras navalhadas que a bola tomou e vem tomando nestes últimos meses e dias.

 

Não bastasse Jeróme Valcke ter dado o indigno pontapé inicial da Copa 2014 - no traseiro do Brasil -, os desdobramentos da falta de vergonha, dos escândalos e denúncias pesadas insistem em rodear os cartolas, aqui e lá fora.

 

Toda essa palhaçada protagonizada também pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, parece que vai acabar numa suculenta pizza, pois, após anunciar que não aceitaria mais Valcke como interlocutor da Fifa para a Copa no Brasil, nós acabamos de ser informados que o "cobrador oficial de pênaltis" da Fifa foi perdoado e segue firme no posto. Daí, não resisti e tive que voltar aqui, a estas sangrentas páginas futebolísticas, escarrar o meu tédio.

 

A sangria da bola nunca se fez tão presente como nesse instante. Ricardo Teixeira que parecia próximo de cair do posto, se revigorou junto aos presidentes das federações e, em vez de anunciar sua saída, afirma que seguirá firme frente ao posto máximo da cartolagem no Brasil.

 

Mesmo envolvendo e expondo uma filha menor de idade, que teria recebido milhões em sua conta, depositados pelo presidente do clube Barcelona, Teixeira mostra que é osso gordo de se roer.

 

Quando ainda anunciava sua permanência, Teixeira também já afirmava que se afastaria em breve “por motivos de saúde”. Em seu lugar entra o regra três, “medalhista oficial da CBF”, José Maria Marín.

 

E ontem, Teixeira anunciou o seu oficial afastamento e a posse do interino Marín. José María Marín iniciou sua carreira política na década de 1960, como vereador em São Paulo, filiado ao Partido de Representação Popular. De lá até aqui, assumiu diversos cargos públicos. Mais recentemente, Marín foi presidente da Federação Paulista de Futebol (1982-1988), e chefe da Delegação Brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México. Atualmente era um dos vice-presidentes da CBF (representando a Região Sudeste). É o principal candidato a substituir Ricardo Teixeira na presidência da CBF.

 

Mas, nacionalmente, se tornou personalidade absoluta somente após embolsar uma medalha entregue numa recente premiação. O episódio da “mão leve” é assim descrito pela Wikepedia: “A medalha embolsada - Em 25 de janeiro de 2012, durante a premiação após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Junior, vencida pelo S.C. Corinthians Paulista, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o ex-governador Marin, ‘disfarçadamente’ embolsou uma das medalhas que seria entregue ao jogador Mateus do Corinthians. O ato foi flagrado e exibido ao vivo em rede nacional pelas câmeras da Rede Bandeirantes de Televisão. O episódio causou revolta e foi muito comentado nas redes sociais”. Ele merece ou não merece? Para um homem que prestou tantos serviços ao futebol... Uma medalhinha afanada é muito pouco.

 

Porém, um dos atletas que deveria receber o seu merecido prêmio ficou sem a medalha embolsada pelo cartola, que já é chamado de "Zé das Medalhas". Teixeira é mesmo seletivo. Mas corre o risco de ter em seu lugar uma figura que se torna cada vez mais caricata no mundo futebol. Para ele, que é muito franco, se a aberração não sair na Globo, "tá" valendo! Então, em suma, façam caricaturas, mas deixem a eminência-parda em paz!

 

Em alguns países de leis severas, quando alguém rouba, lhe é cortada a mão, aqui no Brasil quem rouba é promovido! E isso não ocorre só na CBF, como temos visto todos os dias - com ênfase aqui na capital federal.

 

Por sua vez, Ricardo Teixeira, que deve ter achado uma piada esse fiasco das medalhas, protagonizado por seu sucessor interino e possivelmente definitivo, se não arrumou um substituto à sua largura, parece que conseguiu um à sua altura, pra mais...

 

Em meio a todo esse lixo ético, estas pornografias administrativas, estupros do bom senso e incestos morais, a pergunta que eu deixo no couro sangrado é: o que se pode esperar da gestão de um homem que mete no bolso o que não é seu, na base da dissimulação e na frente das câmeras?

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Imagem: ESPN/Reprodução.

 

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Mais um 'louco' na CBF:

Teixeira quer convocar o Corinthians inteiro

A minha impressão é que a seleção brasileira está tragando o Sport Club Corinthians

Paulista para dentro de si. Ou estarei enganado e ocorre justamente o oposto?

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

26/11/2011

 

Ricardão, o Cartola, finalmente tira o "coringão" debaixo das mangas. Agora só falta chamar o Neto.

 

Eu tento ficar quieto no meu canto, mas alguma coisa sempre me desassossega. Daí que me navalham aqui e eu navalho acolá! Mas, a bola - fora de campo - da vez é a recente “convocação” do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez para ocupar cargo de diretoria na CBF.

 

Depois do técnico do "Timão", agora é a vez do presidente. Deixo claro que nada tenho contra este ou qualquer outro presidente, técnico ou atleta de clube que descole uma boquinha desse calibre. Entretanto, tudo se torna um embolado de interesses que vai se tornando um quebra-cabeça gigante, a formar uma imensa bola de neve rolando a serra.

 

Por “vontades” de Ricardo Teixeira a abertura da Copa 2014 no Brasil será num campo que, atualmente, só existe no papel. Justamente, o Itaquerão, em São Paulo, futuro campo do Corinthians, clube este capitaneado  fora das quatro linhas por seu atual diretor, Andrés Sanchez e quem mais batalhou para que a abertura do evento ocorresse no até então "estádio invisível".

 

Depois de a CBF “convocar” o técnico corintiano Mano Menezes, além de vários atletas do "Timão", valorizando-os, chega a hora de valorizar o próprio presidente do clube, que tira a camisa alvinegra para vestir a amarelinha - pelo menos, teoricamente. Agora ele vai ceder seus talentos profissionais a essa renomada confederação esportiva que atualmente organiza o maior evento do futebol mundial.

 

Sanchez deverá exercer uma função estratégica nestas vésperas de uma Copa, o que deverá torná-lo um expressivo “relações públicas” no mundo do futebol mundial. Quem sabe, futuramente, até convocado por Blatter para compor a Fifa ou até mesmo, vir a substituir Teixeira, claro, caso este não tenha parentes habilitados para substituí-lo! É, na vida tudo é negociável e no mundo do futebol tudo é possível, tanto para as "cabeças grandes", passando pelas declaradas "cabecinhas" e até para as camufladas laranjas mecânicas tupiniquins.

 

Competência profissional à parte, a minha impressão é que a Seleção Brasileira está tragando aos poucos, todo o Sport Club Corinthians Paulista para dentro de si. Ou estarei redondamente enganado e ocorre é justamente o oposto?

 

Vá saber e me conta...

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

 

- Foto: CBF (RJ).

 

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Rebaixamento:

River de lágrimas na Argentina

Rebaixamento do River Plate leva nação alvirrubra às lagrimas.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

26/06/2011

 

Envergonhados, atletas deixam o Monumental.

 

Nem ouro, nem prata

 

E quem diria que isso um dia viria a ocorrer? No dia mais triste de sua história, o tradicionalíssimo River Plate empatou em 1 a 1 com o Belgrano e foi rebaixado à série B argentina, pela primeira vez em seus 110 anos de fundação.

 

Foi uma partida histórica no estádio Monumental de Núñez, na qual o River saiu na frente, depois cedeu o empate e ainda teve um pênalti a seu favor, que foi desperdiçado na metade da segunda etapa.

 

Emocionada, a torcida chorou muito e também houve confusão com a polícia, além de quebradeira no estádio. A tristeza foi geral, praticamente todos os atletas do River Plate deixaram o gramado sob lágrimas.

 

Além da perda de um pênalti, entre os “crucificados” está o arqueiro Juan Carlos Olave, que falhou no gol sofrido, qual culminou num empate, enquanto somente a vitória interessava ao clube. O sentimento dos torcedores é de luto, mas nenhum mal é fatal e o trabalho sério é capaz de superar as piores fases.

 

Rebaixamento faz parte do futebol. E acontece nas melhores famílias. Bons exemplos nós temos aqui no Brasil, quando clubes tradicionais do futebol nacional também foram rebaixados à série B, causando sentimentos de tristeza incomensuráveis aos seus simpatizantes, para depois se superar e seguir seu destino de elite. Entre eles, está o Palmeiras, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Vasco, Coritiba, Bahia, Atlético-PR, Atlético-MG, entre tantos outros.

 

Portanto, arriba, alvirrubro, outras batalhas te aguardam!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

- Foto: Clarín (Argentina).

 

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Fora das quatro linhas:

Marmelada suíça para inglês ver

Se o nosso mundo é uma bola, este é o mundo da bola! Que agora tem o prazer de convidar a todos a comer

uma docíssima marmelada suíça, com um toque bem brasileiro, para inglês ver. E sem direito a queijo dos Alpes!

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

1º/06/2011

 

Blatter: afoito para devorar a docíssima marmelada suíça - sem queijo alpino!

 

A recondução de Joseph Blatter à presidente da Fifa estarreceu grande parte dos desportistas de todos os continentes. Em meio a uma série de denúncias, o suíço Joseph Blatter conseguiu impugnar o seu único concorrente e se reeleger, mais uma vez, ao cargo máximo do futebol mundial. Ele foi reeleito nesta quarta-feira, 1º/06, derrotando por 174 a 17 (com 17 abstenções), a intenção de Inglaterra e Escócia em cancelar a atual eleição.

 

O pouco que vazou à mídia, acerca de denúncias envolvendo propinas milionárias é somente uma pequena fatia do bolo futebolístico mundial, que desemboca na Fifa. Um esporte que cresce acentuadamente a nível global, até mesmo em regiões onde não possui raízes ou tradições, o futebol tem enriquecido cartolas, onde quer que seja promovido.

 

Entretanto, o espetáculo da bola tem perdido seu brilho, sempre que esbarra em propostas indecorosas, denúncias absurdas, compra de árbitros e manipulação de resultados. Até mesmo “marmelada” em final de Copa do Mundo envolvendo o Brasil já foi aventada por muitos. À medida que o público lota os estádios, as federações e confederações também fortalecem seus cofres.

 

Apenas, com um esforço mínimo para organizar eventos e oficializar atletas, as federações e confederações apresentam milionárias receitas crescentes a cada temporada. Nada disso é revertido para o futebol ou a quem pega para ver futebol. Bons exemplos são a CBF no Brasil e a AFA na Argentina. O que estas entidades reverteram ao público, dos milhões que perceberam nos últimos anos apenas para organizar e oficializar certames e atletas? Sequer auxiliam nas conservações dos estádios, mas EXIGEM que os mesmos estejam dentro dos seus padrões estabelecidos - entre tantas outras exigências.

 

Muitos clubes pequenos no Brasil e também na Argentina foram e irão à falência, ao transferirem uma considerável percentagem de suas parcas rendas - que deveriam servir ao custeio básico dessas entidades - às suas respectivas federações, em troca de nada!

 

No Brasil, a CBF sequer possui eleições claras, onde presidentes de clubes e outros pudessem participar e assim, exercitar a democracia TAMBÉM no futebol brasileiro. Ao contrário, o que se vê é a CBF promover pleitos para reeleger "infinitamente" um mesmo presidente, que vira e mexe se envolve com denúncias graves e que não prestou o menor serviço (além daquilo a que recebe muito bem para fazer) de relevância à comunidade futebolística. Não há sequer um ato de desprendimento do senhor Ricardo Teixeira ou da CBF ao público brasileiro que, trocando em miúdos, é quem mantém a instituição, seu cargo e seu status.

 

A CBF não promove programas de inclusão esportiva para menores carentes, investe zero em educação física e esportiva no país. Não possui nenhuma política que a aproxime da sociedade brasileira, se fecha com seus milhões e sabe Deus onde tantos recursos são gastos. Mesmo não contribuindo com a teia estrutural do futebol, senão somente com a organizacional, a CBF capta para si, grande parte do total de recursos gerado por este esporte em todo o território nacional.

 

Os exemplos vêm de dentro para fora: tudo começa numa modesta liga de futebol lá do interior e desemboca nos mais caros jantares promovidos pela federação máxima do futebol internacional, na Europa. Sendo assim, se o nosso mundo é uma bola, este é o mundo da bola! Que agora tem o prazer de convidar a todos a comer uma docíssima marmelada suíça, com um toque bem brasileiro, para inglês ver. E sem direito a queijo dos Alpes! Na Fifa não tem Romeu & Julieta... Só Joseph Blatter!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

- Foto: EPA/Fotomontagem VF.

 

*  *  *

 

Futebol, uma caixa de surpresas:

'Bola na trave não altera o placar'

Favoristismo não garante vitória, o que todos querem é o velho e bom gol.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

25/05/2011

 

Todos querem ver gol.

 

A rodada inicial do Campeonato Brasileiro de 2011 serviu para mostrar o quanto o futebol é imprevisível. Atendo somente nos clubes de Minas, vimos o favorito Cruzeiro ser derrotado pelo Figuerense, que retornava à elite. Por outro lado o Atlético goleou o seu xará do Paraná por 3 a 0 e o América venceu por 2 a 1, de virada o Bahia, que também retorna à elite.

 

No caso do Cruzeiro (16º colocado na 1ª rodada) mesmo tendo uma equipe infinitamente superior ao Figueirense em termos técnicos, acabou produzindo um gol contra (o que o Figueirense não fez) e foi derrotado por si mesmo. Já o Atlético (2º colocado na 1ª rodada), teoricamente desacreditado pela perda do campeonato mineiro para o Cruzeiro, surpreendeu ao aplicar três gols e não sofrer nenhum. Por sua vez, o América também surpreendeu ao sair derrotado e dar a volta por cima.

 

Realmente os mineiros do Skank tem razão quando afirma que “bola na trave não altera o placar”. O que vale mesmo é o velho e aliviante gol!

 

Andrés Sanchez não cabe em si mesmo

 

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez segue protagonizando uma triste gestão como presidente de um dos mais expressivos clubes do mundo. Após afirmar que a Globo era “Gangster”, ele ainda acusou agressivamente o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, de ter vazado o vídeo que o mostra falando a besteira. Ele agiu como se outra pessoa fosse responsável pelo o que ele fala publicamente, mostrando total despreparo no quesito “relações públicas”.

 

Como se não bastasse, teve que engolir o que falou, ao afirmar com antecedência que ontem (terça, 24/05), seriam iniciadas as obras do famigerado Itaquerão (o sonhado estádio corinthiano para abertura da Copa de 2014). Em nota, Sanchez afirmou que as obras foram adiadas, extravasando o já extravasado programa para a construção do estádio. Mas isso não há de ser nada para quem se diz amigo de “gangsters”...

 

Maradona e os estimulantes

 

Diego Armando Maradona, atual técnico do Al Wasl (Emirados Árabes), se envolveu uma nova polêmica. O ex-jogador disse recentemente, durante entrevista ao programa "El show del fútbol", da emissora América TV, que a seleção argentina atuou sob efeito de estimulantes durante jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994.

 

O caso, segundo o ex-jogador, ocorreu na repescagem, que valia a última vaga no Mundial dos Estados Unidos. Depois de ser goleado pela Colômbia por 5 a 0 no Monumental de Nuñez, a Argentina foi obrigada a enfrentar a Austrália, vencedora do grupo da Oceania, em jogos de ida e volta. Segundo Maradona, os jogadores argentinos teriam tomado um café com estimulantes proibidos. A irregularidade não foi descoberta por não terem sido realizados exames antidoping na época. El Pibe garantiu que o presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona, tinha conhecimento do fato. No confronto, os argentinos garantiram a vaga no Mundial de 94 ao empatar com os australianos em 1 a 1 em Sidney e vencer por 1 a 0 em Buenos Aires.

 

Em 2008, em outra polêmica, El Pibe disse que um massagista argentino havia dado água com tranquilizante ao lateral brasileiro Branco durante a partida entre os dois países pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 90. Essas informações são da Sport TV.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

- Foto: divulgação.

 

*  *  *

 

'Gosto de levar vantagem em tudo, certo?'

Ricardo Teixeira e a ‘Lei de Gérson’

Dirigente do futebol inglês acusa o presidente da CBF, Ricardo Teixeira,

de tentar corrompê-lo em troca de voto para sede da Copa do Mundo.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

11/05/2011

 

Ricardo Teixeira, o verdadeiro Rei do futebol brasileiro,

nega que tenha 'pisado na bola' com discípulo da Rainha.

 

O que vou ganhar com isso?

 

Eu sou argentino e tenho orgulho disso. Mas assim como o Fininho e outros meus patrícios, me encontrei foi cá no Brasil. Mas isso não significa que por amar esse país, tenho que aceitar e me conter de criticar situações esdrúxulas protagonizadas por alguns brasileiros de vida pública.

 

É o caso do Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que reina como uma espécie de versão masculina da Rainha Elizabeth II no futebol brasileiro. Muitos dizem que Pelé é o Rei do futebol, mas tenho minhas dúvidas (e olhe que não sou da igreja maradonista).

 

Tão eterno na presidência da entidade quanto o meu amor ao Brasil e à Argentina, este notável cartola, apadrinhado no cargo máximo por um sogro renomado e quase perpétuo no mundo do futebol (ou no futebol do mundo), por décadas, detém as rédeas da bola brasileira junto à Fifa.

 

Duro nas quedas - assim como a rainha britânica -, nessa última semana, Teixeira se tornou notícia em todo o mundo. Não porque sua federação tem superado as expectativas da Fifa nos trabalhos de produção da Copa 2014 no Brasil, tampouco, porque promoveu alguma ação beneficente a nível global.

 

Ricardo Teixeira foi acusado (junto com outros três dirigentes da Fifa) pelo ex-presidente da federação inglesa de futebol, David Triesman, de pedir propina em troca de seu apoio à candidatura da Inglaterra para sediar a Copa do Mundo de 2018, antes de a Rússia ser a eleita sede.

 

David Triesman afirma que o brasileiro teria dito o seguinte, "Venha e me diga o que você tem [a oferecer] para mim". O inglês disse que não "embarcou" no pedido de Teixeira. A Inglaterra foi derrotada em sua pretensão de sediar o evento, pois a Rússia levou a Copa de 2018.

 

Nega e processa súdito da Rainha

 

Por sua vez, Ricardo Teixeira negou as acusações e afirmou que processará o inglês. Em nota, o cartola-mor do país do futebol, afirma nem ter se reunido com Triesman e que sempre deixou claro que votaria na candidatura de Portugal/Espanha, e não na dos inventores do futebol.

 

Porém, se proceder a denúncia de Triesman, fica evidente que Teixeira teria tentado adotar a chamada “Lei de Gérson” - conhecida por estabelecer que o sujeito tire vantagem em tudo o que puder. A frase “o que você tem a oferecer pra mim” ou “o que você pode fazer por mim” se tornou um jargão político já "naturalizado" no país. Aliás, deve ser essa uma das frases mais desgastadas por políticos de todas as esferas nesse país.

 

A mentalidade de alguém – seja quem for – que se senta atrás de uma cadeira administrativa no Brasil, parece ser mesmo de tirar vantagem a mais em tudo o que puder. Além, é claro, de um gordo salário (tão gordo, que todos engordam rapidamente) para ocupar o posto.

 

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que o presidente da CBF tem seu nome envolvido em escândalo de corrupção no futebol. Além disso, há também boatos que correm o mundo e falam de uma final de Copa que supostamente teria sido entregue pelo Brasil ao seu adversário, em troca de sediar o mundial de 2014. Mas estas, são outras histórias, "bilionárias"...

 

Quem se lembra da Lei de Gérson?

 

Como sou nascido na década de 50, esclareço aos mais jovens que, Gérson foi o legendário ponta esquerda brasileiro tricampeão mundial no México pela Seleção Brasileira em 1970, que defendeu o Fluminense e depois o São Paulo, entre outros. O "Canhotinha de Ouro" ficou famoso por sempre "levar vantagem em tudo", seja dentro ou fora de campo.

 

Uma frase sua ficou estigmatizada pela publicidade brasileira da década de 1970, quando o jogador (fumante declarado) protagonizou anúncio de uma companhia de cigarros, na qual afirmava, "Gosto de levar vantagem em tudo, certo?".

 

A partir daí, a situação de levar vantagem em tudo passou a ser reconhecida nacionalmente como a "Lei de Gérson" e tratada como típica do povo brasileiro. Tornou-se algo quase cultural, ainda que completamente despido de ética. E, daí o fato de muita gente não ter estranhado a denúncia contra Teixeira e entendê-la como "quase" natural - evidentemente, caso tenha mesmo ocorrido tal assédio, conforme acusou o discípulo da verdadeira Elizabeth II.

 

Lembrando que, tragar fumaça e bater bola já foram coisas bastante associadas, não faz muitos anos. Nas duas últimas décadas, no Brasil, o cigarro foi desassociado do esporte. Não sem antes a droga estampar anúncios em capas de publicações esportivas, quando era moda associar as tragadas cancerígenas ao futebol e esportes radicais.

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

- Foto: divulgação.

 

*  *  *

 

Copa 2014:

O discutido estádio imaginário

Na retórica da brasa e a sardinha: enquanto discutem onde será

a abertura da Copa, o tempo passa e as decisões continuam no papel.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

07/05/2011

 

 

A bola que rola fora do campo sempre bate na minha trave. E numa dessas, eu vejo a paulistada forçando a barra pra fazer a abertura da Copa num campo que nem existe. Isso é o que eu chamo de “contar com a bola dentro da galinha dos ovos de ouro”.

 

O projeto é muito bonito [veja acima], mas está somente no papel. E fazer planos com o que não existe é muito arriscado, gente! Esperamos que a mania de grandiosidade de alguns não venha fazer mais politicagem (do que a que já existe) neste evento do futebol mundial aqui no Brasil.

 

Cada vez que o tempo passa, este assunto de estádio do Corinthians para a abertura da Copa vai parecendo mais uma piada de mau gosto. Percebam isso. Cada vez mais, transparece a impressão de uma diretoria incapaz de conquistar títulos e agora busca se projetar no campo, digamos... Arquitetônico!

 

Mas se der tudo errado essa Copa de 2014 -- o que parece ser o mais evidente -–, certo é que seus promotores e parceiros vão ter que ouvir o nosso ilustre senador Álvaro Dias reafirmar, “assim não pode, assim dá”.

 

Sufrágio brasileiro na Libertadores

 

Já que as navalhadas voltaram, é impossível não comentar a chuva brasileira na Libertadores. E quando já tinha gente falando em final tupiniquim em 2011, eis que isso se torna impossível! Somente o Santos segue na competição, após as vergonhosas eliminações de Internacional, Grêmio, Cruzeiro e Fluminense.

 

E curioso é que foi tudo numa noite só. Com a exceção dos gaúchos, foi uma noite para torcedores adversários tirar a “mó onda”. Será que pesou o psicológico? Com exceção do Grêmio, todos os demais clubes jogavam com vantagens. Mas isso não foi o suficiente na hora do “vamo vê”. Que sirva de experiência.

 

Fui sentir o frio de Buenos Aires, mas já voltei para a poluição do Eixão! Agora "guenta"!

 

* Argentino, profissional liberal, cronista desportivo e antiesportivo para Via Fanzine.

- Foto: divulgação.

 

 

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