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Mistério Cósmico:

Por que o Universo existe?

Cientistas brasileiros investigam um dos maiores enigmas da Física. Aqui está o grande mistério: se o Big Bang criou a mesma quantidade de matéria e antimatéria, elas deveriam ter se destruído mutuamente.

  

Por José Ildefonso*

De Taubaté-SP

Para Via Fanzine

28/06/2025

 

O alvo do estudo é uma partícula chamada múon (lê-se miúon), que você pode imaginar como um “primo mais pesado” do elétron.

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Imagine que você está assistindo ao maior show de fogos de artifício do universo: o Big Bang, a explosão que deu origem a tudo o que existe. De acordo com as leis da física, essa explosão deveria ter criado quantidades exatamente iguais de duas coisas opostas:

 

1- Matéria – o que forma tudo ao nosso redor: estrelas, planetas, você e eu.

 

2 - Antimatéria – uma espécie de “gêmea espelhada” da matéria. Mas com um detalhe explosivo: quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam, virando pura energia!

 

Aqui está o grande mistério: se o Big Bang criou a mesma quantidade de matéria e antimatéria, elas deveriam ter se destruído mutuamente. Nada deveria ter sobrado! Mas sobrou – e foi justamente a matéria que ficou. Graças a isso, existem galáxias, a Terra e nós.

 

Onde foi parar a antimatéria?

 

Por que a matéria venceu essa batalha cósmica?

 

Essa é uma das perguntas mais profundas e ainda sem resposta da ciência.

 

Cientistas da Unicamp entram em cena

 

Uma equipe internacional de físicos, com liderança brasileira da professora Patrícia Camargo Magalhães, do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, em Campinas (SP), está tentando resolver esse enigma. Eles participam de um projeto ambicioso chamado Muon g-2, que ocorre principalmente no Instituto Paul Scherrer, na Suíça.

 

O plano: Espionar partículas “exóticas”

 

O alvo do estudo é uma partícula chamada múon (lê-se miúon), que você pode imaginar como um “primo mais pesado” do elétron.

 

O que interessa aqui é uma propriedade quântica do múon chamada momento magnético – ou seja, como ele se comporta como um mini-ímã ao ser colocado num campo magnético.

 

A ideia é a seguinte:

 

 

1 - Medir com precisão extrema o momento magnético do múon.

 

2 - Fazer a mesma medição com o antimúon (a antipartícula do múon).

 

3 - Comparar os dois resultados com as previsões do Modelo Padrão – a teoria mais aceita da física de partículas.

 

Por que isso é importante?

 

Se houver uma pequena diferença, mesmo minúscula, entre o comportamento do múon e do antimúon – algo que o Modelo Padrão não consegue prever –, isso pode ser a pista que faltava!

 

Essa diferença seria uma violação de uma simetria fundamental chamada CP (Carga-Paridade). E é justamente esse tipo de violação que pode explicar por que, logo após o Big Bang, sobrou um pouquinho mais de matéria do que de antimatéria.

 

Foi esse “pouquinho” que deu origem a tudo que existe hoje.

 

Como vão descobrir isso?

 

Os cientistas vão acelerar múons e antimúons e fazê-los circular num anel gigante de armazenamento, dentro de um vácuo quase perfeito (como o do espaço sideral). Sensores ultrassensíveis vão monitorar como essas partículas “dançam” ao se mover em um campo magnético superforte.

 

Qualquer pequeno desvio nessa dança pode revelar interações misteriosas com partículas ou forças ainda desconhecidas!

 

Brasil na Vanguarda da Ciência Mundial

 

O grupo da Unicamp é peça-chave nessa pesquisa de ponta, atuando em parceria com cientistas da Suíça, Alemanha, Japão e Estados Unidos.

 

A participação brasileira conta com apoio de instituições como a FAPESP e o CNPq, mostrando que o Brasil também está na linha de frente da ciência global.

 

Por que você deveria se importar?

 

Entender por que o universo é feito de matéria — e não virou pura energia — é, no fundo, entender por que nós existimos.

 

Essa pesquisa pode não apenas solucionar um dos maiores mistérios da física, mas também abrir caminho para uma nova física, revelando aspectos do cosmos que ainda estão escondidos.

 

É a ciência brasileira ajudando a revelar as origens de tudo!

 

* José Ildefonso é articulista, cronista e colaborador de Via Fanzine.

 

- Imagem: Criação do autor, utilizando IA.

 

- Fonte: Adaptado da notícia do Jornal da Unicamp (27/06/2025), Projeto investigará assimetria entre matéria e antimatéria.

 

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- Produção: Pepe Chaves

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