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 Cinema

 

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O melhor estrangeiro do Oscar 2010:

El Secreto de sus Ojos

Filme argentino tem de tudo: humor, drama, romance, suspense,

crime, amor, amizade, política, crítica, dor e literatura.

 

Por Beto Canales*

De Porto Alegre-RS

Para Via Fanzine

 

Com simplicidade e competência, produção argentina mereceu o prêmio

 

Confesso: sempre fui um admirador do cinema argentino. Fui ver O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de sus Ojos), dirigido por Juan Campanella, e saí do cinema com várias certezas. A primeira delas é que minha admiração não é à toa. Nossos queridos hermanos fazem cinema com a mesma facilidade que Maradona fazia estripulias com a bola nos campos  de futebol mundo afora. Eles estão, sem dúvida alguma, um pouco adiante do que nós - brasileiros da área cinematográfica, mergulhados em soberba - em se tratando da belíssima sétima arte. Conseguem, com pouquíssimos recursos, filmes de primeira linha, candidatos ao que há de melhor a nível mundial.

 

O Segredo dos seus olhos tem de tudo: humor, drama, romance, suspense, crime, amor, amizade, política, crítica, dor e literatura. É verdade que não tem gente explodindo, corrida de carros nem luta de espadas, mas, mesmo assim, é um filme completo.

 

As mais de duas horas passam como poucos minutos e as interpretações, principalmente de Soledad Villamil (linda, madura e perfeita), conduzem a trama de forma espetacular. Ricardo Darín, o protagonista, também não deixa por menos e cria um personagem complexo e humano, tornando o espectador um cúmplice, fazendo de seu próprio desejo o querer de todos. Essa aliança traz excelentes resultados e torna o que já era ótimo em algo ainda melhor.

 

 

El secreto de sus ojos (O segredo de seus olhos) é um filme argentino de 2009, do gênero drama, dirigido por Juan José Campanella e baseado no livro La pregunta de sus ojos, de Eduardo Sacheri.

 

Integram o elenco os atores Ricardo Darín, Soledad Villamil, Javier Godino, Guillermo Francella e Pablo Rago. O filme já havia arrebatado o Prêmio Goya de melhor filme do ano e posteriormente se consagrou o “melhor filme estrangeiro” pelo Oscar 2010.

 

 

O mais interessante é que um dos fatores responsáveis pelo sucesso do filme é algo simples: isso mesmo, a simplicidade. A montagem, o roteiro e a direção, apesar de espetaculares, são o básico, o legítimo feijão com arroz. Acreditem, esse é o segredo para uma obra inigualável. Claro que a diversidade, ressaltada acima, contribui de maneira contundente, mas sem a maneira "argentina" de fazer cinema, que adota o simples como guia mestra, toda essa riqueza poderia estar em risco de não produzir essa verdadeira obra-prima.

 

E, para terminar, apenas mais duas certezas: uma é que ele entra para minha lista dos três melhores filmes (um rol onde para entrar um, outro tem que sair), tirando o lugar do fantástico O Lutador, fazendo companhia a Bastardos Inglórios e Inconscientes; e outra é que este filme não pode ficar sem ser visto, portanto, ao cinema aplaudir nossos vizinhos. E, de preferência, aprender com eles.

 

* Beto Canales. Eterno estudante de literatura, produz principalmente contos, apesar de atrever-se "cometer" crônicas. A universalidade de seus personagens e os lugares onde ocorrem suas histórias são marcas registradas, permitindo que aconteçam com qualquer um em qualquer parte. Cinéfilo apaixonado e assumido aprendiz de crítico de cinema, é também editor da Esquina do Escritor e do 3AM Brasil. É autor de A Vida Que Não Vivi, pela Multifoco, lançado na Bienal do Livro do Rio / 2009. Seu blog é http://cinemaebobagens.blogspot.com.

- E mail de contato:  betopaidotomas@gmail.com.

 

Clique aqui para assistir clipe do filme

 

- Leia também:

  Oscar 2010:  'Guerra ao Terror' é o grande vencedor

 

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Los Angeles:

'Avatar' bate recorde e supera 'Titanic' em bilheteria*

O futurista "Avatar" também foi o grande vencedor do Globo de Ouro,

nas categorias melhor filme de drama e diretor, para James Cameron.

 

O filme de ficção científica "Avatar" superou oficialmente "Titanic" e se tornou o filme com maior bilheteria do mundo na história do cinema, com 1,85 bilhão de dólares arrecadados, informou o estúdio Fox nesta terça-feira.

 

A superprodução futurista, dirigida por James Cameron e que estreou há seis semanas, ultrapassou "Titanic", que estreou em 1997 e foi dirigido pelo mesmo cineasta, e que até agora ostentava o título de maior bilheteria com uma arrecadação de 1,843 bilhão de dólares.

 

"Estamos profundamente satisfeitos de que tantos milhões de pessoas em todo o mundo tenham aceitado 'Avatar'. O sucesso é o resultado de milhares de pessoas que, durante vários anos, trabalharam para criar a visão de James Cameron e dar vida a Pandora" - o planeta onde se desenvolve o filme - cuja produção custou cerca de 500 milhões de dólares - 300 milhões para produzir e 200 milhões em publicidade".

 

O futurista "Avatar" também foi o grande vencedor do Globo de Ouro [veja nessa página], nas categorias melhor filme de drama e diretor, para James Cameron.

 

Ao receber o prêmio de diretor, Cameron foi modesto.

 

"Não estava preparado. Francamente pensava que Kathryn ganharia, ela merecia", disse, falando sobre sua ex-esposa, a diretora de "Guerra ao Terror".

 

O diretor de "Avatar" superou ainda Clint Eastwood ("Invictus"), Jason Reitman ("Amor sem Escalas") e Quentin Tarantino ("Bastardos Inglórios)".

 

Cameron, de 55 anos, responsável por produções heróicas, como as duas primeiras versões de "The Terminator" (1984 e 1991); "Aliens" (1986) e "True Lies" (1994), é "um mago do cinema e um maestro da estratégia", segundo o analista Jeff Bock.

 

"O recém-nomeado Imperador da Terceira Dimensão, James Cameron, guiou 'Avatar" para o topo das listas de êxito de bilheteria. 'Avatar' fez o impensável e afundou 'Titanic' como o filme com maior bilheteria da história na segunda-feira", disse Bock.

 

O filme de ficção-científica levou apenas 39 dias para marcar o recorde com 1,85 bilhão de dólares, enquanto "'Titanic" navegou durante 41 semanas para chegar aos 1,843 bilhão de dólares", acrescentou o analista.

 

Quais são as qualidades que Cameron tem para fazer milhões com filmes que cativam tanto a crítica quanto o público?

 

Para Bock, "Cameron tem essa rara combinação de mago de cinema e maestro estratégico, seus filmes não são apenas uma história que simplesmente acontece. No final, há um espetáculo e é preciso ver para crer".

 

"Seus filmes não seguem uma trilha, mas vão por um caminho e se convertem em parte do 'zeitgeist' (espírito de uma época) cultural do dia", apontou o especialista em bilheteria.

 

* Informações da AFP.

 

- Leia artigo exclusivo: Avatar chegou para mostrar um novo mundo

- Leia artigo de Isaac Bigio:  Avatar: quando a natureza se defende

 

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Beverly Hills:

'Avatar' é o grande vencedor do Globo de Ouro*

Ficção que se passa no planeta Pandora está seduzindo o mundo.

 

'Avatar' venceu as categorias de melhor filme de drama e melhor diretor.

 

O futurista "Avatar" foi o grande vencedor do Globo de Ouro, que teve a cerimônia realizada na noite de domingo, ao vencer nas categorias melhor filme de drama e diretor, para James Cameron, em uma festa na qual os artistas utilizaram um laço como forma de solidariedade ao Haiti.

 

Os prêmios para "Avatar" e "Se Beber, Não Case" na categoria comédia ou musical estabeleceram a surpresa na cerimônia da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), mais acostumada a premiar o cinema de arte e filmes de menor orçamento, ao invés de superproduções e grandes bilheterias.

 

Nas categorias de interpretação em filmes de drama, os vencedores foram Sandra Bullock por "The Blind Side" e Jeff Bridges por seu papel de cantor alcoólatra em "Crazy Heart".

 

Em filmes de comédia os prêmios foram para Meryl Streep ("Julie & Julia") e Robert Downey Jr. ("Sherlock Holmes"). Entre os coadjuvantes os vencedores foram a comediante Mo'nique por seu papel dramático em "Preciosa" e o austríaco Christoph Waltz, o carrasco nazista de "Bastardos Inglórios".

 

Ao receber o prêmio de diretor, Cameron foi modesto. "Não estava preparado. Francamente pensava que Kathryn ganharia, ela merecia", disse Cameron a respeito de sua ex-esposa, a diretora de "Guerra ao Terror".

 

O diretor de "Avatar" superou ainda Clint Eastwood ("Invictus"), Jason Reitman ("Amor sem Escalas") e Quentin Tarantino ("Bastardos Inglórios)".

 

A fábula ecológica em 3D de Cameron, diretor de "Titanic", outro grande sucesso mundial, custou 500 milhões de dólares, incluindo a pós-produção, mas já arrecadou mais de 1,3 bilhão de dólares em todo o mundo.

 

Outro vencedor da noite foi "Up - Altas Aventuras", do estúdio Pixar, que levou as estatuetas de filme de animação e trilha sonora para Michael Giacchino.

 

Além de "Avatar" e "Up", "Crazy Heart" saiu do salão do Beverly Hilton com duas estatuetas, a de ator para Bridges e a de canção original para "The Weary Kind".

 

Entre os filmes estrangeiros a vitória foi de "A Fita Branca", que conquistou a Palma de Ouro em Cannes em 2009. O longa do diretor austríaco Michael Haneke representa a Alemanha.

 

O homenageado da noite com o prêmio Cecil B. DeMille foi o cineasta Martin Scorsese, que foi apresentado por dois atores muito presentes em sua trajetória, Robert de Niro y Leonardo DiCaprio.

 

O Globo de Ouro se diferencia das demais premiações por dividir o cinema em duas categorias: drama e musical ou comédia, além de também escolher os melhores da televisão.

 

Na premiação da TV, o seriado 'Dexter' levou dois Globos de Ouro, um para o ator dramático, Michael C. Hall, e o outro para ator coadjuvante, John Lithgow, mas perdeu o prêmio de melhor série para 'Mad Men'.

 

'Grey Gardens' também levou dois prêmios, de melhor minissérie ou filme para TV e melhor atriz em minissérie ou filme da TV, para Drew Barrymore.

 

A série de comédia Glee surpreendeu e levou a estatueta em sua categoria. Antes do anúncio do primeiro prêmio da noite, a atriz Nicole Kidman explicou que os presentes usavam uma fita vermelha como parte de uma campanha pelas vítimas do Haiti da rede NBC.

 

Durante o desfile pelo tapete vermelho e na sala de imprensa, várias estrelas mencionaram a tragédia haitiana e afirmaram que já estão contribuindo para ajudar as vítimas.

 

Com os dois Globos de Ouro de domingo, "Avatar" passa a ser considerado uma grande aposta para o Oscar, que terá os indicados anunciados no dia 2 de fevereiro e a premiação entregue em 7 de março.

 

* Informações da AFP.

- Leia artigo exclusivo: Avatar chegou para mostrar um novo mundo

- Leia artigo de Isaac Bigio:  Avatar: quando a natureza se defende

 

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Distrito 9:

Depois do fim da infância vem a segregação

A difícil convivência entre duas espécies no país do apartheid.

Nota do editor: O texto a seguir não contém spoilers. Logo, pode ser lido por

quem não assistiu o filme, pois não revela seu conteúdo principal.

 

Por Márcio R. Mendes*

De Dois Córregos-SP

Para Via Fanzine

 

África do sul é cenário para contato entre espécies.

- Clique aqui para assistir clipe legendado em português (HD).

 

Entrando na ficção

 

Fui conferir "Distrito 9" (District 9), numa sala de cinema. Na entrada, a propaganda do próprio cinema, alardeava estarem munidos com a tecnologia THX - mais uma dessas “magias” das indústrias do Cinema moderno. E faz mesmo a diferença, pois a interação com o filme é muito maior, fazendo parecer que o espectador se situe “dentro” das cenas.

 

Se em futuro breve você assistir a este filme, a partir de mídias de DVD, em seu PC ou mesmo usando os modernos "home theater", tenha a consciência de que estará recebendo apenas uma pequena fração do impacto planejado pelos idealizadores.

 

Antes de falar de Distrito 9, deixo uma boa dica: não assistir o filme (como fiz) comendo pipoca. A menos que não se importe em comer enquanto assiste cenas de violência; muita violência. Houve um momento em que meu estômago reclamou! Falando assim, parece que o filme fica só nisso. Mas, não fica.

 

É difícil escrever sobre o filme sem revelar detalhes que comprometam o divertimento daqueles que ainda pretendem vê-lo; mesmo assim, tentarei fazê-lo relacionando-o a outros semelhantes ou apenas abrindo o horizonte ao futuro espectador de Distrito 9, para o vem pela frente. Portanto, esta pequena e modesta abordagem crítica não o fará “perder  a graça”, se você ainda não assistiu ao filme.

 

Cartaz para banir ETs: "somente para humanos".

 

Clima de guerra civil inter-espécie

 

Assim como o inocente "Missão Alien", que virou série no início dos anos de 1990, onde humanos dividem seu espaço, trabalho e lazer com extraterrestres (ETs), que se estabelecem convenientemente por aqui; ou ainda, os reptilianos larápios de "V, a batalha final", série televisiva do final dos anos de 1980; "Distrito 9" também apregoa a conturbada, trágica e "atualíssima" problemática do convívio de diversas classes sociais. No caso, elas estão misturadas a uma espécie alienígena que se instala em nosso mundo. Essa espécie se constitui num tipo "sem planeta", bem nos moldes daqueles que hoje conhecemos entre nós como os "sem terra".

 

O diretor Neill Blomkamp ignora o aspecto das preliminares desse contato, como Arthur C. Clarke descreve magistralmente no que seria o primeiro encontro da humanidade com uma outra espécie, em sua obra "O fim da Infância". Desta maneira, sem explicações preliminares de como e porque esses alienígenas vieram parar em nosso planeta, Distrito 9 se passa a partir de 20 anos depois da chegada de uma enorme nave extraterrestre, que paira esse tempo todo sobre a cidade de Johanesburg, capital da África do Sul.

 

Depois de 20 anos na mesma situação, essa imensa nave flutuante se torna um lugar comum naquele local, sugerindo que muitos humanos já nasceram e viveram sob aquele engenho. Desta maneira, depois de todo esse tempo, a imensa nave - verdadeira cidade flutuante – passou a ser vista com naturalidade pelos moradores da região. Enfim, passados 20 anos nessas condições, as tentativas humanas de se adentrar o interior da nave logram sucesso e o seu conteúdo revela o inesperado...

 

Imensa nave que paira sobre a capital da África do Sul se tornou lugar comum.

 

Aparências podem enganar

 

Com figurinos e maquiagem de primeira linha, a horripilante aparência dos alienígenas desse filme assemelha-se com os nossos conhecidos camarões. Isso me lembrou que em um episódio do seriado Perdidos no Espaço [Lost in the Space], o vilão atrapalhado, Dr. Smith, acaba se aliando a um belo alienígena dourado, que luta contra um outro alienígena que mais parecia um feio sapinho. Contudo, o sapo feioso acaba conquistando a atenção da menina Penny Robison (a caçula da família Robison) e ela tenta ajudá-lo. A moral do episódio é que não se pode julgar as intenções pela aparência. Em verdade, o belo ET dourado mostra-se como um agressor, enquanto o sapo feioso era apenas uma vítima que lutava pela sua própria sobrevivência.

 

Apesar de suas aparências impressionantes a princípio, já nos primeiros minutos de Distrito 9, as figuras grotescas dos aliens, são assimiladas e logo nos familiarizamos com elas. No entanto, muito mais difícil será assimilar a violência que será mostrada nesta relação trágica, permeada com sugestões do submundo em que vivem alguns dos nossos próprios semelhantes e que nossa consciência custa a aceitar como realidade desses nossos tempos. Seria tudo isso um vislumbre exagerado do que chamamos de "pecados capitais"? Este tipo de mazela é próprio e restrito ao nosso mundo e condição, ou seria algo universal?

 

Bem diferente da sugestão de evolução moral e tecnológica, a partir de um "contato cósmico", como no aclamado "2001, uma odisséia no espaço" e mais próximo do que se viu em "Alien", Distrito 9 nos traz reflexões sobre nosso próprio comportamento contemporâneo, seja no perigo ou na tragédia, acerca de um possível contato entre diferentes espécies cósmicas. A trama sugere até onde poderemos nos situar entre anfitriões benevolentes e anfitriões com segundas intenções.

 

Mas, com um final em ritmo semelhante ao das produções convencionais, consegui terminar minha pipoca.

 

 Aparência repugnante pode esconder essência avessa.

 

Sinopse:

Distrito 9

 

Há 20 anos uma gigantesca nave espacial pairou sobre Joanesburgo, capital da África do Sul. Como estava defeituosa, milhões de seres alienígenas foram obrigados a descer à Terra. Eles foram confinados no Distrito 9, um local com péssimas condições e onde são constantemente maltratados pelo governo. Pressionado por problemas políticos e financeiros, o governo local deseja transferir os alienígenas para outra área. Para tanto é preciso realizar um despejo geral, o que cria atritos com os extraterrestres. Durante este processo, Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), um funcionário do governo, é contaminado por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna um simbionte, já que seu organismo gera algumas partes extraterrestres. Com o governo desejando usá-lo como arma política, Wikus conta apenas com a ajuda do extraterrestre Christopher para escapar.

Ficha técnica:

 

título original: District 9

gênero: Ficção Científica

duração: 01 hs 52 min

ano de lançamento:2009

site oficial: http://www.d-9.com/    

estúdio: WingNut Films / Key Creatives / QED International

distribuidora: TriStar Pictures / Sony Pictures Releasing

direção: Neill Blomkamp

roteiro: Neill Blomkamp e Terri Tatchell

produção: Peter Jackson

música: Clinton Shorter

fotografia: Trent Opaloch

direção de arte: Emilia Rioux

figurino:

edição: Julian Clarke

efeitos especiais: Weta Digital / XYZ-RGB /

The Embassy / Image Engine Design

Elenco:

Sharlto Copley (Wikus Van De Merwe)

Jason Cope (Grey Bradnam)

Nathalie Boltt (Sarah Livingstone)

Sylvaine Strike (Dra. Katrina McKenzie)

Elizabeth Mkandawie (Entrevistadora)

John Summer (Les Feldman)

William Allen Young (Dirk Michaels)

Greg Melvill-Smith (Entrevistador)

Nick Blake (François Moraneu)

Jed Brophy (James Hope)

Louis Minnaar (Piet Smit)

Vanessa Haywood (Tania Van De Merwe)

Marian Hooman (Sandra Van De Merwe)

Vittorio Leonardi (Michael Bloemstein)

Mandla Gaduka (Fundiswa Mhlanga)

Johan van Schoor (Nicolas Van De Merwe)

Stella Steenkamp (Phyllis Sinderson)

Tim Gordon (Clive Henderson)

Hlengiwe Madlala (Sangoma)

 

* Márcio Rodrigues Mendes é físico, astrônomo amador e professor em Dois Córregos-SP. É consultor em astronomia e astronáutica para o jornal Via Fanzine.

 

 - Fotos: Divulgação.

 

- Mais Distrito 9:

 Distrito 9 - um verdadeiro apartheid alienígena - artigo VF.

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- Clique aqui para assistir vídeo da editoria da revista Veja

 

- Outros artigos do autor: www.viafanzine.jor.br/mmendes.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright, 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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Conspirações:

‘Anjos e Demônios’ mistura LHC com religião

A obra mistura fatos reais com ficção e cria um clima da mais refinada

conspiração, onde os Illuminati ocupam lugar especial na trama.

 

Da Redação*

Via Fanzine

 

 

Neste mês de maio chega às telas mais uma grande produção cinematográfica norte-americana. “Anjos e Demônios” (Angels & Demons) da Sony Pictures promete uma grande dose de mistério, num cenário histórico: o Vaticano.

 

O filme estrelado por Tom Hanks e dirigido por Ron Howard é uma espécie de continuação de “Código Da Vinci” (2006), onde o seu personagem Robert Langdon juntamente com Victoria Vetra (Ayelet Zurer), se envolvem com a sociedade secreta dos Illuminati.

 

O pai de Victória foi assassinado e as pistas levam os dois até o Vaticano, onde uma conspiração envolvendo o assassinato de cardeais, às vésperas da eleição do novo Papa, coloca-a em perigo.

 

A mega experiência científica do LHC, produzida pelo Cern em Genebra também faz parte da trama, já que a antimatéria produzida pela experiência também integra a trama. Na obra de ficção, a antimatéria – também denominada "partícula divina", por se supor que dela se originou o universo – é roubada do Cern imediatamente após a sua produção. Quatro cardeais são seqüestrados pouco antes da eleição do papa. Todas as pistas levam à "Illuminati", uma organização secreta de cientistas que deseja se vingar de uma injustiça eliminando a Igreja.

 

O Vaticano pede socorro ao seu arquirrival, o simbologista Robert Langdon, apoiado pela jovem pesquisadora nuclear Victoria Vetra. Em sua misteriosa busca de símbolos e dos quatro elementos (fogo, água, terra e ar), Langdon faz uma caça frenética pelas criptas, igrejas e catedrais de Roma – onde ele supõe que estejam escondidos os reféns e a antimatéria – num crescendo de velocidade, brutalidade e complicações.

 

 Robert Langdon e Victoria Vetra

 

A trama adentra a fantasia ao sugerir que a substância destrutiva da antimatéria possa ser produzida em grandes volumes no Cern e teria poder superior ao de várias bombas atômicas. A antimatéria é um grama de substância perigosa, carregada numa caixa de cerca de 30 centímetros, capaz de implodir a Cidade do Vaticano.

 

Segundo o Cern, levaria bilhões de anos para se produzir antimatéria suficiente para uma bomba com poder de destruição semelhante às "típicas" bombas de hidrogênio, das quais já existem mais de dez mil no mundo.

 

A obra mistura fatos com ficção, informações são idealizadas e encurtadas, mas isso não incomoda o diretor de pesquisa do Cern, Sergio Bertolucci. "O fato de Anjos e Demônios ser um romance best-seller e agora um filme de Hollywood nos dá a oportunidade de mostrar quão emocionante é a realidade da pesquisa de antimatéria".

Segundo ele, "Tanto a ficção quanto a ciência nos querem levar do ordinário para o extraordinário; a diferença é que a ciência tem de operar inteiramente dentro realidade".

 

“Anjos e Demônios”, que teve estréia no Brasil em 15/05, é baseado no romance homônimo de Dan Brown e que chega aos cinemas esta semana, começa com imagens impressionantes rodadas no Cern. O diretor Ron Howard, que já levou o “Código Da Vinci” às telas, mantém o ritmo enérgico até o fim.

 

* Com informações de Swissinfo.

- Fotos: Divulgação.

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

- Site Oficial: http://www.angelsanddemons.com

- Trailer com legenda em português:

http://www.youtube.com/watch?v=povVnZaCMiM

 

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'Knowing':

'Preságio', números jogados ao tempo

Nicolas Cage interpreta o papel de John Koestler, um professor de astrofísica.

 

Da Redação*

Via Fanzine

 

 

Esta promete ser uma das grandes produções do gênero Sci-Fi no cinema mundial em 2009. “Knowing”, que chega ao Brasil com o título de “Presságio”, apresenta uma trama que envolve números e tempo. Tudo se inicia quando uma cápsula do tempo de 50 anos é aberta na escola do filho de um professor (Cage). O menino se depara com um estranho mapa numérico que ele leva para a casa.

 

Decodificado, este mapa mostra profecias assustadoras, apontando datas de cada uma das maiores catástrofes globais dos últimos 50 anos, como terremotos, incêndios e tsunamis, tudo em perfeita sequência numérica. O problema é que algumas datas estão por vir e, portanto, novos desastres deverão acontecer.

 

Nicolas Cage interpreta o papel de John Koestler, um professor de astrofísica que, nas aulas, mostra ter optado pela teoria determinística. A sua mulher já morreu, acrescentando uma carga dramática e narrativa enorme ao filme, que já é um clássico.

 

Quando a cápsula do tempo é aberta na escola do seu filho, mostrando as mensagens que os alunos da escola deixaram faz meio século, o determinista John descobre não meras suposições sobre como seria o mundo de hoje, mas toda uma série de combinações numéricas que o deixariam muito intrigado. E assim, este cético vai descobrir alguma coisa sobre o seu verdadeiro papel no futuro da humanidade.

 

* Com informações do Jornal de Notícias (Portugal).

 

- Fotos: Divulgação.

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

- Assista o Clipe com legenda em português: 

http://www.youtube.com/watch?v=Xc5A5BHn8aU

 

- Assista o Clipe em Inglês: 

http://www.youtube.com/watch?v=uHw8URgDvxM

 

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Atentado:

Documentário desmente versão

oficial sobre o 11 de Setembro

Este documentário não se baseia em meras especulações, possui diversas evidências e questionamentos.

 

Por Yerko Herrera*

 

Novos olhares sobre o maior atentado da história.

 

O mundo inteiro sabe o que aconteceu no dia 11 de setembro de 2001. Talvez nada seja tão lembrado na história recente. Quase ninguém recorda em quem votou pra vereador nas eleições passadas, mas é certo que sabem que há sete anos atrás duas torres, atingidas por aviões, tombaram após a colisão. Depois desta demonstração de vulnerabilidade da potência hegemônica, os estadunidenses endureceram sua dominação militarista.

 

As conseqüências foram sentidas no mundo inteiro, principalmente àqueles de origem islâmica, mas, nem nós, brasileiros, escapamos das garras dos falcões extremistas que dominam a Casa Branca. Tornou-se cada vez mais difícil conseguir um visto de entrada nos EUA, afinal, todos podem ser terroristas e, antes de entrar em seu país, é certo que qualquer um pode ser calorosamente recebido na Base de Guantânamo.

 

Bom, a versão oficialista afirma que foi Osama bin Laden e sua Al-Qaeda os responsáveis por estremecer o grande Império, sobrando nessa até para Saddam Hussein, que talvez houvesse atirado, quem sabe, uma pedra em direção a Estátua da Liberdade.

 

A contestação

 

Segundo o documentário Loose Change a coisa toda não foi bem assim. Antes de seguir sobre o filme, melhor esclarecer algumas coisas: aos céticos que gostam de pensar que qualquer afirmativa não-oficial é mera teoria da conspiração, e aos de tendência reacionária que tudo crêem ser de intenção comunista, aqui o esclarecimento.

 

Não, o documentário não se baseia em meras especulações, possui diversas evidências e questionamentos, também é apoiado pelos associados do 9/11 Truth Movement, composto por engenheiros, catedráticos de várias áreas e dos mais diferentes especialistas, conferindo mais seriedade à produção. E não, o filme não foi produzido por setores da esquerda latino-americana nem por entidades muçulmanas, nem nada parecido. É uma obra estadunidense com contestações e informações dos mesmos.

 

Em Loose Change suspeita-se que tudo o que aconteceu na famigerada data nada mais foi que um plano executado pelo próprio governo de W. Bush. São apresentados fatos e provas de que existe uma grande mentira, e que a história oficial, decretada pela Casa Branca e difundida pela mídia daquele país, possui muitos furos.

 

Loose Change não se oferece como a verdade do ocorrido, ele se propõe ser um incentivador do debate, da contestação e da não aceitação de uma falsidade imposta por interesse político-econômico. Dificilmente alguém duvida das más intenções de George W. Bush, que é unanimemente odiado no planeta inteiro. Entretanto, é evidente que muitos duvidam que o 11/09 foi um crime interno planejado pelo próprio governo dos Estados Unidos da América e, para este, tratar desta hipótese soara como teoria da conspiração.

 

Como resposta fica aquela que Kevin Barrett, professor da Universidade de Winsconsin, deu ao vivo a um jornalista da conservadora FoxNews no momento que este tratava de ridicularizá-lo afirmando que o professor é um maluco com teorias bizarras, Barrett apenas disse: “Vocês são os que têm teorias bizarras. Você acha que 19 caras com canivetes, guiados por um cara numa caverna no Afeganistão... Que ridículo... Esta sim é a maior teoria conspiratória”.

 

Esta resposta de Kevin Barrett pode ser conferida em Loose Change Segunda Edição, apresentado abaixo, e que traz mais dados e correções em relação a sua primeira versão. Inclusive já existe um terceiro filme da série, intitulado Loose Change Final Cut com mais de duas horas de duração. A cópia de Loose Change Segunda Edição tem legendas em português e também está disponível para baixar.


- Gênero Documentário - Diretor Dylan Avery - Ano 2006 - Duração 89min. - Cor Colorido - País EUA.

 

Vídeo:
Baixe aqui Loose Change 2a Edição (Recut) completo

(diretamente da página do Google Vídeos - arquivo mp4)
 

* Informações do blog Outrocine.

 

- Foto: Divulgação.

 

- Colaborou: Vitório Peret (RJ).

 

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Ficção científica:

As Crônicas de Sarah Connor

Personagem de 'O Exterminador do Futuro' vem protagonizar nova série.

Por Márcio R. Mendes*

De Dois Córregos-SP

Para Via Fanzine

 

 

Já chegou às locadoras a primeira temporada completa (3 CDs) da nova série Sci-Fi, As crônicas de Sarah Connor. Comecei a conferir recentemente os primeiros episódios e ainda não me decidi em recomendá-lo aos interessados, portanto, este artigo trata-se apenas de uma divulgação.

 

Para quem não se lembra, o personagem Sarah Connor surgiu no filme O Exterminador do Futuro, estrelado pelo Arnold Shawzneger, como uma inofensiva balconista de uma pequena lanchonete. Ela teve sua vida definida pela presença inusitada de uma criatura vinda do futuro: um robô, com a missão de exterminar o que seria uma ameaça na forma de um líder contra as máquinas, exatamente o filho de Sarah Connor.

 

Quase simultaneamente a chegada desse robô exterminador, o próprio "pai" do futuro líder, chega também desse obscuro futuro para tentar impedir o extermínio de Sarah Connor, gerando um looping temporal que a ficção científica adora explorar.

 

O filme fez algum sucesso e teve mais duas continuações onde sugere que a automação e a manipulação desse poder que se firma a cada dia, em mãos erradas e num futuro não muito distante, pode custar a sobrevivência da espécie humana.

 

Anos após O Exterminador, surge agora As crônicas de Sarah Connor, trazendo a atriz Lena Headey incorporando a frágil (até que ponto?) Sarah Connor, vivenciando um período de sua vida não mostrado em O Exterminador.

 

Nesta série, temos uma mãe definindo o destino de toda a humanidade, preparando seu filho como um futuro líder, na luta insana contra a uma própria criação humana - as máquinas robóticas.

 

Os episódios devem mostrar as situações onde, solitariamente, alguém que conhece o futuro dramático da humanidade, tem que atuar numa época onde as viagens no tempo e o futuro da espécie não passam de meros assuntos de ficção científica. Quem poderia lhes dar créditos, afinal?

 

* Márcio Rodrigues Mendes é físico, astrônomo amador e professor em Dois Córregos-SP. É consultor em astronomia e astronáutica para o jornal Via Fanzine.

 

 - Fotos: Divulgação.

 

- Outros artigos do autor: www.viafanzine.jor.br/mmendes.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright, 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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Estreou no Brasil:

O novo ‘O dia em que a Terra parou’

Não sei se mostrar seres extraterrestres tão cheios de falhas,

quanto nossa humanidade, foi algo intencional ou um "deslize".

 

Por Márcio R. Mendes*

De Dois Córregos-SP

Para Via Fanzine

 

A versão original e o remake: lirismo x alta tecnologia

 

Assisti o remake de The day the Earth stood still (O dia em que a Terra parou, de 1951). Gostei, mas, se tiver que optar entre a versão original e o remake, fico com a versão original; aliás, fico mesmo é com o conto de Harry Bates (Adeus ao Mestre) no qual a versão original foi baseada.

 

A nova versão de  é estrelada por Keanu Reeves, um dos maiores astros do cinema contemporâneo. A direção é de Scott Derrickson e o roteiro é assinado por David Scarpa. Devo confessar que esperava mais. Devo explicar também a ambiguidade do "gostei" e do "esperava mais". Em linhas gerais o remake refaz o perfil do original: a visita inesperada do extraterrestre, a recepção nada calorosa, o ameaçador Gort o maniqueísmo do "governo", a "ajuda" de um dos nossos e a idéia de que "aprendemos a lição" (como se tivéssemos aprendido). Tudo com a tecnologia do cinema atual.

 

Para quem não viu o original, um bom programa (para os que não forem muito exigentes); mas, sem o lirismo e o glamour do original. Acredito que as críticas feitas hoje e em um futuro próximo poderão se diferenciar, pois, passado algum tempo, a primeira impressão (que se acentuará nos pontos negativos em face do status de "cult" do original), poderá proporcionar novas reflexões centradas em questões embutidas nesta nova versão e que estão ausentes no original. Um dos detalhes que me fizeram repensar no filme foi a própria figura de Klaatu.

 

O ator Keanu Reeves tem lá seus méritos como ator, mas não consegui ver, no filme, o personagem Klaatu e sim, o ator Keanu. Este fato, de forma bastante particular, fez com que o filme perdesse alguns pontos.

 

Por sua vez, a nova versão de Klaatu pareceu-me perdido em suas próprias convicções e seu objetivo embasado no que também faz o original perder pontos: salvar a Terra. No original, salvá-la para nós mesmos e na nova versão, salvá-la da pior das espécies que a ocupa, a raça humana. O novo Klaatu está longe de ser complacente, metódico e o filme sugere, inclusive, que não há consenso nem entre "eles", os ETs, quanto ao modo de nos tratar. Isso fica claro quando o novo Klaatu se encontra com outro ET, que vive infiltrado entre nós há muito mais tempo. Na rápida conversa entre eles, há discordância entre como prosseguir um plano pré-estabelecido.

 

'Será mesmo que o fato de virem até nós (e não o contrário)

é suficiente para garantir sua maior evolução moral?'

 

Que a humanidade está precisando de um grande puxão de orelha vá lá, pela sua parca atuação como inquilino deste orbe; mas ver uma civilização pretensamente evoluída, vir a meter o bedelho em nosso mundo, agindo como Noé, embarcando exemplares de todas as espécies (exceto o Homem), com o propósito de "salvar o planeta", eliminando a "pior das espécies", pareceu-me típico do modus operandi da "Era Bush".

 

O novo enredo também peca em mostrar um Klaatu que chega disposto a cumprir sua tarefa, deixando claro que não há como inverter a situação, mas, sua rápida convivência com a protagonista que lhes dá cobertura, o faz pensar diferente. Seriam então "maus observadores", afinal, sem desmerecer o apelo dos protagonistas, creio que temos maiores e melhores atributos e qualidades a serem pesados em nosso favor, ao nos classificarem como a "pior das espécies". Ou não?

 

Não sei se mostrar (ou sugerir) seres extraterrestres tão cheios de falhas, quanto nossa humanidade, foi algo intencional ou um "deslize". Talvez, nem pensaram nisso como um problema. De qualquer forma, é uma nova linha para reflexões: será mesmo que o fato de virem até nós (e não o contrário) é suficiente para garantir sua maior evolução moral?

 

Quando o processo de extermínio da humanidade é desencadeado, à partir do robô gigante (sem nenhuma menção ao seu nome neste remake), o personagem que acompanha Klaatu se surpreende perguntando-lhes "Então, é assim que seremos exterminados?". E tem a resposta imediata do frio Klaatu: "É sim!". Foi a forma com que o diretor quis passar o recado, do tipo "comportem-se!".

 

Vou assistir esse filme novamente, mas não sem antes reler Harry Bates e rever o original.

 

* Márcio Rodrigues Mendes é físico, astrônomo amador e professor em Dois Córregos-SP. É consultor em astronomia e astronáutica para o jornal Via Fanzine.

 

Clique aqui  para ler outro artigo de Márcio R. Mendes sobre 'O dia em que a Terra parou'.

 

Clique aqui  para conferir trailer do remake

 

 Clique aqui  para conferir artigo + trailer do remake (em inglês)

 

 - Fotos: Divulgação.

 

- Outros artigos do autor: www.viafanzine.jor.br/mmendes.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright, 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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Cinebiografia:

'Lula, Filho do Brasil', o filme

Filme sobre a vida de Lula conta tem Glória Pires no papel de sua mãe. 

Da Redação de

www.cineclick.com.br

 

Luís Inácio "Lula" da Silva

  

Durante as atividades para a divulgação de Se Eu Fosse Você 2, a atriz Glória Pires (Primo Basílio) comentou sobre seu próximo projeto, Lula, o Filho do Brasil. Glória interpreta Dona Lindu, mãe de Lula. A atriz ainda revelou que Cléo Pires (Meu Nome Não é Johnny), sua filha, também fará parte do elenco. Ela interpretará Maria de Lurdes, operária com que Lula se casou pela primeira vez.

 

O filme mostrará da infância de Luís Inácio "Lula" da Silva até a morte de sua mãe, Eurícide Ferreira de Mello (conhecida como Dona Lindu), enquanto ele estava preso após ser acusado de liderar greves ilegais no ABC, São Paulo. Milhem Cortaz (A Encarnação do Demônio) interpretará o pai de Lula, que será vivido por Tay Lopez (Última Parada 174).

 

A cinebiografia é roteirizada por Denise Paraná, antiga assessora do presidente e escritora da biografia Lula, Filho do Brasil. Fábio Barreto (A Paixão de Jacobina) assume a direção do filme, que tem orçamento estimado em R$ 31,6 milhões.

 

As filmagens de Lula, o Filho do Brasil acontecerão em Garanhuns (Pernambuco), no ABC paulista e em estúdios, mas só deverão começar em janeiro de 2009. O longa chega aos cinemas de todo o Brasil em outubro de 2009.

 

- Foto: Arquivo VF.

- Colaborou: Fábio Bettinassi (MG).

 

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Animação:

Os Mosconautas no Mundo da Lua

Três moscas a bordo da Apollo 11 vivem uma aventura lunar.

Da Redação

Via Fanzine

 

 

Faz estréia nos cinemas de todo o Brasil, Os Mosconautas no Mundo da Lua (Fly me to the Moon), produzido na Bélgica em 2008, é uma animação de 84 minutos. A animação foi feita em tecnologia 3D digital e pode ser assistida com óculos apropriados, criando incríveis efeitos de profundidade visual.

 

O enredo remonta a viagem lunar de conquista à Lua, em 1969, quando os astronautas da Apollo 11 desceram no satélite terrestre. No entanto, a atração da viagem lunar, fica por conta de três moscas que embarcam na espaçonave da Nasa. São elas, Iq, Scooter e Nat. As três foram incentivadas pelo vovô McFly e partiram para onde nenhuma mosca jamais ousou chegar.

 

Porém, algumas moscas invejosas ficaram descontentes com a ousadia das três mosconautas e vão tentar impedir elas retornem sobre glórias, ainda que venham sabotar toda a missão da NASA.

 

A direção é de Ben Stassen, roteiro de Domonic Paris. Elenco: Tim Curry, Robert Patrick e Kelly Ripa.

 

- Clique aqui para assistir ao trailer.

- Clique aqui não para assistir a sinopse completa.

- Fotos: Divulgação.

 

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EUA:

Spielberg é processado por apropriação de enredo

Mais uma polêmica questão autoral estoura nos Estados Unidos, dessa vez,

envolvendo estúdios de Hollywood e o famoso diretor cinematográfico Steven Spielberg.

Da Redação

Via Fanzine

Cena de Paranóia.

 

Um processo judicial apresentado à Corte Federal da Califórnia no dia 08/09 acusa o diretor e estúdios associados de “roubaram o enredo de clássico de Alfred Hitchcok”. Trata-se da obra Janela Indiscreta (1954), cujo enredo teria sido utilizado indevidamente na produção do filme Paranóia.

 

Segundo informações da Reuters, as empresas DreamWorks, Viacom Inc e Universal Pictures são acusadas processualmente de infringir os direitos autorais e quebrar um contrato ao produzirem Paranóia sem a devida permissão dos detentores dos direitos da trama.

 

Spielberg é o fundador da Dreamworks e somente nos EUA, Paranóia faturou cerca de 80 milhões de dólares nas bilheterias. Conforme é explicado no processo, aberto pela Sheldon Abend Revocable Trust, a base do filme de Hitchcock foi Assassinato de uma Janela, um conto de Cornell Woolrich. Na época, Hitchcock e o ator James Stewart obtiveram os direitos de adaptação da história para os cinemas em 1953. O processo alega que a DreamWorks deveria ter feito o mesmo. “O que os réus relutam em fazer aberta, legal e legitimamente, eles fizeram de forma clandestina, pela porta dos fundos, usando a história de 'Janela Indiscreta' sem pagar compensações”, alega processo.

 

Os acusadores denunciam que os enredos de Paranóia e Janela Indiscreta são “essencialmente os mesmos”, enfatizando que ambos são mistérios iniciados com um homem que, ao espreitar pela janela, testemunha comportamentos estranhos no apartamento da vizinha.

 

A resenha do jornal The New York Times chamou Paranóia de “'Janela Indiscreta' meio adolescente”. Já o Toronto Star classificou o filme como “apropriação descarada”. Segundo a Reuters, o porta-voz de Spielberg e os representantes da Viacom e da NBC Universal não comentaram o assunto.

 

* Com informações da Agência Reuters.

 

- Foto: Divulgação.

 

- Clique aqui para assistir trailler legendado de Paranóia.

 

 

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Estréia do Documentário:

Fé, a história de Nossa Senhora de Itaúna*

Em 1955 na cidade de Itaúna, três crianças tiveram uma visão mariana que até hoje é lembrada em toda a região.

 

Imagem do local das aparições de uma Senhora em Itaúna no ano de 1955.

 

As aparições de Nossa Senhora para os meninos e posteriormente para vários homens da cidade tornaram-se tão notáveis que chamou a atenção da arquidiocese regional. As revelações e aparições da santa são de conhecimento regional e chega até algumas cidades de outras regiões do estado. Baseado em todo esse enredo de fé e louvor a Nossa Senhora, o Documentário “Fé, a história de nossa senhora de Itaúna” estreará no dia 27 de julho na Gruta de Nossa Senhora na cidade de Itaúna. O filme foi produzido pela Cinemarketing Filmes e apoiado pela mineradora Minerita.

 

Revelações que foram feitas para homens adultos, diferente de outras aparições e revelações de Maria, que são destinadas a mulheres. Não são muitos os católicos que sabem dos milagres marianos, é com a intenção de divulgar os relatos que a produtora Cinemarketing Filmes trabalhou durante um ano na produção do documentário.

 

A primeira fase do Documentário conta sobre o aparecimento da Santa construindo toda a história de como se consolidou os aparecimentos e como aconteceram as primeiras manifestações de fé. Durante o desenvolvimento o filme retrata a construção da gruta e como foi feita a imagem da santa até chegar ao tão famoso terço dos homens, que atualmente é rezado por quase dois mil homens, numero que cresceu cerca de 80% durante a produção do filme.

 

O longa-metragem teve sua investigação documental baseada em documentos dos videntes, da diocese regional e do museu histórico do município, além de muitos relatos orais e pesquisas de campo. Durante a pesquisa a equipe teve acesso às duas revelações da santa, que além de impressionantes são extremamente atuais, prenuncias que foram relatadas pela filha do vidente que as recebeu.

 

A história de Nossa Senhora de Itaúna que foi relatada não fica apenas no meio religioso e dentro das burocracias de aceitação da igreja católica. O documentário é bastante diferente dos documentários de seu gênero, pois foi gravado em estilo tradicional, mas é leve e de simples compreensão.

 

O filme deixa de ser um documentário religioso e passa a ser um filme antropológico que conta a historia de um povo que se move pela fé, e retrata uma cidade que apesar de pequena se faz grande em manifestações e louvores a Deus. Com um início emocionante e algumas pitadas de paixão e alegria o enredo se torna amigável e de bom gosto.

 

O filme que pretende apenas levar a fé e receber orações é uma ação de caridade, em que todo o lucro de suas cópias será destinado a uma instituição de caridade a ser escolhida. Cumprindo um dos pedidos de Nossa Senhora. Confiram!

 

* Informações e imagem fornecidas por Cinemarketing.

 

- Trailer no Youtube:

http://br.youtube.com/watch?v=BSZV52sxdH4

 

- Mais informações do Filme e da Produtora no site:

www.cinemarketingfilmes.com.br

 

Guto Aeraphe - Diretor

(37) 9197-9101 ou (37) 3214-4191 - Divinópolis/MG

Kennedy Dias - Produtor

(37) 8809-1709 ou (37) 3214-4191 - Divinópolis/MG

 

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Os 40 anos de “odisséia no espaço”:

Quando a ficção cruza com a realidade

“2001, Uma Odisséia no Espaço” é uma produção de Stanley Kubrick

e Arthur Clarke que completa 40 anos e recebe o reconhecimento da Nasa.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

Para Via Fanzine

 

A estação espacial idealizada por Clarke e Kubrick em 1968 e a estação espacial internacional em 2008.

 

Odisséia cinematográfica

 

Faz 40 anos era lançado um clássico da ficção e do cinema espacial. A película “2001, Uma Odisséia no Espaço”, além de se tratar de uma avançada produção para sua época, se tornou também suporte e inspiração para que os EUA continuassem investindo em seus projetos espaciais.

 

Produzida em 1968, “2001, Uma Odisséia no Espaço” é uma produção de Stanley Kubrick, baseada na obra “A Sentinela”, de Arthur C. Clarke – ambos assinam o roteiro. Com os parcos recursos cinematográficos de 40 anos atrás, “2001, Uma Odisséia no Espaço”, mostra, de modo bastante convincente para a atualidade, a vida em uma luxuosa e espaçosa estação espacial, no ano 2001.

 

Todo o enredo deixa arestas para que o espectador faça a sua interpretação da história. Em uma das passagens, surge uma cena curiosa para 40 anos atrás: um computador, o HAL-9000, “teima” com um ser humano (astronauta), a ponto de prevalecer sobre este – o que, hoje em dia chega a ser algo comum no mundo dos PCs.

 

A odisséia que se inicia na época dos primatas, parece nunca chegar ao fim, no entanto, no filme, ela se encerra num futuro muito distante daquele tempo, sugerindo (talvez) um reencontro do homem com ele mesmo, e depois disso, o seu próprio renascimento num lugar muito distante da Terra.

 

Reconhecimento da Nasa

 

Recentemente, a agência espacial norte-americana (Nasa) declarou em seu site que, “A obra despertou a imaginação e forneceu uma previsão realista sobre como poderia ser o nosso futuro. Quando o filme estreou, há 40 anos, viver e trabalhar no espaço por tempo integral era ficção científica”. A Nasa demonstra que reconhece a influência de “2001, Uma Odisséia no Espaço”, no real universo da Astronáutica.

 

No mesmo texto, afirma, “Neste momento em que terminamos a construção da ISS, estamos trabalhando para retornar à Lua e depois ir a Marte e além. Somos parte do maravilhoso futuro que visionários como Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick imaginaram há 40 anos”.

 

Inúmeros foram os impactos da obra na realidade dos projetistas aeroespaciais. Tanto que o filme previu diversas soluções pertinentes às viagens espaciais, as quais ainda não existiam naqueles tempos. No entanto, algumas delas ainda estão por vir, como por exemplo, uma maior estabilidade no interior da estação espacial. A falta de sua própria fonte de gravidade (nos moldes da Terra), faz com que os astronautas tenham de se adaptar à gravitação de seus corpos no interior da estação. Outras, no entanto, foram cumpridas, como os monitores de telas planas e, claro, a própria estação espacial, inexistente em 1968, mas já concebida na filmagem de "2001...", conforme projetara a imaginação de Clarke - também co-autor dos atuais satélites artificiais que orbitam nosso planeta.

 

Acima: Interior estação espacial idealizada por Clarke e Kubrick;

Abaixo interior da atual estação espacial internacional.

 

2001 e 2008

 

Fica evidente que, em 1968, Clarke imaginou que no ano de 2001, diversos problemas da engenharia espacial estivessem superados, a ponto de apresentar aquele filme, se passando no ano de 2001. Se soubesse que naquele ano, não estaríamos nem perto disso, provavelmente, o autor retardaria seu título para algumas dezenas de anos depois.

 

Enquanto hoje, sete anos depois de 2001, temos uma estação espacial, onde a falta de gravidade impera dentro da mesma, fazendo o astronauta flutuar (não andar); uma estação que ainda necessita de propulsores para se manter numa órbita estável (além dos recentes problemas constados na reentrada da atmosfera), em “2001...”, temos uma estação espacial de um design muito mais avançado que o da atual estação de 2008. Além disso, atualmente, não temos condições de viajar nem até Marte, tampouco até Saturno - como mostra o filme.

 

Assim, a ficção se choca com a realidade, nos levando a refletir sobre o porque de ainda não superarmos os problemas enfrentados para a adaptação e colocação do organismo humano fora do seu planeta original.

 

Mas, no que se diz respeito aos EUA, certamente, os atrasos constatados na execução dos projetos espaciais se deram pela escassez de recursos nas áreas de pesquisa e produção da indústria espacial. Muito foi gasto em guerras, defesa, inclusive, nas invasões internacionais (Vietnã, Afeganistão e Iraque etc) e, com isso, o setor espacial (bem como toda a economia norte-americana) ressentiu a falta de sua participação nos mais de US$ 3 trilhões gastos em armamentos e manutenção de tropas no exterior nestas últimas décadas.

 

Portanto, somente nos próximos 12 anos (ou mais), é que poderemos ter reais perspectivas de assistirmos a novas “odisséias” na vida real, tal como foi a chegada do homem na Lua em 1969. A inclusão dos europeus e dos asiáticos veio aquecer a corrida espacial vigente, mantida até estão pelos EUA e a Rússia. Além da típica disputa em si, louvado seja o projeto internacional da estação espacial, onde forças multinacionais se unem por um objetivo comum.

 

Se receber a atenção que merece dos governos envolvidos com o mesmo, a ISS poderá se deslanchar e obter seu verdadeiro fundamento, que é o de ser um “trampolim espacial”, da Terra, para outras paragens do sistema solar.

 

* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine www.viafanzine.jor.br.

- Fotos: Nasa.

Mais Astronáutica:

www.viafanzine.jor.br/astronautica

 

Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.

- Produção: Pepe Chaves para Via Fanzine - Minas. 

 

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Pangea Day:

A superprodução de qualquer lugar

Proposta é unir todos os continentes num único filme.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

Para Via Fanzine

 

Mapa mostra a participação de todos os continentes no Pangea Day.

 

Pangea é o nome original do super-continente, que unia todas as terras do mundo numa mesma massa. Acredita-se que faz 250 milhões de anos, Pangea começou a se dividir até se chegar à formação continental que temos hoje na Terra.

 

Assim, a proposta do Pangea Day (Dia de Pangea) é que, através da visão, as pessoas do mundo comecem a ultrapassar as suas fronteiras e, aliada ao poder do cinema, ela se tornará possível. Para tanto, sites do Cairo, Londres, Los Angeles, São Paulo e Rio de Janeiro estarão se interligando para produzir um programa com quatro horas de duração, que inclui filmes contendo narrações e músicas. A produção será transmitida ao vivo para todo o mundo através da internet, televisão, cinema digital e até celulares.

 

O interessante é que seu filme pode integrar este programa. O advento do vídeo online foi uma revolução e tem ajudado a desovar toda uma nova geração de propostas, através dos “film-makers” (produtores alternativos) de todo o mundo. Grande parte dessa produção, obviamente, é medíocre, mas nela se encontram ocultos, talentosos produtores, capazes de utilizar filmes para criar efeitos surpreendentes. Além disso, as produções são capazes de contar histórias que podem criar laços fortes entre vários povos.

 

Então, a pergunta se faz: se você tivesse a atenção do mundo inteiro por apenas alguns minutos, o que você teria a dizer? Talvez, você vá temer que o mundo olhe para você ou seu país, sua cultura e simplesmente não os compreenda.

 

O lançamento da super-produção está marcado para o dia 10 de maio de 2008 e incluirá shows ao vivo, apresentados em todos os continentes e transmitidos via-satélite. Os organizadores calculam que muitos milhões de pessoas deverão assistir à produção multi-continental e afirmam: Se o cinema não pode mudar o mundo, pode mudar as pessoas que o assiste”.

 

- Para registrar um film-maker, obter mais informações e saber como pode participar, visite o site:

 www.pangeaday.org.

 

* Com informações de www.pangeaday.org.

- Colaborou: José Ildefonso Pinto de Souza (SP).

 

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Mistérios:

O ‘Código Da Vinci’ e a polêmica da divindade

Ficção ou realidade? Esta é uma pergunta feita por muitas pessoas

que já mergulharam nas páginas da obra do Código Da Vinci.

 

Por Antônio Siqueira*

Do Rio de Janeiro

Para Via Fanzine

 

Atores protagonistas de 'O Código Da Vinci'

 

Na verdade, a história poderia ser sintetizada como um instigante romance policial, cujo pano de fundo é a busca pelo Santo Graal. É bem mais do que isso, pois nele estão contidas afirmações referentes à verdadeira identidade de Jesus Cristo, que, segundo o livro, teria se casado com Maria  Madalena e gerado com ela, uma filha.

 

O tema tem causado indignação, mas também confusão. Com a polêmica gerada, a obra alcançou status de Best-seller - cerca de trinta e nove milhões de cópias já foram distribuídas em mais de quarenta idiomas - e foi adaptada para filme que esteve cartaz nas principais salas do país.

 

Com narrativa envolvente, o romance afirma que a Igreja Católica ocultou o verdadeiro significado do Santo Graal, que era de fato Maria Madalena. Depois da crucificação, Maria Madalena e sua filha, teriam sido postas num barco sem velas que teria, acreditam os fiéis, sido “Amparado e conduzido por Deus” até a França, onde a linha dos descendentes teria continuado através dos séculos.

 

Entre o personagem histórico que mobilizou comunidades judaicas em nome de um ideal de fé e purificação, a partir das crenças nos ensinamentos de Deus e um personagem não divino e secundário, que apenas se casou com uma mulher - essa sim, líder de discípulos que espalhariam a Boa-Nova pelo mundo - há uma distancia abismal.

O homem citado nas duas histórias acima é Jesus Cristo. Para os seguidores da primeira versão e eles não são poucos, atendem pelo nome de Cristãos e se dividem aos bilhões pelo mundo, compondo a maioria das civilizações, ele era o filho de Deus que veio ao mundo para perdoar os pecados dos humanos e preparar o seu povo para o Juízo Final.

 

Segundo o romance, os cristãos só começaram a acreditar em Jesus depois do Concílio de Nicéia, em 325 d.C. A verdade é que muito tempo antes de se realizar o concílio de Nicéia os cristãos já tinham plena convicção de que Jesus era divino. Os quatro Evangelhos mostram que Jesus era verdadeiro homem - comia, bebia, ficava triste, se zangava, chorou e morreu. Também mostram que ele era Deus. Desde o começo do ministério de Jesus, os discípulos se perguntavam a respeito da sua identidade. Depois que Jesus acalmou a tempestade, eles disseram uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar o obedecem?” (Mc 4.41 – ARA).

 

Aos séculos que se seguiram, a maioria dos cristãos acreditava que Jesus era ao mesmo tempo humano e divino. O que eles discutiam era como ele poderia ser Deus e homem ao mesmo tempo. Na verdade, foi isso que se discutiu em Nicéia.

 

A idéia de Cristo ter filhos é antiga, persegue a humanidade há tempos. Ela existe devido a necessidade de se provar que Cristo era um ser humano como outro qualquer, sem “poderes mágicos”. O fato de ter deixado descendentes mostra uma vontade de ter encontrado, ainda hoje, um elo palpável com a divindade.

 

Se as polêmicas referentes a Jesus e ao “Código Da Vinci” podem ser explicadas, então por que as igrejas estão se apressando em lançar livros que desmentem tais teorias? A instituição que se sentir lesada, tem o direito de responder. Não sei se precisam chegar a tanto.

 

E se toda essa polêmica acendeu no leitor a vontade de conhecer o personagem de Dan Brown, leiam o Código Da Vinci e depois, confronte-o com o Evangelho Segundo São Marcos. As conclusões serão óbvias, é só mergulhar.

 

*Antônio Siqueira (Rio de Janeiro/RJ) é músico, cronista e articulista de Via Fanzine.

 - Foto: Divulgação.

 

 

 

 

Música & artes plásticas:

‘Ilhas Flutuantes’ é o filme de Roger Dean

Produção de Floating Islands mescla o som dos britânicos Yes com animações de Dean.

 

TRADUÇÃO & ADAPTAÇÃO

Por Pepe CHAVES

 

'O Vôo de Ícaro': obra de Roger Dean que está sendo vendida por 200 dólares para

ajudar a custear a produção de 'Floating Islands', animação com música do Yes.

- Leia: entrevista exclusiva de Roger Dean ao portal Via Fanzine

 

ROGER & YES - A banda inglesa Yes e o artista plástico Roger Dean têm um relacionamento criativo que já dura por 33 anos, no qual se juntaram dois grandes ícones da música e das artes plásticas no século XX.

 

As ilustrações do decano surrealista Roger Dean para as capas dos álbuns da banda Yes sempre aparentaram trazer uma história secreta incrustada em seus personagens e paisagens. Milhares de pessoas de todo o mundo escreviam a Roger para falar de suas ilustrações e, algumas destas pessoas, criavam suas próprias histórias para aquelas imagens; outras, pediam ao autor maiores explicações sobre aqueles mundos adversos, como também sobre os personagens singulares que povoam a arte de Dean.

 

Embora Roger Dean confirmasse que, de fato, havia uma história completa por detrás de suas ilustrações, deu apenas pequenos detalhes sobre a mesma, ao anunciar recentemente a produção do filme “Floating Islands" (Ilhas Flutuantes), que será lançado em co-produção com David Mousley. O filme que terá como trilha sonora a música da banda Yes, traz no enredo a história de um menino chamado Loki. O garoto teve sua imaginação acrescida pelos mitos e lendas saídos das estórias narradas pelo seu tio na infância.

O ENREDO - Loki e seu tio viviam num planeta minúsculo que estaria para se desintegrar e seu povo seria salvo somente se aparecesse um herói que construísse uma arca voadora para retirá-los de seu mundo decadente. Certa vez, o jovem Loki visitou o tio como intuito de pedir ajuda para a construção de uma arca voadora. De início, o tio nega a ajudá-lo, sobretudo, pelas inúmeras dificuldades e pelos perigos que poderia haver naquela viagem espacial. Porém, acaba decidindo que vai ajudar ao sobrinho, desde que ele se prepare devidamente para aquela inusitada viagem.

 

            CASA DE LOKI - Roger Dean no interior da casa

        de Loki, que na verdade é um projeto arquitetônico

               criado por ele e comercializado em seu site.

Este é o enredo do filme que Roger Dean está produzindo e que pode ser considerado, sobretudo, uma história de amor. O mundo de Loki será mostrado nas paisagens que compuseram diversas capas e encartes de álbuns do Yes e ainda, outras produções aleatórias do artista, incluindo também a área arquitetônica.

 

Conforme informa em seu release, Roger Dean acredita que "É provável  que o público para este filme, possa incluir os admiradores de O Senhor dos Anéis, de Guerras nas Estrelas ou mesmo da princesa Mononoke, estando este público, certamente, na faixa etária de oito a oitenta anos".

 

PELO MUNDO - Muitas pessoas em todo mundo, intrigadas com a arte e a arquitetura de Roger sonharam em poder viajar através dos mundos magníficos mostrados em suas ilustrações. Além da veiculação de sua arte junto ao trabalho do Yes, cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo já adquiriram as imagens de Roger Dean através da venda das cópias, de cartões, calendários,  livros e pôsteres ou indiretamente, através das capas feitas para outros artistas, das faixas interativas, dos descansos de telas e jogos para computador espalhados pelo planeta.

 

A PRODUÇÃO - A estratégia de desenvolvimento do projeto de “Ilhas Flutuantes” (Floating Islands) é muito interessante, pois mesmo sendo desenvolvido por vários estúdios, os produtores asseguraram de que seria mantido o controle artístico original sem se deixar diluir o seu verdadeiro conceito. Para manter tal fidelidade artística, foi necessário se fazer um financiamento independente do projeto.

 

O projeto está orçado em US$ 17 milhões e grande parte já está paga, devendo o restante ser captado através da venda dos trabalhos avulsos de Roger Dean em seu site www.rogerdean.com. Estes trabalhos consistem em pacotes que incluem diversas de suas obras, os quais custarão US$ 5 mil e US$25 mil (veja detalhes na página oficial do filme). A arrecadação sobre a venda dos produtos artísticos de Dean, custeará as seqüências de animação restantes, e acabamento final.

 

'O processo digital de reprodução da

pintura 'O Vôo de Ícaro' fará com

que cada imagem seja original'

 

Música para flutuar

Por Pepe Chaves

 

Com a produção de Floating Islands (Ilhas Flutuantes) se dará o definitivo casamento da música do Yes com as artes do fabuloso Roger Dean. Todos que conhecem a história dessa banda inglesa sabem que Roger Dean, principal ilustrador de seus álbuns, sempre teve um lugar reservado dentro da banda, mesmo que não fosse músico.

 

Sua arte trouxe belas paisagens de mundos imaginários, como que fosse pano de fundo para a temática cósmica e ao mesmo tempo telúrica, tão fartamente abordada nas canções do Yes. Uma verdadeira profusão de seres, cores e formas fora do convencional, por vezes, trazendo personagens como se perdidos naquelas incríveis paisagens tornou-se a marca registrada de Roger Dean nas capas dos álbuns do Grupo Yes.

 

Quem é admirador do Yes e do artista Roger Dean só tem a comemorar e aguardar a finalização desta grande produção que poderá popularizar ainda mais a música do Yes, bem como a arte de Roger Dean. Se não são tão populares quanto os astros que coalham a mídia de todo o mundo, Yes e Dean sempre tiveram um público fiel, o qual se identifica de maneira única com seus respectivos trabalhos.

 

Surgido no final dos anos 60 na Inglaterra, o Yes tornou-se uma das mais inspiradas bandas de rock progressivo do planeta, apresentando músicas bem elaboradas, cheias de passagens, climas ecléticos e letras sérias, culminando numa mostra de criatividade e virtuosismo entre os músicos e o seu ilustrador.

 

A esta diferenciada sonoridade, caíram como luvas, as ilustrações de Roger Dean, que também, nada comum, viriam seduzir os amantes do surrealismo. Agora, concisamente aliadas imagens e música nessa produção que apresenta a história de Loki em seu pequeno mundo, esta obra soará como um prêmio aos simpatizantes que já por mais de 30 anos acompanham a trajetória desses talentosos artistas ingleses.

 

O VÔO DE ÍCARO - O interessante é que Roger disponibilizou 1.000 cópias de sua obra “O Vôo de Ícaro”, com vendas voltadas para o público comum, ao custo unitário de US$ 200 por unidade.

 

Cada uma dessas mil unidades será numerada e assinada de próprio punho pelo autor e poderão ser adquiridas por pessoas de todo o mundo através da Internet.

O processo digital de reprodução da pintura “O Vôo de Ícaro” [no alto dessa página] fará com que cada imagem seja original, pois, algumas das rochas ao fundo estarão sempre em uma posição ligeiramente diferenciada em cada cópia, tal como fragmento de uma pequena seqüência de animação.

Pretende-se que todas as pessoas que adquiram as imagens - as quais, estarão ajudando a custear o desenvolvimento do projeto - tenham livre e exclusivo acesso a uma área especial do site da produção, podendo fazer consulta regular aos updates do storyboard e aos certificados musicais.

YESSONGS PATHWAYS - Uma das imagens do livro

de Mitos e Lendas que inspirou Loki. A paisagem

 mostra a chegada ao novo lar em um novo mundo.

  

Além disso, cada empreendedor do projeto terá ainda seu nome listado nos créditos finais do filme, na categoria “agradecimentos especiais”. Segundo afirma Roger Dean, “A verba substancial que financia o projeto está sendo fornecida por um grande número de pessoas que têm interesse de assistirem a uma longa exposição de minha arte em sincronia com a música do Yes”.

 

SAIBA MAIS - “Ilhas Flutuantes” é um filme original com 90 minutos de duração, trazendo uma aventura dramática e composta com recursos de stunning e animation 3D.

 

A produção tem direção artística de Roger Dean e trilha sonora da banda Yes. Alguns dos storyboards e caracteres serão projetados pelo artista plástico Michael Kaluta.

 

Para obter atualizações de notícias, informações e   imagens   gerais   acerca  do  filme,  acesse:

www.rogerdean.com/floatingislands/update.

Estará disponível em breve nesta página um esboço completo da história e maiores detalhes sobre a produção.

 

YES FRAGILLE - O pequeno planeta começando a

se desintegrar, ao alto a arca voadora de Loki .

                                                                                                              

Para adquirir cópias de "O Vôo de Ícaro" e participar desta produção emocionante, visite o site oficial de “Ilhas Flutuantes”:http://www.rogerdean.com/floatingislands. Nesta página há acesso ao formulário de opções e ordens de pagamentos.

 

* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine www.viafanzine.jor.br.

- Com informações de : www.rogerdean.com

- Fotos: Divulgação/Roger Dean.

- Maiores informações sobre FLOATING ISLANDS:

rogerdean@rogerdean.com

dm@redvision.co.uk

 

- Leia: entrevista exclusiva de Roger Dean ao portal Via Fanzine

 

* Todas as imagens: Copyright © Roger Dean

- Produção: Pepe Chaves para Via Fanzine - Minas. 

 

 

 

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Cinema:

Os Esquecidos brinca com o Tempo

Filme que coloca abdução como pano de fundo lotou cinemas nos EUA e no Brasil.

 Por Pepe CHAVES*

 

Quando ouvimos falar de Os Esquecidos (The Forgotten, filme lançado em novembro/2004), nos vem logo à cabeça que um bando de atores da trama seja “os esquecidos”, ou vítimas de amnésia.

No entanto, nesta produção da Revolution Studios, com direção de Joseph Ruben, o esquecimento é colocado como uma fator coletivo, onde todos os habitantes da Terra figurariam como “os esquecidos”.

Assim, a humanidade não passaria de verdadeiro gado, à mercê do controle de uma inteligência incompreensível e absolutamente dominadora - justamente, pelo fato de se implantar às populações, o esquecimento.

 

A atriz Juliane Moore interpreta Telly Paretta, uma inconsolável mãe novaiorquina que perdera um filho de 8 anos, ou como diziam todos: ela nunca o teve. Inconsolável com a perda do filho que tinha certeza ter, ela faz tratamento com um psicólogo que tenta fazê-la entender que seu filho não existe e que deveria esquecê-lo para se curar. Mas seu instinto materno soa mais alto e ela, sem entender a razão que as pessoas afirmavam que ela nunca tivera filho, se pôs a desafiar a dura realidade cartesiana. Paretta estava convencida de que houve o seqüestro de sua criança. Totalmente obcecada e já agressiva com tudo aquilo, passou a ser vista como doente mental pelo marido, pelo seu médico e pela vizinhança, restando-lhe então, fugir de casa na busca de uma solução e uma explicação para aquilo que somente ela tinha certeza que sabia.

 

'Nas seqüências de fugas e perseguições se

faz o suspense e a ação, valendo registrar,

a inserção, por vezes, de incríveis

efeitos-surpresa que “assustam” a platéia'

 

Na fuga, acaba indo parar na casa de um vizinho, Ash Corell (Dominic West), cuja filha era amiga de seu filho e sempre brincavam juntos num parque da vizinhança. Chegando na casa de Ash, ela encontra nele um alcoólatra, que a chamou de louca e disse nunca ter tido filha alguma na vida. Paretta insistemas ele não aceita e acha loucura aquela mulher estar ali o importunando. Mas percorrendo a casa de Ash, ela descobre alguns desenhos da filha dele na parede de um dos quartos da casa, sob o revestimento de papel, que arranca e o mostra. Ash então, se lembra, que, de fato, tivera uma filha e vários flashs e lembranças da menina lhe surgiram à mente. Eles procuram entender como e por que todos se esqueceram dessas pessoas, exceto ela e agora ele. Chegam à conclusão de que o último dia que estiveram com suas crianças, foi quando levou-as a embarcar num pequeno avião de excursão. Os dois, partem então, atrás dessa empresa de aviação utilizada por seus filhos, com o intuito de obterem algum esclarecimento sobre aquele vôo.

 

Começa então a perseguição por uma espécie de “homem de preto” (somente no comportamento, pois não se vestia dessa cor) apoiados por agentes federais americanos. Este homem misterioso que os perseguia, se mostrava calculista, com semblante frio e praticamente onipresente em diversas situações ao longo da história. Paretta se viu diante de um ser sobre-humano, que procurava neutralizá-la, persuadi-la (nunca matá-la, o que poderia, se pretendesse). O estranho homem procurava fazê-la desistir de seu filho e entender, que ele era parte de um experimento de grande importância pra eles.

 

'Os Esquecidos não é exatamente um filme de ufologia,

e nem coloca este assunto em primeiro plano,

mas trata a abdução de forma discreta,

como pano de fundo, trazendo mesmo que

de forma enrustida, uma nova proposta

para acontecimentos dessa natureza'

 

Nas seqüências de fugas e perseguições se faz o suspense e a ação, valendo registrar, a inserção, por vezes, de incríveis efeitos-surpresa que “assustam” a platéia propositalmente. Dando mostras de ser uma brava mãe, Paretta luta contra todas as forças desconhecidas e altamente potentes, capazes de promoverem verdadeiros absurdos a seu favor – incluindo-se aí, as cenas onde figuram os  maiores “exageros” do filme, como a transmutação do rosto do misterioso homem e o inexplicável arrebatamento de alguns personagens aos céus... Em certas partes, o casal Ash e Paretta em fuga ou presenciando diversas anormalidades, nos remete à lembrança do Mulder e Scully, do Arquivo X, vivenciando suas aventuras nas entrelinhas que tange a realidade à ficção.

 

Os Esquecidos não é exatamente um filme de ufologia, e nem coloca este assunto em primeiro plano, mas trata a abdução de forma discreta, como pano de fundo, trazendo, mesmo que de forma enrustida, uma nova proposta para os acontecimentos dessa natureza. Mesmo não ficando patente no filme que o controle sobre a raça humana seria exercido exatamente por seres de natureza extraterrestre, o enredo deixa clara a interatividade de uma inteligência supra-humana. Figura em primeiro plano, nos processos promovidos por tal inteligência, o esquecimento coletivo, espécie de lavagem cerebral, no caso, sempre recebida após alguém ser vítima de alguma fatalidade, a qual, por um “motivo supremo”, deveria ser esquecida – como perder um filho, por exemplo. Porém, de alguma forma, Paretta não era passível a este embuste psicótico social inserido por tais inteligências manipuladoras junto aos seres humanos. O fato de ela permanecer nesse estado de consciência lúcida mudaria o curso final da história.

 

Nesta relação, a humanidade é subjugada e totalmente controlada, incluindo, do ponto de vista temporal. No enredo, o passado, o presente e o futuro, parecem estar interligados, podendo então, de certa forma, o futuro vir a corrigir um péssimo presente para algum personagem. Do ponto de vista científico, Os Esquecidos carece de bases mais sólidas em seu sustentáculo temático, porém do ponto de vista filosófico, incluindo a associação às inúmeras experiências paranormais ou vividas por abduzidos a que se tem notícia, em verdade,  o filme pode ser apenas uma caricatura frente à verdadeira, indecifrável e suprema, realidade. Contudo, os contextos em que se envolvem o Tempo nesse filme tornam-se confusos e por vezes, de difícil concatenação, sobretudo no desfeche da repentina conclusão final.

 

* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine - www.viafanzine.jor.br

 

- Fotos: Revolution Studios' - The Forgotten – 2004.

 

 

 

 cinema

Olga, guerrilheira, sem perder a ternura*

A trajetória de uma alemã que foi personagem na História do Brasil.

Olga Benário Prestes, que será tema do filme recém-lançado pelo diretor Jayme Monjardim, nasceu em Munique (Alemanha), em 12 de fevereiro de 1908 e cresceu numa família judia de classe média da Baviera. Aos 15 anos, já tinha uma sólida base cultural, pois sempre gostara de ler. Ao mesmo tempo, sensibilizada pelos problemas sociais que abalavam a Alemanha nos anos 20, aproximou-se da Juventude Comunista, organização política que passaria a militar ativamente. Nesse período, conheceu o jovem dirigente Otto Braun. Aos 16 anos, apaixonada por Otto, Olga sai da casa dos pais e, junto com o companheiro, viaja para Berlim, onde ambos, militando na Juventude Comunista, desenvolveram uma intensa atividade política no bairro operário de Neukolln.

Olga Benário Prestesxx

 Ela se torna uma militante revolucionária, decidida a dedicar sua vida à luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Embora na clandestinidade, o casal corre o risco permanente de ser preso, o que acontece em outubro de 1926. Olga ficou na prisão de Moabit apenas dois meses, mas Otto permaneceu lá, acusado de ‘‘alta traição à pátria‘‘. Em abril de 1928, a jovem lidera um assalto à prisão para libertar o companheiro. A ação teve êxito total.

 

'Prestes e Olga chegam ao Brasil em abril de 1935,

passando a viver clandestinamente no Rio de Janeiro'

 

Por esse ato, a cabeça de Olga foi posta a prêmio pelas autoridades alemãs. Por decisão do Partido Comunista, o casal viajou para Moscou, onde, com apenas 20 anos, ela se tornou dirigente da Internacional Comunista da Juventude. Olga, que a essa altura já se separara de Otto Braun, recebeu da Internacional Comunista a tarefa de acompanhar Luiz Carlos Prestes, que estivera na União Soviética, em sua viagem de volta ao Brasil. Sua missão era zelar pela segurança do líder político, uma vez que o governo Vargas decretara sua prisão. Durante a longa viagem rumo ao Brasil, os dois se apaixonaram, tornando-se marido e mulher.

 

Prestes e Olga chegam ao Brasil em abril de 1935, passando a viver clandestinamente no Rio de Janeiro. Em março, ele é aclamado presidente de honra da Aliança Nacional Libertadora (ANL), cujo programa visava a luta contra o imperialismo, o latifúndio e a ameaça fascista que pairava sobre o mundo.

 

'A situação de Olga era particularmente penosa,

pois carregava consigo duas pechas consideradas fatais:

a de comunista e judia'

 

LEVANTES - Assessorado o tempo todo pela mulher, Prestes participa dos preparativos de uma insurreição armada contra o governo Vargas, que deveria estabelecer no País um Governo Popular Nacional Revolucionário, representativo das forças sociais e políticas agrupadas na ANL. Com o insucesso dos levantes de novembro de 1935, desencadeia-se uma violenta repressão policial contra os comunistas e os aliancistas, como eram chamados os membros da ANL.

 

Em 5 de março de 1936, Prestes e Olga são presos no subúrbio carioca do Méier. A ordem expedida aos agentes policiais era clara: a liquidação física de Luiz Carlos Prestes. Mas, no momento da prisão, Olga salvou-lhe a vida. Prestes e Olga foram violentamente separados, nunca mais se veriam. Em setembro de 1936, grávida de sete meses, ela era extraditada para a Alemanha pelo governo Vargas. Olga foi conduzida para a prisão de mulheres em Berlim, onde deu à luz sua filha Anita Leocádia, em novembro de 1936.

 

Logo depois, seria transferida para a prisão de Lictenburg, 100 quilômetros ao sul de Berlim. Um ano mais tarde, era confinada num campo de concentração. A situação de Olga era particularmente penosa, pois carregava consigo duas pechas consideradas fatais: a de comunista e judia. Em 1942, Olga foi assassinada numa câmara de gás.

 

* Resumo do artigo publicado na 9ª edição da revista Nossa História assinado por Anita Leocádia, filha de Olga Benário Prestes e Luiz Carlos Prestes e professora no Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

- Colaborou: Jorge Espeschit.

 

 
 

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