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Pesquisa - Transcomunicação Instrumental - TCI

 

Ouvindo os mortos:

Entrevista com Sônia Rinaldi

Pesquisadora de Transcomunicação Instrumental (TCI).

Exclusivo para Via Fanzine & UFOVIA.

 

Por Pepe Chaves*

Para Via Fanzine

Belo Horizonte-MG

Abril/2005

 

'Joaquim', filme sobre Tiradentes, vai ao festival com a

 meta de 'levar a Serra do Espinhaço para o mundo'.

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Sonia Rinaldi é brasileira, reside em São Paulo/SP. Formada em Letras pela Universidade Mackenzie (Línguas Anglo Germânicas) e Publicidade pela FAAP. É pesquisadora e autora dos livros “Missão Alpha I” (Ed. O Clarim); “Transcomunicação: Contatos com o Além por Vias Técnicas” – (Ed. FE); “Transcomunicação, Espiritismo e Ciência” (Ed. DPL); “Contatos Interdimensionais” – com CD de Vozes (Ed. Pensamento); “Espírito: o Desafio da Comprovação” – com CD de Vozes (Ed. Elevação); “O Além da Esperança” – com CD de Vozes (Ed. Imag&ação). Sônia está lançando seu novo livro “Gravando Vozes do Além” – com CD de Vozes; (Edição Independente), trazendo os resultados de suas últimas pesquisas e experiências.

 

Nesta entrevista ela nos fala sobre as técnicas e o teor das mensagens recebidas através de instrumentos convencionais, atribuídas pelos pesquisadores às inteligências - ou entidades - que habitam a chamada “dimensão espiritual”, local de acesso aos seres encarnados em dimensões superiores e, simultaneamente entendidos também como "o local" onde se encontram as almas desencarnadas da Terra.

 

Via Fanzine: Sônia nos sintetize, por favor, acerca dos trabalhos que a senhora desenvolve com a Transcomunicação Instrumental (TCI).

Sônia Rinaldi: Iniciei a pesquisa há 17 anos, no IBPP - Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, então dirigido pelo Dr. Hernani Guimarães Andrade. Naquela época, 1988, não havia praticamente nada sobre o assunto, a não ser o que o próprio Dr. Hernani publicava - e nada de instruções para iniciantes. Assim, tivemos que reinventar a roda, ou seja, achar nossos próprios caminhos. Mas, nos animava a hipótese de comprovar, ou não, a realidade da vida depois da morte de forma mais concreta, como através de gravações.

 

VF: Como seria feita a constatação da veracidade dos registros? Explique-nos sobre a forma consciente que a senhora acredita que sejam enviadas as mensagens, por parte “deles”.

SR: São inúmeros os detalhes que nos obrigam a admitir a realidade desses contatos. Antes de mais nada, a forma de gravar que usamos já há tempos - ou seja, rigorosamente controlada. Isto é, de acordo com o jeito que gravamos é absolutamente impossível que as frases-respostas sejam interferências de estações de rádio da Terra, rádio amador etc. Também há que se contar com as coerências das respostas, o que implica em ação inteligente. A revelação de particularidades que só os familiares próximos sabem e não o transcomunicador. Neste caso há que se observar o atendimento de pessoas que perderam alguém, como as centenas de pais que perderam seus filhos e confirmaram detalhes gravados que somente eles sabiam. Além disso, imaginando que a sobrevivência após a morte seja uma realidade, é ilógico imaginar que queiram se comunicar. Não haveria como explicar o surgimento das vozes nas gravações se não fosse pela origem que eles falam e identificam, ou seja, dos falecidos.

 

VF: O conhecido pesquisador de paranormalidades, Padre Quevedo, disse acreditar que as mensagens gravadas se dão por influência do próprio transcomunicador. Qual sua opinião?

SR: Acho ridícula a ideia de que as frases podem aparecer como influência da mente do transcomunicador, como quer o Padre Quevedo. Aliás, como se vê, ao dizer isso, ele está admitindo que as vozes acontecem - mas, dá a interpretação de que vem da mente de quem grava. Bobagem. Como, eu, no caso, poderia gravar coisas que nunca soube, ou produzir centenas de diferentes vozes? E, principalmente, temos dois casos autenticados por cientistas, um no Brasil (USP) e outro na Itália, identificando a voz comparada da pessoa falecida com a dela mesma quando viva.

 

VF: A transcomunicação também é utilizada para manter contato com seres de outras dimensões, ou seja, entidades que habitam fora do campo perceptivo material?

SR: Sim.

 

VF: Como são os contatos com estes seres? Eles se dão também, em outros níveis que não sejam exclusivamente através da TCI?

SR: Ainda é cedo para falar disso, mas eles atuam principalmente através de imagens.

 

VF: Até que ponto a senhora acredita que seres desencarnados e interdimensionais interfiram de alguma forma em nosso mundo?

SR: Questão de lógica. A sobrevivência após a morte tem uma imensa casuística fenomenológica - difícil de negar. Há inúmeros casos, estudos feitos por acadêmicos respeitados que não exporiam seus nomes em vão. Mesmo todas as evidências que levantamos nesses 17 anos... Nem que quiséssemos, não poderíamos negar. Por outro lado, hoje sabemos que há uma hierarquia, e seres mais inteligentes e sábios parecem orientar os grandes processos de desenvolvimento da Terra. Esses seres não são humanos.

 

VF: Como pode ser visto o progresso da TCI, no Brasil e no mundo?

SR: O Brasil detém hoje o maior avanço do mundo em termos de Transcomunicação. Não apenas os resultados experimentais são, de longe, muito além do que nossos colegas recebem, como na parte científica, onde temos um acervo de mais de 500 vozes já analisadas pelo nosso grupo de físicos e engenheiros. Entendo que a TCI se desenvolverá através de sua parte científica, ou ao menos, essa é a nossa linha principal de trabalho.

 

VF: Geralmente, o que dizem estas vozes?

SR: Respondem ao que você pergunta, falam se estão bem, orientam etc. Mas há aí o fascínio da possibilidade do reconhecimento das vozes... E isso, por si, representa um grande consolo para quem sofria pela partida da pessoa.

 

VF: Por favor, cite-nos exemplos de seu acervo de pesquisas, ao longo de suas atividades nos terrenos da TCI.

SR: Temos mais de 300 telefonemas gravados, sendo que cerca de 90% destes, são pais que em 83% dos casos reconheceu-se a voz do filho ou filha... Com dezenas de vídeos para selecionar um caso. Mas ainda acho que o reconhecimento da voz do falecido, que venho importante pela ajuda que leva e que ainda significa material de pesquisa científica.

 

VF: Quais são os principais benefícios que a TCI pode trazer às pessoas?

SR: Primeiro: Consolo a quem perdeu um ser querido; Segundo: Comprovação cientifica da realidade da vida depois da morte; Terceiro: Que contatos com outras Dimensões são possíveis por esse meio. E tudo isso junto, pode representar uma revolução no atual estágio de nossa Humanidade.

 

“Gravando Vozes do Além”, trabalho de Sonia Rinaldi

registra algumas de suas pesquisas.

 

VF: Fale-nos um pouco do conteúdo de seu livro “Gravando Vozes do Além”.

SR: "Gravando Vozes do Além" traz como marca principal o detalhamento das técnicas para se gravar contatos com o Outro Lado da Vida, com exemplos de vozes paranormais em CD. Além de um rico capítulo sobre a forma avançada de registrar esse intercâmbio, também trás vasta casuística. O objetivo desta obra não é apenas relatar experiências, mas, demonstrar que o contato com os mortos é mais acessível do que se imagina. Esta obra vem para preencher uma lacuna, pois desde que se introduziu o uso do computador para as gravações de Vozes Paranormais, os avanços se aceleraram, e nada há publicado sobre orientações básicas que se valham dos recursos que a tecnologia atual possibilita. “Gravando Vozes do Além” traz isso, ou seja, o passo a passo para que o leitor vivencie por si, essa realidade.

 

VF: Como a senhora acredita que procedam os seres “do Ouro Lado” que se utilizam da TCI? Ou seja, eles empregariam também, a partir da chamada dimensão espiritual algum tipo de “equipamento” para enviar suas mensagens aos meios terrenos?

SR: Não há dúvidas, até porque eles mesmos fazem referências a uma Estação Transmissora de lá para cá. Nada de muito novo, pois na literatura espírita, principalmente na obra de André Luiz, são citados dezenas de equipamentos desenvolvidos e usados pelo Outro Lado. Eles dispõem de tecnologia muito avançada a ponto de fazerem essas transmissões, que nós, na Terra, sequer conseguimos explicar, o que dirá repetir.

 

VF: Eles costumam a lhes indicar algum tipo de equipamento ou tecnologia que devam ser utilizados para estabelecer a transcomunicação?

SR: Sim, quando julgam necessário - ou, se a gente fica atento, pode ir observando o que funciona e seguindo por esse ou aquele caminho.

 

VF: Quais são as atuais técnicas e equipamentos que devem ser usados por pessoas comuns, que desejam receber e registrar vozes de seres que se encontram fora desta dimensão.

SR: Temos um capítulo inteiro no livro para detalhar isso, de forma que abordar num parágrafo seria bem complicado. Mas digamos que, para recepção de áudios, usa-se o computador, com algum programa de gravação, gera-se um ruído específico e ideal para ser modulado por eles, e daí por diante, grava-se e ouve-se meticulosamente.

 

VF: Como se dão os trabalhos da ANT – Associação Nacional de Transcomunicadores?

SR: Desde o ano 2.000 tivemos que desacelerar as atividades porque passamos a cumprir projetos científicos contratados por instituições de pesquisas do exterior. Entre 2.002 e 2.004, trabalhamos para o Noetics Institute dos EUA e este ano, estamos em parceria com a ISARTOP - International Association of Research of Objective Phenomena, da Itália. Como nosso núcleo de trabalho é diminuto, tivemos que optar entre divulgar ou pesquisar. Naquele momento optamos por pesquisar. Isso acelerou muito os avanços conquistados tanto em resultados de áudio como em imagens.

 

VF: Qual é o perfil das pessoas que se utilizam da TCI atualmente no Brasil?

SR: Ainda a TCI está bastante ligada aos contatos com falecidos, por isso, quem a procura geralmente perdeu alguém e deseja notícias. Porém, embora em número bem menor, há os que se interessam pelo aspecto científico e a possibilidade de ver e ouvir concretamente esses contatos. Esse foi o meu caso.

 

VF: A senhora acredita que possa haver uma maior aproximação e interesse de pessoas formadas pelas diversas disciplinas acadêmicas, interesse de pessoas formadas pelas diversas disciplinas acadêmicas, com relação às pesquisas acerca da TCI?

SR: Deveria. Mas os acadêmicos sempre acham que já “sabem tudo”. Felizmente, várias universidades americanas já estão saindo da Torre de Marfim e buscando estudar e investigar. Cientistas de forma geral acham que lidar com fenômenos paranormais, diminui o seu currículo. Porém, ninguém tem pressa. Mais dia, menos dia, a nossa Ciência atual conseguirá abarcar explicações. Hoje a Teoria M, que já surgiu posterior à Teoria das Cordas, que por sua vez, já sucedeu à Teoria Quântica, já permite se cogitar da possibilidade de inúmeras Dimensões. Ou seja, estamos caminhando.

 

VF: Diversas pessoas agem com ceticismo em relação à TCI. O que a senhora teria a dizer para estas pessoas?

SR: Nada. Cada um acredita naquilo que quer. Entretanto, se estiver buscando algo além do que "acreditar" e, portanto, evidências sólidas, vão ser difícil encontrar fora da TCI dados possíveis de serem analisados cientificamente. Mas é muito engraçado como o ser humano é limitado. Toda vez que surge algo novo, a primeira reação é não aceitar. A segunda é reclamar de que poderia ser melhor (sem, claro, que ela mesma faça nada para isso). Porém, quando com o passar dos anos a coisa evolui, aclara e se torna importante, aí ela diz: “bem que eu imaginei que seria assim”!

 

VF: É verdade! A senhora e outros pesquisadores enfrentam algum tipo de entrave às pesquisas por parte de pessoas céticas ou organismos cientificistas que se opõem acreditar na TCI?

SR: Pessoalmente, de forma nenhuma - até porque não dependo de ninguém. Mas, tem ocorrido o contrário: por quase 3 anos trabalhei para um Instituto americano (Noetics Institute) e agora para o italiano, ISARTOP. São organizações internacionais de respeito. Cientistas não são contrários - geralmente são apenas indiferentes. Ateus reais, possivelmente teremos de segmentos religiosos, que tem o poder do dinheiro e da mídia, e a quem nosso trabalho não convém. O bom nisso é não depender de ninguém. Porém, se pudéssemos ampliar nosso trabalho, sim, seria fantástico - tanto na área do consolo quanto na científica. Mas há 17 anos sigo de todo jeito, com ou sem apoio.

 

VF: Para a senhora, qual deverá ser o futuro da TCI?

SR: Não posso falar de forma geral assim. Posso falar do meu trabalho: o desenvolvimento de nossa pesquisa ruma no sentido das imagens 3D com áudio simultâneo. Dos demais pesquisadores, eu não sei. Na TCI há caminhos diversos, objetivos diversos etc... Mas entendo que no geral, a união dos esforços de ambos os lados, auxiliará muito o ser humano a entender, de forma mais racional, que a vida continua e que somos responsáveis por tudo aquilo o que plantamos. Porque, querendo ou não, colheremos.

 

VF: Agradecemos pela entrevista e pedimos para nos deixar seus contatos para a imprensa e o público em geral.

SR: Foi um prazer. Estou à disposição para auxiliar àqueles que queiram se iniciar no processo.

 

- Para obter mais informações, acesse: http://www.ipati.org/.

 

* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine e da ZINESFERA.

    

- Imagem: Acervo Sonia Rinaldi/Divulgação.

 

- Nota do editor: Esta entrevista nos foi concedida em abril de 2005, a presente edição foi revisada e atualizada em 20/01/2017.

 

- Produção: Pepe Chaves.

© Copyright 2004-2017, Pepe Arte Viva Ltda.

 

 

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