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 Minas Gerais

 

 

Bom Despacho:

Zezé di Camargo é condenado em duas ações

Justiça condena Zezé di Camargo pela segunda vez em uma semana.

Prefeito de Bom Despacho, Haroldo Queiroz, também é condenado.

 

 Da Redação*

 Via Fanzine

BH-29/07/2012

 

Trecho em que Zezé di Camargo faz declarações políticas e incita

populares contra um vereador durante apresentação musical em junho.

(REPRODUÇÃO DO REFERIDO PROCESSO)

 

O músico Mirosmar José de Camargo, mais conhecido como Zezé di Carmago se envolveu em conflitos políticos no interior de Minas Gerais. Durante uma recente apresentação com seu irmão Luciano em Bom Despacho, no Centro-Oeste do Estado, o músico teria feito um discurso em favor do prefeito local, que contratou o seu show, desferindo acusações ao vereador oposicionista Fernando Cabral.

 

Zezé foi acionado e multado em duas ações oferecidas pelo Ministério Público Eleitoral em Minas Gerais. Ainda referente à essa questão, segundo o vereador citado, outros dois processos ainda correm pela Justiça Comum. Assim, como o músico, o prefeito de Bom Despacho também foi multado e ambos tiveram seus direitos políticos suspensos por oito anos.

 

Entenda o caso

 

Tudo teve início na virada do dia 1º para 02/06, quando a cidade de Bom Despacho comemorava o seu centenário. Na ocasião, o prefeito municipal Haroldo Queiroz contratou a dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano para uma apresentação comemorativa, pela qual teriam sido pagos R$ 170 mil de cachê aos músicos.

 

De acordo com informações obtidas por Via Fanzine em Bom Despacho, após cantar duas músicas, os músicos interromperam a apresentação. Nesse instante, Zezé di Camargo teria feito um discurso citando o vereador Fernando José de Castro Cabral (do bloco de oposição ao prefeito) que, segundo afirmou, teria tentado impedir a realização do show.

 

Falando à reportagem de Via Fanzine, que o procurou, Fernando Cabral, nega que tenha tentado impedir a realização da apresentação. “Nunca tentei embargar o show. Eu pedi que fosse de portões abertos, já que todas as despesas haviam sido pagas pela prefeitura. Não era justo que o povo (pessoas humildes) pagasse um quilo de alimento para entrar”, argumentou o vereador a VF.

 

Ainda de acordo com Cabral, “Além disso, eu protestei contra a venda de camarotes por uma empresa privada que não gastou um único centavo com nada. A despeito disso, ele poderia vender dois mil lugares, ao preço de R$ 80,00. Ou seja, poderia faturar até R$ 160 mil sem gastar nada”, afirmou o vereador.

 

Cabral afirma que acionou à Justiça porque se sentiu atingido pela ação do cantor sertanejo. Segundo ele, “O cantor, instruído pelo prefeito ou por um de seus assessores, fez um discurso desairoso a meu respeito. Ele me chamou de ‘impensante’ e me acusou de só pensar ‘no próprio umbigo’. No final garantiu que eu não seria eleito nem para síndico de prédio e pediu uma vaia para mim”, afirmou o edil Fernando Cabral.

 

Trecho final da segunda decisão preferida pela juíza eleitoral.

(REPRODUÇÃO DO REFERIDO PROCESSO)

 

MP denunciou e Justiça puniu

 

O Ministério Público foi acionado e rapidamente denunciou três ilícitos no evento envolvendo prefeito de Bom Despacho Haroldo Queiroz e a dupla Zezé di Camargo e Luciano, sendo: 1) propaganda eleitoral extemporânea; 2) abuso de poder econômico nas eleições; 3) Crime de difamação.

 

Na primeira ação, Zezé di Camargo foi condenado a pagar multa de R$ 25 mil. Numa segunda ação, Zezé di Camargo foi condenado a pagar multa de 25 mil UFIRs (cerca de R$ 57 mil).

 

Nessa segunda ação, julgada pela juíza eleitoral Sônia Helena Tavares de Azevedo, o prefeito Haroldo Queiroz foi punido com a mesma pena e, como prevê a legislação, ambos tiveram seus direitos políticos suspensos por oito anos. Na ocasião, a juíza também afastou a tentativa de o prefeito Queiroz anular as provas apresentadas pelo MP.

 

Segundo o vereador Fernando Cabral, a sentença referente ao crime de difamação à sua pessoa ainda está pendente na Justiça. Além disso, segundo ele, “Há um quarto processo que trata de improbidade administrativa. Esse tramita na justiça comum”, declarou.

 

O diário digital Via Fanzine teve acesso à cópia da segunda decisão judicial, que pode ser acessada na íntegra clicando aqui.

 

Ainda cabe recurso à decisão da juíza eleitoral Sônia Helena Tavares de Azevedo. Via Fanzine solicitou informações do prefeito Haroldo Queiroz junto à Prefeitura de Bom Despacho e até o fechamento dessa nota não recebeu retorno.

 

- Imagens: Reprodução do Processo original.

  

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Itambacuri:

PMs agridem suspeito imobilizado

As imagens mostram que o suspeito está no chão,

enquanto leva vários socos e tapas no rosto.

 

 Da Redação*

 Via Fanzine

BH-17/07/2012

 

Nessa terça, 17/07, o jornal da TV Alterosa mostrou cenas de covardia em Itambacuri-MG. Num vídeo gravado por um aluno em frente uma escola da cidade mostra dois policias militares agredindo uma pessoa imobilizada.

 

As imagens mostram que o suspeito está no chão, enquanto leva vários socos e tapas no rosto. Pouco depois, enquanto um policial o segura sentado no chão, o outro policial toma distância e vem correndo chutar fortemente as costas do imobilizado.

 

De acordo com a Alterosa, a PM abriu Inquérito Policial Militar para investigar o caso que ocorreu em setembro de 2009. Segundo os policiais, a vítima era suspeita de seduzir estudantes na cidade e teria recebido os policias com violência. Porém, a reportagem não confirmou essa informação.

 

Centenas e estudantes da cidade assistiram às cenas de agressão, que se tornaram hit na internet.

 

Os policias envolvidos na agressão não foram afastados das funções porque não puderem ser enquadrados em flagrante.

 

* Com informações da TV Alterosa (BH)

    17/07/2012

 

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Contagem:

PMS são acusados de estuprar grávida

PMs acusados de estupro e agressão estavam fardados e usavam viatura*

Acusados devem aguardar julgamento em liberdade, diz Corregedoria.**

 

Segundo o major Gilmar Luciano, da assessoria da PM, não havia

ocorrência sendo atendida no local onde teria ocorrido o suposto estupro.

 

Um soldado lotado no 39º Batalhão da Polícia Militar de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi interrogado nesta quarta-feira (23) no cartório da Corregedoria da corporação, acusado de estuprar uma mulher grávida. O crime teria ocorrido por volta das 23h da última terça-feira, em uma casa da Vila Frigo Diniz, no bairro Santa Cruz. Um cabo do mesmo batalhão estaria presente no momento e teria espancado o namorado da gestante e uma outra mulher, também grávida.

 

Segundo o major Gilmar Luciano, da assessoria da PM, os dois militares estavam fardados e usavam uma viatura da corporação. Nenhuma ocorrência estaria sendo atendida no local. Se o estupro e a agressão forem confirmados, os policiais poderão ser expulsos da PM.

 

Em uma atitude inédita na Polícia Militar de Minas, o major concedeu entrevista coletiva para falar sobre o assunto e disponibilizou o histórico da ocorrência feita por militares que atenderam as vítimas. Ontem, as vítimas, todos com 18 anos de idade, passaram grande parte do dia na Corregedoria da PM.

 

As vítimas foram submetidas a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Moradores e amigos das vítimas também foram ouvidos. Segundo a assessoria da PM, o acusado de espancamento tem 25 anos de corporação e já teria cumprido penalidade pela indisciplina.

 

Uma rigorosa investigação do caso foi feita e o Inquérito Policial Militar (IPM) poderá se encerrar dentro de 30 dias. As denúncias coincidem com o teor do histórico a que o Hoje em Dia teve acesso. O texto afirma que os dois militares, sob pretexto de procurar drogas escondidas na casa, arrombaram a porta e invadiram a residência.

 

Dentro da casa, o soldado mandou a grávida ir para um cômodo e acompanhou-a, quando disse que queria manter relações com ela. A mulher recusou, alegando que estava grávida, mas o militar insistiu. Enquanto isso, em outro cômodo, o cabo agredia a mulher e o homem. Antes de sair da casa, os militares ofereceram pedras de crack para as vítimas, como forma de agradá-las e convencê-las a não denunciar o que havia acontecido.

 

Acusado vai aguardar julgamento em liberdade**

 

O cabo acusado por estuprar uma jovem de 18 anos e agredir o seu companheiro foi novamente interrogado na tarde dessa quinta-feira pela corregedoria da Polícia Militar. De acordo com informações fornecidas pela Corregedoria à imprensa, nessa tarde, foi feita uma batida em sua residência, onde foram encontradas drogas. Ele também teria confessado ser usuário de droga.

 

Ainda de acordo com a fonte, o militar deverá aguardar o seu julgamento em liberdade. O nome dos  dois militares e das vítimas envolvidas nessa ocorrência não foram divulgados, porque o processo corre em segredo de Justiça.

 

* Informações de Gabi Santos/Hoje em Dia (BH)

    23/05/2012

 

** Da Redação VF, com agências.

 

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Minas Gerais:

Chuvas: aumentam os mortos e desaparecidos

Apesar da estiagem nas últimas horas, é provável que chuvas intensas voltem ao Estado até o final da semana.

 

 Da Redação*

 Via Fanzine

BH-04/01/2012

 

Bombeiros de Minas Gerais têm se desdobrado para atender aos chamados no período chuvoso.

 

As chuvas no Estado de Minas Gerais já causaram já causaram sete mortes. A última foi registrada na pequena Guidoval, na região da Zona da Mata, uma das regiões que mais tem sofrido com as águas.

 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, uma equipe com 32 bombeiros está em Guidoval, nesta quarta-feira. A localidade é uma das mais atingidas do Estado. No local, os militares utilizam veículos de tração e barcos da corporação para  acesso aos locais mais atingidos. As embarcações também estão sendo usadas para socorro às vítimas e apoio à população, realizando o transporte de alimentos e água.

 

A parte mais atingida da cidade é a parte Sul. Uma ponte sobre o Rio Xopotó caiu, isolando parte do município. Um helicóptero da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) está apoiando a operação.

 

Outras localidades

 

Também a cidade de Guaraciaba está entre as mais atingidas. Uma equipe com 16 bombeiros treinados especificamente para salvamentos em áreas inundadas está atuando naquela localidade. Os militares usam barcos e outros equipamentos para o resgate de pessoas ilhadas.

 

A cidade está isolada, sem o acesso de veículos, como caminhões-pipa. O helicóptero Arcanjo 02, do Corpo de Bombeiros, faz o transporte de água potável para os ilhados, além de resgatar pessoas doentes ou em locais mais críticos.

 

A cidade de Florestal, no Centro-Oeste do Estado, também está entre as mais atingidas. Antes do Natal o governador Antonio Anastasia percorreu algumas das áreas afetadas. O transbordamento do ribeirão das Lages deixou parte do município alagada, destruiu casas, pontes e muros. Cerca de 170 famílias tiveram que deixar suas residências às pressas.

 

Em Ouro Preto, região Central de Minas, após mais de 18 horas de intenso trabalho, as equipes do Corpo de Bombeiros conseguiram retirar o corpo do taxista Juliano Alves, 28 anos, vítima de soterramento durante um deslizamento de terra, no dia 03/01. As últimas informações davam conta que as buscas continuavam para localizar outro taxista que estaria no local.

 

O município de Muriaé continua inundado, onde já existem mais de mil desabrigados. Em Ponte Nova mais de 800 pessoas estão desabrigadas e outras cidades do leste do Estado, juntas, já contam muitos milhares de desabrigados.

 

Em Belo Horizonte, na região central, a chuva estiou por cerca de 40 horas, mas a defesa civil municipal e estadual trabalham muito para reverter a situação caótica vivida em diversos pontos da capital mineira.

 

Além das sete pessoas mortas por conta das enchentes em Minas, outras cinco ainda se encontram desaparecidas.

 

Chuvas devem retornar

 

Apesar da estiagem nas últimas horas, segundo as previsões climáticas, é provável que chuvas intensas voltem a assolar o Estado até o final dessa semana, a partir da tarde dessa quarta-feira, 04/01.

 

Clique aqui para ver a previsão climática para os próximos dias na Grande BH.

 

* Com Corpo de Bombeiros-MG, Defesa Civil em Minas Gerais e agências.

 

- Imagem: Corpo de Bombeiros-MG.

 

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Centro de Minas:

Ano novo começa com muita chuva em BH

No entanto, nos primeiros minutos do ano novo, um despretensioso chuvisco começou

a cair e a se mesclar com os ruidosos fogos, para depois se transformar num forte temporal.

 

 Da Redação*

 Via Fanzine

BH-1º/01/2012

 

Após uma estiagem no período da tarde, o ano de 2012 começou com muita chuva na região central de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, deu tempo para serem soltos milhares de fogos de artifício em comemoração à chegada do novo ano pelos quatro cantos da cidade.

 

Dois grandes eventos também aconteceram na orla da Pampulha e na Praça da Estação, reunindo muitos milhares de pessoas. No entanto, nos primeiros minutos do ano novo, um despretensioso chuvisco começou a cair e a se mesclar com os ruidosos fogos, para logo depois se transformar num forte temporal.

 

Aqui na região Noroeste, as primeiras horas da madrugada de 1º/01/2012 foi de muita chuva na capital mineira. É provável que o pesado temporal que caiu durante quase duas horas seguidas tenha causado os já tradicionais transtornos em diversos pontos críticos da cidade.

 

Um chuva cerrada seguiu durante toa a madrugada.

 

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Delfinópolis:

Uma corrida pelos diamantes na Serra da Canastra*

Projeto da maior mina do mundo não tem estudo de impacto ambiental.

 

A área do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, que pode se tornar a maior mina de diamante do mundo, não tem ainda, divulgados à comunidade, estudos de impacto ambiental. Como O GLOBO noticiou na última quarta-feira, o parque deverá ter sua área reduzida de 200 mil para 120 mil hectares. O restante da área será usado em atividades econômicas e até mineração.

 

Apesar das propostas, não há qualquer garantia de benefício para o município de Delfinópolis, a pequena cidade turística cuja principal atração são as dezenas de cachoeiras e cursos d'água que brotam em suas terras. A cerca de dois quilômetros da futura área de exploração, há a nascente do Ribeirão do Claro, que abastece a cidade e dá origem a várias cachoeiras e quedas d'águas ao longo do percurso.

 

A extração de diamante para exportação é um grande negócio para a mineradora. Ao contrário do petróleo, ela não gera royalties expressivos. A taxa cobrada pela exploração é a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), de apenas 0,2% sobre o faturamento líquido com a venda da pedra preciosa. São pagos ainda outros 12,7% de Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ( CSLL), percentual inferior ao Imposto de Renda cobrado dos assalariados de renda mais alta, cuja alíquota de contribuição do IR é de 27,5%.

 

Antes de calcular o valor da CFEM, as empresas podem deduzir custos como despesas de transporte. Não é raro que muitas abatam uso de pás-carregadeiras e caminhões fora de estrada, além do transporte entre suas unidades de pré-processamento.

 

Cerca de 80% do mercado mundial de diamantes pertencem à empresa De Beers, o que torna a exportação a opção mais lógica. Além disso, se fosse vendido no mercado interno, os impostos seriam mais altos. À CFEM e à alíquota de 12,7% de IR e CSLL, seria acrescido o ICMS — 18% quando a venda é feita no próprio estado e 12% quando a venda é intererestadual.

 

Diamante no Brasil é riqueza pouco taxada

 

Para se ter uma base de comparação, o ouro, que vale menos do que o diamante, paga 1% de compensação financeira (CFEM). Na Austrália, o diamante é taxado em 7,5% na mina. Na China, em 4% do valor de venda. Na Indonésia, em 6,5% do valor de venda. Não se tem notícia de que custos operacionais na exploração da mina possam ser deduzidos durante o processo.

 

Um estudo feito pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados em 2007 expôs a situação não apenas do diamante, mas de todo o setor de mineração, que paga no máximo uma taxa de compensação financeira de 3%, caso do minério de alumínio e do potássio, por exemplo. "O Brasil arrecada valores irrisórios de compensação financeira pela exploração de recursos minerais. Atualmente, o valor arrecadado no setor mineral é inferior à trigésima parte do que decorre da exploração do petróleo", diz o estudo.

 

A riqueza dos minérios está no solo e pertence à União. Para extraí-la, é inevitável algum tipo de estrago. No caso da Canastra 8, em Delfinópolis, não foi feito ainda o estudo sobre o tamanho da cava a ser aberta, mas pesquisas indicam que a área onde está presente o kimberlito, rocha que contém os diamantes, é equivalente a 28 campos de futebol. Na área da Canastra 1, onde já foram feitos estudos, sabe-se que o formato da cava é o de cenoura. Ou seja, a retirada do diamante não abre uma cicatriz gigantesca na terra.

 

— A exportação de minérios é tratada como a de qualquer outro produto e não paga nenhum tipo de imposto de exportação. O valor que a mineradora paga é muito pouco. O Brasil precisa ser inteligente e fazer uma regulamentação — diz Hecliton Santini, presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos.

 

Discussão para elevar tributação para 0,5%

 

Segundo Santini, no caso do diamante, há uma discussão em curso para aumentar a CFEM de 0,2% para 0,5%. Para o ouro, a taxa poderia subir até 3% e, no caso de outros minérios, chegaria a até 5%.

 

O prefeito de Delfinópolis, José Martins, trabalha com outro percentual. Segundo ele, o município ficará com 65% de uma alíquota de 3% da receita bruta com a exploração de diamante. A avaliação dele é que, se existe minério, o melhor é explorar e aumentar a receita da prefeitura.

 

— A partir do momento em que existe minério, que existe petróleo, que existe receita para o município é melhor para a população. Hoje ficamos submissos ao estado e ao governo federal, ficamos de pires na mão pedindo migalhas para o município, que tem obrigação de cuidar da saúde, da educação, de estrada, assistência social e até de segurança pública — afirmou.

 

Martins afirma que não viu estudo do impacto ambiental a ser causado pela exploração do diamante no município. Informalmente, acrescenta, os envolvidos na aprovação do projeto de redução do parque, com exclusão de duas áreas para mineração de diamante, dizem que não será necessário abrir uma grande cava, apenas um pequeno buraco na superfície. Segundo ele, a exploração poderia ser feita por baixo, abrindo um buraco subterrâneo que, depois de encerrada a mineração, seria ocupado naturalmente por água.

 

André Picardi, responsável pela mobilização do apoio dos prefeitos da região e de moradores à redução da área do parque, afirma que não é possível saber ainda como será.

 

* Informações de Cleide Carvalho/O Globo.

   29/11/2011

 

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Guerra na Educação:

Deputados querem explicações do governo

Dois deputados oposicionistas vêem excessos em publicidade

do Governo Anastásia, desfavorável ao Sind-UTE.

 

 Da Redação*

 Via Fanzine

BH-17/11/2011

 

Rogério Correia e Antônio Júlio

entraram com requerimento.

 

O Governo do Estado de Minas Gerais veiculou publicidade na tevê durante o feriado da Proclamação da República (15/11), acusando o Sind-UTE (Sindicato dos Trabalhadores da Educação) de estar mentindo, ao informar que seja pago pelo estado um piso salarial “que não existe”.

 

A bancada da oposição na Assembleia do Estado de Minas Gerais (ALMG) reagiu ao informe do governo Anastásia, através dos deputados Rogério Correia (PT) e Antônio Júlio (PMDB). Eles enviaram uma nota à imprensa que, inclusive, cobra informações do governo sobre tais gastos publicitários.

 

De acordo com a nota dos deputados oposicionistas, “Em pleno feriado que marca a comemoração da Proclamação da República, o Governo de Minas deu uma aula de incivilidade: utilizou-se de recursos públicos para atacar entidade legalmente constituída, o que configura improbidade administrativa”.

 

Ainda de acordo com a nota, “É que o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) foi alvo de calúnia durante exibição de propaganda paga na TV.  Sem o menor pudor, o governo acusou publicamente milhares de professores da rede estadual de ensino de serem mentirosos”.

 

Os parlamentares também acrescentam que, “Indignados com essa situação, os deputados estaduais  Rogério Correia (PT) e Antônio Júlio (PMDB) protocolaram nesta quarta-feira, 16/11, requerimento na Assembleia Legislativa exigindo do governo informações do custo total das OFENSAS feitas aos professores, bem como o pedido de depoimento de Andreia Neves na ALMG sobre o assunto”.

 

Eles também informaram que na próxima sexta-feira, 18/11, os deputados da oposição se reúnem com o secretário de Governo Danilo de Castro para uma nova rodada de negociação sobre as reivindicações apresentadas pelos servidores estaduais da Educação.

 

Na ocasião, Rogério Correia pretende apresentar o requerimento, “expressando o repúdio de toda uma categoria contra o desrespeito com que é tratada pelo governo do Estado”, diz o informe.

 

O impasse entre o Governo do Estado e o sindicato patronal dos trabalhadores da Educação em Minas Gerais já se alonga e lesou os alunos mineiros em pelo menos um terço do ano letivo, por conta de greves e interrupções [veja abaixo].

 

A seguir, a íntegra do requerimento. 

 

Exmo Sr. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

 

Os Deputados que este subscrevem, regimentalmente apoiados, requerem seja encaminhado ao Governador do Estado pedido de informações sobre os gastos com a publicidade veiculada nas rádios, televisões e jornais, a partir do dia 11 de novembro, onde contesta afirmações do SINDUTE – Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais e aborda as negociações em andamento, com a participação de membros desta Casa, com o propósito de discutir o reposicionamento e o aprimoramento das tabelas das carreiras da educação. Solicitamos ainda que seja explicitado pelo governo a justificativa política de tal publicidade, uma vez que ainda estão em andamento os trabalhos da comissão de negociação, da qual somos integrantes.

Sala das Reuniões, 16 de novembro de 2011

 

Deputado Rogério Correia

Líder da Bancada do PT

Deputado Antônio Júlio

Líder da Bancada do PMDB

 

* Com informações da assessoria do deputado Rogério Correia (BH).

   Pub. VF: 17/11/2011

 

- Fotos: divulgação.

 

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Greve da Educação:

Professores são acorrentados na Praça Sete

Professores em greve se acorrentam na Praça Sete, em Belo Horizonte*

 

Mais uma manifestação na Praça Sete.

 

No dia em que o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra a superioridade das escolas particulares sobre as instituições públicas, professores mineiros da rede estadual, em greve há 98 dias, se acorrentaram ao Pirulito da Praça Sete, um monumento localizado no centro de Belo Horizonte.

 

Cerca de 30 docentes usam nariz de palhaço e levantam cartazes em protesto contra a falta de acordo com o governo do Estado. Os representantes dos grevistas prometem ficar no local o dia todo.

 

Eles reivindicam o piso nacional da categoria

 

Lideranças do sindicato da categoria, o Sindi-Ute, e deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia mineira devem protocolar hoje pedido de investigação no Ministério Público sobre denúncias de que alguns professores estariam sofrendo intimidações por parte da polícia de Minas. O governo mineiro nega as acusações.

 

Anastasia diz que greve dos professores não tem "efeito prático"**

 

Durante a solenidade da entrega da Medalha Presidente Juscelino Kubitschek nesta segunda-feira, 12/09, em Diamantina, na Região Central do estado, um grupo de professores da rede estadual de ensino aproveitou a presença do governador Antonio Anastasia para fazer uma manifestação.

 

Os profissionais da educação, em greve há quase 100 dias, soltaram balões pretos com frases cobrando o cumprimento da lei que determina o valor do piso salarial da categoria. O governador criticou o protesto. “Não vejo nenhum efeito prático neste tipo de manifestação. Acho que isso não vai levar a parte alguma”, disse.

 

Em Belo Horizonte, cerca de 50 educadores se acorrentaram no pirulito da Praça Sete, no Centro e, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), eles devem ficar no local por tempo indeterminado. Também nesta segunda, o sindicato solicitou ao Ministério Público um promotor para acompanhar as investigações sobre uso de pessoal e estrutura da Polícia Militar de Minas Gerais para espionar e intimidar servidores públicos em greve.

 

Sindicato dos professores solicita promotor para acompanhar investigações**

 

A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, juntamente com o Deputado Rogério Correia (PT), entregaram ao Ouvidor de Polícia, Vaz Alckim, uma representação com as denúncias.

 

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) solicitou ao Ministério Público um promotor para acompanhar as investigações sobre uso de pessoal e estrutura da Polícia Militar de Minas Gerais para espionar e intimidar servidores públicos em greve.

 

A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, juntamente com o deputado estadual Rogério Correia (PT), entregaram ao Ouvidor de Polícia, Vaz Alckim, uma representação com as denúncias, durante uma reunião nesta manhã. De acordo com Beatriz, todas as provas foram anexadas ao pedido. “Entregamos as fotos que mostram o carro e a placa, além do vídeo feito pela TV Alterosa” conta.

 

Segundo o Deputado Rogêrio Correia, além da apuração das denúncias de espionagem e intimidação, foi solicitado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos que os integrantes do sindicato que estão sendo perseguidos sejam incluídos no programa de proteção à testemunhas. “Solicitamos a um órgão federal porque ficamos inseguros em pedir em Minas, já que o comandante da Polícia Militar foi um dos que se omitiu no caso” disse. Ainda segundo o deputado, o afastamento do comandante da PM, coronel Renato Vieira de Souza, também foi pedido.

 

Segundo a Polícia Militar, o inquérito policial foi aberto na última quinta-feira e as investigações correm em sigilo.

 

O caso

 

Na terça-feira passada, o deputado estadual Rogério Correia (PT) foi até a sede do sindicato no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, e abordou um suposto policial, que estava parado próximo ao local. Ao ser perguntado porque estava próximo ao sindicato, o homem não quis falar sobre o assunto e tentou arrancar o carro. Como foi impedido, ele desceu do veículo e foi embora a pé. De acordo com o deputado, a polícia foi acionada mas se negou a seguir para o local.

 

Impasse

 

A greve dos professores já dura 98 dias e deve se estender ainda mais. Os professores rejeitaram a proposta do estado de um piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais. Eles insistem num piso de R$ 1.597. Quem pode mudar a realidade dos grevistas é o Ministério Público de Minas Gerais, que admitiu a possibilidade de entrar com ação civil pedindo a declaração de ilegalidade da greve e a fixação de multa em caso de descumprimento.

 

* Informações de Agência Estado (SP).

** Informações de Uai-EM (BH).

 

- Imagem: Uai-EM.

 

 

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