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AMAZING TV "O seu mundo sem fronteiras"
AMZ apresenta: Série: Grandes Nomes da Televisão
COSTINHA
Prólogo
Lírio Mário da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de março de 1923 e faleceu também no Rio de Janeiro, em 15 de setembro de 1995. É conhecido como Costinha. Ele foi um famoso humorista e ator brasileiro.
Biografia
Nascido no bairro de Vila Isabel, na cidade do Rio de Janeiro, capital federal na época, Costinha vem de família de cunho artístico: seu pai foi palhaço de circo, era chamado Bocó. Costinha conheceu seu pai, somente depois de adulto, quando ele estava em um asilo.
A infância circense iria influenciar a trajetória do humorista de forma definitiva. Porém, a situação estável da família muda quando ele completa treze anos, porque seu pai e grande ídolo abandona a família. Na época, ainda menino, Costinha tem de deixar a vocação artística e trabalhar em outras áreas. Foi, dentre outras profissões, contínuo, garçom de botequim, engraxate e apontador de jogo do bicho.
Esse convívio ao lado de tipos urbanos e, muitas vezes, marginais do Rio dos anos 1940, seria muito importante nos personagens feitos pelo humorista posteriormente.
Em 1942, emprega-se como faxineiro da Rádio Tamoio. Pelo novo veículo ganha sua grande chance, sendo radioator em importantes programas da época como Cadeira de Barbeiro, Recruta 23 e mesmo na primeira versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo.
Fez parte do elenco de grandes emissoras como a Record e também a Mayrink Veiga. Foi ainda cômico no Teatro de Revista, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.
Em seguida, se tornaria um astro nacional pelas piadas obscenas e pelas famosas imitações de "bichinha".
Costinha fez diversas propagandas, incluindo as das Loterias do Rio de Janeiro (onde chegou a ser dirigido pelo cineasta Cacá Diegues). Lançou a série de discos de humor nos anos 1970 e 80 "O Peru da Festa" e "As Proibidas do Costinha", pelo selo CID.
No cinema, sua participação foi intensa desde os anos 1950. Sua primeira participação foi em "Anjo do Lodo" de Luiz de Barros. O filme foi a segunda adaptação do livro Lucíola de José de Alencar às telas.
Voltaria às ordens de Lulu de Barros em "O Rei do Samba", biografia do lendário sambista Sinhô.
Desempenhou papéis secundários e pontas das chanchadas com atores como Wilson Grey, Wilson Vianna e tantos outros daquela geração. A produtora dominante da época, a Atlântida, tinha astros cômicos como Oscarito e diretores como Carlos Manga. Já a secundária mas não menos importante, Herbert Richers, apostava em outros nomes da época, como Ankito e em realizadores como Victor Lima e J.B. Tanko.
Costinha logo é chamado para desempenhar papéis secundários. Às vezes conseguia ser bandido ("De Pernas pro Ar"), um aspone do Carlos Imperial ("Garota Enxuta") ou mesmo um fotógrafo de jornal ("É de Chuá"). Outros filmes do período na época são feitos ao lado de Zé Trindade.
Com a chegada de movimentos cinematográficos mais ambiciosos e pretensamente intelectuais de Gláuber e seus pares, o espaço de comediantes oriundos da chanchada foi a televisão.
Nos anos 1960, pouquíssimas comédias ou filmes populares foram feitos no Brasil comparados com a década anterior. Uma exceção é um ciclo de fitas policiais e nazi-exploitation (Os Carrascos Estão Entre Nós). Porém, nomes como Oscarito, Grande Otelo, Ankito se viram mais sem o meio cinematográfico e sem o estrelato de antes. No caso de Costinha, seu início na televisão ocorreu por meio da TV Excelsior.
Os anos 70 trazem os velhos comediantes de volta às telas. O cinema volta a ser popular. Seja em filmes urbanos (Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva), homenagens à chanchada (Salário Mínimo), filmes de juventude (Amor em Quatro Tempos) ou mesmo em pornochanchadas (Histórias Que As Nossas Babás Não Contavam).
Outra coisa típica da década foram as paródias em que ele desempenhou o personagem principal em diversos filmes. Isso ocorre em fitas como O Libertino, O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras, Costinha, o Rei das Selvas, Costinha e o King Mong, As Aventuras de Robinson Crusoé… neste último, faz par com Grande Otelo, com direção de Mozael Silveira.
Atuou em diversas peças de teatro e programas de tv, como: Apertura (Rede Tupi), Aperte o Cinto e Domingo de Graça (Rede Manchete), "Costinha em 3 atos e 1/2" (SBT), Planeta dos Homens, Os Trapalhões e Chico Anysio Show (Rede Globo).
Gravou vários discos de piadas, incluindo os da série "O Peru da Festa". Trata-se de uma série de cinco LPs, pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja "Proibida a execução pública e a venda para menores de 21 anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas.
No primeiro volume, Costinha parecia estar nu, com uma mesa tapando suas partes íntimas e um peru assado sendo servido sobre ela. Seu último papel foi como "Seu Mazarito" (homenagem a Mazzaropi e Oscarito) na Escolinha do Professor Raimundo, em 1990 até 1995.
Morte
Em 4 de setembro de 1995, Costinha deu entrada no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, com falta de ar, falecendo no dia 15 do mesmo mês aos 72 anos, de enfisema pulmonar. Foi enterrado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.
Foi casado com Irany Pereira da Costa, com quem teve quatro filhos biológicos e adotou outros três: Vitor Alexandre, Amor Carla e Fernanda Lara.
Filmografia / Televisão
Ano Título
Personagem
Emissora 1980 Apertura V Tupi 1981 Planeta dos Homens Frei Paulino Rede Globo 1982 Costinha em 3 Atos e 1/2 Vários Personagens SBT 1983 A Festa É Nossa Senhor na Festa Rede Globo
1986 Aperte o Cinto Vários Personagens Rede Manchete 1987 Domingo de Graça Seu Palitinho, entre outros 1988 Praça Brasil Rede Bandeirantes 1989 Só Riso na Praça Vários Personagens A Praça é Nossa SBT 1990-1995 Escolinha do Professor Raimundo Seu Mazarito Globo
1991-1995 Os Trapalhões Vários Personagens
Globo Cinema
Ano Título Personagem 1949 Anjo do Lodo Maneco, efeminado que serve no bar 1950 Aguenta Firme, Isidoro 1952 O Rei do Samba 1954 Carnaval em Caxias Marujo por Acaso — O Rei do Movimento Hilário, o maluco da espingarda 1955 Angu de Caroço Mãos Sangrentas O Diamante
1956 Com Água na Boca Bonifácio Sai de Baixo 1957 Canjerê Com Jeito Vai Cabo Tripa Sherlock de Araque Deodato De Pernas pro Ar Mindinho
1958 É de Chuá! Investigador E o Bicho não Deu Frederico Minha Sogra é da Polícia Evaristo 1959 Entrei de gaiato Bolota (Abdias Carneiro) Massagista de Madame Faísca 1960 Viúvo Alegre Anastacius 1961 O Dono da Bola Arquibaldo
1966 007 1/2 no Carnaval Zé Cutia Nudista à Força 1967 Carnaval Barra Limpa 00 Chico 1968 As Três Mulheres de Casanova Mensageiro Aventuras de Chico Valente Cangaceiro 1969 Golias contra o Homem das Bolinhas Dentista 1970 Amor em Quatro Tempos — Salário Mínimo Juiz
1971 Cômicos e Mais Cômicos Ele mesmo Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva Jasmin Jesus Cristo Eu Estou Aqui Padre Pedro Tô na Tua, Ô Bicho Mocotó 1973 O Libertino Comendador Emanoel 1976 Costinha o Rei da Selva Costinha, Rei da Selva 1977 Costinha e o King Mong
1978 O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros contra as Panteras Coelho 1979 Histórias Que Nossas Babás não Contavam Caçador As Aventuras de Robinson Crusoé Robinson Crusoé 1991 Inspetor Faustão e o Mallandro Superintendente 1995 O Mandarim
Discografia
Costinha lançou ao todo seis LPs de piadas.
Costinha (anedotas) 1971 - Continental O Peru da Festa 1 (CID) 1981 O Peru da Festa 2 (CID) 1982 O Peru da Festa 3 (CID) 1983 As Proibidas do Costinha 1 1988 Mazarito da Escolinha 1991 Série "O Peru da Festa"
O Peru da Festa é uma série de 5 LPs de piadas gravadas pelo humorista brasileiro Costinha e lançados pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja "Proibida a execução pública e a venda para menores de 21 anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas.
A piada contada na faixa 9 do vol. 2 (chamada "A Maria e o Português") foi usada pelos Mamonas Assassinas quando da composição da faixa Vira-Vira.
- Pesquisa, seleção, montagem de fotos e complemento de textos: João Gonçallves.
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