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 tecnologia

 

 

 

Um minério do espaço:

Nióbio – Brasil carece de uma séria política

Mais que uma política séria, que gere empregos e realce seu verdadeiro valor,

o nióbio necessita de muitos esclarecimentos públicos no País.

Por Pepe Chaves*

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

 

Este pequeno pedaço de nióbio usinado em Araxá,

que cabe na palma da mão, pesa quase meio quilo.

 

O nióbio é um mineral raro e considerado estratégico, já que o mesmo é insubstituível na produção de ligas utilizadas para fabricação de sofisticados instrumentos de precisão. O nióbio, depois de usinado, é empregado na produção de avançados produtos de alta tecnologia; desde instrumentos cirúrgicos, passando por armas, até complexos componentes de foguetes espaciais, satélites e módulos (tripulados ou não) que deixam a Terra em missão de sondagem espacial. O nióbio também é usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.

 

O Brasil é um país privilegiado com relação a este mineral, pois detém mais de 90% de todo o nióbio do mundo, distribuído em jazidas situadas na região Norte e no município de Araxá, em Minas Gerais. Em Araxá o nióbio é minerado pela Companhia Brasileira de Metais e Metalurgia (CBMM), empresa privada que conta com participação acionária do Governo do Estado de Minas Gerais, sendo a única autorizada a explorar o nióbio no País. A CBMM vende quase que totalidade de sua produção para o mercado externo e detém no Brasil o monopólio da indústria do nióbio.

 

Conforme os processos de produção da CBMM, a extração do nióbio se faz ao fatiar a terra e raspá-la, a ponto de se formar camadas sobrepostas de vários metros cada uma, no formato de imensos degraus. A terra raspada na mina (meio avermelhada e visualmente comum) é transportada através de uma esteira de cinco quilômetros de extensão até a usina de beneficiamento.

 

Somente após passar por processos metalúrgicos é possível separar o nióbio puro da terra em que está envolto e concentrá-lo na forma de um mineral sintético para uso científico, de forte brilho metálico e bastante pesado. Depois de usinado, o nióbio torna-se um metal pesado e de dureza sem igual, não podendo ser perfurado por nenhuma broca ou quaisquer ferramentas existentes na atualidade.

 

A produção no nióbio - um mineral com elevado grau de radioatividade - gera também diversas perdas ambientais, pois para extrai-lo é necessário devastar uma grande região natural. No caso de Araxá, tais efeitos são patentes, pois a degradação pode ser constatada a olhos vistos na região da CBMM, que altera de forma bastante agressiva, a paisagem suburbana.

 

Sabemos que os araxaenses aspiram também, grandes dosagens de poeira radioativa suspensa no ar, que desgarram da mineração a céu aberto, mesmo sendo esta, aguada diariamente por caminhões tanques. O procedimento de se manter em Araxá uma mineração a céu aberto recebe protestos de diversas entidades ambientais e da saúde. Além disso, é fato que esta cidade do Triângulo Mineiro detém um dos mais altos índices de casos de câncer no Estado, que é associado por algumas pessoas, às atividades desenvolvidas com a precária extração do nióbio naquela região.

 

Apesar de se tratar de um mineral estratégico e também “do futuro”, já que deverá ser empregado cada vez mais em diversas linhas de produção, dados os avanços tecnológicos vigentes, nenhum governo brasileiro, em toda a história do país, combateu o monopólio e veio propor uma política aberta para a exploração e comercialização do nióbio no País. Segundo o que apuramos, o que ocorre no Brasil é um monopólio onde apenas uma empresa atua na exploração do mineral, negociando o mesmo ao exterior por cifras sugeridas pelos compradores.

 

Em contrapartida ao que ocorre com o nióbio no Brasil, nos países árabes há toda uma política para a exploração e preservação da produção do seu mais valioso mineral: o petróleo. A política petrolífera na maioria dos países árabes gera inúmeros benefícios aos seus patriotas. Ao contrário da atual “política” do nióbio no Brasil, tais países, impõem ao mercado externo o preço de seu produto e somente o negocia dentro das conformidades de seus interesses. Os benéficos comuns surgem através, sobretudo, da geração de empregos e implementações públicas, graças aos lucros gerados pelo “ouro negro”. Neste caso, o esforço político retorna às respectivas populações na forma de benesses sociais diversas.

 

No Brasil, a indústria do nióbio parece trabalhar na surdina, fazendo se passar despercebida pela opinião pública, ocultando àqueles que, verdadeiramente, faturam com a falta de uma volátil política para a extração e industrialização desse nobre mineral no País.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine e pesquisador em assuntos aeroespaciais.

 

- Foto: Arquivo Via Fanzine.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2007, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Mineral estratégico:

Nióbio - O maior inimigo do Brasil é o brasileiro

 

Por Ronaldo Schlichting

De Curitiba/PR

 

Justiça se faça, apesar da sua manifestação contraria aos reais interesses do Brasil em seu artigo, "Nióbio e o besteirol nacionalista", publicado pelo jornal Folha de S.Paulo em 10/01/06, o renomado físico da UNICAMP, Rogério César de Cerqueira Leite, em outra oportunidade, como presidente da SBPC, os defendeu com unhas e dentes ao se posicionar contra algumas das cláusulas do famigerado "Acordo de Salvaguardas  Tecnológicas - Brasil/USA", assinado por Ronaldo Sardenberg em 18/04/00, que visava passar o controle do uso da base aeroespacial de Alcântara aos norte-americanos.

 

Porém, dessa feita parece que o mestre não está jogando a nosso favor ao tentar, através da coluna Tendência/Debates, desqualificar o nióbio como metal altamente estratégico e de altíssimo valor comercial.  Entretanto, o jornal Folha de S.Paulo de 28/06/05, publicou:

 

“Delegação da Comissão Européia pode visitar o Brasil em breve para estudar alternativas de inclusão no projeto (ITER). O Brasil pode se envolver com o Projeto ITER - Reator Experimental Termonuclear Internacional. A participação brasileira seria graças à reserva de nióbio localizada em Minas Gerais... A maior do mundo, ... . O metal, um poderoso condutor, será usado para construir molas -(bobinas)- gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo de fusão nuclear dentro do reator...”.

 

Com este magnífico feito o homem passará a dominar também o fogo termonuclear, aquele que ocorre no interior das estrelas pela fusão de átomos de hidrogênio a uma temperatura de 15 milhões de graus centígrados, gerando hélio e uma brutal quantidade de energia limpa, barata e inesgotável, pois, o trítio isótopo pesado do hidrogênio usado como combustível é abundante na face da Terra na forma de água pesada.

 

Assim, as usinas termonucleares limpas e muito mais seguras que as nucleares, geradoras de energia farta e barata, se multiplicarão sem restrições pelo planeta exigindo milhares de toneladas de nióbio puro para manter o fogo solar aceso.

 

Por isso, a partir de agora os Ministérios da Fazenda, de Minas e Energia, da Industria e Comércio e a Polícia Federal terão, por dever de oficio, que cuidar das nossa reservas de nióbio a ferro e fogo porque o preço de metal, num futuro próximo, deverá ir ao espaço na bolsa de metais de Londres.

 

* Ronaldo Schlichting é administrador de empresas e militante da área tecnológica.

 

- Saiba mais sobre o tema: “A questão do nióbio” www.anovademocracia.com.br.

 

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Blu-ray: sepultando o DVD:

A superável tecnologia audiovisual

O desaparecimento do CD e do DVD se torna cada vez mais eminente com o surgimento da tecnologia Blu-ray.

O mercado já reflete essas mudanças, um dos fenômenos evidentes é o desaparecimento dos gravadores de DVD.

  

Por Pepe Chaves*

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

 

Gravador Blue-ray, compatível com HD e DVD.

 

Superação e popularização da tecnologia audiovisual

 

Eu me lembro como se fosse ontem do sepultamento dos discos em vinil e fitas k7. Foi quando chegou ao mercado a tecnologia digital do compact disc (CD). Em vez de uma agulha de metal atritando uma superfície de vinil ou um cabeçote eletrônico lendo uma fita magnética, o raio laser passara a ler sinais de áudio e depois de vídeo, num pequeno disco plástico, proporcionando substanciosos ganhos em fidelidade sonora. E assim se fez a superação da tecnologia analógica pela digital, que invadiu o mercado e os lares de, literalmente, todo mundo.

 

Estávamos em meados da década de 1980 e naquela época, eu era co-proprietário de uma loja de discos e equipamentos musicais usados em Itaúna-MG, chamada Disco Pirata (diga-se, que não vendia artigos piratas). Numa época em que a internet sequer era imaginada popularmente, reinavam os mais aperfeiçoados pick-ups (reprodutores de discos em vinil) e tape-decks (reprodutores de fita k7), além dos cada vez mais populares videocassetes. Tudo isso era acompanhado pelo ‘bum’ das rádios em frequência modulada (FM) que assolavam todo o país.

 

Os inovadores recursos de áudio e vídeo digitais vigentes naquela época superaram uma série de evoluções tecnológicas, iniciadas ainda em princípios do século 20. Desde as pré-históricas e imensas radiolas com amplificação valvulada e rotação de 78 rpm, passando pelas câmeras de super 8 e suas telas de vídeo, até o então revolucionário formato VHS, que levaria o cinema à tevê, causando um enorme rombo às bilheterias e o pior: o fechamento de diversas salas de cinema em todo o Brasil.

 

Mas, antes de tudo isso ser superado pela tecnologia digital, houve tempo para aperfeiçoar a analógica. Surgiriam então as fitas k7 de cromo e metal, os long play (LP) em formato duplo, videocassetes com sete cabeças e outros avanços proporcionados na época. Entre estes avanços estava a criação de equipamentos sonoros integrados (rádio, toca-discos e gravador k7), o chamado “três em um” que, por fim, tomou o formato de pilha, até se tornar obsoleto e se extinguir.

 

Todas aquelas novidades e aperfeiçoamentos eram frutos de uma tecnologia cara que, naturalmente, foi se viabilizando à medida que as linhas de produções e concorrências entre as indústrias produtoras foram aumentando. Com a liberação da importação de eletro-eletrônicos durante o governo do presidente Fernando Collor, o Brasil passou então a utilizar equipamentos, peças e suprimentos produzidos em outros países, sem depender exclusivamente de produções da Zona Franca de Manaus ou de produtos contrabandeados.

 

Ainda que muitos críticos assegurassem que a reprodução de timbres graves teria mais fidelidade através dos discos em vinil, fato é que o laserdisc, com sua sonoridade pasteurizada e pura, invadia então às casas de danças, rádios e tevês. Mas a popularização se deu, sobretudo, através dos shoppings e depois, das grandes redes de eletro-eletrônicos do varejo brasileiro.

 

Por sua vez, a indústria fonográfica trilhou um longo - mas lucrativo - caminho, ao reeditar todos os seus catálogos musicais para o formato digital, resguardando os grandes clássicos de todos os tempos. O mesmo se deu logo a seguir, com a indústria cinematográfica, após o advento do DVD.

 

Ouvindo um CD pela primeira vez

 

Antes mesmo de já ter ouvido (ao vivo) o som reproduzido por um player de CD eu já vendia CDs, semi-novos, na Disco Pirata. Mas recordo bem da primeira vez que ouvi um CD, através de um cliente da loja, Pedro Augusto Campos. Ele comprou um CD que estava à venda na loja - que não tinha ainda tocador de CD - e me convidou para ouvir o som do CD. Ele foi uma das primeiras pessoas da cidade a adquirir um aparelho com aquela tecnologia inovadora.

 

Chegando à sua residência, ele me levou a uma sala onde, além de sua vasta coleção de discos em vinil, vi seu equipamento de CD (super moderno para a época) e uns 30 títulos que já tinha adquirido. Pedro colocou um CD do Pink Floyd para tocar, o “Animals” e fui “reouvindo” aquilo numa sonoridade sem igual. Eu já trabalhava alguns anos como músico profissional e técnico em sonorização com boa experiência, mas confesso que nunca tinha ouvido nada igual. A limpidez sonora do CD e a ausência de distorções quando ouvido em alto volume me impressionou. Naquele momento me senti como um nativo pasmo diante de uma radiante nave alienígena que pousara à sua frente. Saindo dali, fui correndo contar o que vi (na verdade, ouvi) ao meu sócio Adilson Rodrigues e demais amigos. A partir dali, “era de lei” possuir um CD player.

 

Naquela época, cada exemplar de CD original gravado custava algo em torno de R$ 80,00 ou US$ 40,00, em média, caro para os padrões normais. Mas à medida que a produção e a oferta iam aumentando, o preço foi caindo - não o suficiente para evitar que a indústria da pirataria surgisse e abocanhasse grande parte desse novo e riquíssimo segmento. E assim, os aparelhos de reprodução de vinil foram saindo do mercado, bem como os mais requintados tape-decks de “metal” (reprodutores de fita k7) que já haviam sido lançados.

 

Com a chegada dos discos em CD e CD-R (para reprodução, gravação ou regravação) os discos em vinil e as fitas k7 foram se tornando artigos para museus audiovisuais. Menos de uma década depois, as fitas de vídeo em VHS seriam igualmente sepultadas, sobre a égide do vídeo digital (DVD). As fitas em VHS, gravadas e reproduzidas por aparelhos de videocassete, que embolavam constantemente ou tinham a qualidade comprometida após mais de uma década de gravação, seriam substituídas por discos no mesmo formato de CD, cujo armazenamento e qualidade de imagem e áudio, superavam em muito às produções VHS.

 

Destarte, durante a década de 1990, diversos consumidores, além de videolocadoras, clubes, rádios, emissoras e profissionais audiovisuais, tiveram que trocar seus equipamentos, materiais de trabalho. Também foram necessárias atualizações em acervos e coleções para, enfim, se adequarem à nova tecnologia. Desta maneira, muito material, cujas fontes matriciais eram vinil, k7 ou VHS foi convertido para os formatos CD e DVD. Fato é que, à medida que o usuário demora a fazer a conversão desse material para os formatos digitais, a qualidade da matriz original e, evidentemente, sua durabilidade, passam a ser comprometidas pelo tempo.

 

Vale lembrar que, o CD, da forma como era conhecido, sofreu o primeiro golpe quando, bem mais tarde, já no final da década de 1990, quando surgiria o revolucionário formato de áudio MP3, que se popularizou rapidamente com o imprescindível impulso da internet. Apresentando um pouco menos qualidade que as extensões usadas no CD, o MP3 viria revolucionar ainda mais o áudio digital, ao permitir um ganho absurdo de espaço para armazenamento em disco. Com isso, os antigos players (tocadores) de CD já se tornariam obsoletos. Para sanar o problema da reprodução de MP3 em equipamentos domésticos (e aumentar o seu faturamento), a indústria lançou então players com opção adicional para rodar MP3, além do tradicional CD.

 

O misterioso sumiço dos gravadores de DVD

 

Curioso é constatar que o mesmo que vimos ocorrer com as tecnologias analógicas (vinil, k7, videocassete etc.) nos anos 80 começa a ocorrer agora com a digital. Ou seja, o sepultamento dos CDs e dos DVDs já se iniciou e estas mídias estão com os dias contados. Prova disso, senti "na pele", ao procurar por um gravador de DVD de mesa no mercado e não encontrá-lo. Este equipamento sumiu de todas as linhas de produção no Brasil. Os últimos "avistados" foram fabricados pela Samsung, modelos DVD-R150 e R-170, por sinal, bastante criticados (e desaconselhados) pelos usuários. Com a Samsung, outras marcas dividiam o mercado desse equipamento, entre elas, Philips, Semp Toshiba, Sony, LG e Panasonic.

 

Procurei por gravador de mesa em todas as grandes redes de Belo Horizonte, não encontrei de nenhuma marca e a informação era de que o produto está em falta - para não dizer, extinto! Procurei então me informar e vi que o sumiço deste equipamento já estava sendo reportado desde o início de 2009 e tem sido motivo de debates, queixas e xingamentos por parte de consumidores brasileiros em fóruns e publicações digitais especializadas.

 

Muitos experts tentam decifrar o "misterioso desaparecimento dos gravadores de DVD" e acabo de crer que não há somente uma explicação para tal fenômeno mercadológico. Creio que o sumiço dos gravadores de DVD se faz pelo efeito de pelo menos duas questões: a chegada no Brasil da HDTV (já que os gravadores de DVD existentes são incapazes de gravar TV digital em alta definição), bem como pelo lento desembarque da tecnologia Blu-Ray (ou BD, de Blu-ray Disc) em todo o mundo.

 

Com o aumento da procura, os últimos gravadores de mesa existentes no mercado ainda podem ser encontrados em algumas lojas virtuais especializadas. No entanto, seus valores variam agora de R$ 1 mil a R$ 1,7 mil - enquanto, antes do sumiço custavam de R$ 350,00 a R$ 550,00. Portanto, comprar um gravador de DVD (desses últimos restantes) nessa altura do campeonato tecnológico é correr um risco declarado: de não encontrar peças de reposição ou assistência especializada para o equipamento.

 

Muitos usuários se queixam em fóruns da internet que somente o custo de um leitor óptico (peça que mais danifica) é igual ou superior ao valor desembolsado pelo gravador de DVD. Outros se queixam que não encontram peças de reposição e até denunciam que a Lei não vem sendo cumprida no Brasil, já que esta assegura ao consumidor, pelo menos cinco anos de peças de reposição disponíveis, após um produto sair de linha.

 

Acima um videocassete e abaixo, um gravador de DVD: equipamentos em extinção.

 

Outras alternativas para sanar o problema

 

O sumiço dos gravadores de mesa dificulta a gravação por fontes como redes de tevê (fechada e aberta) e também a conversão das matrizes em outros formatos (sobretudo, VHS) para o formato DVD – ou mesmo dentro desse formato. Para contornar o problema, muita gente tem recorrido ao uso do gravador de DVD (ou de Blu-ray) embarcado em computador. Para tanto, é necessário comprar uma boa placa de vídeo (tipo Matrox) que custa a partir de R$ 1 mil e "aguentar" o prolongado tempo de renderização (finalização) das conversões. Outra opção seria adotar um conceito diferente de gravador de vídeo digital (PVR), como o modelo da Topfield, muito pouco popularizado. Ou ainda, contratar um profissional para fazer as conversões de VHS para DVD - foi o que fiz no meu caso.

 

Sérgio Nascimento, usuário de um fórum especializado na internet, aponta uma outra razão para o desaparecimento dos gravadores de mesa: a popularização dos drives de DVD para computador. Ele observou que, "Os gravadores de DVD chamados de 'stand alone' ou de mesa são úteis à medida que dispensam a aquisição de placas de captura de vídeo de qualidade para o computador, softwares de edição de vídeo complexos com uma longa curva de aprendizagem. E ainda por cima permitem a captura e gravação de imagens (de fitas VHS e S-VHS, da TV analógica, da TV a cabo e via satélite (Sky) com qualidade muito boa (quando exibida numa tela de até 29 pol.) e razoável quando exibida numa tela de 42 pol. Acima desse tamanho de tela, a imagem analógica fica sofrível”.

 

Nascimento destaca também a praticidade dos equipamentos, ora extintos, “Os gravadores de vídeo são fáceis de operar, trabalham com mídias comuns de DVD-R/+R e geralmente possuem uma boa placa de captura e conversor analógico/digital (para digitalização do áudio & vídeo) geralmente superior até as boas placas de captura para computador. Acho que sumiram do mercado pela popularização dos drives de gravação de DVDs para computador que nos sites de informática chegam a custar menos de R$ 80,00 e gravam em velocidades elevadas (16x por exemplo). Por outro lado, com um drive gravador de DVDs é possível re-autorar o vídeo, incluindo menus sofisticados e animados, o que geralmente é impossível num gravador de mesa. Resumo da ópera; se tudo o que você precisa é gravar um programa da TV analógica ou copiar suas fitas de VHS, um laserdisc e não tem tempo (nem know how) para manipular softwares de edição, o gravador de mesa ainda é o indicado. Pena que é uma “raça” em extinção. No mundo inteiro".

 

Portanto, é de se prever que até a consolidação da tecnologia Blu-ray, que deverá um dia popularizar seus gravadores de vídeo em alta definição, muito água ainda deve rolar. Alguns modelos já podem ser encontrados em lojas virtuais, sobretudo, para adaptação em computares. Já o modelo GGW-H20LB da LG, apresenta um equipamento de uso externo, com leitor Blu-ray/Gravador DVD/HD, atualmente oferecido por cerca de R$ 2,5 mil [foto no topo desse artigo]. Entretanto, tudo indica que os gravadores Blu-ray domésticos podem demorar a se popularizar junto ao público. Até isso acontecer, permanecerá este vácuo para o usuário, causado pela retirada desavisada dos gravadores de mesa do mercado. Esta ocorrência deixa claro que a tendência das indústrias do ramo é focar suas ações de marketing e desenvolvimento no formato Blu-ray.

 

Blu-ray: sepultando o DVD

 

A tecnologia Blu-ray (BD) vem com tudo para desbancar (dentro dos próximos meses e anos) os atuais players e gravadores digitais. Trata-se de um formato de disco óptico da mesma geração de 12cm de diâmetro (como CD e DVD), para vídeo de alta definição, com armazenamento de dados de alta densidade. O disco Blu-ray tem capacidade para armazenar filmes em até 1080p Full HD ou quatro horas sem perdas. Obviamente, para exibição, é necessária uma tevê de alta definição com tela em Plasma ou LCD, o que vai proporcionar um ganho final de seis vezes mais qualidade que o atual DVD.

 

Sua estupenda capacidade de armazenamento, que varia de 25gb, na camada simples, até 50gb na camada dupla, supera em muito, a dos atuais DVDs. Para leitura do disco Blu-Ray é usado um laser de cor azul-violeta, cujo comprimento de onda é de 405 nanômetros. Este comprimento de onda permite gravar mais informação num disco do mesmo tamanho usado por tecnologias anteriores, como o DVD, que usa um laser de cor vermelha para ler uma onda de 650 nanômetros.

 

O nome Blu-ray se originou da cor azul do raio laser (blue ray ou "raio azul") usado em sua leitura. Dessa forma, a letra "e" da palavra original "blue" foi eliminada porque, em alguns países, não se pode registrar, para um nome comercial, uma palavra comum. Este incrível raio azul, com o curto comprimento de sua onda associado às outras tecnologias, permite armazenar substancialmente mais dados que um DVD ou um CD tradicional, com reprodução de maior qualidade.

 

Na ponta da pesquisa desse novo filão tecnológico prestes a aportar em nossos lares e escritórios está a Blu-ray Disc Association (BDA), entidade responsável pelos padrões e desenvolvimento do disco Blu-ray, criado pela Sony e Panasonic. Vale dizer que a BDA disputou uma intensa guerra contra os formatos HD e DVD, mas saiu vencedora em 2008, contando com o apoio exclusivo de gigantes como Warner Bros., MGM e Fox. Agora, resta esperar sua popularização.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine.

- Fotos: Divulgação.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2010, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Nanotecnologia:

Físico Flávio Plentz nos fala de Nanotecnologia

Professor de Física da UFMG foi entrevistado pelo programa Palavra Cruzada,

da Rede Minas de Televisão e respondeu a nossa pergunta.

 

Da Redação*

Via Fanzine

 

Nanotecnologia: inovação atômica.

 

Em recente edição, o programa Palavra Cruzada da Rede Minas de Televisão entrevistou Flávio Plentz, físico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O tema tratado foi a Nanotecnologia, cujo princípio básico é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza).

 

É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros).

 

Criada no Japão, a nanotecnologia busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem. Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o microscópio eletrônico de varredura, o MEV.

 

A nanotecnologia está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica). O objetivo principal não é chegar num controle preciso e individual dos átomos.

 

A sua dúvida também será divulgada na página do Palavra Cruzada, no site da Rede Minas. Aproveitamos para lembrar que o programa da próxima quarta-feira, dia 26, às 22h, será sobre "Conselhos Tutelares".

 

O programa Palavra Cruzada é aberto à participação dos telespectadores e desta maneira, enviamos uma pergunta via e-mail ao professor Plentz, pedindo também que dissertasse um pouco sobre o assunto. A resposta do professor Flávio Plentz nos foi enviada pela produção do programa e está publicada a seguir.

 

Pergunta:

 

Professor Plentz, nos fale um pouco sobre a nanotecnologia na medicina, como o uso de microssondas para visualização de determinados detalhes internos nos corpos dos pacientes?

 

Resposta de Flávio Plentz:

 

A idéia é que possam ser fabricadas “nanomáquinas” que podem ser injetadas no organismo e realizar procedimentos até em nível celular. Hoje já há alguns protótipos de “micro- robôs” e estima-se em 2020 teremos alguns nano-robôs capazes de realizar tarefas simples. Ou seja, há grande interesse e muita pesquisa e desenvolvimento na área de micro e nano-robôs ou nano-máquinas para aplicações em medicina.

 

É importante ressaltar que a medicina hoje em dia está, também, repleta de nanotecnologia. Os lasers utilizados em cirurgia oftalmológica são apenas um exemplo. Diverso equipamento de diagnóstico, por imagem ou não, também tem vários componentes baseados em nanotecnologia. Instrumentos cirúrgicos de última geração são feitos com metais e cerâmicas cuja nano-estrutura é controlada para que tenham melhor desempenho.

 

Já existem hoje medicamentos colocados em “nano-capsulas” que permitem uma entrega “endereçada” do medicamento, ou uma dosagem precisa e bem distribuída ao longo do tempo, tomando-se um único comprimido. As pesquisas e o desenvolvimento de novos medicamentos fazem uso intenso de nanotecnologia. Muitos dos avanços em tratamento e diagnóstico de doenças estão fortemente ancorados em nanotecnologia. Por exemplo, em próteses há um enorme avanço com o uso de novos materiais gerados a partir da nanotecnologia, materiais mais resistentes e mais biocompatíveis.

 

Palavra Cruzada

 

Maria Amélia Ávila

 

O programa Palavra Cruzada é apresentado pela jornalista Maria Amélia Ávila, com apoio de Tatiana Coutinho e Maria Tereza Andrade. O programa vai ao ar pela Rede Minas todas as quartas, das 22h às 23h em apresentação ao vivo e com reprise às quintas, às 3h.

 

* Com informações da Rede Minas (BH).

- Imagens: divulgação.

- Mais informações sobre o programa Palavra Cruzada:

www.redeminas.tv/palavracruzada

 

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Oriente Médio:

Clérigo muçulmano diz que biocombustível é pecado

Produção e utilização de biocombustíveis poderão ser restringidas em comunidades muçulmanas

 

Um estudioso do Islã conclamou grupos religiosos a estudar se os biocombustíveis violam a proibição ao álcool prevista pelo islamismo.

 

Em declaração ao jornal saudita Shams, o sheik Mohamed al-Najimi, da Academia Saudita de Jurisprudência Islâmica, disse que o profeta Maomé proibiu qualquer tipo de uso do álcool, o que incluiria compra, venda, transporte, consumo, provimento e produção.

 

O biodiesel produzido através do metanol estaria liberado segundo a interpretação do religioso. No entanto o clérigo não fez referência alguma ao biodiesel produzido pela rota etílica. Já o etanol combustível é derivado do álcool etílico, que segundo al-Najimi se encaixaria na categoria proibida. No processo de produção do etanol, o açúcar ou amido de origem vegetal é convertido em álcool etílico através de processo de fermentação com levedura.

 

Os biocombustíveis “são, basicamente, compostos de álcool”, afirmou ele.

 

Al-Najimi disse que sua opinião sobre os biocombustíveis não deve ser encarada como uma fatwa (interpretação religiosa com caráter legal no Islã), mas deve estimular os líderes islâmicos a estudarem a questão.

 

Ele acha também que uma proibição aos biocombustíveis deve se estender além de países predominantemente muçulmanos para abranger os jovens sauditas e muçulmanos que estudam no exterior e utilizam veículos movidos a biocombustível. Vários países do Ocidente e do Oriente estabeleceram o uso obrigatório de misturas de biocombustível, em porcentagens crescentes, na gasolina e no óleo diesel.

 

* Informações do portal BiodieselBR.com.

 

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HIV desaparece com transplante de medula*

  

Um norte-americano de 42 anos, infectado pelo HIV, o vírus da Aids, por uma década, está livre do mesmo, desde que foi submetido a um transplante de medula óssea há dois anos, em decorrência de leucemia. O homem é o primeiro a ser "curado" da Aids em todo o mundo e seu caso foi publicado nesta quinta (12/02), no The New England Journal of Medicine.

 

A publicação diz que "o caso aponta para um caminho inovador para que as pessoas se livrem do vírus e dos efeitos colaterais dos remédios". O transplante de um doador aparentemente resistente genéticamente ao HIV foi feito por médicos do hospital Charité Hospital, que fica em Berlim.

 

Complicado

 

Dr. Gero Hutter, hematologista que coordenou o transplante, disse que achar o doador certo de medula óssea e fazer o procedimento ainda são muito complicados e de alto risco para serem adotados como tratamento de rotina. No entanto, a descoberta traz a possibilidade de utilização da terapia genética para controle e erradicação do vírus.

 

Os antiretrovirais  que o homem em questão tomou por quatro anos antes de ter leucemia custam cerca de 70 mil por ano e o transplante cerca de 30 mil, na Europa. Dr Hutter declarou: "Quando eu comecei na medicina, o HIV era completamente intratável. Agora, a situação mudou completamente. Talvez nossa descoberta seja uma gota de esperança para o futuro."

 

* Informações de BR Press, com informações do jornal The Independent.

 

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Pesquisa:

Descoberta nova família de nanotubos

Pesquisadores da Unicamp e Síncroton descobrem nova família de nanotubos.*

 

Uma nova família de nanotubos metálicos acaba de ser descoberta por pesquisadores da Unicamp e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). As minúsculas estruturas foram descritas em artigo científico recém-publicado pela revista Nature Nanotechnology.  Assinam o texto os físicos Daniel Ugarte, Douglas Galvão, Varlei Rodrigues, Jefferson Bettini, Maureen Lagos e Fernando Sato.

 

A descoberta dos cientistas ocorreu durante experimento realizado em laboratório com nanofios de prata. Com o auxílio de uma técnica denominada microscopia eletrônica de resolução atômica, o grupo observou pela primeira vez como se dá a formação espontânea dos nanotubos metálicos. De acordo com Daniel Ugarte, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), à medida que o material é submetido a uma alta tensão (estiramento), ocorre um arranjo atômico, que por sua vez dá origem aos nanotubos. Estes, conforme o docente da Unicamp, apresentam uma base quadrada oca constituída por apenas quatro átomos de prata, com medida de 0,4 nanômetros de lado. Um nanômetro, registre-se, equivale à milionésima parte do milímetro.

 

A pesquisa, acrescenta o professor Daniel Ugarte, gerou informações que certamente ajudarão os cientistas a compreender melhor o funcionamento desse tipo de nanossistema. "Quanto mais aprendemos sobre esses materiais, mais chances teremos de manipulá-los adequadamente", explica. O docente lembra que a ampliação do conhecimento em torno do tema é fundamental para o eventual desenvolvimento de nanodispositivos e nanocircuitos. "No mundo inteiro, esses dados ainda são muito incipientes".

 

Para o físico da Unicamp, os resultados do estudo sugerem a possibilidade da existência de outras estruturas "exóticas" no sistema. A confirmação ou não da hipótese somente poderá ser feita, obviamente, por novas pesquisas.

 

* Informações fornecidas por UNICAMP (Campinas).

 

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Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT): 

  Resolvido o mistério do Drone Navegador

Drone navegou por mais de 8.000km, da costa sulafricana até o litoral do Nordeste brasileiro.

 

Por Nelson Düring*

Para Defesa@Net

 

Detalhes do drone "pescado" por José Evaristo nas costas do Ceará

 

Depois de vários dias de suspense e mistério podemos revelar a origem do drone que surgiu na praia de Barreiras, em Icapuí, a 202 quilômetros de Fortaleza (Ceará).

 

Em dezembro do ano passado, o pescador José Evaristo da Silva encontrou o alvo aéreo militar em alto-mar. Segundo ele, estava a 18 milhas (32km) da costa de Icapuí. Mesmo sem saber o que era aquilo, Evaristo e mais cinco pescadores amarraram o equipamento ao barco e o rebocaram até a costa.

 

O artefato virou atração na cidade. Foram muitos os visitantes curiosos no local. Todos querendo registrar o objeto, que até então, era não-identificado.

 

Defesa@Net realizou inúmeros contatos internacionais e através da UVS International, entidade internacional que congrega as atividade com veículos aéreos não tripulados (VANTs) na terminologia brasileira ou UAVs, termo adotado internacionalmente, obtivemos os dados para o esclarecimento definitivo.

 

Primeiro a identificação, que já tinha ocorrido até por amadores. Era um Drone Do-DT25 IR produzido pela EADS Defense Security. Um projeto ainda da antiga empresa alemã Dornier, que hoje faz parte do conglomerado EADS. Equipamento usado para exercício de defesa aérea tanto para testes de sistemas de defesa aérea e de bordo e de mísseis em especial com guia infravermelha.

 

Teorias conspiratórias

 

Como o drone pode ter sido “pescado” na costa brasileira? O link direto foi com a Operação CRUZEX realizada exatamente entre as bases aéreas de Fortaleza (CE) e Natal (RN) no mês de novembro de 2008. Portanto poderia ter sido perdido ou fruto de uma manobra secreta entre o Brasil e a França, após a realização oficial da CRUZEX. Fontes consultadas por Defesa@Net negaram que tenham sido realizados disparos de armas reais antes, durante ou após a CRUZEX. (Tanto de tiros de canhões como lançamento de mísseis).

 

O jornal O Povo, na edição de hoje, traz hipóteses ainda mais estranhas e menciona inclusive o envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) na investigação da origem do drone.

 

O Do-DT25 prestes a ser lançado para uma missão e o mapa mostrando a distância percorrida pela drone.

 

O mistério resolvido

 

A Luftwaffe (Força Aérea Alemã) e outras Forças Aéreas, em especial da Europa, têm usado o campo de provas de Overberg da Força Aérea da África do Sul (SAAF) localizado em Cape West. Inúmeras armas avançadas têm sido testadas em Overberg, como o sistema de armas Taurus KEPD 350, que foi noticiado por Defesa@Net em 2004. É possível que testes de mísseis de última geração como o missil BVR METEOR também sejam testados ali.

 

O atual drone foi perdido em um exercício de defesa aérea realizado entre a Luftwaffe e a SAAF, em março de 2008. Por erro ou intencionalmente o drone foi atingido durante o exercício. Esta é a informação recebida por Defesa@Net através de fontes alemãs. Porém é possível que tenha sido durantes testes de qualificação de algum armamento avançado.

 

O drone é equipado com pára-quedas para a sua recuperação posterior, mas devido aos danos este não abriu. Os técnicos alemães avaliaram que ele tivesse sido totalmente destruído e sem recuperação possível, tendo caído no mar exatamente na região do Cabo de Boa Esperança.

 

O drone foi recolhido pela FAB e está sob sua guarda desde o dia 14 de Janeiro.

 

As correntes Marinhas

 

O desconhecimento de muitos é de que o fluxo das correntes marinhas é na direção da África para a costa do Brasil. O que tornou possível, por exemplo, a travessia a remo do navegante solitário brasileiro Amyr Klink anos atrás.

 

O mesmo caminho tomou o drone navegante, que percorreu mais de 8000 km desde o Cabo da Boa Esperança, até a costa do Ceará onde foi “pescado” em fins de dezembro. Em nove meses o drone percorreu mais de 8.000km, considerando as correntes marinhas, pode ser bem maior a distância.

 

O Do-DT25IR

 

É um drone lançado por meio pneumático e produzido pela EADS Military Air Systems Aerial Target Services. Durante o vôo é lançado uma fita que prova os acertos em especial no caso de canhões de bordo. No caso de mísseis estes geralmente são explodidos antes de atingir o drone ou não levam carga explosiva.

 

Os drones permitem criar cenários de alvos de média e alta altitude para testar armas avançadas. No caso do Do-DT25IR é equipado com duas turbinas para gerar uma imagem térmica constante em especial para mísseis com cabeças térmicas.

 

Desde 1988 a EADS é o contratista principal para o fornecimentos de drones e VANTs para serem usados como alvos no complexo de testes da OTAN localizado em Creta (Grécia).

 

O editor de Defesa@Net agradece ao leitor Eliatan Borges pelo envio das fotos e a Peter van Blyenburgh da UVS International que muito ajudaram na coleta de dados para este artigo

 

* Nelson Düring é editor-chefe do portal Defesa@Net, especializado em Defesa Brasileira (www.defesanet.com.br).

 

- Fotos: Eliatan Borges/Defesa@Net.

 

- Mais informações de Defesa@Net sobre o drone encontrado:

 

Agência de Inteligência dá início à investigação - Jornal O Povo - Janeiro 2009

http://www.defesanet.com.br/tecno1/drone_1.htm

 

DENEL-OTB SUPPORTS GERMAN MISSILE KEPD 350 FLIGHT TRIALS - Defesa@Net - Dezembro 2004

http://www.defesanet.com.br/tecno/deneltauruskepd350/

 

 

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Antártida:

Brasileiros no continente gelado

Cientistas brasileiros realizarão a primeira expedição nacional ao interior da Antártica.*

 

Continente da Antártida.

 

Uma equipe parte para a primeira missão científica brasileira independente ao interior da Antártida, a Expedição “Deserto de Cristal”. A expedição trabalhará diretamente sobre o espesso manto de gelo que cobre o continente de 13,8 milhões de km² (uma área 62% maior que o Brasil). Sua missão principal é fazer perfurações no manto e obter amostras para estudar variações do clima e da composição química da atmosfera nos últimos cinco séculos.

 

No acampamento que ali vão erguer, a temperatura pode alcançar -35C no verão, 25C mais baixa que em Ferraz. Ficarão lá até o início de janeiro. O grupo planeja recolher três tipos de amostras: pacotes de neve, em 25 trincheiras de até 3 m de profundidade, três testemunhos rasos de gelo (até 50 m, ou 250 anos de idade) e um testemunho de até 150 m. Esta última coleta será no monte Johns, 400 km mais ao sul.

 

O Brasil caminha para ter uma linha de pesquisa permanente sobre a criosfera, os 10% da superfície do planeta cobertos por gelo. O líder da expedição, glaciologista Jefferson Cardia Simões, propôs ao Ministério de Ciências e tecnologia (MCT) um projeto de R$ 6 milhões para a criação de um Instituto Nacional da Criosfera na UFRGS, tido como certo entre os 60 institutos nacionais que serão anunciados no final do mês pelo presidente Lula.

 

* Informações fornecidas pelo Instituto Nacional da Criosfera na UFRGS.

 

- Saiba mais e veja imagens: www.ufrgs.br/antartica/expedicao20089.html.

 

- Foto: Nupac.

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

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Suíça:

CERN informa sobre a falha no LHC

O CERN divulgou, na última quarta-feira (15), um documento

detalhando a falha que ocorreu no sistema criogênico do LHC.

Ilustração mostra local da falha.

 

A falha foi causada por uma conexão elétrica entre dois imãs. Cerca de seis toneladas de hélio líquido que mantinham a temperatura de -271.3°C vazou diretamente dos imãs ao túnel. Ocorreu dano mecânico no setor e parte do sustento dos imãs que é fixado ao chão foi quebrado e parte dos imãs foi rompida.

 

Segundo John Conway do Cosmic Variance, até duas semanas atrás ninguém podia entrar no túnel de concreto no setor afetado, porque ainda estava muito frio. Com esse atraso no calendário, o LHC irá começar a operar diretamente na fase de energia da ordem de 10 TeV.

 

Quando o incidente ocorreu, em setembro, foi feita uma estimativa que em início de 2009 o LHC voltaria a operar, mas o novo relatório do LHC não fornece nenhuma data, deixando apenas vagamente indicado que em 2009 o projeto volta a caminhar.

 

* Informações fornecidas por Ars Physica. (http://arsphysica.wordpress.com/ ).

- Foto: CERN/Divulgação

- Colaborou: José Ildefonso Pinto de Souza (SP).

 

- Leia mais sobre o LHC e o CERN em Via Fanzine.

 

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Alasca/EUA:

Carro é confundido com OVNI

Veículo solar é confundido com OVNI pela polícia.

Da Redação*

Via Fanzine

 

Xof1 criado pelo brasileiro Marcelo da Luz no Canadá

 

Visando preservar o meio ambiente com o uso de energia limpa, a busca por novos combustíveis, tem feito surgir alguns veículos com linhas estéticas completamente fora das convencionais. Alguns deles são projetos bastante curiosos, utilizando combustíveis alternativos, como um veículo criado por dois argentinos para possível envio à lua, se vencer concorrentes de todo o mundo em um concurso.

 

O veículo argentino carrega até dois ocupantes, é uma verdadeira esfera que "rola" com mais de dois metros de diâmetro. Hermeticamente fechada, a esfera utiliza de câmeras para observação externa em 360 graus. Se fosse visto por uma rua qualquer, sem aviso prévio, tal engenho bem poderia ser entendido por muitos como um veículo marciano ou reptiliano...

 

Já no estado norte-americano do Alasca um brasileiro criou um veículo alternativo e já foi parado sete vezes pela polícia, após ser confundido com um OVNI (objeto voador não identificado). Marcelo da Luz, autor do projeto, reside em Toronto (Canadá) e construiu um veículo movido a energia solar. Em testes, ele está viajando com o mesmo pela América do Norte.

 

O protótipo com design retilíneo e futurista (foto acima) é chamado de Xof1. Marcelo da Luz afirma que o objetivo é mostrar o quanto é viável viajar usando energia alternativa. O Blog do Planeta, que veiculou a notícia, observa que, “Pelo visto, a energia é viável. O problema são os caçadores de ETs espalhados pelos Estados Unidos e Canadá. Marcelo foi perseguido pela polícia durante algum tempo e acabou parado em uma calçada para averiguações. Quando os policiais entenderam a história, liberaram Marcelo”.

 

Certamente, o construtor Marcelo da Luz estaria a correr riscos maiores, caso resolvesse testar seu inovador veículo no Brasil. Sabidamente, no “país do Eteísmo”, muito mais pessoas associam coisas e fatos e inusitados aos UFOs e seres extraterrestres.  

 

* Com informações do Blog do Planeta (http://blogdoplaneta.com/colunaepoca/).

- Foto: www.xof1.com 

- Mais informações sobre o Xof1: http://www.xof1.com/home.html

- Colaborou: José Ildefonso P. de Souza

 

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Sondagem espacial:

A Missão IBEX: além do sistema solar

Sonda vai mapear as fronteiras do sistema solar.

Por J.Ildefonso P. de Souza*

De Taubaté/SP

Para Via Fanzine

 

 

A missão Interstellar Boundary Explorer (IBEX), tem lançamento em 05 de Outubro de 2008 e seu objetivo é mapear a fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar. A missão faz parte do Programa Small Explorer da NASA e terá uma duração de dois anos. O satélite será lançado por um foguete Pegasus-XL a partir do Reagan Test Site, Atol de Kwajalein, no oceano Pacífico.

 

A sonda IBEX, liderada por David McComas do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, irá usar átomos neutros energéticos para criar mapas globais do céu, em vários graus de energia, da interação da heliosfera com o espaço interestelar. Na semana de 02 a 09 de Agosto foram testados os instrumentos científicos a bordo da sonda exploradora.

 

No hangar da Orbital Sciences Corporation iniciou-se o pré-processamento do foguete lançador Pegasus-XL. Os trabalhos de acoplagem do segundo e terceiro estágio começaram em 06 de agosto e a integração do primeiro e segundo estágio ocorreu em 08 de Agosto.

 

Já as operações de montagem da ogiva de proteção já estão em andamento. O avião L-1011 Stargazer com o lançador Pegasus-XL deverá levantar vôo da Base Aérea de Vandenberg para o Reagan Test Site, no dia 26 de Setembro. Após uma escala no Havaí o vôo deverá continuar e chegará ao seu destino a 28 de Setembro.

 

- Com informações da Nasa.

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física e consultor de Via Fanzine.

- Imagem: Nasa.

- Vídeo indicado:

http://br.youtube.com/watch?v=o3cMjDNH5T8

 

- Leia outros artigos de José Ildefonso Pinto de Souza

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Terremotos sob encomenda:

Dá pra acreditar?

Já seria possível manipular ondas magnéticas capazes de gerar terremotos e tsunamis?

 

Por Alberto Romero*

De Salvador-BA

Para Via Fanzine

 

Nicolas Tesla, mais que um simples inventor.

 

De repente, não mais que de repente, assistimos num curtíssimo espaço de tempo a tragédia de Nianmara (tsunami) com mais de 100 mil vítimas, a entrada em erupção de um vulcão  no Chile inativo há muitíssimos anos, cujas cinzas poluentes atingiram o dito país, Argentina e até o sudoeste do Brasil. E na onda dos acasos um pequeno abalo em Minas, outro no Iran e culminando, o terremoto que assolou o sul da China, com prováveis 80 mil vítimas e cidades arrasadas, praticamente às vésperas das olimpíadas, com direito a replay dias depois.

 

E não pára por aí. Temos ciclones moderados no sul do Brasil e chuvas descontroladas no norte, além de um tremor de regular intensidade no Ceará da super safra de tornados nos EUA.

 

Natureza descontrolada ou revoltada?... Ou, quem sabe, tragédias programadas?...

 

Aceitam-se as denúncias do escritor Jerry E.Smith, em seu livro “Armas Eletromagnéticas”, sobre o projeto HAARP (pomposamente chamado de Observatório Interativo de Pesquisas Ionosféricas, ou Programa de Pesquisa de Ativação de Alta Freqüência Auroral) que na realidade não é exatamente que querem fazer entender, e a mais poderosa instalação do DOD (Departamento de Defesa dos EUA) e talvez, o maior do mundo, está localizado no sudeste de Alasca.

 

Para tentarmos resumir suas “mil e uma utilidades (??) precisaria horas ou dias! Mas vamos tentar dar algumas pistas relacionadas – apenas - com o início desta matéria.

 

1 - “Em janeiro de 1996, o Ministro da Aeronáutica anunciou o desenvolvimento de uma nova geração de armas de defesa”;

 

2 - Uma das possibilidades do HAARP é sua capacidade de enxergar profundamente no subsolo através da Tomografia de Penetração da Terra;

 

3 - Dominar o clima. Técnicas de Modificação com base em instalações no solo incluindo: aquecimento vertical de alta freqüência – aplicações militares significativas, incluindo a produção de comunicações de baixa freqüência, comunicações conduzidas por radiação de alta freqüência e criação de uma ionosfera artificial (?). Possíveis benefícios das modificações ionosféricas: no início da década de 1980 o Brasil conduziu uma experiência de modificação da ionosfera utilizando produtos químicos.

 

4 - Difusão de ondas ELF (freqüência eletromagnética extremamente baixa) pode provocar terremotos. Foram detectadas essas ondas antes de grandes terremotos (Califórnia 1986/1987 – Armênia 1988 – Japão e Califórnia setentrional 1989), dentre os muitos grandes terremotos, destacamos Tangchan (China)28.7.1976com 650 mil vítimas.

'Este cientista quase destruiu a cidade de Nova Iorque com um terremoto criado artificialmente,

causado por um dispositivo que ele mesmo construiu em seu laboratório

para demonstrar o princípio da ressonância harmônica'

 

Antes do tremor, o céu se iluminou como se fosse dia (eram 03h42). Luzes multicoloridas, especialmente brancas e vermelhas, foram observadas até 320 km de distância. Inúmeros pesquisadores se convenceram que um TMT(Transmissor de Amplificação Tesla) foi utilizado para produzir esse terremoto.

 

Mas não culpemos apenas os EUA. A Rússia tem também sua arma chamada de “Pica-Pau Russo”(devido aos pulsos que lembram o batimento do bico dessa ave). Cada vez que suas emissões aumentavam, o número de terremotos também aumentava...

 

Para quem se interessa por esse tipo de pesquisa, podemos acrescentar que a exploração das fraquezas naturais ou imitando as forças da natureza, poderia provocar terremotos o que seria uma aplicação da tecnologia de modificação ambiental muito semelhante à de Tesla.

 

Este cientista quase destruiu a cidade de Nova Iorque com um terremoto criado artificialmente, causado por um dispositivo que ele mesmo construiu em seu laboratório para demonstrar o princípio da ressonância harmônica.

 

Essas experiências eram chamadas por Tesla de “arte da Telegeodinâmica” e foram descritas como uma espécie de “terremoto controlado”. Na década de 1960, o cientista e ufólogo argentino Pedro Romaniuk chamou estas forças de Linhas Isso-vibrodinâmicas, ligadas aos terremotos ocasionados pelas experiências nucleares americanas, russas e francesas.

 

Infelizmente através destas linhas não podemos aprofundar mais neste assunto, mas acredito que o pouco que está aqui expressado é suficiente para - pelo menos - deixar “a pulga atrás da orelha” de cada um, e levá-los a meditar sobre isto.

 

O HAARP é muito mais do que citamos. Li duas vezes esse livro e consegui ficar muito preocupado, para não dizer estarrecido. Para encerrar, diria que, entre outras “cositas”, há sérios indícios de que essa máquina infernal pode até influir a mente das pessoas. Além de que o HAARP poderia ser capaz de impedir que espaçonaves alienígenas invadissem a atmosfera terrestre (sic)!

 

* Alberto Romero é argentino, radicado em Salvador-BA e membro do grupo UFOBAHIA. É publicitário, escritor, artista plástico e ufólogo.

 

- Imagem: : www.artsjournal.com.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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A história, pela ciência:

Napoleão e o arsênio*

Baseados em análises de diversos fios de cabelo do imperador, cientistas afirmam

que o nível de arsênio na época de Napoleão era muito superior ao atual.

 

Um novo e minucioso exame realizado nos laboratórios do INFN-Milano Bicocca e Pavia, em Itália, revelou que a causa da morte Napoleão não foi o envenenamento por arsênio, como se acredita. Pesquisadores demonstraram que não houve aumento significativo nos níveis de veneno (arsênio) no cabelo do imperador durante o último período de sua vida.

 

Os físicos realizaram o estudo utilizando um pequeno reator nuclear, situado numa universidade de Pavia, que foi construído para o "Cuore" (Criogênicas Underground Observatório para Raros Eventos) experimento esse, desenvolvido atualmente no National Laboratories (INFN) no Gran Sasso. Cuore será o mais avançado experimento para estudar o fenômeno raro de sumiço de neutrinos em duplo decaimento beta e medir a massa de neutrinos.

 

A técnica utilizada é conhecida como "ativação de neutrons", e tem duas grandes vantagens: não destruir a amostra e fornecer resultados altamente precisos, inclusive, utilizando amostras com uma pequena massa.

 

Dessa forma, o cabelo de Napoleão foi colocado no núcleo do reator nuclear em Pavia e, através desta técnica, os investigadores determinaram que todas as amostras continham vestígios de arsênio. Os investigadores escolheram para testar o arsênio, em particular, porque vários historiadores sugerem a hipótese de que guardas envenenaram Napoleão durante a sua prisão em Santa Helena. Diversas amostras de cabelo de diferentes períodos da vida de Napoleão foram examinadas, juntamente com amostras de cabelos de pessoas que vivem atualmente para comparar os níveis arsênio.

 

O exame produziu alguns resultados surpreendentes. Em primeiro lugar, o nível de arsênio da amostra dos pêlos de 200 anos atrás é 100 vezes maior do que o nível médio detectado em amostras provenientes de pessoas que vivem hoje em dia. Em outras palavras, no início do século 19 as pessoas aparentemente ingeriam arsênio que estava presente no ambiente em quantidades consideradas perigosas hoje.

A outra surpresa é que não houve diferenças significativas entre os níveis de arsênio, quando Napoleão foi um rapaz e durante seus últimos dias em Santa Helena. Segundo os toxicologistas que participaram do estudo, é evidente que este não era um caso de intoxicação, mas sim o resultado de uma constante absorção de arsênio.

 

* Fonte: ASPERA - Rede de agencias governamentais responsável por coordenar e difundir os esforços em pesquisas em Astrofísica de Partículas, dos diversos países europeus membros da rede.

 

- Tradução: Professor José Ildefonso Pinto de Souza, de Taubaté-SP, para Via Fanzine.

 

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Estação Espacial:

Missão 13 parte no dia 03 de agosto

 Missão vai instalar equipamentos na ISS.

 

Boletim da NASA

Tradução:

Pepe Chaves

Para Via Fanzine

Astronautas vão instalar instrumentos.

 

Os engenheiros de Vôo Jeff Williams e Thomas Reiter continuam os planos da viagem espacial que realizarão na manhã de quinta-feira, 03 de agosto. A viagem a Estação Espacial Internacional (ISS) está programada para se iniciar às 9h55 (13h55, GREENWICH). A principal tarefa da missão será a instalação de um mecanismo medidor da carga elétrica de raios sobre a estrutura dos painéis solares. Este dispositivo, chamado FPMU, (sigla de Unidade de Medição do Potencial Flutuante), foi projetado para medir o potencial elétrico da Estação Espacial.

 

Em outras tarefas da missão espacial os astronautas deverão instalar dois containeres com experimentos materiais, executar a instalação de um controlador (do motor de reunião rotativa do radiador termal) e instalação de uma câmera infravermelha projetada para descobrir possíveis danos na proteção térmica de carbono reforçado.

 

A missão deverá durar aproximadamente 6 horas e meia. É esperado que às 16h15 (20h15, GREENWICH), ambos os astronautas devam terminar o a viagem. Durante a viagem o Comandante da Expedição 13, Pavel Vinogradov, assistirá o trabalho de seus dois parceiros do interior da estação Espacial Internacional.

 

Os três membros de tripulação da ISS continuam realizando as tarefas de rotina na manutenção da estação espacial, além do prepararem para a chegada, no fim do agosto, do ônibus espacial Atlantis e sua tripulação.

 

* Fonte: Boletim “NASA em Español”.

- Foto: NASA.

 
 

 

 
 

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Brasil no espaço:

Pontes está longe de ser o prato forte

do programa espacial brasileiro

José Monserrat Filho*

Para a Folha de S.Paulo

Em 26/03/06

 

Não temos, nem teremos, em futuro previsível, um programa espacial tripulado. Não precisamos sonhar tão alto para atender às nossas necessidades de conhecimentos geoespaciais para fomentar o desenvolvimento nacional, nosso imperativo maior.

 

Vale para o Brasil o que disse o pai do programa espacial da Índia, Vikram Sarabhai: "Não temos a fantasia de competir com países economicamente avançados na exploração da Lua ou de planetas ou com vôos tripulados. Mas, estamos convencidos de que, se nos cabe desempenhar um papel importante, no país e na comunidade das nações, não devemos ficar atrás de ninguém na aplicação das tecnologias avançadas nos problemas efetivos do homem e da sociedade".

 

Índia e Brasil se iniciaram nas atividades espaciais no começo doa anos 1960. A Índia está hoje bem à frente, com um orçamento espacial beirando meio bilhão de dólares -mais de cinco vezes o nosso. Produz e lança os próprios foguetes e satélites. Coloca-os, inclusive, na órbita geoestacionária.

 

Certo, a Índia também teve um astronauta: Rakesh Sharma, que voou numa nave Soyuz em 1984. Sua principal ocupação foi tirar fotos multiespectrais do norte de seu país, em missão de apoio à construção de Usinas Hidrelétricas no Himalaia. Era astronauta convidado, não pagante, e seu trabalho a bordo teve vinculação direta com um projeto estratégico para o desenvolvimento da Índia.

 

O Brasil também está comprometido a "desenvolver e utilizar tecnologias espaciais na solução de problemas nacionais".

 

Ocorre que, em 1997, tivemos de firmar um estranho acordo com os EUA, quando da visita do então presidente Bill Clinton. Assumimos os encargos de fabricar peças para a parte americana da ISS, no valor de cerca de US$ 120 milhões, e de pagar a formação de um brasileiro na Nasa, para voar num ônibus espacial. Até hoje não produzimos as peças. Mas o astronauta seguiu treinando.

 

Em 2003, o nosso foguete VLS-1 explodiu no Centro de Alcântara, ceifando 21 vidas. O presidente Lula prometeu a reconstrução do VLS-1 e novo lançamento antes do fim de seu mandato (2006). Os russos vislumbraram um bom negócio e propuseram atualizar o VLS-1. Depois, ofereceram a ida do brasileiro à ISS pela nave Soyuz, por cerca de US$ 10 milhões. O governo comprou o pacote.

 

O acordo sobre o VLS-1 ainda não foi assinado, mas o astronauta já está subindo. A mídia em geral o trata como o "prato forte" de nosso programa espacial. Não é e está longe de ser.

 

Cabe ao próprio desfazer o engano. E dar visibilidade ao que de mais relevante fazemos no espaço hoje: conhecer nossos recursos naturais, graças ao acordo com a China, que já lançou dois satélites de sensoriamento remoto (Cbers-1 e 2) e lançará mais três até 2010; introduzir a base de Alcântara no mercado mundial de lançamentos comerciais, com base no acordo com a Ucrânia e com outros países também interessados em lançar foguetes dali; construir outros satélites e um geoestacionário, indispensável às nossas comunicações; construir foguetes, a começar pelo novo VLS-1, capazes de nos abrir novas portas no espaço e aqui na Terra à nossa indústria. São objetivos úteis e produtivos, de longo alcance: fomentam a competência do país.

 

Esse discurso daria sentido à missão do astronauta.

 

* José Monserrat Filho, advogado e jornalista, é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Direito Espacial

- Fonte: Folha de S.Paulo.

- Colaborou: Ronaldo Schlichting

 

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Aviação:

Filho de uma mãe gentil

Dignos herdeiros do Bandeirante: um ano e meio de produção e a família

de jatos Embraer 170/190 já entregou mais de cem exemplares.

 

Por Alberto Francisco do Carmo*

De Brasília-DF

para Via Fanzine

 

Entrega do 100° ERJ da família 170: um ERJ-175 para a Air Canada.

 

Aí está o Brasil que muita gente prefere ignorar, pois é o que está dando certo. Detalhe: o cliente é a Air Canada, qual seja país que abriga a concorrente mais feroz da Embraer, a Bombardier.

 

Considero-me um privilegiado. Assisti ao início de tudo na condição de jornalista - num galpão e numa pista empoeirada. Desta, um dia, decolou o protótipo de um dos melhores aviões do mundo, o Bandeirante. Mas a curtição da impotência era tão grande que a nossa imprensa parecia se regozijar a cada um que caísse, embora ninguém nunca se lembrasse de comparar o índice de quedas dos nossos com os índices de quedas dos "deles". Entretanto, a Embraer foi se firmando: os turboélices Tucano (treinador); os Xingu e  Brasília e finalmente os ERJ-145, que passaram da marca de oitocentas unidades entregues. 

 

Outra estratégia interessante foi a parceria com grupos estrangeiros. Ao sentir o peso das encomendas, e uma certa resistência, sobretudo americana, no exterior e nos primeiros tempos, a Embraer estabeleceu parcerias com empresas como a Latecoère (França), ENAER (Chile), GAMESA (Espanha). Kawasaki (Japão), Parker (EUA) além da  United Aircraft (Canadá-EUA) ou ainda as italianas Aermacchi e Alenia nos programas AMX e Xavante.

E assim, várias outras. Partilhar interesses foi a melhor maneira de evitar barreiras comerciais e "puxadas de tapete".

 

Enfim, criar caso com a Embraer, seria também criar caso com vários países. E afinal, um efeito curioso: várias delas, como a Kawasaki e a Latecoère vieram fabricar seus "pedaços" aqui mesmo. Estabeleceram filiais na área de São José dos Campos e com elas, mais empregos na região. O único "caso sério" foi a da Bombardier do Canadá, hoje contornado. E com a Air Canada entre as clientes da Embraer, como se vê.

 

Além de todas as viabilidades denotadas pela aeronave uma das boas surpresas que tiveram os seus compradores foi de que esses aviões têm se revelado até 2% mais econômicos do que a própria Embraer previra.

 

* Alberto Francisco do Carmo é licenciado em Física, jornalista-colaborador nas áreas de Educação, Aviação e Astronáutica e Técnico em Assuntos Educacionais do Iphan-Brasília.

 

- Foto: Embraer/Divulgação. 

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Agência Aérea Brasileira:

Reativado programa espacial brasileiro

Governo anuncia megaprojeto de US$ 700 milhões para

5 novos lançadores, desenvolvidos a partir do VLS-1

Por Iara Gomes
De São José dos Campos*

 

Agência Aérea Brasileira (AEB) voltará a lançar satélites.

 

A AEB (Agência Espacial Brasileira) e o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) lançaram ontem em São José dos Campos o projeto Cruzeiro do Sul, que prevê o desenvolvimento de uma nova família de foguetes lançadores de satélite por US$ 700 milhões. O ponto de partida será o atual VLS-1 (Veículo Lançador de Satélite).

Ao todo serão desenvolvidos cinco foguetes num prazo de 17 anos para colocar em órbita satélites de pequeno, médio e grande portes, segundo o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi. "Trata-se de um programa ambicioso, mas pé-no-chão", disse ontem o diretor do CTA, brigadeiro Adenir de Siqueira Vianna.

Além de tornar o Brasil autosuficiente para lançar os seus próprios satélites, o país espera ingressar no mercado internacional de prestação de serviços de lançamento. O acordo com os russos negociado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Rússia na semana passada foi decisivo para o anúncio do programa Cruzeiro do Sul. "O país vive um momento bastante favorável e o cenário internacional também está colaborando", disse Vianna.

O projeto inclui a instalação da infra-estrutura adequada no CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão. "O lançamento desse projeto completa o elo do programa de lançadores, que terá continuidade a partir do VLS", disse o presidente da agência espacial.

MAIOR PORTE - Três dos cinco foguetes, batizados de VLS Epsilon, VLS Gama e VLS Delta, terão capacidade para colocar em órbita satélites geoestacionários, que são aqueles de maior porte e que operam em maiores altitudes, acima dos 45 mil quilômetros, para garantir o apontamento fixo sobre a Terra.

Os demais satélites da nova família receberão os nomes de VLS Alfa e VLS Beta. Segundo o diretor do CTA, o VLS Alfa, o primeiro da série, terá um dos estágios movido a combustível líquido, tecnologia mais moderna e ainda não completamente dominada pelo Brasil.

A conclusão do programa de foguetes está prevista para 2022, ano em que o Brasil comemorará o bicentenário da Independência.

VLS-1 - O quarto protótipo do VLS-1 deverá ser lançado no primeiro semestre de 2008, segundo o diretor do CTA. "Temos mais de 40% do foguete pronto e abrimos nova concorrência para a construção da torre de lançamento", disse. Uma série de testes com o foguete deverá anteceder a nova tentativa de lançamento.

Em agosto de 2003, um acidente com o foguete provocou a morte de 21 engenheiros e técnicos do CTA, após um incêndio que destruiu o foguete e a torre de lançamento de Alcântara. "O quarto protótipo não subirá até que a última vírgula das recomendações constantes do relatório sobre o acidente tenha sido cumprida", disse.

 

- Fonte: Defesanet - http://www.defesanet.com.br/space/vp_25_out_05.htm.

 

*  *  *

 

Aviação:

Veículo voador pessoal será realidade

 Os PAV virão para revolucionar os céus da Terra.

No futuro as estradas serão de laser e os veículos, discos voadores.

 

Por Pepe CHAVES*

Para Via Fanzine

 

O PAV seria o disco voador pessoal, semelhante àquele utilizado pelos Jetsons, de Hanna-Barbara. Este carro sem rodas e voador, faria inveja àquele antigo fusca que voava, de Walt Disney e, certamente, não deixaria a desejar às versáteis naves pessoais do mundo dos Jetsons. Para serem concebidos dentro dos próximos 25 anos – como prevê a empresa Boing e a NASA - os Personal Air Vehicle (PAV) já devem estar sendo desenvolvidos há décadas. Certamente, tais veículos fariam parte de uma extensa família de inventos secretos, utilizando tecnologias fora do convencional. Seu formato deveria ser discóide, ou ovalado, segundo alguns, esta seria a forma universalmente perfeita se navegar no espaço, tanto dentro, ou fora da atmosfera.

 

É importante ressaltar que a maioria dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) são descritos como tendo formatos de "disco voador".

 

Sabemos que tecnologias revolucionárias de propulsão estão sendo pesquisadas por laboratórios de várias nações do mundo. Certamente, isto implicaria, numa já realização de testes práticos com veículos voadores “fora do convencional”. Conceituamos que o modelo convencional de uma aeronave terrestre, ainda seria aquele básico, lançado por Santos Dumont no início do século passado. Consiste em um cilindro extenso, de onde sai asas maiores da parte frontal e menores na traseira, incluindo uma cabine para o piloto. Este é o design convencional das aeronaves terrestres nos últimos 100 anos. Estaríamos então, prestes a assistir uma mudança revolucionária na aviação?

 

Acreditamos que esta mudança já fora sacramentada e que o PAV já é uma realidade, porém, censurada e usada somente para fins militares de algumas nações. É importante destacar, a crescente constatação de objetos voadores não identificados em todas as latitudes do globo, sendo a maioria, descrita como objetos bólidos ou discóides. Mesmo que não tenhamos ainda uma comprovação oficial da existência de discos voadores terrestres em vôo, somos levados a crer – e temos razões para isso - que as mais avançadas e secretas técnicas de navegação aérea já possam estar em prática.

 

Bom exemplo é a própria Internet, criada por militares norte-americanos - sendo à época, um sistema altamente secreto e jamais imaginado pelos contemporâneos de seus inventores - para hoje se tornar um sistema de comunicação global, compartilhado por significante fração de pessoas em todo o mundo. A Internet extrapolou as convenções do mundo das comunicações, colocando consagradas e históricas invenções, literalmente no baú. Seguindo este mesmo paradigma, concluímos que os PAV, em breve, poderão vir fazer dos mais avançados automóveis terrestres, peças raras de museus.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine.

 

- Ilustração : Hanna-Barbera

 

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Aviação:

Carro voador deve chegar

ao mercado 'em 25 anos'*

 Podem se passar 25 anos até que veículos

desse tipo estejam no mercado.

 

Carros voadores devem começar a chegar ao mercado em 25 anos, de acordo com previsões de pesquisadores de empresas como a Boeing e a Nasa. A Nasa está trabalhando em veículos voadores, com o objetivo inicial de transformar as viagens em pequenos aviões e desafogar o tráfego aéreo regional nos Estados Unidos.

 

Em cinco anos, pesquisadores da Nasa esperam ter desenvolvido a tecnologia necessária para a construção de veículos voadores tão fáceis de dirigir como um carro. O objetivo da Nasa é manter o custo do veículo em torno dos US$ 100 mil (R$ 300 mil), preço de um BMW série 5 no Brasil.

 

OBSTÁCULOS -  O projeto, porém, ainda enfrenta obstáculos tecnológicos consideráveis. "Quando se tenta superá-los, você tem o pior dos dois mundos: um veículo pesado, lento e caro, que é difícil de usar", disse Mark Moore, chefe da divisão de veículo aéreo pessoal (PAV, na siga em inglês) do Centro de Pesquisas Langley, da Nasa, em Hampton, nos Estados Unidos.

 

A Boeing também trabalha em projetos semelhantes e, além dos desafios de engenharia, a empresa tenta prever formas de evitar problemas de trânsito, quando milhares de carros estiverem voando ao mesmo tempo.

 

"O mais fascinante é pensar em como será a aparência do veículo", disse Dick Paul, vice-presidente da Phantom Works, o braço de pesquisa e desenvolvimento da Boeing. "Mas estamos tentando analisar todas as conseqüências de uma frota como essa", afirmou.

 

Entre as alternativas em estudo, está a inclusão de sistemas de inteligência artificial para evitar colisões e ajudar na condução do veículo.

 

* Fonte:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/09/040922_nasadtl.shtml   

 

 
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