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 Astronáutica

 

 

Lixo espacial em queda livre:

Coisas que caem do céu

A precipitação de lixo espacial na superfície do planeta

tem se tornado um problema de segurança global.

Por J. Ildefonso P. de Souza *

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

 

A estação Skylab, cujos destroços atingiram o território australiano em 1979.

Foto: Nasa.

 

Lixo não é um problema só aqui embaixo, na Terra, mas também no espaço. Com o aumento da exploração espacial já há muito lixo espacial girando ao redor do nosso planeta, colocando em risco nossas cidades e mesmo áreas rurais e naturais. As chances de qualquer artefato cair em terra firme são de 25%, contra 75% de cair sobre o oceano.

 

Calcula-se que milhões de fragmentos estejam orbitando a Terra nesse instante. São pedaços de estágios de foguetes, parafusos, restos de satélites, fios, pedaços de antenas e uma série de outros objetos que um dia fizeram parte de algum equipamento colocado em órbita. Muitos desses objetos podem permanecer anos no espaço e outros podem demorar algumas horas antes de reentrarem na atmosfera. 

 

O professor Renato Las Casas, do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas e coordenador do Grupo de Astronomia da UFMG, relembra que na madrugada de 11 de março de 1978 partes de um foguete soviético reentraram na atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e caíram no oceano Atlântico. “Foi um belo espetáculo. Inúmeros fragmentos, entrando em ignição devido ao atrito com a atmosfera, brilharam intensamente, enquanto ‘cortavam o céu’. Se a reentrada tivesse acontecido alguns minutos depois, entretanto, teríamos uma tragédia, pois a queda seria na área urbana do Rio e não no oceano”, relata.

 

Em janeiro de 1979, o Cosmos 954, um satélite militar soviético portando um pequeno reator nuclear se desgovernou, vindo a cair em área desabitada do Canadá. Na ocasião, o serviço de inteligência norte americano chegou a lançar um alarme atômico para os paises ocidentais.

 

Porém, o lixo espacial que mais deixou os cientistas apreensivos foi, sem dúvida alguma, a estação espacial norte-americana Skylab, de 69 toneladas [foto acima]. Ela se precipitou em julho de 1979, de modo descontrolado. Partes da estação atingiram o oeste da Austrália e o Oceano Índico. Cerca de quatro anos antes, um estágio de 38 toneladas do foguete Saturno II (Nasa), que lançou a Skylab, já havia causado apreensão ao cair, também descontroladamente, no Oceano Atlântico, ao sul dos Açores.

 

Já a estação espacial russa Mir, pesando 120 toneladas, teve uma queda controlada, em março de 2001. Algumas de suas partes pesavam várias toneladas e caíram no Oceano Pacífico Sul, a leste da Nova Zelândia. Esta área foi designada por tratados internacionais como o “lixão espacial” do planeta.

 

    

Militar observa o objeto que caiu na cidade de Jalapa, Guatemala, em 27 de abril de 2003.

Ao lado, uma peça semelhante, recentemente caída em uma fazenda em Montividiu, Goiás, Brasil.

Fotos: Danilo Cunha/O Popular/Agência Estado.

 

Segundo os especialistas, naves que reentram na atmosfera, normalmente se rompem entre 72 e 84 quilômetros de altitude, devido à temperatura e forças aerodinâmicas que agem sobre a estrutura.

 

A altitude nominal do rompimento é de 78 quilômetros, mas satélites de grande porte, que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Já os painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 quilômetros.

 

Uma vez que a espaçonave ou seu corpo principal se rompe, diversos componentes e fragmentos continuam a perder altura e se aquecer, até que se desintegram ou atingem a superfície. Muitos dos componentes são feitos em alumínio, que se derretem facilmente.

 

Como resultado, essas peças se desintegram quando a nave ainda está em grandes altitudes. Por outro lado, se um componente é feito com material muito resistente, que precisa de altas temperaturas para atingir o derretimento, pode resistir por mais tempo e até mesmo sobreviver à re-entrada. Entre esses materiais se encontram o titânio, aço-carbono, aço-inox e berilo, comumente usados na construção de satélites.

 

O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte.

 

O problema começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à re-entrada, pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica.

 

Objeto encontrado no norte da Austrália em novembro de 2007, ainda que bastante

 danificado se assemelha às esferas encontradas na Guatemala e no Brasil (acima).

Foto: Reuters.

 

Uma queda de objeto esférico ocorreu em novembro de 2007, no norte da Austrália [foto acima], na propriedade de um fazendeiro chamado James Stirton, a cerca de 800 quilômetros da capital de Queensland. O objeto que provavelmente era esférico, foi encontrado bastante danificado, mas se mostrou muito semelhante às esferas que foram encontradas na Guatemala e no interior de Goiás, Brasil.

 

O Composite Overwrapped Pressure Vessel (COPV),

recipiente usado nas missões dos ônibus espaciais.

Foto: www.universetoday.com

 

O pesquisador Ian O'Neil, informa no site www.universetoday.com, que estes objetos caídos na Guatemala (2003), Austrália (2007) e no Brasil (2008) foram identificados como sendo o Composite Overwrapped Pressure Vessel (COPV). Afirma o O'Neil que, geralmente os COPVs são transportados nos ônibus espaciais e se tratam de recipientes utilizados numa grande variedade de missões espaciais. Estes objetos em formato esférico são construídos por fibra de carbono ou de kevlar overcoat, materiais que oferecem reforço contra o gradiente de pressão entre o interior e o exterior do recipiente.

 

No fim de julho de 2004, ocorreu a reentrada de diversos objetos ao norte do estado do Piauí. Inicialmente, foi noticiada a explosão de um "UFO", além do pânico provocado na população. Mesmo quando ficou claro que os objetos eram lixo espacial terrestre, reproduziram-se as opiniões de autoridades de que seria um "satélite desconhecido".

 

Tanque de pressurização de um foguete Delta 2, que sobreviveu à reentrada

atmosférica no dia 22 de janeiro de 1997 e caiu ao norte do Estado do Piauí.

O tanque pesa 30 quilos e é construído de titânio.

Foto: www.upupi.com.br

 

Sobre o objeto que se quedou no Estado do Piauí, o pesquisador Flávio Tobler, da União de Pesquisas Ufológicas do Piauí (UPUPI), nos informou que, “O mesmo foi encontrado no alto de uma serra no sul do Piauí. Com aproximadamente 52 centímetros de diâmetro, o objeto, provavelmente, é feito de uma liga metálica resistente. Há um borbulhamento do metal na parte onde foi expelido o combustível. Não há inscrições que identifique sua procedência. Tenho conhecimento de um segundo artefato que caiu na região norte do Piauí, no município de Batalha. Esta peça de formação retangular e coloração amarelada foi recolhida pela delegacia local. Um parente meu esteve no local, conversou com o delegado, viu o artefato dentro de um saco, mais foi impedido de filmar e fotografar. O artefato foi enviado para base aérea de Belém e depois ao INPE para análise. Nunca mais tivemos notícias e jamais teremos. Já a esfera continua em solo Piauiense”.

 

Já o site Center for Orbital and Reentry Debris Studies (Cords), com sede na Califórnia, EUA, em sua lista de reentradas previstas, apresentava o segundo estágio de um foguete lançador Delta II como o provável objeto caído no Piauí.

 

  

Parte de um reservatório de amônia, que pesava mais de 600 quilos que se precipitou sobre o município de

São Félix do Xingu, a 695 km de Belém-PA. Sua placa de identificação (acima) mostra sua origem norte-americana.

Há cerca de nove anos, um outro objeto caiu na região, próximo a uma aldeia Kayapó,

deixando um rastro de devastação em um raio de mil metros e provocando uma grande explosão.

Fotos:  Rosângela Sampaio.

 

Em agosto de 2006, outro objeto desconhecido [acima] intrigou a população do município de São Félix do Xingu, a 695 km de Belém (PA). Uma esfera revestida por um material parecido com aço inoxidável, medindo cerca de 80 centímetros de diâmetro e de aproximadamente um metro de altura, caiu em uma propriedade rural do município.

 

O proprietário do imóvel notificou os oficiais do Serviço de Vigilância da Amazônia (Sivam). Os representantes do órgão afirmaram que se tratava de fragmento de um satélite de comunicação. Segundo o Sivam, pela velocidade que o objeto quedou, provocaria uma tragédia se atingisse a área urbana da cidade. Os oficiais recolheram o suposto satélite e o levaram para a base em São Félix do Xingu. A chapa de identificação do objeto indica sua procedência norte-americana.

 

Astronauta da ISS descarta peça de 600kg no espaço.

Foto: Arquivo UFMG.

 

A imagem acima mostra um reservatório de amônia que pesa mais de 600 quilos, sendo descartado no espaço por um astronauta. Esta peça foi literalmente "jogada fora", em pleno espaço, pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). O descarte da peça ocorreu em julho de 2007, durante um trabalho de rotina do lado de fora da estação e, segundo a Nasa, o tanque já não seria mais necessário.

 

Apêndice:

E se cair na minha cabeça?

Urge uma atualização da legislação internacional para casos de possíveis

danos vitais ou materiais causados por quedas de objetos terrestres.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

MIR, a estação espacial soviética, teve queda no mar em 1979.

Foto: www.belmont.k12.ca.us

 

Desde que foi lançado o primeiro artefato terrestre à órbita planetária, o Sputnik I pela ex-União Soviética em 04 de outubro de 1957, muitos outros subiram às alturas e tiveram destinos incertos. Felizmente, por muita sorte, nenhuma das centenas (ou milhares) de precipitações ocasionadas por tais objetos levados à órbita terrestre chegaram a causar danos materiais ou perda de vidas humanas. Mas, um acidente de grandes proporções envolvendo este tipo de corpo errante, pelo visto, deverá ocorrer em questão de tempo, em qualquer área urbana da Terra. É claro que as grandes nações não querem e nem devem alarmar as populações quanto a esta possibilidade - ou risco.

 

Países localizados em latitudes distintas entre si, tais como, Brasil, Canadá, Guatemala e Austrália, já receberam (e, certamente, ainda receberão) em seu território, diversos equipamentos e acessórios em queda livre, inconseqüentemente descartados ou colocados em órbita pelas agências internacionais de exploração espacial.

 

Em 1967 foi elaborado e ratificado pela ONU o "Tratado do Espaço", cujos artigos 7 e 9 se referem a responsabilidade e indenização pela nação "culposa" em casos de acidentes. Porém, ultimamente, a China vem se opondo a ratificar um tratado mais moderno e os outros países, em especial, os Estados Unidos, fazem vistas grossas a essa posição chinesa. 

 

José Monserrat Filho, vice-Presidente da SBDA, membro da Diretoria do Instituto Internacional de Direito Espacial, membro da Academia Internacional de Astronáutica e do Comitê de Direito Espacial da International Law Association (ILA), autor do livro Direito e Política na Era Espacial – Podemos ser mais justos no espaço do que na Terra? (Editora Vieira&Lent, 2007), em seu artigo A carta Magna do Espaço Cósmico, publicada no site da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (www.sbda.org.br) aborda o "Tratado do Espaço", nos seguintes termos, "(...) suas virtudes são notáveis, mas, passado tanto tempo, urge atualizá-lo. Seu nome real é bem maior: 'Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e demais Corpos Celestes'. 'Princípios' são normas básicas, orientam todas as demais. O acordo regula as 'atividades dos Estados', consideradas fundamentais, pois são os Estados que respondem ante à comunidade mundial pelas atividades espaciais nacionais – públicas e privadas – e, para isso, devem não só autorizar tais atividades como exercer 'vigilância continua' sobre elas. 'Exploração' não significa 'exploração comercial', como se poderia supor, mas 'exploração científica', 'pesquisa', 'estudo'. 'Uso' indica utilização prática. E 'espaço cósmico' ou 'espaço exterior' não inclui apenas o vácuo ou vazio sideral, por onde passam os vôos espaciais e as órbitas da Terra e dos outros corpos celestes, mas também os próprios corpos celestes de todo tipo: satélites naturais como a Lua, planetas como Marte e todos os demais do sistema solar, além dos cometas, asteróides e qualquer outro corpo celeste que possa surgir. Assim, o Tratado do Espaço, com substancioso preâmbulo e 17 artigos, é tão abrangente quanto o âmbito em que atua. E constitui a principal referência legal para avaliar e julgar as atividades espaciais, sobretudo aquelas ainda não reguladas de forma específica".

 

Professor José Monserrat Filho

Foto: Defesa@net

 

O professor Monserrat Filho, que é considerado um dos maiores especialistas em Direito Espacial da América Latina, informa também que o tratado em vigor "foi elaborado em plena Guerra Fria pelo Subcomitê Jurídico do Comitê das Nações Unidas (ONU) para o Uso Pacífico do Espaço (COPUOS), durante três anos, em trabalho de difícil harmonização conduzido pelo eminente jurista polonês Manfred Lachs, posteriormente juiz e presidente da Corte Internacional de Justiça. Aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 19 de dezembro de 1966, abriu-se à assinatura dos países, em 27 de janeiro de 1967, simultaneamente em Washington, Moscou e Londres. O Brasil firmou-o três dias depois, em 30 de janeiro. Como não basta a assinatura dos governos para um tratado entrar em vigor, é preciso ratificá-lo (ser aprovado pelos respectivos parlamentos), o 'Tratado do Espaço' entrou em vigor em 10 de outubro daquele mesmo ano, após ter sido ratificado por cinco países. O Brasil não se apressou a ratificá-lo. Só o fez em 05 de março de 1969".

 

O Sub-comitê Técnico-Científico do Comitê da ONU para o Uso Pacífico do Espaço (Copuos) aprovou as "Diretrizes para a Redução dos Dejetos Espaciais", em sua 44ª reunião, realizada em Viena, Áustria, de 12 a 23 de fevereiro de 2007. Foi o primeiro resultado concreto atingido desde 1999, quando o Copuos publicou seu "Informe Técnico sobre Dejetos Espaciais", reconhecendo os riscos que eles representam para os satélites e naves em órbita.

 

Sabemos que a maioria dos aparatos despencou no mar, assim como a MIR, estação espacial russa, cuja queda foi programada e não representou perigo às populações. No entanto, diversos aparatos pesando várias toneladas chegaram a cair em terra, de forma desgovernada, como por exemplo, a estação espacial norte-americana Skylab que, em 1979, atingiu uma região desértica ao norte da Austrália e por sorte não provocou vítimas ou danos materiais.

 

São diversas as precipitações de equipamentos e acessórios espaciais, perfazendo anualmente, consideráveis toneladas de ferro, aço e outros materiais jogados irresponsavelmente sobre a superfície da Terra. Por isso, urge que a Organização das Nações Unidas (ONU) exija que as agências espaciais busquem para si as respectivas responsabilidades destas perigosas precipitações e coloque em vigor, diretrizes legais e atualizadas que venham reger prováveis acidentes e danos dessa natureza. Sobretudo, porque estes aparatos, em praticamente todos os casos de queda, foram colocados em órbita planetária pelas maiores potências nacionais, destacadamente, os norte-americanos, europeus e mais recentemente os asiáticos.

 

Além disso, a julgar pela demanda especial dos últimos anos, seria justo que novos acordos internacionais sejam constantemente atualizados, visando regulamentar às agências espaciais no sentido de as mesmas darem um destino exato e sem risco a todo o material que "sair" da superfície; pese ele um quilo ou 10 toneladas.

 

A julgar pela atual expansão e volume das pesquisas aeroespaciais, torna-se necessidade básica e urgente que as agências passem a investir, não somente em suas logísticas tecnológicas, mas também, em planos racionais, sobre o destino final de todo e qualquer material colocado em órbita e que venha representar risco eminente de queda.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física.

- Com informações do site Agência Espacial Européia (ESA) e site Apolo 11.

 

- Fotos: Vide legendas acima.

 

- Leia também:

Acesso às informações sobre Satélites e Lixo Espacial, Por José Monserrat Filho.

Israel: Pedra fumegante se precipita sobre uma praia

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Estados Unidos:

Nasa comemora 40 anos da histórica Apollo 8

Agência Espacial Americana presta homenagem à tripulação de uma viagem histórica. 

Por Pepe Chaves*

De Contagem-MG

Para Via Fanzine

 

Ao fundo, a rota da missão Apollo 8: Terra/Lua/Terra. No alto a tripulação e a logomarca da missão.

Em baixo, foto da Terra feita pela Apollo 8 na órbita lunar. O lançamento do Saturno V. Desenho do foguete e da cápsula.

 

Há 40 anos o homem deixava a gravidade para trás

 

No dia 11/12, a Agência Espacial Americana (Nasa) comemora o 40º aniversário da Apollo 8, em solenidade no The San Diego Air & Space Museum, em San Diego, na Califórnia. A Apollo 8 foi a primeira nave tripulada lançada da Terra, que levou astronautas com destino à Lua.

 

A missão decolou em 21/12 de 1968 e retornou à Terra em 27/12 de 1968. Embora os astronautas Frank Borman, James A. Lovell, Jr. e William A. Anders, não tenham pousado no solo lunar, na noite de Natal de 1968, eles foram os primeiros homens a circunavegar a Lua, enviando inéditas fotografias do solo lunar. Eles também foram os primeiros astronautas a sair da órbita da Terra e orbitar a Lua.

 

Esta missão não estava planejada inicialmente, mas foi escalada na última hora para evitar que os soviéticos fossem os primeiros a levar homens a circunavegar a Lua. Esta possibilidade era eminente, pois os soviéticos a pouco haviam sido bem sucedidos em circunavegar a Lua em suas missões Zond não tripuladas.

 

A missão Apollo 8 tinha um componente de risco já que, pelo cronograma alterado, o Módulo Lunar não havia sido ainda terminado. Como o motor do Módulo Lunar servia como motor reserva para o retorno a Terra, caso o motor principal falhasse, eles teriam apenas uma chance de retornar da Lua. Tudo correu bem, e a missão foi um sucesso, colocando os EUA pela primeira vez à frente da União Soviética (URSS) na corrida pela conquista da Lua, já que as missões Zond tripuladas foram atrasadas por problemas no programa espacial soviético, o que fez com que elas jamais ocorressem.

 

Os tripulantes da Apollo 8: Lovell, Anders, Borman,

ao fundo o cartaz comemorativo dos 40 anos da missão.

 

Professor relembra

 

O professor Márcio Rodrigues Mendes, físico e astrônomo amador, falou conosco sobre esta missão pioneira. Ele também a viu como uma viagem arriscada, “De fato, foi um risco e tanto cumprir um cronograma ‘apertado’. Muitos atribuem que a decisão foi baseada no discurso do presidente Kennedy, ao prometer que um homem fosse colocado na Lua antes do final da década 60, porém, na realidade, as pressões da guerra fria falavam mais alto”, afirmou Mendes.

 

De fato, Estados Unidos e URSS travavam uma verdadeira corrida espacial, iniciada pelos soviéticos ainda na década de 50, mas que naquele momento se tornara uma questão de honra para o governo estadunidense.

 

Márcio Mendes que acompanha as viagens lunares desde sua infância, em especial as missões Apollo e é consultor em Astronomia e Astronáutica para Via Fanzine, também relembra que, “Esse vôo foi o segundo tripulado, depois do malogro da Apollo 1 [que vitimou os astronautas precursores, Grisson, White e Chaffe]. Após a Apollo 1, a seqüência de 2,3,4,5 e 6 foram lançamentos de testes da Apollo, usando artefatos não tripulados. A Apollo 7 usou o foguete Saturno 1B, pois só precisavam testar a cápsula em órbita terrestre (ainda somente o módulo lunar). Já a Apollo 8, devido à natureza de sua missão, requeria o potente Saturno V em seu primeiro vôo tripulado. Este é outro detalhe que deve ser considerado ao feito da Apollo 8.

 

Em meio às inúmeras maquetes de foguetes e módulos lunares que guarda em sua residência, o professor Mendes guarda também reportagens colhidas na época do lançamento da Apollo 8. “Ainda tenho os jornais da época (‘O Estado de S. Paulo’, ‘Folha de S.Paulo’ e outros), amarelados até, contando a história em longos artigos. Sobre esse vôo da Apollo 8, tenho lembranças especiais, pois eu ficava sentado na escadaria da casa dos meus pais (que dá acesso ao pavimento superior) e minha mãe lia para nós (eu e minha irmã, atônitos) sobre os feitos desses astronautas”, afirma.

 

Sem dúvida, o maior feito da Apollo 8 foi mesmo se desprender da gravidade terrestre e partir rumo à Lua. A partir daquele instante, tudo poderia ocorrer com aquela pequena cápsula tripulada, solta no espaço. Sobre isso, aponta Márcio Mendes, “Subir até as órbitas terrestres já é um ato de coragem, mas, ainda assim, você estará preso à gravidade local. Para acionar os motores que, você sabe, vão romper seu único vínculo físico com o planeta, é preciso de uma dose a mais de coragem nesse momento. Além disso, saber que, enquanto estiver por detrás da Lua, nem comunicação com o planeta natal terá, transformando-os nos seres humanos mais solitários, até então. Foi algo extraordinário e difícil de se imaginar, sobretudo, pelo pioneirismo”.

 

A tripulação da Apollo 8 formada por Frank Borman, James Lovell e William Anders, estará participando das comemorações dessa histórica viagem espacial. O evento será realizado no dia 11/12, de 6h às 22h no The San Diego Air & Space Museum, em San Diego (EUA).

 

* Com informações da Nasa e Wikipedia.

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP) e Márcio Rodrigues Mendes (SP).

 

- Foto: Nasa/The San Diego Air & Space Museum.

 

- Vídeo - Tributo à Apollo 8: http://br.youtube.com/watch?v=GfmdRfUS1ew 

 

- Mais informações sobre a comemoração em: www.sandiegoairandspace.org/apollo8.

 

- Produção: Pepe Chaves.

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Personagem ilustre na ISS:

Gort visita a estação espacial

Miniatura do personagem de ‘O dia em que a Terra parou’ faz companhia a membro da ISS.

 

Por J. Ildefonso P. de Souza *

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

 

Gregory Chamitoff em seu posto de comando, é assistido por Gort.

 

Depois da recente visita de Buzz Light Year, do filme Toy Story, é a vez do Gort, de The day the Earth stood still (O dia em que a Terra parou) viajar até a Estação Espacial Internacional (ISS).

 

Gort é um robô extraterrestre que em breve ficará famoso em todo o mundo, após o lançamento do remake de O dia em que a Terra parou. O original foi lançado em 1951, e a nova versão chegará aos cinemas dos EUA em 12 de dezembro de 2008.

 

A imagem acima mostra o astronauta Gregory Chamitoff, engenheiro de vôo e atual membro da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS), que será trazido a Terra quando será substituído pela engenheira Sandra Magnus. Seu posto de trabalho tem um visual similar a um "quarto de adolescente", incluindo, a companhia do inerte, mas atento Gort.

 

Chamitoff trabalha próximo ao Space Station Remote Manipulator System (SSRMS), ou estação de trabalho do Canadarm2, no laboratório espacial Destiny da ISS, onde está atracado o ônibus espacial Endeavour em sua missão STS-126/ULF-2.

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física.

    Pesquisador em assuntos espaciais e consultor para Via Fanzine.

    - Visite seu blog: http://entrononentro.haaan.com/

    - Visite sua página em VF: www.viafanzine.jor.br/ilde

 

- Foto: Nasa.

 

- Leia mais sobre a Estação Espacial Internacional - exclusivo VF:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/iss.htm

 

- Leia mais sobre O dia em que a Terra parou - exclusivo VF:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/cinema_ufo.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

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Viagem tripulada:

A China ganha o espaço

Em 2003 o país enviou ao espaço a sua primeira tripulação de taikonautas e agora fez a sua primeira

caminhada espacial. Em apenas cinco anos, a evolução do programa espacial tripulado chinês é notória.

 

Por J. Ildefonso P. de Souza *

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

 

 Os taikonautas retornaram com segurança, acima a cápsula que os trouxe à Terra.

 

A nave

 

O lançamento da nave espacial Shenzhou 7 ("Embarcação Divina") através de um foguete Longa Marcha 2F (CZ-2F), ocorreu às 10h10 (horário de Brasília) do dia 25/09. A nave chinesa decolou do Centro de Lançamento Satélites de Jiuquan, na província de Gansu, no deserto de Gobi, noroeste do país, levando a bordo  três taikonautas, segundo informe da agência de notícias Nova China.

 

A tripulação da Shenzhou 7 é composta pelos taikonautas Zhai Zhigang, Liu Boming e Jing Haipeng, todos três têm 42 anos. Eles são pilotos do Exército de Libertação Popular (ELP) e membros do Partido Comunista. Fizeram parte da equipe de apoio da missão Shenzhou 6, no ano passado, na qual dois astronautas viajaram pelo espaço durante cinco dias.

 

A primeira atividade extra-veicular (EVA) chinesa teve início após cinco órbitas ao redor da Terra. Dois taikonautas entraram no módulo orbital vestindo os trajes espaciais, mas apenas um deles, Zhai Zhigang, conduziu os experimentos científicos no espaço.

 

O segundo taikonauta teve como responsabilidade monitorar todos os eventos a partir do módulo orbital e prestar auxílio em caso de emergência. O terceiro taikonauta permaneceu no módulo de retorno até o final da atividade, que teve duração de uma hora.


De acordo com a Agência Espacial Chinesa (CNSA), o traje empregado na atividade extra-veicular foi projetado para ser usado por até sete horas consecutivas e foi construído com materiais sintéticos avançados, capazes de resistir ao fogo e à radiação.

 

O traje espacial Feitian, visto de frente.

 

Traje misterioso

 

O traje espacial chinês, denominado Feitian, foi visto com um ar de certo mistério, vez que nenhuma imagem do mesmo fora divulgada anteriormente. Alguns especialistas dizem que ele seria uma adaptação melhorada do traje pressurizado normal. Outros dizem que é uma cópia do similar russo, chamado Orlan-M Haiying. A agência de noticia oficial chinesa diz que o traje é tão sofisticado que possui até propulsão própria.


Entre os experimentos, foi feito o lançamento manual de um pequeno satélite de monitoramento, dotado de uma câmera estereográfica que fez imagens dos módulos e dos taikonautas. A Shenzhou 7 está equipada com apenas dois painéis solares. Outros dois painéis, normalmente fixados no módulo orbital, foram retirados para não atrapalhar as atividades no espaço.

 

Passeio espacial

 

O passeio foi inteiramente transmitido ao vivo pela TV estatal da China e mostrou o momento histórico em que Zhai Zhigang deixou a nave, supervisionado pelo companheiro Liu Boming. Com metade do corpo fora do módulo, o taikonauta fez um aceno de mão, desencadeando aplausos no centro espacial de Jiuquan, no deserto do Gansu, de onde a missão descolou na quinta-feira, e no Centro de Controlo do Espaço Aéreo de Pequim (BACC).

 

Flutuando no espaço, Zhai empunhou uma bandeira chinesa, como gesto simbólico da chegada da China ao clube das grandes potências espaciais. "Estou me sentindo bem. Aproveito para saudar o povo chinês e os outros povos do mundo", disse Zhigang ao sair da nave.

 

Durante o passeio espacial, ele ficou ligado ao módulo orbital por um cabo umbilical. O passeio teve duração de 40 minutos e terminou após a nave passar sobre o céu de Pequim, às 16h40 (05h40 pelo horário de Brasília). Zhai Zhigang foi assistido por um segundo taikonauta, Liu Boming, que permaneceu no módulo orbital, e ficou ligado à nave por dois cabos de segurança para se deslocar em redor do Shenzhu 7. A missão Shenzhu VII, com 68 horas de duração, regressará a Terra no domingo (29/09).

 

 Os taikonautas Jing Haipeng, Zhai Zhigang e Liu Boming.

 

O retorno

 

A televisão nacional chinesa, que acompanhou a viagem dos taikonautas Zhai Zhigang, Liu Boming e Jing Haipeng desde que decolaram para o espaço, transmitiu as imagens do módulo caindo de pára-quedas e pousando com relativa suavidade nas pradarias mongóis por volta das 17h38 hora local (6h38 de Brasília). 10 minutos depois, as equipes de resgate abriram a comporta e mostraram um dos astronautas, Liu Boming.

 

A aterrissagem, que segundo os responsáveis do programa espacial chinês, tinha certo risco para os taikonautas, foi observada com atenção pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Mas tudo correu muito bem, completando com sucesso a terceira missão tripulada chinesa.

 

Zhai Zhigang e seus companheiros Liu Boming e Jing Haipeng terão que esperar pelo menos duas semanas antes de serem condecorados e desfilar em carro aberto, já que precisarão passar por um período de quarentena e exames médicos. A próxima etapa do programa espacial chinês será a construção de um pequeno laboratório espacial permanente.

 

Evolução

 

Em termos evolutivos, a China se encontra no mesmo nível do programa espacial americano ou russo, que nos anos 60 conseguiram feitos semelhantes no mesmo período de tempo. Contudo, o mais incrível é a decisão dos chineses em montar, até 2012, um laboratório espacial orbital próprio. Para isso, ainda necessitam lançar pelo menos mais três missões tripuladas até a data proposta. Um feito, se realizado, digno de uma super potência.

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física.

 

- Foto: Xinhua Photo (China).

 

- Assista o vídeo do lançamento da Shenzhou 7:

http://br.youtube.com/watch?v=kF29gobAoQE

 

- Assista o vídeo do passeio espacial:

http://br.youtube.com/watch?v=0UJJp6AWZfw

 

- Leia mais artigos do autor: www.viafanzine.jor.br/ilde.

 

- Produção: Pepe Chaves.

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Missão espacial STS-123:

Kibo: primeira parte foi acoplada

Equipamento japonês é instalado com sucesso, porém o braço Dextre canadense teve problemas.

Por J. Ildefonso P. de Souza *

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

O módulo japonês acoplado à Estação Espacial Internacional; à direita

se encontra o ônibus espacial Endeavour temporariamente acoplado.

 

DEXTRE - Desta vez, a Agência Espacial Canadense comemorou. Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional conseguiram mover o braço Dextre, pela primeira vez. O equipamento teve problemas quando dos primeiros testes realizados na estação [leia abaixo].

 

Os especialistas Richard Linnehan e Mike Foreman submeteram o robô a uma série de testes para certificar-se de que os movimentos das articulações, de ambos os braços, estavam em ordem. Mais tarde, Reisman e Behnken posicionaram o Dextre para a montagem final. Que ocorrerá na terceira caminhada espacial.

 

Do lado japonês, o trabalho continuou dentro da secção pressurizada do Kibo. O astronauta japonês Takao Doi e o europeu Leopold Eyharts transferiram  suprimentos da nave Endeavour para o interior do módulo. Deixando tudo preparado para a missão STS-124, quando o ônibus espacial Discovery trará a segunda parte do laboratório Kibo.

 

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KIBO - As tripulações do ônibus espacial Endeavour e da Estação Espacial Internacional (ISS) completaram um dia atarefado, após um passeio espacial e a instalação da Secção Pressurizada do Módulo de Experiências e Logística japonês (ELM-PS) sobre o módulo Harmony (Node 2).

 

Os dois spacewalkers prepararam a Secção Pressurizada do Módulo de Experiências e Logística japonês do compartimento de carga da nave Endeavour. Eles também usaram uma câmera situada no topo do Harmony para monitorarem ao vivo, de outro ângulo, a operação.

 

O comandante Dom Gorie e o astronauta japonês Takao Doi, utilizando o braço robótico Canadarm2, moveram o ELM-PS para o seu lugar. A operação foi um sucesso.

 

Já o equipamento canadense, Dextre, não teve a mesma sorte. Após ser retirado do compartimento de carga da Endeavour, pelo Canadarm2, e colocada na Estação Espacial, a equipe da missão em Terra constatou um problema: o braço robótico não girava.

 

Foram feitas diversas tentativas para solucionar o problema, com um “patch” no  software do aparelho, mas em vão. Com isso, o comandante da missão determinou que a peça defeituosa fosse colocada em uma posição provisória.

 

Os especialistas da missão STS-123, Rick Linnehan e Mike Foreman, deverão passar a noite na Estação, em preparação para a segunda caminhada espacial, preparada para o sábado (15/03).

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física.

- Com informações & imagens da JAXA e NASA.

- Assista o vídeo da instalação do módulo Kibo: http://br.youtube.com/watch?v=bLm8ZQYWRRM

- Foto: NASA.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

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Missão espacial STS-123:

Módulo Kibo segue para a ISS

Depois de duas décadas de trabalho, os japoneses comemoram

a construção do Complexo de Experiências Kibo, que vai funcionar acoplado à ISS.

Braço robótico canadense também segue na mesma viagem.

Por J. Ildefonso P. de Souza *

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

 

Tudo pronto no Cabo Kennedy para o lançamento da missão 123,

que levará importantes componentes para serem acoplados à ISS.

 

Duas décadas de trabalho

 

O Japão, nação que detém a segunda maior economia do mundo, com poucos recursos naturais e muitas pessoas idosas, tem apostado seu futuro em tecnologia avançada, sobretudo, na exploração e pesquisa espaciais.

 

Para o Japão a próxima missão do ônibus espacial que vai rumar à Estação Espacial Internacional (ISS, do inglês), a STS-123, prevista para o dia 11/03/2008 (terça-feira), será o início da realização de um sonho. É que o país estará enviando o Kibo Logistics Module, um módulo que será integrado à ISS.

 

Consiste em mais de 20 anos de trabalho, onde foram gastos 10 bilhões de dólares na construção do Complexo de Experiências Kibo (Hope, em inglês e “Esperamos”, em português).

 

O Kibo, primeiro sistema tripulado japonês, será utilizado em observações astronômicas e terrestres. Funcionará como um laboratório para experiências com novos materiais e para o estudo de ciências da vida, onde a micro-gravidade é imprescindível.

 

O módulo japonês Kibo, que será acoplado à ISS e alguns de seus detalhes.

 

O Kibo é constituído de quatro elementos principais:

 

- O Módulo Pressurizado (PM) que é o núcleo do complexo. Tem formato cilíndrico e mede 11,2 m de comprimento por 4,4 m de diâmetro, pesando 15.900 kg. Contém 10 racks para carga.

 

- A Instalação Exposta (EF), também chamada de "Terraço", localizada do lado de fora do PM. Tem a finalidade de realizar experiências completamente expostas ao espaço.

 

- O Módulo de Experiências e Logística (ELM), que contêm uma secção pressurizada para servir o PM (ELM-PS) e uma não-pressurizada para servir o EF (ELM-ES).

 

- O Braço Robótico (JEMRMS), montado na extremidade do PM, para servir o EF e mover equipamento do E para O ELM.

 

O imenso engenho japonês será acoplado à Estação Espacial Internacional em três missões: na STS-123 seguirá a Secção Pressurizada do Módulo de Experiências e Logística (ELM-PS); na missão STS-124 será a vez do Módulo Pressurizado (PM) e do Braço Robótico (JEMRMS) e, finalmente, na STS-127 seguirá a Instalação Exposta (EF) e a Secção Não-Pressurizada do Módulo de Experiências e Logística (ELM-ES).

 

Os astronautas japoneses Takao Doi  que voará até a ISS

e Naoko Yamazaki, a oficial J-COM da missão.

 

O Kibo será controlado do Space Station Integration and Promotion Center at Tsukuba, no Japão. Para esta primeira missão a Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) designou o seu astronauta Takao Doi, que voará até a Estação Espacial Internacional. A astronauta da JAXA, Naoko Yamazaki, será a oficial J-COM da missão STS-123. 

 

O Japão espera, através do módulo Kibo, adquirir suficiente experiência na operação de tecnologias espaciais para continuar a expandir suas atividades, sempre visando futuras missões tripuladas à Lua e Marte.

 

O braço-robô canadense que seguirá na mesma missão.

 

Canadá na ISS

 

O vôo espacial STS-123, terá também um gosto especial para os canadenses, pois levará juntamente com o equipamento japonês, o Dextre Robotics System, um braço-robô duplo. Este será o terceiro e último componente do Sistema Móvel de Manutenção (MSS) desenvolvido pelo Canadá para a Estação Espacial Internacional. Este equipamento foi concebido para trabalhar na manutenção da ISS. Ele poderá remover e substituir pequenos componentes situados do lado externo da Estação.

 

O braço-robô duplo deverá se juntar à base móvel e ao outro braço robótico, Canadarm2, equipamentos já instalados e em funcionamento na ISS. Estes três elementos foram projetados para trabalho em conjunto ou em modo independente.

 

O lançamento da missão STS-123 à ISS acontece no Centro Espacial Kennedy (EUA), nesta terça-feira, 11/03, às 2h28 no horário local (4h28, horário de Brasília).

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física.

- Com informações & imagens da JAXA e NASA.

- Fotos: NASA / JAXA.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

 

                

Para ler mais Astronáutica acesse:

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