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Religiões

 

Intolerância Religiosa:

O credo e seu sistema de sustentação

Em mais de 10 mil religiões pelo mundo, apenas oito são mais conhecidas e populares: o Espiritismo,

o Judaísmo, o Sekhismo, o Budismo, as Tradicionais Chinesas, o Hinduísmo, o Islamismo e o Cristianismo.

 

Por Rita Shimada Coelho*

De São Paulo-SP

Para Via Fanzine

17/03/2013

 

Krishna, Buda, Jesus e Maomé são somente quatro ícones espirituais, entre tantos outros. Com quem está a verdade absoluta?

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A necessidade de uma crença

 

Desde os tempos mais remotos a crença existe. Seja apenas como religião ou como parte de uma cultura. Ela reflete o modo como um grupo compreende o mundo, a humanidade e a existência. Surge quando indivíduos se identificam com uma visão ou ideia e passam a segui-la. É através da religião que o ser humano lida com a espiritualidade dentro de uma filosofia que determina a existência como um resumo do próprio corpo e a vida que se vive, crendo-se então em outras vidas após esta e outros lugares. Então, a crença - aquilo que se acredita como resultado das buscas impulsionadas por questões - passa a ser religião quando um grupo de indivíduos segue uma mesma crença sob uma mesma perspectiva.

 

No homem primitivo e nos nativos da Terra observa-se como a crença é algo remoto. Sem compreender como a Natureza agia ao seu redor e a si mesmo, o homem passou a questionar tudo e buscar respostas. Aquilo que não podia ser explicado ou compreendido foi determinado como ação de forças superiores como “deuses” despertando ações positivas e demônios ou espíritos malignos reinando sob as ações negativas. Ao mesmo tempo, isto reflete a incapacidade humana de confrontar e assumir a própria tendência natural de praticar o Bem ou o Mal, atribuindo a seres celestiais resultados que desencadeiam da própria ação humana. A partir do momento que foi atribuído a estes seres um poder maior, eles passaram a ser cultuados para evitar punições e merecer dádivas. Portanto, dos questionamentos surgiram as crenças e, dessas crenças, as religiões.

 

Conforme o intelecto humano se desenvolveu, as religiões foram se tornando cada vez mais complexas ao estabelecer leis, doutrinas e dogmas. Provavelmente, após Constantino, o uso da religião como objeto para influência política e comportamental passou a ser mais evidente – mas, não que esta tática jamais tivesse sido utilizada antes.

 

Estatísticas

 

Não há como especificar exatamente quantas e quais são as religiões existentes no mundo, mas, estima-se que sejam mais de 10 mil. Em 2001 uma edição da World Christian Encyclopedia publicou que existem 33.830 denominações cristãs. Outro dado foi a distinção entre as religiões ocidentais e orientais.

 

No ocidente é observado que o elevado número de denominações cristãs se dá as ramificações, isto é, de uma religião uma outra surge com quase as mesmas características mas, com algumas singelas reformas. Um exemplo é a variedade de ministérios das igrejas Assembleias de Deus no Brasil. Não há dados de quantos são, mas sabe-se que todas elas são ramificações da primeira fundada em 19 de novembro de 1910 por dois suecos - Gunnar Vingren e Daniel Berg - na capital do Pará. Desde então, surgiram os ministérios Madureira, Belém, Santo Amaro, Penha entre tantos outros, cujos nomes fazem referência ao local onde foram fundadas. Todas possuem uma mesma organização denominacional, mas, se divergem em alguns pontos, em torno das leis internas chamadas de Doutrinas.

 

Outro exemplo é o casal de bispos Estevan e Sonia Hernandes que eram membros da Igreja Cristã Pentecostal da Bíblia de onde saíram - provavelmente por divergências quanto a doutrina - e fundaram a Renascer em Cristo.

 

Já o Bispo Edir Macedo Bezerra nasceu em lar católico praticante e anos depois se converteu a uma igreja evangélica chamada Igreja Nova Vida. Já como pastor criou o Ministério Cruzada para o Caminho Eterno pregando ao ar livre. Em 1977 fundou a Igreja Universal do Reino de Deus.

 

O tão conhecido R.R. Soares - nascido Romildo Ribeiro Soares - desistiu da carreira de médico mesmo com uma bolsa de estudos garantida na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou, para fundar com seu cunhado - Edir Macedo - o Ministério Cruzada para o Caminho Eterno. Também foi fundador da Igreja Universal do Reino de Deus de onde saiu por causa de divergências na doutrina. Em 1980 ele fundou a Igreja Internacional da Graça de Deus.

 

Outro conhecido líder religioso no Brasil, o pastor Valdomiro Santos de Oliveira foi integrante da Igreja Universal do Reino de Deus por quase 20 anos. Desentendeu se com a liderança - provavelmente também por divergências quanto a doutrina - e fundou dias depois a Igreja Mundial do Poder de Deus levando consigo muitos membros da IURD.

 

Nestes três últimos nomes, fica evidente como surgem as ramificações das denominações. Embora sejam igrejas com doutrinas diferentes, percebe-se nitidamente semelhanças entre elas no que diz respeito a organização e o sistema. Imagina-se que as divergências entre R.R. Soares e pastor Valdomiro com Edir Macedo sejam doutrinárias, uma vez que vieram de denominações pentecostais que se dividem em tradicional e reformada, apesar de a IURD ser denominada Neo-Pentecostal.

 

Embora sejam diversas as religiões no ocidente, todas elas possuem características similares que sugerem um mesmo fundamento. As religiões cristãs, por exemplo, mesmo distinguindo-se como pentecostal, neo-pentecostal, ortodoxa, tradicional ou não, católica ou evangélica, terão entre si, dogmas e doutrinas diferentes, mas seu sistema será sempre semelhante. Em todas percebe-se muitas semelhanças no sistema com a mais antiga e influente,  a católica. Entre igrejas evangélicas é comum algum integrante rebelar-se por divergir da doutrina, sair e abrir nova igreja com doutrinas que ele considera como as mais corretas.

 

Em novembro de 2009, um artigo da Folha de S.Paulo levantou uma questão hoje esquecida. O articulista Hélio Schwartsman assina o artigo e, juntamente com uma equipe do jornal, gastou R$418,00 - entre despesas de cartório e uma taxa - para fundar uma instituição religiosa, incluindo aí o seu CNPJ. Assim, Hélio fundou a Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélico.  Bastaram dois dias úteis para que a nova igreja surgisse, permitindo que seus três fundadores abrissem uma conta bancária e fizessem aplicações financeiras livres de IR e IOF.

 

A reportagem conclui que, apesar de tudo estar dentro da lei, não é exigido requisitos teológicos, doutrinários e - diferentemente da institucionalização de partidos políticos - não é exigido sequer um número mínimo de fiéis para se criar um culto no Brasil. Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório. Melhor ainda, o Estado está legalmente impedido de negar-lhes fé. Como reza o parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil: “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. Talvez, a facilidade para se abrir uma igreja ou fundar uma religião justifique a quantidade e variedade dos cultos. Quanto aos fieis para lotarem seus espaços, o mundo está repleto de pessoas necessitando de ajuda de todo tipo e prontas para ouvir e adorar tudo aquilo o que seja de importância para elas.

 

A disputa pela posse da Verdade Absoluta

 

Talvez não há como determinar qual seja a primeira religião do mundo. Depois das religiões cristãs, todas as religiões mais antigas passaram a ser denominadas pagãs e há uma grande variedade

 

Talvez, através da Arqueologia pode-se declarar, até o momento, qual seria supostamente o primeiro templo até que nova descoberta desminta a declaração.

 

Em 2008 arqueólogos descobriram o que acreditam ser as ruínas da primeira igreja cristã. Datada de cerca de dois mil anos, foi descoberta debaixo de onde é hoje a Igreja de São Jorge, em Rihab, Mafrag, Norte da Jordânia. A Igreja de São Jorge data de 230 d.C. e era considerada até a sua descoberta como a mais antiga do mundo. Arqueólogos consideram haver indícios suficientes para crer que a igreja abrigou os 70 primeiros discípulos de Jesus. Mas a descoberta não determina qual seja a primeira religião do mundo.

 

O Xamanismo que é considerada por muitos uma religião pagã, se declara uma 'filosofia de vida' muito antiga e que possuí ensinamentos milenares. Pelas descrições, podemos supor que estes ensinamentos tenham fortes laços com as crenças de povos nativos.

 

O Espiritismo argumenta que ela é a única crença com embasamento científico e comprovações resultantes de experimentos registrados.

 

A Igreja Apostólica Romana declara ser a primeira igreja cristã e, portanto, a única que possuí as verdadeiras ordenanças de Deus através do Papa e tem como sede o Vaticano onde estaria sepultado São Pedro. Pedro - cujo nome significa 'pedra', ouviu de Jesus que sobre ele - em analogia a pedra - seria edificada sua igreja. Este trecho bíblico tornaria a igreja católica a representante do próprio Deus na Terra já que seria detentora dos restos mortais de Pedro. Por outro lado, esta representação divina é contestada por alguns cristãos protestantes que declaram - também inspirados em um verso bíblico - que Jesus seria a pedra fundamental da igreja, portanto, protestantes seriam representantes de Deus.

 

Religiões orientais declaram-se milenares, portanto, existem muito antes das igrejas cristãs e, a julgar por isso, estas se tornariam detentoras da “Verdade Absoluta” embora esta afirmação só é manifestada por ocidentais fanáticos e convertidos as religiões orientais. Inclusive, em algumas crenças orientais o fanatismo é uma característica marcante.

 

Em mais de 10 mil religiões pelo mundo, apenas oito são mais conhecidas e populares: o Espiritismo, o Judaísmo, o Sekhismo, o Budismo, as Tradicionais Chinesas, o Hinduísmo, o Islamismo e o Cristianismo. Entre mais de 10 mil crenças, porque apenas uma seria a detentora da Verdade?

 

Embora em confrontações diretas com religiosos haja uma negação, sempre é possível observar um sentimento de posse ou de 'salvação prévia' nas argumentações em debates onde sempre são citados os livros referentes às crenças. O Livro do Judaísmo é o Torá. O Alcorão é o livro oficial dos Muçulmanos, enquanto o dos cristãos é a Bíblia. Do Espiritismo vem a Codificação Espírita. Os Budistas seguem o Tripitaka. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e o Livro dos Mórmons. E assim, cada religião declarada independente e única em sua filosofia possui seu próprio livro oficial de referência, onde estão estabelecidas todas as suas respectivas leis, doutrinas, dogmas e objetivos.

 

Pelo uso para argumentação e a defesa de seus livros por cada religião, pensa-se nestes livros como objetos sagrados. E através deste estigma de sagrado, parece haver uma intenção em determinar a posse da Verdade Absoluta. A própria História narra muitos eventos de grupos em busca de objetos sagrados, pois, de posse deles a soberania sobre as outras crenças seria legítima. Algumas histórias contam que as Cruzadas - iniciadas no século XI - tinham além das missões ordenadas pela igreja, a função de encontrar objetos sagrados. Outra teoria diz que Hitler tinha um grupo de pesquisadores que determinava onde objetos sagrados poderiam ser encontrados. A intenção seria sempre a mesma: a posse de objetos sagrados que poderiam ter algum poder sobrenatural para que a nação que os encontrassem predominasse entre as demais. Provavelmente, seria sido esta a tática usada pelos EUA ao deixar que a suposta captura de um alienígena e sua possível tecnologia avançada se propagasse pelo mundo, inibindo assim as investidas da antiga URSS. A posse - ou a pretensa posse - de algo além dos conhecimentos humanos inibiria a ação dos oponentes.

 

Livros Sagrados

 

Os livros sagrados são obras literárias. Estão presentes nas principais religiões e seriam inspirados por revelações divinas a pessoas iluminadas. São considerados nas religiões como objetos sagrados. O termo 'livro sagrado' geralmente é designado ao Alcorão, livro do Islamismo.

 

A devoção ao objeto sagrado beira ao fanatismo a ponto de qualquer calúnia ou dano provocado a um dos livros seja interpretado como afronta direta a própria religião, resultando em punições severas e ondas de violência.

 

Em 22 de dezembro de 2012 um homem foi queimado vivo no Paquistão por uma multidão revoltada por saber que supostamente ele teria ateado fogo no Alcorão. A lei da blasfêmia é muito rígida no Paquistão e mesmo sob suspeita apenas, o homem em questão foi sentenciado a morte. No mesmo ano, uma adolescente com problemas mentais chegou a ser detida sob uma falsa acusação de ter queimado o livro, correndo o risco de ser punida com prisão perpétua. O caso foi solucionado depois que testemunhas acusaram o imã local de plantar provas para espantar os cristãos da vila. Os imãs - líderes muçulmanos - são os principais acusadores de blasfêmia e muitas vezes são eles quem faz falsas acusações e plantam provas com a intenção de impor a crença com o medo.

 

Ainda no mesmo ano, o clérigo Abu Islam rasgou e queimou uma Bíblia na frente de milhares de pessoas diante da Embaixada Americana juntamente com outros muçulmanos simplesmente por causa da divulgação do filme feito por um copta americano e que foi considerado anti-islã. Abu ainda ameaçou urinar em outras cópias do livro sagrado cristão.

 

O modo como o Alcorão é tratado não é apenas ritualístico, mas também devocional. O livro só é tocado depois de um ritual de purificação e normalmente, é guardado em uma prateleira alta no quarto como um símbolo de que o livro está acima de tudo na vida de seu possuidor.

 

De acordo com uma tradução feita de um livro chamado “Nobre Alcorão”, “Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é proibido reciclar, reimprimir ou descartar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira respeitosa. É considerado um pecado gravíssimo modificar, cortar, excluir ou adicionar as palavras do Alcorão. Também é considerado ilícito vender este livro”. Só é considerado Alcorão a versão original em árabe.

 

O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação. Sua estrutura lembra a mesma da Bíblia, mas, o Alcorão dita regras não apenas dentro da crença, mas embutidamente dentro da cultura e das tradições.

 

Pela influência do Alcorão, presenciamos guerras, assassinatos e atos de violência sob pretexto de 'justiça divina' até mesmo por ocidentais convertidos. Os prováveis benefícios de se seguir o livro sagrado só devem ser conhecidos mesmo por seus seguidores, já que as notícias relacionadas a ele que chegam ao Ocidente costumam ser sempre negativas.

 

Já a Bíblia não é tratada com tanta devoção assim. Embora chamada de "Palavra de Deus" consideram que, aberta é a 'a boca de Deus falando'. Nos lares cristãos encontra-se em criados mudos ou - para cristãos não praticantes - empoeiradas nas prateleiras.  Muitos exemplares são distribuídos gratuitamente - principalmente em igrejas em momento de evangelização ou conversão de um indivíduo. Dependendo da religião, reconhece-se um cristão por carregar a Bíblia consigo debaixo do braço ou de frente do corpo como um escudo.

 

Segundo os cristãos, a Bíblia foi escrita também por inspiração divina - o que não significa que o próprio Deus a tenha escrito. Esta é a versão mais divulgada. Uma outra - não tão divulgada assim - é que a Bíblia embora seja antiga como livro, não existe no formato que a conhecemos a tanto tempo quanto se imagina.

 

A Bíblia é um conjunto de livros cujos originais foram escritos em rolos. O Velho Testamento é parte do Torá - livro sagrado dos judeus - e também o maior documento histórico e arqueológico do mundo, pois relata a trajetória de um povo de geração por geração. Era tradição do povo judeu repassar as histórias do seu povo de pai para filho oralmente. Em determinado momento, a história do povo começou a ser registrada por escrita em papiros para que se tornasse mais fácil repassá-las, ao mesmo tempo que garantiria que nenhuma delas se perdesse. Já o Novo Testamento é uma coleção à parte. Reúne livros escritos por diversas pessoas, muitos anos depois da morte de Jesus, o principal personagem do cristianismo. O Velho Testamento possui autores específicos para vários livros. Já o Novo, possui - para a maior parte dos livros - um escritor para cada livro, com exceção dos livros escritos pelo Apóstolo Paulo, que na verdade eram cartas que ele enviava a diferentes localidades. Grande parte das cartas foi escrita quando ele estava preso, perseguido por sua conversão ao cristianismo.

 

Dentro das religiões cristãs há várias traduções, várias versões e várias interpretações da Bíblia que se alteram de acordo com a denominação. Boa parte de seus originais foi perdida ou deteriorou-se não somente pela ação do tempo, mas também por causa de guerras e incêndios propositais. Isto justificaria muitas frases em versões mais próximas aos originais terminarem em ponto e vírgula ou vírgula e não em um ponto final. A isto se deve a infindável variedade de argumentações, interpretações e 'verdades' declaradas que na maioria das vezes diz respeito ao comportamento do indivíduo e sua moral. Toda argumentação é baseada em trechos bíblicos, não se levando em conta na maioria das vezes o que o capítulo em que o trecho pertence esteja dizendo de fato. Ao mesmo tempo em que algumas passagens são levadas à risca de modo radical - como é o Alcorão -, por outro lado, transformam algumas passagens em analogias (ou metáfora) para aquilo que consideram a interpretação real do que foi escrito. Acreditando que a escrita foi inspirada por Deus, muitos consideram que a interpretação também se deve a interferência do Espírito Santo.

 

Há uma teoria dizendo que a Bíblia, assim como a conhecemos hoje, teria sido criada como manobra política. Seria no ano de 313, no império de Constantino, em um período em que Roma era inimiga dos cristãos. A população de cristãos era crescente e os romanos eram adeptos das religiões romanas que devotavam muitos deuses mitológicos. Havia certa dificuldade em manter uma política com uma população que tinha uma crença que influenciava diretamente sua cultura e estilo de vida.

 

Como bom estrategista, Constantino observou esta influência da crença na cultura e na vida dos cristãos e elaborou uma tática política tão perfeita que perdura até os dias de hoje. Pressionou os líderes cristãos mais influentes que se reuniram em 325, no que foi chamado de Concílio de Nicéia. Nesta reunião, eles criaram uma lista oficial de livros que foram declarados como realmente inspirados por Deus e que deveriam ser seguidos. Este grupo de líderes - denominados cristãos apostólicos – era de religiosos que se aliaram ao governo e ganharam poder político em troca dessa aliança.

 

Entre todos os rolos existentes, os quatro evangelhos foram mantidos por representar a biografia da vida de Jesus, embora alguns cristãos da atualidade os declarem como os livros da propagação do Evangelho. Livros e textos que poderiam abrir brechas no sistema político e de influência que eles pretendiam estabelecer foram retirados da lista oficial. Os excluídos foram denominados 'apócrifos' ou seja, 'que foi ocultado'. Muitos deles foram perdidos, pois, sem haver um interesse relevante sobre eles, não foram mantidos, muito menos copiados. Mas, com o surgimento da Arqueologia no século 19, muitos dos textos perdidos foram encontrados no Oriente Médio. Um deles, descoberto no Egito, em 1886, causou polêmica. Seria o livro de Maria que muitos acreditam ser Maria Madalena - personagem tão importante quanto Pedro dentro do cristianismo. Este livro, assim como os recém achados Manuscritos do Mar Morto não são aceitos pelas religiões cristãs.

 

Entre os séculos 4 e 5, o teólogo Eusebius Hyeronimus - canonizado mais tarde com o nome de São Jerônimo - traduziu a Bíblia a pedido do Papa Damaso. Depois de 17 anos aprendendo hebraico em Jerusalém, fez a primeira tradução do Velho Testamento diretamente do hebraico para o latim e não da tradução grega que resultou na Septuaginta (primeira tradução das escrituras para o grego). A tradução de São Jerônimo foi chamada Vulgata Latina, usada pela Igreja Católica por séculos e ainda fonte de diversas traduções. A maioria das primeiras traduções da Bíblia foi sob influência católica.

 

Hoje em dia, pelas ações dos religiosos cristãos, parece haver uma tentativa de transformar a Bíblia em um livro que determine cultura e comportamento social/individual assim como é visto nas religiões orientais sendo que, no Oriente, a cultura e as tradições são tão antigas quanto as suas crenças religiosas e muitas até tiveram origem quase que juntamente ao surgimento do povo.

 

Guerra Santa

 

Por muitos anos foi declarado por pensadores que uma Terceira Guerra aconteceria sutilmente, quase que invisível. Seria uma Guerra Santa?

 

Uma Guerra Santa é uma guerra causada por diferenças entre religiões. E pode envolver nações inteiras, cujas crenças sejam também sua parte cultural e tradicional contra crenças contrárias, mas, pode ocorrer também entre grupos. Nos dias atuais é muito noticiado a ocorrência destas guerras no Oriente, seja pela posse de “terrenos sagrados” ou autonomia.

 

Mesmo com esta qualificação, ao longo da história humana foram percebidas muitas guerras santas, cujo objetivo era impor a predominância de uma crença.

 

Aqui no Brasil, tem-se observado verdadeiras guerras entre crenças até mesmo de uma mesma denominação dentro de um mesmo seguimento, inclusive, na tevê aberta. Em dias, quatro notícias foram assunto na rede gerando debates, discussões e troca de ataques entre religiosos - ou não - levantando questões que nunca chegam a um consenso, uma vez que toda opinião se baseia na própria crença.

 

Notícias polêmicas

 

As notícias a seguir correspondem aos assuntos mais discutidos na Internet nas últimas semanas, embora não sejam as únicas. Todas as informações sobre cada uma delas assim como as fontes de onde foram extraídas muitas informações deste artigo já foram publicadas na web em sites de conteúdo confiável.

 

"Gosto de gay como gosto de bandido". Silas Malafaia, ex-vice presidente da Igreja Assembléia de Deus da Penha e hoje presidente da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo gerou polêmica após ser considerado pela revista Forbes o terceiro pastor mais rico do Brasil com uma suposta declaração de renda anual estimada em R$ 300 milhões, ficando atrás do Bispo Edir Macedo e do pastor Valdomiro Santiago.

 

Filho de um pastor e militar da Aeronáutica e uma educadora também evangélica, Malafaia é genro do falecido pastor José Santos, presidente da igreja que hoje dirige e também é irmão do deputado Samuel Malafaia. É pastor há mais de 30 anos, ou seja, desde 1984. Mudou o nome da igreja que antes era 'da Penha' substituindo por 'Vitória em Cristo' que é o mesmo nome de seu programa que está no ar há quase 30 anos.

 

Malafaia contesta as alegações da Forbes e declarou: "Vou ferrar com esta revista!". Sempre envolvido em polêmicas, foi convidado para ser entrevistado por Marília Gabriela no programa “De Frente com Gabi” que vai ao ar aos domingos pelo SBT. O líder religioso cuja infinidade de vídeos no Youtube revela um homem que não 'engole sapos' e não dá a outra face pra bater, gerou ainda mais polêmica do que o esperado.

 

“Safado, sem vergonha, bandido, pastor, jornalista tem tudo em que é lugar. Eu vivo de pessoas que acreditam em mim para darem ofertas. Quando eles falam isso, subtende-se que eu estou roubando as pessoas. Meu imposto de renda está aqui e meu patrimônio é de R$ 4 milhões” - disse ao revelar seu patrimônio declarado.  Além de mostrar seu rendimento anual, esclareceu que R$ 2 milhões são capital de sua empresa, a Central Gospel, que vende livros, DVDs de suas conferências e pregações, CDs de música gospel - muitos produtos são de sua própria autoria. Também declarou ter uma casa, seis apartamentos, sendo que em três moram seus filhos, e fechou negócio na compra de um apartamento nos EUA avaliado em R$ 140 mil dólares.

 

Ressaltou que há 25 anos não recebe o salário de pastor e vive de ofertas dadas muitas vezes por pessoas que ele nem conhece. Teólogo e psicólogo formado, ele vive de suas Conferências e dos lucros de sua editora. Demonstrou-se preocupado que a opinião pública o considerasse um ladrão de fieis por causa da matéria da revista Forbes e, em certo momento da entrevista, disse, “fieis que se deixam roubar são um bando de otários”.

 

A jornalista Marília Gabriela perguntou se ao pregar sobre prosperidade, ele não acaba induzindo os fieis a acreditarem que se oferecer o dízimo a vida deles irá melhorar. O pastor argumentou sobre o que é prosperidade e que esta não envolve apenas finanças. Destacou, “Não sou eu quem diz isto, a Bíblia diz” e que “Prosperar é obedecer às leis de Deus”. Acrescentou que “um pastor que diz que prosperidade é só dinheiro está cometendo um erro gravíssimo”.

 

Depois de dizer que “Deus trabalha com uma lei de recompensa”, Gabriela insistiu: “Não chega a ser herético você viajar de avião... A igreja tem seu próprio avião... Não dá a entender que você foi mais beneficiado ou é mais merecedor do que muitos fieis?”. Ele respondeu: “É que você não conhece a vida dos fieis...”.

 

Termos como 'otário', 'sem vergonha', 'lixo moral', 'vagabundo' parecem fazer parte do vocabulário cotidiano do pastor. A entrevista foi polêmica, mas não foi a primeira, e sobre o mesmo tema. No You Tube são inúmeros os vídeos com direito de respostas de Malafaia, que sempre acabam sendo replicados pelo outro lado resultando numa sequência de vídeos que revela discussões infindáveis. Uma dessas discussões - verdadeiros bate bocas - é do pastor com o pregador Caio Fábio, conferencista, escritor e psicanalista Clínico. Foi bem sucedido em seus projetos evangelísticos quando se viu envolvido em um escândalo, onde alguns de seus fieis afirmam ser armação para freá-lo devido a grande influência que exercia atrapalhando o empenho de outras religiões. Sobre o que Caio Fábio achou das afirmações de Malafaia na entrevista com Marília Gabriela, nem é necessário repetir diante a desavença entre ambos. Mas para responder ao que foi dito sobre a homoafetividade, depois de declarar que “Ele odeia sim. Tudo nele é ódio. Até para falar de amor ele odeia”, baseou-se em um verso bíblico de Mateus 19:12 que publicou em seu site: “Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o”.

 

O ódio e o sarcasmo parecem evidentes no tom de voz de Malafaia e não há como ser confundida com a euforia e o entusiasmo percebidos no tom de voz de outros pregadores evangélicos. Em 19/05/2012, o site “Ultimo Segundo” do Ig publicou entrevista com o título: “Tenho pastores que ganham entre R$ 4 mil e R$ 22 mil".  Sobre homofobia disse: “Homofobia é falácia de ativista gay para manter verbas para suas ONGs para fazer propaganda de que o Brasil é um país homofóbico. Homofóbico uma vírgula, amigo”. E segue, “É uma aberração! No Brasil, pode-se criticar presidentes, políticos, ministros, pastores, padres, o diabo. Se criticar homossexual, é homofobia. Manda esses caras verem se eu ‘tô’ na esquina!". Perguntado qual seria sua postura se seu filho fosse gay disse: “Amaria 100% e condenaria sua prática 100%. Não deixaria de amá-lo, mas garanto que ia condenar”. Não odiar alguém, mas odiar suas atitudes é um tanto contraditório para alguém que apoia movimentos políticos que tentam interferir na escolha pessoal dos homoafetivos.

 

No mesmo site, em 2011, a Marcha para Jesus - caminhada realizada por várias denominações cristãs - foi noticiada como uma marcha que se transformou em um ato contra as relações homoafetivas. Um trecho da notícia diz: “A multidão, estimada pela Polícia Militar em um milhão de pessoas - e pelos organizadores em cinco milhões - foi ao delírio e respondeu com gritos de ‘não, não’ com os braços levantados para o céu. Malafaia ameaçou orientar seus fiéis a não votarem em parlamentares que defendem o Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza a homofobia no País.

 

“Ninguém aqui vai pagar de otário, de crente, não. Se for contra a família não vai ter o nosso voto”, ameaçou. Malafaia classificou como "lixo moral" as pessoas que questionam a interferência das igrejas em assuntos do governo e, embora tenha dito que não tem objetivo de instaurar um estado evangélico no Brasil, “os países mais práticos e as democracias mais evoluídas do mundo têm”.

 

Nadando entre tubarões e baleias

 

“Na TV, pastor vende tijolo ‘para obra de Deus’ por R$ 200”. “Apóstolo Valdemiro Santiago pede que fiéis deem dízimo conforme gostariam de ter de renda”.

 

O primeiro título é destaque de uma notícia. O segundo é um vídeo que circulou na rede semana retrasada. O “apóstolo” Valdomiro Santiago - líder da Igreja Mundial - tem demonstrado muita criatividade quando o assunto é arrecadar doações para 'a obra de Deus'. Miniaturas da Arca da Aliança e lenços encharcados com o suor do apóstolo já foram adquiridos por muitos fieis além das facilidades do pagamento de dízimo por débito automático. Talvez esta criatividade justifique a segunda posição no ranking de pastores mais ricos do Brasil.

 

Um vídeo com um trecho gravado do culto do dito apóstolo circulou não apenas na rede, mas em vários noticiários. Nele, Valdomiro anuncia a venda do “Tijolo da Obra de Deus” - uma miniatura em plástico de um bloco baiano - cujo valor é de R$ 200,00 cada. Além de adquirir uma lembrança até engraçadinha, o fiel estaria investindo na construção da “obra de Deus” e também na própria vida, já que Deus recompensaria este ato generoso: “Você não pode ficar de fora. Você já investiu em tanta coisa nessa vida...”, clama o pastor.

 

Valdomiro ainda declara que 100 mil tijolinhos foram separados para esta causa. Se todos eles forem vendidos pelo valor sugerido a igreja poderia arrecadar R$ 20 milhões de reais. Alguns jornais fizeram um levantamento e um pacote com 100 unidades dos tijolinhos custa R$ 55,00 em média para o pastor. Qual seria essa “obra de Deus”, ainda não se sabe ao certo, mas, ele sempre lembra seus fieis de que para comprar seus horários na TV ele precisa pagar R$ 15 milhões por mês e que ainda comprou a Rede CNT, pretende comprar o Canal 21, garantindo que é 'negócio certo'. O apóstolo é dono de várias rádios. No fim do ano passado ele vendeu a 'colher de pedreiro ungida' pelo valor de R$ 153,00.

 

Valdomiro Santiago, assim como o seu principal concorrente, está sempre envolvido em polêmicas e é muito noticiado pela mídia. Em 18/03/2012 o “Programa de Domingo” da Rede Record – rede de tevê de propriedade de seu concorrente, Edir Macedo - denunciou Valdomiro chamando-o de “ladrão e mentiroso' por adquirir duas fazendas avaliadas em R$ 50 milhões com o dinheiro arrecadado dos fiéis. Nas fazendas usadas para atividade pecuárias, estão cinco mil cabeças de gado. Segundo a reportagem, o rebanho é avaliado em R$ 6,5 milhões. Também foi denunciada a aquisição de jatinhos, helicópteros e carros de luxo com a arrecadação da igreja, além de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Segundo o jornal eletrônico Gospel Prime “Como no Brasil as igrejas são isentas de impostos e não precisam prestar contas ao governo de suas arrecadações, aparentemente a IMPD precisou usar ‘laranjas’ para adquirir esses e outros bens”.

 

A denúncia não ficou por aí, afirmando que Valdomiro e sua esposa são os sócios majoritários da empresa WS Music, cujo procurador é Nicanor de Oliveira, irmão do apóstolo e administrador das fazendas. A WS Music tem como valor declarado de seu capital R$ 50 mil reais, além das duas propriedades rurais, custando uma R$ 29 milhões e a outra R$ 20 milhões.

 

Em 2003, o apóstolo Valdomiro foi preso durante uma blitz por porte ilegal de armas. No portamalas do carro havia uma escopeta e duas carabinas. Em 2010, três pastores da sua Igreja Mundial foram presos pela Polícia Rodoviária Federal, acusados de tráfico internacional de armas. Com eles estavam fuzis vindos do Rio de Janeiro. Valdomiro negou que os três detidos fossem pastores de sua igreja.

 

Em janeiro deste ano o governo autorizou os líderes da Igreja Mundial do Poder de Deus a receberem passaporte diplomático do Ministério das Relações Exteriores. Tradicionalmente, o documento é dado aos cardeais da Igreja Católica. Por isso, o Itamaraty também concede o benefício aos representantes de outras religiões. Em 28 de fevereiro, a Folha de S.Paulo publicou que o Ministério Público Federal investiga a concessão do referido passaporte diplomático.

 

Em um especial no site “Gospel Mais” há um trecho mencionando que em seu testemunho, o apóstolo conta ter sido resgatado por anjos após nadar por sete horas e meia, envolto a tubarões e baleias até atingir a costa a 20 quilômetros de distância do barco pesqueiro em que se encontrava. Na época - pesava 153 kg distribuídos em seu 1,90m. Nesse episódio, ele ainda representava a IURD e estava na África, quando saiu para pescar com outros pastores no Mar de Moçambique e teve seu barco “sabotado por muçulmanos”. Antes do episódio do naufrágio teria ele, também, escapado da explosão de minas terrestres.

 

Em entrevista a revista Eclésia, conta sua conversão: “Eu era católico como a maioria aqui no país: não queria nem saber de ir à igreja. Na verdade, eu era menino ainda. Com a morte de minha mãe, saí da casa de meu pai. Tinha 12 anos. Perder minha a mãe foi um golpe duro, ela era rígida, mas nos fazia sentir protegidos. Não conseguia conviver com as famílias de meus irmãos mais velhos, casados. Estava machucado, era rebelde. Com 14 anos fui embora. Vivi momentos difíceis. As más companhias que encontrei, trataram de me afundar de vez. Passei fome, dormi na rua, tornei-me um viciado e contraí diversas doenças. Meus irmãos até vieram atrás de mim, mas eu não deixava que me ajudassem. Maltratava-os. Um dia, depois de passar a noite em claro, estava na frente de uma igreja e o pastor, rapaz novinho, convidou-me para entrar. Estava tão cansado que aceitei, claro. Só queria fechar os olhos e descansar, mas Deus tinha outros planos e naquela reunião me alcançou”.

 

Entre as curas atribuídas por intermédio de Valdomiro, na mesma entrevista ele conta a cura mais marcante: “Uma delas foi de um homem que morreu. Como se diz no Nordeste, ‘estava na pedra’. A família, inclusive, já tinha recebido o atestado de óbito. A filha dele chegou em mim na igreja, abraçou-me e disse: ‘Se o senhor disser que ele está vivo, ele viverá’. O que houve ali foi pela fé dela. Comovido, respondi: ‘Então, está vivo’. Quando ela voltou para casa, estavam se preparando para velar o corpo e receberam a notícia de que o homem havia voltado à vida. Os médicos tentaram justificar, mas não conseguiam entender como o coração voltou a bater. Foi uma ressurreição”, afirmou o religioso.

 

Santiago converteu-se aos 16 anos, foi obreiro, pastor, bispo e membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Cerca de 30% de seus pastores também foram membros da IURD. Ele declara-se um homem de origem simples e que não se importa com a falta de sofisticação em seus cultos.

 

Recentemente, num vídeo gravado em 2012, o apóstolo causou mais polêmica em cima da polêmica: criou uma campanha de arrecadação inusitada, que promete um ganho de renda conforme o desejo do fiel, numa espécie de plano monetário firmado com Deus. Diz ele, “Durante o programa, Santiago pede que os fiéis entreguem um ‘dízimo’ que represente o valor que eles desejam ter como salários ou renda. A sugestão é que se o fiel desejar ter um salário de R$ 6.220,00, deve ofertar R$ 622,00 como ato de fé e profecia”.

 

Como recompensa, os fiéis terão o nome escrito no “Livro dos dizimistas”, que seria levado ao Monte Carmelo, em Israel, no final do mês de dezembro.

 

“Durante dois meses, vai entregar o dízimo. ‘Essa é a renda que eu vou ter’. Se é de R$ 5 [mil], então vai devolver R$ 500,00. Se é de R$ 3 [mil], então vai devolver R$ 300,00. Se é de R$ 1 [mil], então vai devolver R$ 100,00” – afirma o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus.

 

Se for um fato, justifica a quantidade de fieis que acredita em suas palavras. Se for uma fraude, seus fieis parecem não estar interessados nisso...

 

* Rita Shimada Coelho é artista plástica, articulista e correspondente de Via Fanzine em São Paulo.

   Seu blog é http://projetoadao.blogspot.com.br/.

 

- Imagem: Divulgação/Fotomontagem VF.

 

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- Produção: Pepe Chaves.

 

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