'A linguagem das pedras nos corações dos homens' - Com a qualidade jornalística  Via Fanzine

 HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

 

 

 Stonehenge

 

Inglaterra:

Descobertas reveladoras em Stonehenge

Surpreendente descoberta subterrânea em Stonehenge poderá

modificar a concepção da arqueologia na antiga Inglaterra.

 

Da Redação*

 Via Fanzine

BH-14/10/2014

 

Surpreendente descoberta subterrânea em Stonehenge

poderá mudar os rumos da arqueologia na Inglaterra.

Tópicos relacionados:

Gomar e o Relatório de Natividade - nota do editor VF

ACESSE O RELATÓRIO ILUSTRADO DE CARLOS PÉREZ GOMAR

Laudo do IPHAN diz que não há sítio arqueológico

Natividade da Serra: Quanto custa o desleixo e a omissão?

Entrevista exclusiva com Carlos Pérez Gomar

Desfazendo o equívoco da 'pirâmide' de Natividade - Por C. P. Gomar

Nas supostas ruínas de Natividade da Serra - Por C. P. Gomar

  Especulações sobre a Ruína de Natividade - Por C. P. Gomar

 

Observando o subsolo

 

As imagens subterrâneas que revelam um grande complexo de monumentos e edifícios que datam de milhares de anos, poderão fazer com que as conhecidas pedras que compõem o monumento de Stonehenge, na Inglaterra [acima], soem apenas como a ponta de um grande iceberg arqueológico, ainda a ser explorado. Pesquisadores ingleses e austríacos que trabalham neste projeto acreditam que, possivelmente, os monumentos recém-descobertos possam ter sido utilizados em rituais religiosos de povos que viviam naquela região da Europa, há pelo menos mais de quatro milênios.

 

Acredita-se que o monumento de Stonehenge teria sido construído faz mais de quatro mil anos, sendo considerado um dos sítios arqueológicos mais antigos a ser estudado cientificamente. Mas, aos poucos, Stonehenge segue revelando seus segredos. O novo mapa tridimensional do subterrâneo da área mostra um surpreendente conjunto de monumentos, localizado abaixo da estrutura principal e que jamais fora identificado anteriormente.

 

De acordo com recentes informações do pesquisador Roff Smith, para National Geographic, o achado trata-se de um impressionante complexo com monumentos antigos, ao qual se inclui, desde prédios até carrinhos de mão. Tudo isso permaneceu oculto e insuspeito sob a área de Stonehenge durante os últimos milhares de anos. Os cientistas, que anunciaram a descoberta deste sítio utilizaram técnicas sofisticadas para escaneamento subterrâneo, o que possibilitou identificar várias preciosidades no subsolo da área.

 

Entre as descobertas anunciadas na quarta-feira, 10/10, estão 17 monumentos utilizados para a prática de rituais, incluindo os restos de uma enorme "Casa da Morte", centenas de túmulos e evidências de ter havido uma possível rota de procissão em torno de Stonehenge.

 

Há também evidência da localização de uma possível "superhenge" na vizinhança, que poderia ter até vários quilômetros de extensão e cuja a localização estaria em Durrington Walls. Este suposto sítio estaria ladeado por cerca de 60 colunas gigantescas de pedras e, acreditam, algumas destas poderiam ainda se encontrar sob o solo.

 

Todas estas descobertas são frutos do Stonehenge Hidden Landscape Project, (Projeto Paisagem Invisível de Stonehenge), um esforço internacional conjunto para a criação de um mapa subterrâneo em alta resolução com tecnologia 3D, enfocando toda a paisagem periférica ao monumento de Stonehenge.

 

Parceria internacional na pesquisa

 

A equipe do projeto, liderada por pesquisadores da Universidade do Reino Unido em Birmingham e do Instituto Ludwig Boltzmann, da Áustria, mapeou a área por uma profundidade aproximada de até três metros. A equipe usou magnetômetros, radar de alta resolução para penetração no solo, além de outros modernos equipamentos de sensoriamento remoto.

 

Ao todo, cerca de três mil hectares foram escavados, tornando este projeto o maior e mais ambicioso do gênero já realizado no mundo.

 

Um dos envolvidos na descoberta, o cientista Vince Gaffney, professor de arqueologia da Universidade de Birmingham, falou com a National Geografic. "Ninguém tinha ideia de que isto estava aqui. Em vez de um monumento isolado, nós descobrimos que Stonehenge era somente parte de uma rica paisagem monumental", declarou Gaffney.

 

Muitos dos 17 monumentos recém-descobertos parecem ser estruturas de um santuário. As pequenas construções circulares, concomitantes com o período mais movimentado do Stonehenge foram colocadas ao redor do principal anel de pedra. Conforme sugere Gaffney, estas construções formam uma espécie de análogo Neolítico à Via Crucis, que é considerado o caminho percorrido por Jesus até a crucificação.

 

"O que podemos estar testemunhando aqui é o nascimento da ideia de procissão cerimonial ou de uma liturgia", afirmou o pesquisador.

 

Relações no berço da arqueologia

 

Durante séculos, o enigmático círculo de pedra com mais de quatro mil anos tem impressionado e intrigado os visitantes de Salisbury Plain, na Inglaterra. "Stonehenge é o lugar onde a arqueologia teve o seu início", afirma Nicola Snashall, arqueólogo da National Trust, na Inglaterra, que atualmente cuida do monumento. "Antiquários como John Aubrey e Inigo Jones começaram a cavar aqui no século 17 para tentar desvendar os segredos do lugar e com isso realizaram algumas das primeiras escavações arqueológicas do mundo", diz Snashall.

 

Sem nenhum registro escrito sobre sua origem, a estrutura megalítica de Stonehenge tem gerado inúmeras e misteriosas teorias envolvendo povos celtas, druidas, romanos e, até mesmo, o lendário rei Arthur. O formato original do monumento tem sido assunto em largos debates, inclusive, na discussão se o monumento teria sido originalmente construído como um semicírculo, tal como se encontra atualmente, ou se teria o formato de um círculo cheio de pedras, do qual algumas teriam se perdido através dos tempos.

 

No verão passado, um período de seca revelou, por mero acaso, algumas manchas no solo que marcavam o local em que havia algumas das pedras faltantes. Contudo, ninguém suspeitava sobre a incrível riqueza das ruínas subterrâneas, escondidas durante milênios e anunciadas com entusiasmo pelos pesquisadores nesta semana.

 

A Tecnologia de ponta faz revelações preciosas

 

alta tecnologia utilizada em recursos para sensoriamento remoto e mapeamento subterrâneo estão mudando não somente o que se sabe sobre Stonehenge, mas também a forma como a arqueologia tem sido praticada nos últimos tempos.

 

Em Orkney, um arquipélago ao norte da Escócia, essa mesma categoria de pesquisa revelou um grande, sofisticado e totalmente insuspeito complexo de um templo neolítico que antecede Stonehenge por mais de 500 anos. Os arqueólogos que o pesquisaram sugerem que o local poderia até ter influenciado à construção de Stonehenge.

 

"A tecnologia está abrindo as portas para a arqueologia. Há 15 anos, nós só podíamos sonhar", diz Gaffney, que comparou o projeto paisagístico escondido de Stonehenge com um projeto de mapeamento subterrâneo 3D que ele empreendeu no antigo assentamento britânico-romano de Wroxeter, no final de 1990.

 

De acordo com ele, "Naquela época, nós levamos quatro anos para mapear 78 hectares, com cerca de 2,5 milhões de pontos de dados. Já nesta última pesquisa em Stonehenge, fizemos isso em uma semana, além de encontrarmos novos tipos de monumentos que nunca tinham sido vistos por arqueólogos. Toda esta informação está contida em um único mapa digital, que irá orientar como Stonehenge e sua paisagem serão estudados no futuro”, declarou Gaffney.

 

Tão logo se tenha acesso aos monumentos e objetos localizados no subsolo, é bem possível que o lugar atraia ainda mais a atenção de pesquisadores arqueológicos de todo o mundo. Além disso, possivelmente, essa descoberta poderá incrementar, com efeito, às atividades turísticas em torno do famoso monumento de Stonehenge.

 

‘Projeto Paisagem escondida de Stonehenge’

 

O conjunto de Stonehenge consiste em uma das mais ricas paisagens arqueológicas do mundo, tendo sido registrado por todo o decurso da investigação arqueológica e antiquária intensiva durante várias centenas de anos. No entanto, grande parte de sua paisagem permanece efetivamente como uma incógnita debaixo da terra.

O ‘Projeto Paisagem escondida de Stonehenge’ (Stonehenge Hidden Landscape Project) visa completar as lacunas do nosso conhecimento, promovendo o avanço da compreensão da paisagem Stonehenge através da realização de uma pesquisa de ponta geofísica, com uso de sensoriamento remoto em uma escala sem precedentes.

 

Os resultados do trabalho proposto será utilizado para criar um mapa arqueológico altamente detalhado da paisagem "invisível", fornecendo a base para uma síntese interpretativa completa de todos os dados de sensoriamento remoto e geofísicos existentes na área de estudo. Será possível criar modelos digitais totais da paisagem de Stonehenge em uma “escala real da paisagem”, com levantamento de todos os monumentos individuais situados na área de estudo, relacionando-os em um mapa subterrâneo e outro da superfície com suas estruturas.

 

O ‘Projeto Paisagem escondida de Stonehenge’ que é coordenado pela Universidade de Birmingham em pareceria com o Instituto Ludwig Boltzmann de Prospecção Arqueológica e Arqueologia Virtual, sediado em Viena, já se tornou o maior projeto empreendimento já executado nesta categoria.

 

Esta iniciativa também recebe a colaboração de outros parceiros internacionais, como a Universidade de Bradford, Universidade de St Andrews, e o Grupo de Investigação para o Departamento de Gestão do Solo na Universidade de Ghent, na Bélgica.

 

O ‘Projeto Paisagem escondida de Stonehenge’ é financiado pelo National Trust e Patrimônio Inglês.

 

 * Com informações de Roff Smith para National Geographic /e Portal oficial Stonehenge Hidden Landscape Project, com tradução de Pepe Chaves.

 

- Imagem: Ken Geiger/National Geographic.

 

Extra:

Visite o portal Stonehenge Hidden Landscape Project

 

Tópicos relacionados:

Gomar e o Relatório de Natividade - nota do editor VF

ACESSE O RELATÓRIO ILUSTRADO DE CARLOS PÉREZ GOMAR

Laudo do IPHAN diz que não há sítio arqueológico

Natividade da Serra: Quanto custa o desleixo e a omissão?

Entrevista exclusiva com Carlos Pérez Gomar

Desfazendo o equívoco da 'pirâmide' de Natividade - Por C. P. Gomar

Nas supostas ruínas de Natividade da Serra - Por C. P. Gomar

Especulações sobre a Ruína de Natividade - Por C. P. Gomar

 

   Leia também:

   A antiguidade dos registros rupestres do Brasil - Por J.A. Fonseca

   Cueva de los Tayos: a verdadeira caverna do tesouro - Por Yuri Leveratto

   Você sabe o que é Arqueologia? - Por Paulo R. Santos

   Um reino africano no Centro de Minas?

   Andanças por Minas: segredos pouco explorados

   Brasil Antigo: Algumas Hipóteses

   Antepassado do homem não estava só

   Museu Peter Lund vai reunir descobertas

   Pesquisador russo destaca o trabalho de Gabriele Baraldi

   Rússia: Mistérios em torno do geoglifo no Ural

   A antiguidade dos registros rupestres do Brasil - Por J.A. Fonseca

   Cueva de los Tayos: a verdadeira caverna do tesouro - Por Yuri Leveratto

   Você sabe o que é Arqueologia? - Por Paulo R. Santos

   Fonte Magna - a herança dos sumérios ao Novo Mundo

 

- Extras:

  Visite o portal oficial de Gabriele Baraldi

   Visite o portal oficial  de J.A. Fonseca

  Visite o blog de Oleg Dyakonov

   Visite o blog Protocivilizacion

 

- Produção: Pepe Chaves.

© Copyright 2004-2014, Pepe Arte Viva Ltda.

 

 

Voltar para

ARQUEOLOvia

 

 

 

A TV QUE CRESCE COMO VOCÊ

inconfidente&confiável

 

 HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

© Copyright 2004-2016, Pepe Arte Viva Ltda.

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter