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 Descoberta

 

 

 Descobertas no Curdistão turco:

O templo mais antigo do mundo

Arqueólogo alemão Klaus Schmidt fez descobertas nas ruínas de Gobleki Tepe,

 no Curdistão turco, que podem reescrever a história humana.

 

Por Isaac Bigio*

ESPECIAL, de Londres

Para Via Fanzine

em junho/2011

Tradução: Pepe Chaves

  

Klaus Schmidt e entalhes de animais em pilares do que seria o mais antigo templo do mundo.

Estes adornos foram criados milênios antes da descoberta do metal e da invenção da roda.

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Atualmente, centenas de milhões de pessoas cultuam os seus templos, cujos os maiores estão em Roma, Jerusalém, Meca ou em outros lugares sagrados para os respectivos cultos. Muitas pessoas se perguntam quando e por que os seres humanos começaram a erigir centros de culto e qual teria sido o primeiro de todos.

 

Até o final do século XX, a teoria mais aceita era que as religiões apareceram como consequência de as dispersas e pequenas tribos de coletores e caçadores terem domesticado plantas e animais que consumiam. Assim, teriam se iniciado as primeiras sociedades sedentárias, compostas por centenas ou milhares de pessoas, depois as cidades e os seus templos.

 

No entanto, seis anos antes do início deste milênio, o arqueólogo alemão Klaus Schmidt começou a escavar as ruínas de Gobleki Tepe, no Curdistão turco, local fronteiriço com a Síria. E as revelações destas ruínas podem reescrever a história da humanidade.

 

Ali foram encontrados os templos mais antigos conhecidos atualmente. Estes foram erigidos faz quase 12 mil anos, ou seja, sete mil anos antes das pirâmides egípcias do Cairo ou as peruanas de Caral. Entretanto, o lapso  de tempo entre Gobleki Tepe e a civilização Suméria (o crisol civilizatório e da escrita) é superior ao existente entre a nossa época e a dos sumérios.

 

Até o momento, foram encontrados no local, quatro templos de 10 a 30 metros de diâmetro, os quais estão erigidos nas imediações de muralhas de pedra arredondadas e concêntricas. Estas possuem colunas em forma de T onde estão esculpidos vários animais. Algumas têm até seis metros de altura e pesam 16 toneladas. [veja abaixo].

 

Alguns dos pilares encontrados nas escavações de Klaus Schmidt, no Curdistão.

 

Estes pilares foram talhados e transportados bem antes da descoberta dos metais, da invenção da roda ou da domesticação de cavalos. Para obter tal resultado, estima-se que foram arregimentados, pelo menos, 500 homens, além de um nível de organização social que, se pensava, não deveria existir em uma sociedade de caçadores e coletores que, usualmente, se baseavam em pequenos clãs dispersos e errantes.

 

Até pouco tempo, pensava-se que a arquitetura monumental surgiu após o aparecimento do ouro e estaria unida à defesa militar. No entanto, as ruínas de Caral e outras ao norte de Lima, no Peru, surgiram cinco mil anos antes da cerâmica e sem nenhuma finalidade bélica.

 

Depois, Gobekli Tepe evidencia que tais templos teriam sido concebidos, inclusive, antes do aparecimento da agricultura e da pecuária. Segundo Schmidt, isto demonstraria que no Oriente Médio não foram estas construções que deram início às primeiras edificações monumentais, mas o inverso.

 

A domesticação dos primeiros porcos, ovelhas e o cultivo dos grãos surgiram pouco depois do sepultamento dos templos de Gobleki Tepe, naquela mesma região. O que teria causado essa mudança comportamental seria o fato de os caçadores se agruparem para defender plantações de cereais contra animais selvagens. Com isso, experimentaram as vantagens de se viver em sociedades maiores, tornando-se então menos nômades. E assim, teriam aprendido produzir e a não extinguir os seus próprios alimentos.

 

* Isaac Bigio é professor e analista internacional em Londres. 

- Leia outros artigos de Isaac Bigio em português: www.viafanzine.jor.br/bigio.htm.

 

- Fotos: divulgação.

 

Produção: pepe Chaves.

 

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