Sistema Solar:

Conexão Terra-Lua-Marte

Como uma antiga lenda Inca, contada nos tempos da conquista do Peru,

pode estar relacionada com as atuais descobertas científicas feitas na Lua e no planeta Marte.

  

Por J. A. FONSECA*

 

Preliminares

 

Apesar do avanço tecnológico e das pesquisas cada vez mais sofisticadas em nosso planeta, muitas coisas existentes à vista de todos permanecem inexplicadas, sem falar das muitas outras que foram descobertas por pesquisadores em laboratórios e que foram sonegadas do público, e que talvez, jamais venham tornar-se conhecidas. É marcante e incômoda a presença de grandes construções sobre toda a face terrestre, difíceis de serem compreendidas e realizadas nos dias de hoje e também certos manuscritos que têm sido descobertos em diversas partes que falam de um tempo em que havia seres gigantes sobre a Terra, que voavam pelo espaço e eram dotados de poderes milagrosos e incompreensíveis. Tudo isto sem dar tanta ênfase aos estranhos artefatos que têm sobrevoado o nosso planeta desde tempos imemoriais, os afamados OVNIs ou UFOs, e que foram registrados de muitas maneiras pelos povos do passado com grande apreensão e mistério e também pelos mecanismos mais modernos.

 

Agora temos informações de que certos “monumentos arquitetônicos”, semelhantes aos conhecidos na Terra, têm sido vistos também fora dela, na Lua e em Marte, e isto veio tornar a questão da vida em nosso planeta ainda mais misteriosa e, porque não dizer, bem mais remota do que pretendem os estudiosos. Pergunta-se então:   

 

Acaso a ocorrência de estranhas estruturas geométricas, que foram amplamente fotografas por sondas artificiais em Marte e na Lua, pirâmides, formações com fortes características artificiais e mesmo a “cidade inca” marciana, segundo terminologia da própria Nasa, não estariam pretendendo nos dizer alguma coisa como, por exemplo, que sua semelhança às estruturas piramidais da Terra e grandes construções em pedra não teriam sido construídos por um mesmo povo que teria se afastado deste planeta em passado bem remoto, por razões que os teriam forçado a fazê-lo, obrigando-os a emigrar-se daqui? E não seriam estes afamados “discos voadores” que aqui têm-se manifestado desde há milhares de anos tripulados por estes mesmos povos que daqui se afastaram e que retornam às suas origens?

 

Neste sentido, queremos lembrar o que teria dito o insigne gênio do século XX, Albert Einstein, a jornalistas um pouco antes de sua morte a respeito da pergunta que lhes fizeram sobre os OVNIS. Disse-lhes: “Os discos voadores são tripulados por um povo que deixou a Terra há 10.000 anos. Ele volta em peregrinação às origens”.

 

Pelo que se sabe esta colocação do sábio não foi até o momento suficientemente examinada ou levada a sério pelos estudiosos, mas afirmamos que ela tem muito a ver com o que estamos propondo neste artigo, numa tentativa de explicar os tantos mistérios que cercam o aparecimento destes estranhos objetos voadores e as recentes descobertas no planeta Marte e na Lua. Vamos de início tecer alguns comentários sobre as pesquisas em solo marciano e lunar para, em seguida, abordarmos a questão da “lenda” inca que narra uma história que, ao mesmo tempo que encanta, causa também grande perplexidade e faz-nos refletir sobre os acontecimentos da aventura espacial humana e o que ela tem efetivamente descoberto.

 

Mistérios marcianos

 

Até 1971, quando foi lançada a espaçonave Mariner 9, que entrou em órbita no planeta Marte e fotografou toda a sua superfície, os cientistas acreditavam que o mesmo se tratava de um globo sem qualquer possibilidade de vida, da mesma forma que acreditavam ser assim também a Lua. Muitas missões foram enviadas a Marte desde as pioneiras organizadas pela URSS em 1960 e 1963 que fracassaram, até a sonda enviada pelos EUA em 1964 e outra em 1966 pela URSS, não obtendo nenhum sucesso. Em 1971 estes últimos enviaram mais duas sondas, a Mars 2 e a Mars 3, que também não completaram sua missão.  Somente a Mariner 9 dos EUA é que foi a primeira sonda a obter imagens do planeta vermelho, as quais, iniciaram uma sequência de controvérsias e interrogações sobre o solo marciano. As milhares de fotografias que esta sonda espacial revelou mostraram para os estudiosos do espaço a existência de vulcões, desfiladeiros e leitos secos de rios em grande quantidade, deixando claro para estes que a água havia desenvolvido um grande papel na evolução de Marte.

  

Dark Spots - Que pontos escuros seriam estes em Marte? Não se parecem com árvores?

 

Cinco anos após este voo ao planeta vermelho duas outras sondas foram enviadas, a Viking 1 e a Viking 2, que fizeram expressivas observações com satélites artificiais orbitantes e equipamentos de pouso na sua superfície. Confirmaram assim vestígios de grandes movimentações de água sobre o planeta. Segundo o relatório da Nasa as missões Viking confirmaram que Marte já teve água em quantidade suficiente para formar grandes lagos e rios em toda a sua superfície. Então, a visão de se tinha de que o planeta era um corpo totalmente estéril foi radicalmente modificada a partir de então e passou-se a considerá-lo como um local onde grandes quantidades de água fluente teria já existido em tempos bem remotos e por toda a parte.

 

 

Spalanzani Crate - Linhas muito precisas na Cratera de Spalanzani.

 

Já foi constatado que o planeta Marte é muito parecido com a Terra em muitos de seus aspectos. Por exemplo, os dias e as noites de Marte são semelhantes aos da Terra em duração, com estações também muito parecidas, embora sejam mais longas. Possui regiões equatoriais e gelo nos pólos, cadeias de montanhas, vulcões, cânions, vales e evidências que indicam que tenha existido muita água no planeta e que ela possa estar localizada no subsolo, em grandes lençóis.

 

Algumas fotos que foram analisadas pelos astrônomos apresentaram também estranhas formações geométricas por toda a parte. Mais ao sul do planeta, estas fotos mostraram um seguimento de quadrados de grandes proporções, como muralhas em degraus e de características pouco comuns não se parecendo com formações naturais e que estes mesmos apelidaram de “cidade inca”. Face a proximidade destas formações com estruturas artificiais, além de outras, torna-se possível cogitar que possa ter havido vida inteligente em Marte. Tal posicionamento escora-se em muitas outras fotografias que também teriam mostrado indicações relevantes de grandes construções, perfeitamente planejadas e construídas por algum tipo de inteligência.

 

Estranhas formações em solo marciano que levantam suspeitas. O que poderia ser?

 

Algumas formações piramidais também foram detectadas no solo de Marte. A primeira notícia sobre elas foi transmitida pela Mariner 9 em 1972, na região chamada de Trivium Charontis. O que chamou a atenção foram os dois pares de estruturas tetraédricas, duas bem grandes e duas menores que se destacavam por suas formas muito retilíneas. Estas imagens foram captadas em períodos diferentes e posições variadas do sol, mostrando sempre as mesmas formas tetraédricas. Outras formas piramidais também foram observadas no solo marciano, especialmente numa região chamada de Cydonia, onde também foi captada uma gigantesca estrutura com a forma de um rosto humano. Esta foto e a das pirâmides foram transmitidas pelo equipamento de órbita da Viking 1 em jul/1976 e causou forte impressão nos analistas.

 

O pesquisador e escritor Zecharia Sitchin em seu livro “Gênesis Revisitado”, referindo-se às estranhas formações encontradas no planeta Marte, emitiu uma hipótese curiosa e que tem muito a ver com a história que iremos contar neste artigo. Segundo suas próprias palavras “a não ser que se parta da hipótese de que há dezenas de milhares de anos ou até 500 mil anos os terráqueos tinham uma avançada civilização e tecnologia sofisticada que lhes permitiam envolver-se em viagens espaciais e chegarem a Marte, e, entre outras coisas, construírem monumentos como o ‘Rosto’, só nos restam duas alternativas lógicas para explicar os indícios que temos. A primeira, é que houve em Marte seres inteligentes que, além de serem capazes de executar obras megalíticas, também eram muito parecidos conosco”.

 

Ou em uma outra hipótese, que ele julga a única alternativa plausível para que possam ser explicadas as ‘construções’ de Marte que “seres que nem de Marte nem da Terra, capazes de fazer viagens espaciais há cerca de 500 mil anos, vieram ao nosso sistema solar e aqui permaneceram por algum tempo, pois deixaram para trás monumentos de demorada construção. Os únicos seres desse tipo que se tem notícia – tanto pelos textos sumérios como, por todas as mitologias antigas – são os Anunnaki de Nibiru. Sabemos qual era seu aspecto físico – igual ao nosso, pois eles nos fizeram ‘a sua imagem e semelhança’, para citar o Gênesis.”

 

Dando seguimento às observações feitas sobre a grande quantidade de estranhas “formas” que ali foram captadas, queremos destacar algumas delas e demonstrar que parecem mesmo ter algo a ver com os ‘monumentos’ vistos na Lua e encontrados na Terra e, porque não dizer, oriundas de uma tecnologia aplicada por um mesmo povo. A região de Cydonia é particularmente especial neste sentido, pois não somente mostra o ‘rosto’ gigantesco como um conjunto de formas piramidais agrupadas a uma certa proximidade. Estas estruturas foram por isto chamadas de ‘cidade marciana’.

     

A região denominada Cydonia oferece uma série de questões ainda não respondidas.

 

Em 1988, após decorridos um longo tempo a URSS recomeçou suas pesquisas e procurou recolocar na órbita de Marte as duas sondas Phobos 1 e Phobos 2. Ao que se sabe, dois meses após o seu lançamento a Phobos 1 se perdeu no espaço e a Phobos 2 conseguiu chegar até o planeta Marte em 1989 e entrou em sua órbita como o planejado. Depois de um certo tempo esta sonda deveria alterar a sua órbita e voar ao lado do satélite marciano Fobos para tentar explorá-lo mais detidamente. Em 28/mar/1989 o centro de controle percebeu um problema de comunicação. O que é estranho é que antes de perder contato com a Terra a espaçonave enviou uma sequência de fotos muito estranhas e que foram captadas pelos cientistas da missão. Estes acharam muito extravagantes as fotos que foram enviadas  e numa delas, que foi publicada, aparece uma sombra muito fina, mas alongada sobre o solo de Marte, como a projeção de um objeto muito grande em voo próximo da Phobos 2. Fica, portanto, além dos inúmeros outros enigmas do planeta vermelho mais este tão surpreendente quanto inexplicável acontecimento nas suas proximidades.

 

Em 1996 com as sondas Mars Pathfinder e Mars Orbital Câmera os conhecimentos sobre o plane-ta Marte aumentaram excepcionalmente, mas também as dúvidas e os questionamentos sobre os seus mistérios passaram a se multiplicar. Em 1999 a Mars Observer encarregada de orbitar Marte também desapareceu misteriosamente no espaço com uma grande e invejável quantidade de equipamentos. Em 2004 a mais promissora de todas as missões foi enviada a Marte, a Mars Spirit. Pousou com sucesso em terreno marciano em jan/2004 para efetuar uma série de explorações e lá permaneceu até mar/2010, quando a comunicação desta foi interrompida com o centro de controle da Nasa. Como todas as anteriores esta sonda enviou também imagens controversas que mais aumentaram as interrogações sobre a questão marciana.       

 

‘Anomalias’ lunares

 

Muitas ‘anomalias’ têm sido observadas também na superfície da Lua e como esta se encontra bem mais próxima da Terra a percepção destes sinais estranhos puderam ser notados com maior precisão desde já há alguns séculos. Não vamos nos deter na sua descrição pormenorizada, mas citaremos apenas alguns poucos para ilustrar o propósito deste artigo e justificar a tese que ele vem sustentando. Desde o século XVI são feitas observações no corpo lunar e muitas destas foram registradas no seu tempo. Por exemplo, em 1587 foi observada uma ‘estrela’ sobre o corpo da Lua durante o período de uma hora. Este corpo luminoso foi visto por muitas pessoas. Em 1706 três pontos cintilantes são observados em sua superfície. Em 1783, durante um eclipse lunar, foi visto um clarão se deslocando para o centro da Lua. Em 1821 foi observada uma mancha brilhante e variável como uma estrela de magnitude seis. Em 1865 foram vistas no ‘mar de Crisium’ veias brilhantes e manchas reluzentes atravessando-o de um lado a outro. Em 1883 foram vistos pontos muito brilhantes, de magnitude de sete a oito na cratera Aristarchus. Em 1898 foi observado no vale de Schroeter fenômeno semelhante a uma atividade vulcânica. Em 1906 a cratera Aristarchus brilha intensamente durante um eclipse lunar. Em 1930, na cratera Erastosthenes foi observada uma mudança de coloração da sua superfície e uma sombra móvel percorrendo-a por diversas vezes. Em 1948 um clarão vermelho foi avistado por cerca de 15 minutos a nordeste de Philolaus.

   

O pólo sul da Lua. Uma entrada para os mundos subterrâneos?

 

O que seria esta estranha e intensa luminosidade saindo do seu interior?

   

São milhares de registros desta natureza observados na Lua e, a partir do momento em que os instrumentos de observação foram se tornando mais eficientes eles se multiplicaram ainda mais. Em geral, estas observações não são noticiadas pelos meios de comunicação regulares e são, portanto, ignoradas do público. Sabe-se agora que com o avanço da ciência espacial e a utilização de espaçonaves tripuladas ou não muitas outras coisas passaram a ser notadas, fotografadas e filmadas sem que, no entanto, fossem comunicadas ou explicadas pelos cientistas e analistas destas missões. Em decorrência, os mistérios em torno destas ‘anomalias’ foram-se adensando cada vez mais e hoje não se sabe praticamente nada a respeito dos mesmos e não se pode esperar que os responsáveis queiram tocar no assunto.

 

Entretanto, somente o fato de muitas formas estranhas terem sido observadas também na Lua e algumas delas terem sido publicadas de alguma maneira, já configura motivo suficiente para suspeitarmos de que muitas outras coisas existem ali. De fato, a história da conquista da Lua e das missões espaciais por parte de russos e norte-americanos têm muito mais a dizer do que simplesmente falar da solidão do espaço e da aridez dos mundos além da Terra, pois que, em verdade, não há solidão nenhuma por lá e em solo firme algo de maior importância teriam estes que relatar para assombrar a incredulidade da maioria dos terráqueos. Sabe-se que a verdade possui conotações bem mais interessantes, pois que o insólito permeia com grande intensidade o espaço infinito, mesmo que este espaço venha tratar-se apenas da pequena distância percorrida entre a Terra, a Lua e Marte e que nossa ciência cogitou alcançar com sua ousadia e sua técnica.      

 

Segredos andinos

 

Nos arquivos mais sagrados e ocultos da sabedoria incaica, que possuem profundas ligações com os mistérios do Roncador, encontra-se gravada a história de uma raça fabulosa, da qual se originou a elite Inca, e que é contada pelos velhos sábios Andinos com grande tristeza, por causa das desventuras que se despenharam sobre aquele povo. Para muitos, este relato não passaria de mais uma antiga lenda desta gente dominada, mas os inúmeros enigmas ainda não explicados mostram com uma força cada vez maior a sua face inquiridora, exigindo uma resposta coerente e mais sábia. Não nos vamos deter a refletir em se estes incrédulos venham ou não tomar conhecimento deste relato, ou se imaginarão ser fruto de puro misticismo ou excessiva credulidade deste povo, mas apenas registrá-lo para aqueles que possam perceber acima do raciocínio comum e perscrutar os grandes mistérios que envolvem a vida sobre o nosso velho planeta. Para o decano sábio Inca Huayana Tupac, esta lenda trata de uma história verdadeira que foi encoberta pelo véu da fantasia. Ela fala também dos mundos subterrâneos, terra paradisíaca e prodigiosa, habitada por uma civilização muito avançada, tanto tecnológica quanto moralmente, residência de Wiracocha. Fala de naves poderosas em vôo interestelar e de uma tecnologia que mais se pareceria magia ou ficção diante de nosso atual conhecimento.

 

Segundo escreve O.B.R. Diamor, em A Clã Perdida dos Incas, estas regiões insondáveis no interior da Terra integram o velho sonho de uma humanidade, que só poderiam ser vislumbradas através da mitologia, de um estado nirvânico ou celeste, se comparadas sob o enfoque das regiões conhecidas da superfície terrestre, de sua maneira de viver e de suas tradições. A origem desta lenda remonta ao velho Império Inca e foi transmitida pelos sábios da antiga Tawantisuyo, massacrada pela colonização européia. Alguns destes sábios, numa verdadeira arrancada histórica e desconhecida, percebendo a iminente destruição das hordas invasoras empreenderam uma “fuga” para a Terra de Inti, preservando os valores materiais, espirituais e morais de uma raça, deixando atrás de si a estupidez colonizadora, sem deixar quaisquer vestígios. Sua sabedoria, guardada de geração em geração, pode ser hoje parcialmente conhecida e contada, para que os homens saibam que, além de uma história oficial, narrada segundo a ótica dos vitoriosos, existe uma outra que mostra sua real faceta de destruição, de glórias e desventuras.

 

Formas excessivamente geometrizadas na Lua.

 

Segundo a sabedoria Inca, “Pachamama, a Terra, não é tudo e as estrelas do céu não são apenas enfeites da noite; cada ponto brilhante desses é um mundo e o nosso não é mais do que um mundo entre mundos.”

 

“…Podes admitir que o homem um dia construa veículos que se ergam do solo e voem pelas nuvens como um condor andino, levando em seu bordo pessoas e coisas? E sabendo que cada estrela que brilha no céu é um mundo, consegue imaginar o homem voando para os mundos vizinhos como o mundo de Quilla (a Lua), e daquela estrela rosada que fulgura além?”

 

O sábio Inca falava dos homens e de suas invenções mesmo antes delas se tornarem realidade, ousando ainda ir muito além no tempo, numa época ainda não cogitada pela ciência e tecnologia terrestre. Disse:

 

“O homem um dia descobrirá o meio de aplicar combustível num maquinismo para mover seus carros, dispensando a força animal. Irá depois os aperfeiçoando até aplicá-los ao veículo voador. E dia virá em que dispensará toda a espécie de combustível, extraindo do ar a energia para suas máquinas. Empregará a força dos raios e outras ainda desconhecidas. E um dia descobrirá a maneira de anular o peso, que é a força com que Pachamama, nos atraindo, mantém-nos sobre sua face. Nessa época, terá descoberto outras coisas importantes e poderá se considerar dono verdadeiro da terra e do céu”.

 

Arrematou o sábio:

 

“…No fundo de toda lenda se encontra uma verdadeira história escondida”.

 

De sua boca pôde-se então ouvir uma história antiga, de uma raça poderosa que ter-se-ia perdido para sempre, deixando, em todas as partes do mundo, fragmentos de seu tempo através da mitologia de todos os povos, que passou a falar de uma época em que os deuses habitavam junto dos homens. Ouçamos esta história incomum e imaginemos o que ela pode ter de verdade se relacionada às descobertas que foram feitas em Marte e na Lua, considerando-se apenas o que foi permitido ser divulgado e tiremos nossas próprias conclusões.

 

Há muito e muito tempo, numa época em que os povos egípcios, babilônios, chineses e assírios faziam parte de um distante futuro, habitou a Terra uma civilização de espantoso grau de desenvolvimento. Sua tecnologia era avançadíssima, chegando a possuir carros que se movimentavam por si mesmos e naves que podiam voar na atmosfera da Terra e fora dela. Suas cidades eram organizadas de tal ordem, que as noites eram iluminadas por luzes poderosas que não se originavam nem de chamas nem da queima de combustíveis. Durante muito tempo toda energia de seus habitantes foi utilizada em benefício de todos, trabalhando em benefício da inteligência construtiva, tanto na arte como na ciência.

   

Estranhas formas estruturais em Marte.

 

Entretanto, este mundo encantado não era totalmente unido, devido a estágios de evolução diferentes, existindo dois grandes impérios além de outros grupos menores. No decorrer do tempo, os dois impérios maiores passaram a confrontar-se, trocando, a princípio, provocações, mas sem se defrontarem diretamente. O fato é que os valores foram decaindo gradativamente, a cultura e o ambiente social foram-se modificando no sentido de levar à aceitação do conflito, no intuito de demonstrar superioridade e poder. O espírito humanístico foi sendo substituído pelo caráter nacionalista e patriótico, acabando por criar um grau de rivalidade e temor mútuo, que os levou, em conseqüência, a desenvolver inventos e aperfeiçoar armas de destruição e de domínio.

 

Cada um dos dois grandes impérios possuía o seu próprio sistema de vida, julgando-se cada qual melhor para a humanidade e arvorando-se como defensor da liberdade, do direito e do progresso. Com a progressão da rivalidade entre ambos, o grande período conhecido como Idade de Ouro foi sendo substituído por outro, onde os valores morais e espirituais começaram a ser deixados de lado e essa época, que remonta a milênios, passou a assumir um sabor de lenda, diante de sua grandiosidade e apogeu perdidos.

 

Com o desenrolar dos acontecimentos, ficou decretada a queda dos colossais impérios, que passaram a ser governados pelo egoísmo, pela separatividade e pela sede de poder. Percebendo a grande desgraça que se aproximava, um grupo de sábios e bons cidadãos reuniu-se em segredo e passaram a alertar os povos sobre uma grande derrocada, conseguindo afastar, temporariamente, o perigo. Mas a ânsia mal orientada dos governantes e militares havia-se espalhado cada vez mais e dominado a população, agravando-se as tensões entre os dois grandes impérios. Então, aqueles homens sábios e de boa vontade se organizaram numa sociedade secreta e passaram a desenvolver um plano astucioso de emigrar para um outro mundo. O Supremo Conselho dos Sábios decidiu que se recolheriam no planeta Krossivik (Marte), para onde levariam sua cultura e sua ciência milenares, que lhes possibilitariam criar um novo ambiente de vida, deixando a humanidade enceguecida entregue à sua própria destruição.

 

Tomaram seus veículos voadores e reunindo todos aqueles que partilhavam do mesmo princípio de paz e prosperidade, partiram da Terra, levando em sua bagagem os conhecimentos das Leis Supremas, do domínio da matéria e da energia. Chegando a Krossivik, construíram grandes cúpulas de um material duríssimo, semelhante ao vidro, e produziram a atmosfera necessária à vida humana, pois a daquele astro era imprópria para o homem da Terra. Explorando o novo mundo, descobriram grotões profundos, nos quais ainda viviam alguns tipos de animais e verdejava uma típica flora que se adaptara às limitações daquele ambiente. Nas suas incessantes buscas, acabaram por descobrir uma das entradas para o mundo interior de Krossivik e para lá rumaram, instalando-se com toda segurança. O tempo passou, mas eles não se esqueceram de sua querida Pachamama, observando-a com suas lunetas poderosas, onde vulcões inumeráveis ardiam, parecendo enlouquecida.

 

Após a partida daqueles seres, uma guerra terrível se alastrara por toda a Terra e as armas poderosíssimas detonadas abalaram profundamente suas estruturas, produzindo transformações em todos os continentes; “…seu foco latente de energia fora ferido no recôndito abismo, em seu coração oculto. E as energias contidas pela Lei do Supremo Equilíbrio foram libertadas.”

 

A Terra tremera como que atacada mortalmente, enquanto que vulcões estouravam por todos os lados. A montanhas ruíram e os oceanos invadiram os continentes. A Rumik dos antigos, torcendo-se em seu eixo imaginário, levaria milênios para reaver o equilíbrio perdido, enquanto o incrível acontecia: alguns grupos de homens enlouquecidos sobreviveram, iniciando uma vida errante, distante de seu passado de glória.

 

Muitos séculos se passaram em Krossivik e os sábios observavam Rumik (a Terra) e Quilla (a Lua), pensando em aproximar-se, mas seu antigo lar ainda não oferecia segurança. Entretanto, vendo-a aquietando-se lentamente, imaginaram instalar um ponto de observação em seu satélite, para melhor poderem desenvolver seus estudos e pesquisas. Aprestando suas naves, aproximaram de Quilla, encontrando um mundo desolado e sem muitas perspectivas de conseguirem sobreviver em sua face. Percorrendo-a a bordo de seus aparelhos voadores, penetraram por uma imensa cratera e desceram por um túnel até que encontraram terra firme. Penetraram numa região subterrânea, como jamais poderiam imaginar existir, com uma vegetação riquíssima, árvores e regatos, semelhante ao que havia na face da antiga Pachamama. A atmosfera era própria para a vida humana e aquele mundo no interior de Quilla era diferente de tudo o que poderiam imaginar, pois mantinha uma permanente e suave claridade. Instalaram-se ali e continuaram suas pesquisas sobre a Terra e acabaram por concluir que seu antigo habitante era já descendente de um povo expulso de um outro planeta, em um outro sistema, por ter-se negado a seguir o rumo da evolução universal preconizado, qual Adãos criminosos enxotados do Paraíso.

 

Apesar dos poucos e enlouquecidos remanescentes da grande hecatombe que se abatera sobre a Terra, alguma coisa de espetacular acontecera, pois olhos saudosos da gloriosa raça dos terráqueos observavam, de longe, todos os seus movimentos. Esta raça continuava viva no espaço, aguardando um momento oportuno para retornar ao seu mundo. Finalmente, após muito esperar, prepararam suas naves e partiram de Quilla em direção a Pachamama, ignorando que os homens que haviam subsistido aos cataclismos terrestres eram apenas um arremedo do antigo habitante.

 

“…tomaram seus veículos voadores e reunindo todos aqueles que partilhavam

do mesmo princípio de paz e prosperidade, partiram da Terra…”

 

Desceram os retirantes nos mais diversos pontos do planeta diante dos olhares deslumbrados dos abrutalhados sobreviventes, como grandes sóis que desciam do céu e dos quais saíam homens-deuses. Visitando todos os continentes da Terra, completamente transformada, constataram os emigrantes que da civilização de outrora nada restara, nem de sua cultura, nem de suas cidades, que jaziam sepultadas eternamente sob as águas dos oceanos ou em lugares ignorados. A completa degeneração daquela raça sobrevivente, provocada pela violência das transformações e do ambiente, associada às privações de toda a ordem, arrancou dela qualquer possibilidade de se reorganizarem. Psiquicamente ela estava arrasada, vivendo em condições muito primitivas. Os idiomas haviam-se perdido completamente, subsistindo apenas um sistema rudimentar de linguagem, com o qual simplesmente se comunicavam.

 

Os recém-chegados foram aos poucos introduzindo uma linguagem comum entre eles, e em decorrência das dificuldades de compreensão daqueles cérebros deformados, fizeram-se sacerdotes entre eles e passaram a exigir o acatamento de suas ordens. Utilizaram-se da superstição e do medo ao sobrenatural destes homens, como a única forma de se achegarem até eles e transmitirem-lhes os primeiros ensinamentos.

 

Na época da grande tragédia, quando o abuso na utilização das forças da Natureza desencadeou a grande destruição, foram, de forma irresponsável, libertados os elementos. Esse acontecimento poderia ter destruído completamente o planeta Terra, transformando-o em poeira cósmica, como um cometa vagando pelos céus, involuindo, portanto, ao seu estado primitivo. Apesar das convulsões tremendas que se repercutiram, a velha Rumik restabelecera seu equilíbrio, trazendo em seu dorso transformações profundas, dando-lhe outra configuração geográfica. No seu interior também se abriram grandes bolsões, enormes regiões subterrâneas semelhantes aos encontrados em Quilla. A mãe Natureza foi pródiga naquelas paragens, preservando ali uma belíssima fauna e flora, que se desenvolveram protegidas pelos extertores da face. O interior de Pachamama afigurava-se como um abrigo acolhedor, como se aguardasse a vinda dos divinos seres para lhes ofertar o paradisíaco mundo e sua exótica beleza.

 

Aquele mundo no coração da Terra, longe de ser abafado, escuro e quente, era possuidor de uma atmosfera agradável, iluminada e vitalizada, de forma a poder oferecer um ambiente excepcional à vida e à evolução espiritual. Para este mundo foram levados os poucos super-homens que retornaram do exílio, para que sua raça não se perdesse no meio selvagem, enquanto que alguns deles apenas atuariam junto daqueles povos bárbaros, impondo-lhes os princípios básicos para pudessem reencontrar os caminhos da ordem e do progresso. E assim, em todas as regiões do planeta, os mestres manifestaram-se com suas naves, e aos poucos foram sendo assimilados pelo homem primitivo.

 

No decorrer do tempo, o contato desses seres superiores da face com aqueles que se transladaram para os mundos subterrâneos foi-se enfraquecendo, até que, finalmente, o elo foi rompido. Em parte, o desenlace ocorreu pela mesclagem que foi-se fazendo com as raças inferiores, reduzindo assim a capacidade de resistência do corpo físico ao tempo. Em parte, pela anulação das diferenças que haviam entre as raças dos super-homens e dos homens, advindo com isto a perda das virtudes físicas e morais. A não utilização da antiga ciência das idades, conhecida por estes homens divinos e guardadas sob sigilo absoluto por temor de mau uso, foram, finalmente, incorporadas de forma imperfeita às tradições das sociedades secretas, que passaram a assumir caráter mais religioso e sectário do que iniciático.

 

Ainda hoje perduram lendas fantásticas em toda a face da Terra, nas diversas civilizações desde a África, a Europa, a Ásia e as Américas, relatando a história de deuses descidos do céu, denominados filhos de Deus, filhos do Sol, anjos, etc., que teriam vindo para ensinar-lhes diversas artes e um novo modo de vida.

 

(Mars Reconnaissance Orbiter Takes to the Skies)

Poderia mesmo tratar-se de tomadas do Orbiter do reconhecimento de Marte aos céus?

 

No interior da Terra, entretanto, acontecia algo surpreendente em termos evolucionais, pois a raça de sábios, desenvolvendo-se em estágios de aperfeiçoamentos diversos, chegou em alguns casos a tornar-se tão elevada, que transformou seu corpo numa espécie de matéria mais sutil, fugindo completamente do poder de percepção dos homens comuns. Também entre a humanidade ter-se-ia desenvolvido uma raça mais refinada, que passou a servir como intermediária entre as raças da face e a dos super-homens do interior da Terra. Esta raça se mantém em estado semi-oculto e periodicamente traz aos habitantes da superfície as boas novas, acompanhando-os em sua evolução e permitindo que alguns deles, que se desenvolveram suficientemente, possam entrar em contato com algumas destas regiões sob a crosta terrestre.

 

Conta a lenda que os Krossivikianos e os Quillianos, em suas raças mais desenvolvidas, partiram para uma grande aventura em busca de outro sistema de mundos. Porém, desta vez, já não na forma de homens, mas na de seres extraordinariamente dotados, como deuses, semelhantes a estes que aqui ficaram no coração da Terra, zelando pelo nosso planeta e pela humanidade, para que não corram novo risco de destruição, preservando assim a Família Solar e a velha Pachamama.

 

Conclusão

 

Vimos evidências que indicam forte atividade recente ou remota na Lua e em Marte e uma história que corrobora esta hipótese. Entretanto, não nos limitaremos nesta única perspectiva lendária para justificar nosso intento, mas nos escoraremos também em outros ‘documentos’ históricos que muito bem se ajustam ao que acabamos de ver.

 

Um livro hindu chamado de Samaranagana Sutradhara relata que em época longínqua os homens utilizavam aeronaves e voavam pelo espaço, e que seres divinos vinham do céu até a Terra. Muitos dos antigos textos em sânscrito falam de um povo misterioso que vivia em cidades subterrâneas muito extensas, iluminadas por grandes luminares. Eram conhecidos pelo nome de nagas, chamados por eles de deuses-serpente. Estes assim eram chamados porque possuíam um grande poder mágico e voavam pelo espaço como pássaros. Eles também habitavam estas regiões paradisíacas no interior da Terra que ainda hoje causam impressões de incredulidade nas mentes dos homens, embevecidos que estão com seus ‘brinquedos’ eletrônicos e sua técnica.

 

O Mahabharata, grande épico também de origem hindu narra uma história fantástica de guerra e destruição, quando armas de grande poder foram utilizadas, fazendo-nos lembrar das lutas narradas na ‘lenda’ e contada pelos sábios incas. Surpreendentemente, um dos livros mais antigos do mundo assim narra os acontecimentos daquele grande conflito: “Gurkha voando num rápido e poderoso vímana, disparou um único projétil carregado com todo o poder do Universo. Uma coluna de fumaça e fogo tão brilhante quanto dez mil sóis ergueu-se com todo o seu esplendor.”

 

“Os cadáveres ficaram tão queimados que não podiam ser identificados. Cabelos e unhas caíram; vasos se quebravam sem motivo aparente e as aves ficaram esbranquiçadas. Após algumas horas, todo o alimento ficou infetado. Para escapar deste fogo os soldados lançaram-se dentro dos rios, a fim de se purificarem e a seu equipamento.”

 

Todos os povos da Terra falam de uma grande destruição, um grande dilúvio, podendo-se considerar que venha tratar-se de um acontecimento de caráter universal, um drama vivido por toda a humanidade e que teria causado sérias impressões no espírito de seus sobreviventes. A nosso ver, estes relatos todos fazem referência a um mesmo acontecimento num passado longínquo, uma época muito remota que não foi ainda cogitada pelos estudiosos de nosso tempo.     

        

Temos muitas dúvidas sobre o que de fato teria sido descoberto por estas missões cientificas no espaço e que relação elas poderiam ter com a história antiga de nosso planeta. E as perguntas não deixam de fluir incessantemente. Acaso, as espaçonaves que foram enviadas à Marte e à Lua e fotografaram estes dois corpos em toda a sua extensão, em milhares de fotos, não teriam também registrado rios caudalosos, florestas e vales férteis que, por razões desconhecidas continuam sendo ocultados de todos nós? Se estas coisas foram ocultadas, o que mais de tão importante terá sido suprimido de nosso conhecimento nas muitas expedições que foram enviadas a estes dois importantes corpos celestes e em outras missões no espaço? Acaso, as muitas imagens que já foram oficialmente divulgadas, sem muita explicação, não seriam suficientes para sustentar a idéia de que poderiam estar relacionadas a ‘construções’ de povos que teriam se originado da própria Terra?

 

Por ventura, já não se teria tornado bem clara a questão de que as formas estruturais encontradas em Marte e na Lua sejam incrivelmente parecidas com as que ainda existem na Terra, oriundas de antigas civilizações? E que a presença de rostos humanos nestes lugares e “letras” conhecidas de todos nós não estariam a nos dizer que se tratam efetivamente de reminiscências de gente que partiu daqui para outros mundos, num momento especialmente crítico da vida na Terra? 

 

È nosso desejo que estas coisas todas sejam respondidas o mais brevemente possível e que sejamos finalmente notificados de que estamos tratando com gente de uma mesma origem cósmica, ou seja, uma mesma família que, por razões semelhantes às que vivemos hoje, negaram-se em compreender as diferenças que existem entre as raças e buscar superá-las sem o uso do conflito, da força e da prepotência para que assim possamos construir um mundo de paz e felicidade para todos os seres da Terra.

 

  

* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e  realizado incursões em diversas regiões do Brasil  com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.

 

- Fotografias: Nasa-JPL / ESA e Google Earth

 

- Ilustrações: J. A. Fonseca

 

- Produção: Pepe Chaves.

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Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.

 

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