Arqueologia Mística:

Os mistérios milenares do Roncador 

'As coisas existentes neste grande mundo do roncador são sabedorias estranhas até mesmo para os vossos sábios… tiraste de mim muita coisa que não quero que seja divulgada’, disse o decano ao mestre Luckner, no país do grande sol central.

 

Por J. A. FONSECA*

 

Detalhe da Serra do Roncador.

 

PARALELO 15 - A Serra do Roncador é um dos lugares mais atraentes e misteriosos destas terras brasilienses, além de possuir grande beleza e riquezas variadas, pouco comuns e incomparáveis quando relacionadas a outras regiões de nosso planeta. Localiza-se no ponto mais central do Brasil, no estado do Mato Grosso, mais especificamente entre o Rio das Mortes e o Rio Araguaia a leste, e o rio Xingu e Kuluene a oeste, chegando a atingir até 700 metros de altura em alguns pontos.

 

Estende-se por cerca de 500 km, aproximadamente, desde Barra do Garças, no Mato Grosso até as proximidades da Serra do Cachimbo, no estado do Pará.

 

É uma imensidão solitária e misteriosa no centro da América do Sul, à altura do paralelo 15, que tem atraído a atenção de muitas pessoas pelo seu aspecto místico, mistérios e lendas que a cercam, seus monólitos gigantescos e suas inscrições rupestres de caráter desconhecido.

 

Foi por muitos anos “habitat” do Coronel inglês Percy H. Fawcett, que ficou mundialmente famoso quando desapareceu em suas cercanias, em condições inexplicáveis, quando fazia explorações sobre ruínas que acreditava, estivessem relacionadas ao continente desaparecido da Atlântida. Neste sentido foi também explorada pelo Monge Udo Oscar Luckner, de nacionalidade sueca e adepto da Confraria de IBEZ, conhecido como Hierofante do Roncador, que em suas faldas fundou o Monastério Teúrgico, como portador da transcendental mensagem cíclica de um novo tempo para toda a humanidade terrestre.

 

BIOBELEZA - A região da Serra do Roncador apresenta, sem dúvida, paisagens de grande beleza e até mesmo aos mais desatentos vem atraindo por suas variedades, fauna e flora diversificada, cachoeiras de águas límpidas, trilhas e cavernas, muitas delas ainda inexploradas. Além disto existem notícias de aparecimento de OVNIS, os famosos “discos voadores”, com grande freqüência, há relatos sobre fatos estranhos em suas proximidades, estranhas marcas nas pedras, contrafortes rochosos imponentes, assemelhando-se a construções megalíticas em ruínas, sem mencionar o grande poder magnético que exerce sobre as pessoas.

 

As estranhas formações rochosas que esta Serra apresenta em muitos pontos ao longo de sua extensão, é acentuada por seus paredões proemimentes que se estendem em meio à selva indevassável, como uma grande cicatriz no dorso do Continente Sul-americano. São verdadeiras muralhas de basalto negro com sua vegetação abundante, ora como se fossem esculturas ciclópicas de um tempo perdido na história, ora como formações naturais de rara beleza.

 

'Acampamos numa região próxima a Araguaiana, numa fazenda que era de propriedade do Senhor Udo Oscar Luckner, um monge que ali habitava e que havia fundado uma escola espiritualista chamada de Monastério Teúrgico do Roncador'.

 

 

 A MISTERIOSA Z - A fama da Serra do Roncador começou no ano de 1.925, quando o Coronel Fawcett (acima), após cerca de 14 anos fazendo incursões pela região, desapareceu entre os seus maciços sem deixar vestígios. Nesta época, através de uma de suas últimas cartas, comunicou à sua esposa na Inglaterra, que havia encontrado indícios muito fortes de que, em plena selva amazônica, poderia estar localizada as antigas ruínas de uma cidade abandonada.

 

O vidente inglês era oficial de artilharia, explorador, topógrafo e místico e estava convicto de que nas regiões inexploradas da Serra do Roncador, encontrava-se perdida uma cidade mitológica e de procedência atlante, conhecida no meio esotérico como A Misteriosa Z. Seu desaparecimento inflamou a curiosidade de muitos e a despeito de ter-se afirmado que sua ossada fora encontrada próximo à reserva dos índios xavantes, o que não ficou confirmado definitivamente, sua lenda propagou-se como rastilho de pólvora e permanece viva até os dias de hoje.

 

O que restou de tudo isto é que no decorrer dos anos sua figura se tornou lendária e as dúvidas a respeito de suas idéias e de suas buscas continuam atraindo a atenção de muitos estudiosos, esoteristas e curiosos.

 

‘SEMI-VELADA’ - Podemos afirmar, entretanto, que esta região magnífica localizada no planalto central do Brasil tem, de fato, muitos mistérios a serem desvelados. Muitos deles, bem sabemos, jamais serão levados ao conhecimento do público, por imposição da própria Lei que a tudo rege. Outros, porém, por apresentarem apenas alguns aspectos de sua mais íntima verdade, poderão ser trazidos à luz e mostrados ainda que de forma “semi-velada”. Este artigo pretende desvelar alguns destes pormenores e evidenciar que algo de real significância teria ocorrido nesta região exuberante e ao mesmo tempo carregada de misticismo.

 

 

Minha primeira visita a Barra do Garças se deu em julho de 1.981, quando aceitei o convite de dois amigos de Belo Horizonte que tinham ligações com uma escola espiritualista com sede nesta cidade. Ela se estende às margens dos Rios Araguaia e Garças, exatamente no forcado constituído pela junção dos mesmos, que passam então a ser um só, estendendo-se até o sopé de uma grande montanha, portal da Serra do Roncador. 

 

Naquela época, acampamos numa região próxima a Araguaiana, numa fazenda que era de propriedade do Senhor Udo Oscar Luckner, um monge que ali habitava e que havia fundado uma escola espiritualista chamada de Monastério Teúrgico do Roncador. Eu o conheci neste encontro e após tomar conhecimento de seus objetivos, passei a adotar sua filosofia de vida, fazendo já, nesta época, minhas primeiras incursões pela região.

 

Em minhas andanças pelas encostas de um monte, próximo onde nos havíamos acampado, pude perceber a existência de verdadeiros megálitos, grandes blocos de pedra que se ajustavam um ao lado do outro, como restos de paredes descomunais.

 

'Subindo pela trilha íngreme, encontrei um testemunho inabalável, do que já vinha suspeitando: de que tudo aquilo se tratava de uma grande fortaleza'

 

O HIEROFANTE - Foi então que ocorreram minhas primeiras experiências na Serra do Roncador. Durante uma semana diversos acontecimentos não muito comuns surpreenderam-me, criando, a partir de então, uma espécie de ligação muito profunda com aquela região do Brasil. Depois disto já retornei por aquelas paragens por quase uma dezena de vezes e a cada ida, novas descobertas causam-me mais perplexidade. Na época em que fiz minha primeira incursão pela região do Roncador, percebi que se tratava de um lugar diferente. Com menos percepção do que tenho hoje, deixei de registrar aspectos importantes que demonstravam a antigüidade de nossa terra. Vi marcas que pretendiam relatar uma história antiga, muito anterior, até mesmo, ao tempo considerado pela história oficial para o início da vida humana na Terra.

 

É provável que hoje eu tivesse minha atenção voltada para outros detalhes importantes se retornasse a este local específico, porém mesmo com a pouca experiência da época pude perceber alguns aspectos que julgo sejam de grande relevância para o estudo de nosso passado. Como já disse acampamos próximo a um local que o Hierofante chamou de Monte Nobre, no interior de uma propriedade sua, próximo a Barra do Garças. Logo de início pude perceber que se tratava de uma região riquíssima em evidências não muito comuns. O local era muito ermo, mas deixava ver marcas indeléveis, algumas delas bem caracterizadas, que insinuavam pertencerem a restos de construções muito antigas.

 

PEDRAS ASSENTADAS - Numa escalada que fizemos (eu e um amigo) por detrás do caminho natural que levava ao cume do monte, fomos surpreendidos por pedras enormes roladas montanha abaixo por uma força descomunal. Em determinado ponto havia uma espécie de “parede” monstruosa, parcialmente soterrada e os blocos de pedra que a formavam possuíam dimensões gigantescas. Subindo pela trilha íngreme, encontrei um testemunho inabalável, do que já vinha suspeitando: de que tudo aquilo se tratava de uma grande fortaleza.

 

 

 Após galgar uma rampa escorregadia, encontrei uma abertura entre duas pedras como se as dividissem em duas metades. Ao contornar esta formação rochosa para alcançar seu topo, percebi que havia uma rachadura dividindo-a em duas partes.

 

Minha surpresa foi tamanha ao constatar que, nesta junção dos gigantescos blocos pétreos, podiam ver-se encaixes “trabalhados” por mãos humanas. Uma parte destes grandes blocos se encontrava encoberta de terra e arbustos, sendo que sua cor era de um marrom enegrecido, como se tivessem sido cobertos por larvas vulcânicas.

 

Foi há alguns passos da abertura entre os dois blocos monumentais que encontrei as duas marcas com características artificiais, como se algo inteligente as tivesse produzido, pois em ambas havia uma espécie de encaixe em forma de “V”, que de certa forma, uniam, há milênios estes gigantescos monólitos. (ao lado).

 

Os dois grandes blocos de pedra estavam separados por uma espécie de rachadura que se estendia além, destacando os “encaixes”. Pela quantidade de pedras que se viam em volta e colina abaixo, tinha-se a impressão de que um terremoto de grandes proporções teria feito abalar aquela fortaleza.- Continua na próxima edição.

 

'Fiquei a imaginar que tipo de civilização poderia

ter vivido naquelas paragens tão remotas'.

 

Continuei minha subida e no topo da pequena colina, também pétrea, encontrei algo de caráter excepcional. Em um determinado ponto, com paredes escarpadas em direção ao vale havia uma concavidade na rocha, como se ela tivesse sido escavada. Nesta pedra mais elevada havia uma espécie de nicho, ou altar, com algumas pequenas lajotas assentadas por uma espécie de argamassa. Elas cobriam parte do que seria um suporte ou piso e um pequeno revestimento em vertical, como se tivesse sido preparado há anos para que ali fosse colocada a representação de uma Divindade. Não era uma coisa recente, pois podia-se perceber o desgaste natural por toda a parte.

 

Depois de algum tempo no local alcancei o topo da colina. Uma nova surpresa aguardava-me. Havia ali diversas formações cravadas na rocha, como se fossem alicerces retilíneos, perfeitamente organizados, que corriam em diversas direções, semelhantes a suportes de paredes agora inexistentes. Isto também me causou-me grande estranheza e fiquei a imaginar que tipo de civilização poderia ter vivido naquelas paragens tão remotas. À volta, o vale que se apresentava era esplendoroso e em todas as direções se viam grandes extensões planas que se estendiam além.

 

Em outras localidades, próximo à montanha encontrei também pedras de formatos singulares, monólitos imensos sobre bases gigantescas e pedras em meio à floresta com marcas estranhas em seu dorso e formatos curiosos. Afora outros grandes maciços de pedra, alguns deles com signos estranhamente insculpidos, muitos outros acontecimentos estranhos ocorreram, mas não cabe aqui mencioná-los.

 

Voltei à região da Serra do Roncador por inúmeras vezes. Em 1.984 estive novamente com o monge Udo Oscar Luckner, quando confabulamos longamente a respeito de muitos temas insólitos, inclusive sobre as minhas descobertas próximo ao Monte Nobre. Ele disse-me: “Existem muito mais coisas naquela região que sua imaginação não é capaz nem de sonhar…”.

 

Depois só vim a retornar a Barra do Garças em 1.994, quando apenas tive alguns encontros com a família do falecido Hierofante. No ano de 1.999, em fevereiro e em julho, percorri algumas localidades próximas a esta cidade e também em março de 2.000, quando participei de um encontro místico ali durante o carnaval. Nestas três últimas viagens pude conhecer um pouco mais sobre aquela misteriosa montanha e a cada nova experiência, pude constatar que alguma coisa teria acontecido ali há muitos milênios. Que suas estruturas petrificadas, guardavam um grande segredo, ainda por ser revelado.

 

SERRA AZUL - Próximo a Barra do Garças, num local de esplêndida beleza conhecido como Serra Azul, existem matas naturais e diversas cachoeiras, vegetação variada e paredões maciços, que propiciam uma caminhada especialmente agradável. Passando por riachos de água cristalina e subindo por elevações inclinadas, juntamente com um acompanhante, cheguei a um local surpreendente. Além de suas cachoeiras, que correm por entre fortificações pétreas proeminentes, nos vimos diante de verdadeiros paredões de basalto negro, cobertos de vegetação, com toda sua imponência e mistérios insondáveis.

 

'São três esfinges alinhadas umas com as outras,

duas delas com fisionomias humanas ainda bem definidas

e a terceira, que se acha voltada para o vale'.

 

 

Quando subimos por suas encostas começamos a ver as formações rochosas com suas figuras antropomorfas e zoomorfas, como esfinges guardiãs, velando pelo segredo que ainda procuram esconder do vulgo. Próximo a estas paredes milenares, podem ser vistas três pedras, estranhamente “colocadas” em posição vertical e mais ou menos enfileiradas, como que demarcando um terreno específico ou algo de grande relevância. Para chegar até elas subimos por uma espécie de escadaria, desgastada pelo tempo, até uma “plataforma” onde estas se erguem imponentes. São três esfinges alinhadas umas com as outras, duas delas com fisionomias humanas ainda bem definidas (acima) e a terceira, que se acha voltada para o vale, diante de um imenso paredão de basalto, com a forma de um leão, em posição de ataque.

 

Pelo desgaste natural dos tempos nestas pedras milenares, depreende-se que se tratavam de monumentos esculpidos e que ali se encontravam com finalidades muito bem determinadas, como que sinalizando um novo mistério.

 

Quando delas nos aproximamos pudemos notar que se tratavam de construções e não de formações naturais, pois se encontram verticalmente assentadas, com suas formas ainda bem definidas e voltadas para um vale entre as paredes graníticas que ali podem ser encontradas. Suas posições parecem terem sido calculadas e determinadas segundo uma certa lógica.

 

 

 CONSTRUÇÕES - Neste mesmo local podem ser encontradas reminiscências de antigas construções e muitas outras pedras de formatos variados, algumas remontando a estruturas colossais e outras como se fossem esculturas desgastadas pelo tempo. Este pormenor pode ser notado na grande formação rochosa que mostra os diversos rostos esculpidos e enfileirados, à maneira de guardiões solitários na floresta (acima).

 

'Inúmeras formações monumentais, já desgastadas pelo tempo, existem nestas regiões do Roncador que, como cicatrizes,

se mostram abertamente a todos que delas se aproximam'.

 

 

MARCAS DE PÉS - Em um outro local, também próximo a Barra do Garças, na montanha que se encontra logo atrás da cidade, formando um gigantesco monumento pétreo, existe uma pequena gruta numa de suas encostas que apresenta uma abertura estreita, num ponto mais alto de seu pequeno vão aberto na rocha e que penetra pela montanha adentro, não se sabendo onde vai dar. Na sua parede, à esquerda de quem entra, existem várias marcas de pés humanos moldados  (acima), como se ela fosse, originalmente de barro, sendo que um deles possui seis dedos. Outras marcas de pés de 3, 4 e 5 dedos também podem ser vistas, uma ao lado da outra, além de pequenas e médias depressões circulares “moldadas” de forma organizada.

 

Muitos outros símbolos podem ser encontrados gravados neste local, alguns deles assemelhando-se a letras de alfabetos conhecidos.

 

Outros não podem ser identificados, mas alguns fazem lembrar signos ocultos do antigo alfabeto Adâmico ou Vatan. Trata-se de um conjunto até mesmo bizarro, por misturar marcas de pés humanos e de animais, signos de caráter muito estranho, letras esparsas e pontos capsulares, não nos permitindo tirar nenhuma conclusão sobre a razão de estarem ali. Originalmente esta gruta recebeu o nome de “Caverna dos Perdidos”.

 

IMPÉRIO - Há cerca de 70 km de Barra do Garças, numa localidade denominada Vale dos Sonhos, seguindo em direção norte, vamos encontrar um esplendoroso maciço pétreo, de formato belíssimo e estranheza monumental, que faz parte do complexo do Roncador (imagem exposta na página inicial). Sua beleza e magnitude ultrapassam o sentido da lógica e chegamos a imaginar que representa, em realidade, um conjunto de ruínas de um antigo castelo, pertencente a um império gigantesco, há milênios desaparecido. Por razões que fogem ao nosso conhecimento ou em decorrência das grandes modificações que ocorreram no passado da Terra, esse grande império teria sucumbido completamente, deixando apenas ruínas extravagantes de suas antigas fortalezas.

 

Inúmeras formações monumentais, já desgastadas pelo tempo, existem nestas regiões do Roncador que, como cicatrizes, se mostram abertamente a todos que delas se aproximam. Clamam silenciosas, mas com evidência pétrea, que a humanidade já teria vivido um passado glorioso, mostrando aos homens demasiadamente descrentes e materialistas deste nosso tempo, suas notáveis evidências. De fato, a região Amazônica parece ter sido já palco de fantásticos acontecimentos numa época muito remota e possui provas significativas disto. Porém, nossa mente, intelectualizada em demasia e somente voltada para as realidades cotidianas, não é capaz de assimilar tal possibilidade. Tudo isto sem falar do que vem sendo ocultado ao conhecimento do vulgo.

 

VALE DOS SONHOS - Esta região denominada Vale dos Sonhos é lindíssima e cercada por extensos planaltos que se perdem diante dos olhos, até o horizonte, além dos maciços pétreos com seus recortes inusitados. Próximo a esta localidade, numa fazenda no alto da serra e a cerca de 80 km dali, existe uma espécie de furna, curiosamente recortada no meio da mata. Próximo a ela encontram-se outras formações rochosas extravagantes, mas o que mais chama a atenção nesta lapa, é que ela possui janelas e janelões em diversas partes, que levam ao seu interior e onde se podem ver salas formando confortáveis abrigos.

 

'Talvez quisessem transmitir os mesmos conhecimentos

sobre um passado longínquo que teria sido comum a estes

povos e que agora se encontravam dispersos sobre o globo'.

 

Em todas as suas divisões encontramos inscrições rupestres de estilos variados e curiosos, alguns insculpidos na rocha e outros pintados (acima).

É, de certa forma, estranho, pensar que no alto da serra existem vastas extensões de terra com grandes fazendas, cachoeiras lindíssimas e nascentes de água cristalina.

 

Foi numa destas fazendas que soubemos da existência desta furna e seus desenhos de origem desconhecida. Fomos até lá e não houve nenhuma restrição do proprietário e sua esposa em nos mostrar o local.

 

 

BARRA DO GARÇAS - Retornando a Barra do Garças, não poderia deixar de mencionar o mais enigmático dos monumentos pétreos que ali existem à disposição dos estudiosos. Atualmente ele se acha numa pequena praça próximo ao Rio Araguaia, mas já esteve exposto em outros lugares da cidade.

Trata-se de uma pedra de grandes proporções que se assemelha a um crânio humano (acima)  e numa de suas faces estão gravadas as letras S. S. Arraya e a data de 1.871.

Segundo informam, este registro foi feito por um garimpeiro, pioneiro de Barra do Garças e tem valor histórico para o município. Mas, o que mais de impressionante ela possui são os seus inúmeros outros caracteres, gravados em baixo relevo em duas de suas faces e no seu ponto mais alto.

 

Em sua maioria são compostos de símbolos circulares, diversos discos concêntricos e ranhuras que esboçam uma espécie de grafia indefinida. Possui também círculos de formatos menores, alguns deles com um ponto no centro, outros com uma linha, dividindo-o em duas metades ou com uma cruz. Esta simbologia pode ser encontrada em muitas outras regiões brasileiras e parece tratar-se de uma linguagem própria ou representativa de signos ocultos, uma vez que também podem ser observadas em diversas outras localidades da Terra. É de se estranhar que, tendo sido elaboradas por povos diferentes, em regiões as mais distantes, sejam estas figuras tão semelhantes entre si, como se quisessem expressar as mesmas idéias, os mesmos temores e anseios. Talvez quisessem transmitir os mesmos conhecimentos sobre um passado longínquo que teria sido comum a estes povos e que agora se encontravam dispersos sobre o globo terrestre.

 

Face à complexidade destas insculturas  na pedra disforme, às margens do Rio Araguaia, além dos muitos outros mistérios que cercam este solo milenar, diríamos que tudo isto não apenas pequenas mostras de algo muito maior que aquela região no planalto central brasileiro tem a revelar. Segundo o próprio Hierofante, esta magnífica região teria muitos mistérios a serem desvelados, sobre seu passado desconhecido, ocultos em sua aparência agreste e que a humanidade haveria de considerá-la, no futuro, como um grande portal que daria passagem a um Novo Tempo de evolução para uma outra civilização, cujos princípios não mais se inspirassem nas contentas que marcaram nossa raça atual.

 

* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e  realizado incursões em diversas regiões do Brasil  com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.

E-mail: jafonseca1@hotmail.com.

 

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