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 Literatura

 

Descoberta dos Açores:

Editor Paulo Levy fala com Via Fanzine

O editor Paulo Levy falou com Via Fanzine sobre "O Cavalheiro da Ilha do Corvo"

(Editora Bússola, 2010, São Paulo-SP), livro do professor português

Joaquim Fernandes, que já está dando o que falar em Portugal.

 

Por Pepe Chaves*

De Belo Horizonte-MG

Para Via Fanzine

 

‘O Cavaleiro da Ilha do Corvo permite que as evidências

encontradas ocupem finalmente o seu lugar na história’.

PAULO LEVY - EDITOR

 

Quando ficção & realidade caminham juntas

 

O recente lançamento de "O Cavalheiro da Ilha do Corvo" (Editora Bússola, 2010, São Paulo-SP), livro do professor português Joaquim Fernandes, apesar de se tratar de uma obra ficcional vem tocar um ponto atualmente latente no passado das descobertas territoriais dos navegantes portugueses.

 

Achados de origem arqueológica foram anunciados nos Açores no mês de março de 2011, evidenciando a presença humana pré-portuguesa no arquipélago atlântico. Foram encontrados dezenas de hipogeus (estruturas escavadas na rocha usadas no Mediterrâneo como sepulturas) nas ilhas do Corvo e Terceira, nos Açores. São monumentos que poderão ter dois mil anos, indicando uma ocupação das ilhas anterior à presença portuguesa.

 

Os hipogeus foram descobertos em agosto de 2010, pelo arqueólogo Nuno Ribeiro, que é também presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA). Ele declarou que à agência de notícias Lusa que, “No Corvo são dezenas de estruturas, que estão à vista, e tudo indica que se tratam de monumentos muito antigos, porque inclusive, situam-se em áreas onde não houve agricultura”.

 

Nuno Ribeiro apresentou suas descobertas numa conferência apresentada por arqueólogos da APIA, no “Congresso XV SOMA 2011, Arqueologia do Mediterrâneo”, realizado em março na Universidade de Catania, na Sicília, Itália.

 

Apesar de ainda carecer de estudos precisos para se comprovar cientificamente a constatação, as revelações de possível presença humana anterior a dos descobridores portugueses no arquipélago dos Açores, têm causado certo mal estar no meio acadêmico da História portuguesa.

 

Contudo, Ribeiro admite que realmente podemos estar perto de ver uma antiga história ser oficialmente alterada. “As estruturas [encontradas em ambas as ilhas] indicam que poderão ter construído aqueles monumentos para sepultar alguém, ou seja, que alguém há mais de dois mil anos tenha estado nas ilhas”, declarou.

 

E, justamente, em meio a este contexto que envolve uma releitura de importantes atos históricos, “coincidentemente”, é lançada a obra de Joaquim Fernandes, remontando uma ficção açoreana pré-portuguesa.

 

O livro, 320 páginas em luxuosa edição.

 

Editor fala conosco

 

O diretor da Editora Bússola e editor de "O Cavalheiro da Ilha do Corvo", Paulo Levy, nos falou sobre este novo trabalho de Joaquim Fernandes e às possíveis implicações do mesmo, após os desfechos dessas últimas descobertas arqueológicas no arquipélago português.

 

Via Fanzine - Como editor, o que o senhor tem a dizer sobre esta obra que “atiça” a colonização portuguesa nos Açores?

Paulo Levy – Do ponto de vista histórico, é muito relevante, uma vez que traz à luz evidências de que as histórias dos Descobrimentos podem ter sido muito diferentes daquelas que nos contaram na escola. E isso é importante. É importante que saibamos a verdade sobre o nosso passado e o do nosso país. Ao mesmo tempo, o fato das Américas terem sido descobertas séculos antes por outros povos que não os portugueses, não diminui nem desmerece o imenso e intenso trabalho de colonização que Portugal empreendeu no Brasil. A verdadeira conquista foi de quem colonizou e não de quem descobriu pela primeira vez. Os laços do Brasil com Portugal jamais serão abalados por isso. Mas que são fatos históricos relevantes que devem ser apresentados ao público, isso não há dúvida.

 

VF - Apesar de ser uma assumida ficção, "O Cavalheiro da Ilha do Corvo", de Joaquim Fernandes, vem engrossar os resultados de achados arqueológicos de vanguarda, que apontam para a possível existência de uma antiga civilização, pré-portuguesa no arquipélago dos Açores. Como o senhor vê essa questão?

Paulo Levy – Com muito bons olhos, pois o livro vem acrescentar mais uma peça na imensa colcha de retalhos da história da civilização ocidental. Joaquim Fernandes realizou um trabalho de pesquisa fenomenal no sentido de juntar tantas fontes e apresentar ao leitor os dados históricos entremeados por um enredo eletrizante. O Cavaleiro da Ilha do Corvo permite que as evidências encontradas ocupem finalmente o seu lugar na história. É um grande livro.

 

VF - O fato de ter havido ou não uma antiga civilização nos Açores levanta diversas polêmicas em Portugal. Em que essa obra poderá vir a tanger com tais discussões?

Paulo Levy – Como editor, eu ficaria extremamente satisfeito se a obra estimulasse mais investimentos em pesquisas sobre as civilizações antigas nos Açores. Mesmo que os resultados das pesquisas se somem às evidências trazidas à luz por Joaquim Fernandes, Portugal jamais perderá o seu lugar na história dos Descobrimentos.

 

Release da obra:

O Cavaleiro da Ilha do Corvo

Joaquim Fernandes

 

Joaquim Fernandes: pesquisas apresentadas em obra

de ficção podem coincidir com a realidade dos fatos.

 

Os navegadores portugueses que chegaram à pequena ilha do Corvo, no arquipélago dos Açores, Portugal, em meados do século XV, encontraram ali uma intrigante estátua de pedra, representando um cavaleiro com traços característicos do norte de África.

 

A notícia poderia ser facilmente refutada, como rumor ou lenda, caso não tivesse uma fonte autorizada: Damião de Góis (1502-1574), o grande humanista português do Renascimento, que descreve, com algum detalhe, no capítulo IX da sua Crônica do Príncipe D. João, escrita em 1567, as circunstâncias em que o inesperado monumento – “antigualha mui notável”, assim lhe chama o cronista sobre o achado, no noroeste da pequena ilha, também conhecida como “Ilha do Marco”. Quando? “Nos nossos dias”, escreveu Damião, na mesma crônica, ou seja, no seu tempo de vida, provavelmente entre o final do século XV e o início do século  XVI, no decurso do reinado de D. Manuel I e durante as primeiras tentativas de colonização da ilha do Corvo.

 

"Uma estátua de pedra posta sobre uma laje, que era um homem em cima de um cavalo em osso, e o homem vestido de uma capa de bedém, sem barrete, com uma mão na crina do cavalo, e o braço direito estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo segundo, a que os latinos chamam índex, com que apontava contra o poente."

 

Uma estátua apontando para o oeste, as Américas. Numa placa, abaixo dela, inscrições numa língua desconhecida. Teria Cristóvão Colombo usado a estátua como guia para chegar às Américas? Teriam outros povos descoberto as Américas antes dos portugueses?  Um achado capaz de abalar os rumos da história.

 

Séculos depois, Michael Serpa e Lúcia Lacroix partem em busca da verdade. No seu caminho, os soldados de Cristo.

 

Sobre o Autor

 

Joaquim Fernandes é professor na Universidade Fernando Pessoa, Porto, co-fundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência, (CTEC) nesta Instituição e co-editor da revista Cons-Ciências, editada por este Centro, na UFP. Licenciado em História e mestre em História Moderna, editou um trabalho sobre a Religiosidade e Espiritualidade em Portugal no século XVII.

 

Membro da Society of Scientific Exploration, da Universidade de Stanford, da Society for Science Frontier, da Universidade de Temple, da History of Science Society e da ESSSAT (European Society for the Study of Science and Theology), Joaquim Fernandes é um estudioso das aparições em Fátima, além de contar com artigos e livros publicados sobre a história e a cultura de Portugal. O Cavaleiro da Ilha do Corvo é o seu primeiro romance de ficção.

 

Doutor em História pela Universidade do Porto, com uma tese sobre "O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa - do fim da Modernidade até meados do século XIX.

 

* Com informações de Paulo Levy, Joaquim Fernandes, TVI/Lusa (Portugal).

- Imagens: divulgação/Arquivo VF.

 

- O Cavaleiro da Ilha do Corvo, 320 pags.

   Autor: Joaquim Fernandes - ISBN: 978-85-62969-00-3

   Valor: R$ 39,90

 

- Pedidos e mais informações: paulo@editorabussola.com.br

 

- Tópicos associados:

  Os Açores há dois mil anos – artigo de Joaquim Fernandes.

   Quem descobriu os Açores, afinal? – pré-release da obra.

   Açores: encontradas sepulturas de 2 mil anos – reportagem TVI/Portugal.

 

- Produção: Pepe Chaves
 Copyright 2004-2011, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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