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Inteligência Artificial:

 

 

Ganhadores do Nobel:

A ameaça de IA sem controle

Para cientistas, a tecnologia pode levar a limites indesejáveis, colocando em questão a capacidade humana de controle.*

 

Apesar do reconhecimento, Hinton tem se tornado cada vez mais cauteloso sobre o futuro da IA.

 

A dupla vencedora do Nobel de Física de 2024 tem algo em comum: ambos os cientistas temem os perigos do desenvolvimento sem controle da Inteligência Artificial (IA). O estadunidense John Hopfield é pioneiro no campo da IA e recentemente expressou preocupação sobre a falta de conhecimento sobre a operação de sistemas modernos de IA.

 

Em um vídeo gravado da Grã-Bretanha para uma reunião na Universidade de Nova Jersey, o pesquisador de 91 anos comparou os avanços em IA a outras tecnologias poderosas que ele testemunhou em sua vida, como engenharia biológica e física nuclear. Em ambas, ele observou, foi provado que elas podem ter tanto efeitos benéficos quanto devastadores.

 

“Como físico, estou muito preocupado com algo que não é controlado, algo que não entendo o suficiente para saber quais limites podem ser impostos a essa tecnologia”, declarou ao site Pressenza. De acordo com ele, os cientistas ainda não entendem completamente como os mecanismos da IA funcionam internamente. Essa falta de entendimento colocaria em questão a capacidade da humanidade de controlar os limites da IA ​​e garantir que seus usos sejam éticos e seguros.

 

Cautela

 

Co-ganhador do Nobel de Física ao lado de Hopfield, o canadense Geoffrey E. Hinton é conhecido como o “Padrinho da IA ”, devido ao seu trabalho revolucionário em redes neurais artificiais, uma tecnologia fundamental que sustenta a inteligência artificial moderna.

 

Apesar do reconhecimento, Hinton tem se tornado cada vez mais cauteloso sobre o futuro da IA. Em 2023, ele deixou seu papel na unidade DeepMind do Google para falar mais livremente sobre os perigos potenciais representados pelo desenvolvimento descontrolado da IA.

 

Ele alertou que os rápidos avanços na IA podem levar a consequências não intencionais e prejudiciais, incluindo desinformação, deslocamento de empregos e até mesmo ameaças existenciais — incluindo a extinção humana, ou o chamado “risco x”. Ele expressou preocupação de que a própria tecnologia que ajudou a criar pode, eventualmente, superar a inteligência humana de maneiras imprevisíveis, um cenário que ele considera particularmente preocupante.

 

* Informações de proximonivel.embratel.

   17/11/2924

 

- Imagem: Divulgação.

 

- Produção: Pepe Chaves

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