Arqueologia Mística: Os mistérios milenares do Roncador 'As coisas existentes neste grande mundo do roncador são sabedorias estranhasaté mesmo para os vossos sábios… tiraste de mim muita coisa que não queroque seja divulgada’, disse o decano ao mestre Luckner,no país do grande sol central.Por J. A. FONSECA*
É uma imensidão solitária e misteriosa no centro da América do Sul, à altura do paralelo 15, que tem atraído a atenção de muitas pessoas pelo seu aspecto místico, mistérios e lendas que a cercam, seus monólitos gigantescos e suas inscrições rupestres de caráter desconhecido.
Foi por muitos anos “habitat” do Coronel inglês Percy H. Fawcett, que ficou mundialmente famoso quando desapareceu em suas cercanias, em condições inexplicáveis, quando fazia explorações sobre ruínas que acreditava, estivessem relacionadas ao continente desaparecido da Atlântida. Neste sentido foi também explorada pelo Monge Udo Oscar Luckner, de nacionalidade sueca e adepto da Confraria de IBEZ, conhecido como Hierofante do Roncador, que em suas faldas fundou o Monastério Teúrgico, como portador da transcendental mensagem cíclica de um novo tempo para toda a humanidade terrestre.
BIOBELEZA - A região da Serra do Roncador apresenta, sem dúvida, paisagens de grande beleza e até mesmo aos mais desatentos vem atraindo por suas variedades, fauna e flora diversificada, cachoeiras de águas límpidas, trilhas e cavernas, muitas delas ainda inexploradas. Além disto existem notícias de aparecimento de OVNIS, os famosos “discos voadores”, com grande freqüência, há relatos sobre fatos estranhos em suas proximidades, estranhas marcas nas pedras, contrafortes rochosos imponentes, assemelhando-se a construções megalíticas em ruínas, sem mencionar o grande poder magnético que exerce sobre as pessoas.
As estranhas formações rochosas que esta Serra apresenta em muitos pontos ao longo de sua extensão, é acentuada por seus paredões proemimentes que se estendem em meio à selva indevassável, como uma grande cicatriz no dorso do Continente Sul-americano. São verdadeiras muralhas de basalto negro com sua vegetação abundante, ora como se fossem esculturas ciclópicas de um tempo perdido na história, ora como formações naturais de rara beleza.
'Acampamos numa região próxima a Araguaiana, numa fazenda que era de propriedade do Senhor Udo Oscar Luckner, um monge que ali habitava e que havia fundado uma escola espiritualista chamada de Monastério Teúrgico do Roncador'
O que restou de tudo isto é que no decorrer dos anos sua figura se tornou lendária e as dúvidas a respeito de suas idéias e de suas buscas continuam atraindo a atenção de muitos estudiosos, esoteristas e curiosos.
‘SEMI-VELADA’ - Podemos afirmar, entretanto, que esta região magnífica localizada no planalto central do Brasil tem, de fato, muitos mistérios a serem desvelados. Muitos deles, bem sabemos, jamais serão levados ao conhecimento do público, por imposição da própria Lei que a tudo rege. Outros, porém, por apresentarem apenas alguns aspectos de sua mais íntima verdade, poderão ser trazidos à luz e mostrados ainda que de forma “semi-velada”. Este artigo pretende desvelar alguns destes pormenores e evidenciar que algo de real significância teria ocorrido nesta região exuberante e ao mesmo tempo carregada de misticismo.
'Subindo pela trilha íngreme, encontrei um testemunho inabalável, do que já vinha suspeitando: de que tudo aquilo se tratava de uma grande fortaleza'
O HIEROFANTE - Foi então que ocorreram minhas primeiras experiências na Serra do Roncador. Durante uma semana diversos acontecimentos não muito comuns surpreenderam-me, criando, a partir de então, uma espécie de ligação muito profunda com aquela região do Brasil. Depois disto já retornei por aquelas paragens por quase uma dezena de vezes e a cada ida, novas descobertas causam-me mais perplexidade. Na época em que fiz minha primeira incursão pela região do Roncador, percebi que se tratava de um lugar diferente. Com menos percepção do que tenho hoje, deixei de registrar aspectos importantes que demonstravam a antigüidade de nossa terra. Vi marcas que pretendiam relatar uma história antiga, muito anterior, até mesmo, ao tempo considerado pela história oficial para o início da vida humana na Terra.
É provável que hoje eu tivesse minha atenção voltada para outros detalhes importantes se retornasse a este local específico, porém mesmo com a pouca experiência da época pude perceber alguns aspectos que julgo sejam de grande relevância para o estudo de nosso passado. Como já disse acampamos próximo a um local que o Hierofante chamou de Monte Nobre, no interior de uma propriedade sua, próximo a Barra do Garças. Logo de início pude perceber que se tratava de uma região riquíssima em evidências não muito comuns. O local era muito ermo, mas deixava ver marcas indeléveis, algumas delas bem caracterizadas, que insinuavam pertencerem a restos de construções muito antigas.
PEDRAS ASSENTADAS - Numa escalada que fizemos (eu e um amigo) por detrás do caminho natural que levava ao cume do monte, fomos surpreendidos por pedras enormes roladas montanha abaixo por uma força descomunal. Em determinado ponto havia uma espécie de “parede” monstruosa, parcialmente soterrada e os blocos de pedra que a formavam possuíam dimensões gigantescas. Subindo pela trilha íngreme, encontrei um testemunho inabalável, do que já vinha suspeitando: de que tudo aquilo se tratava de uma grande fortaleza.
Os dois grandes blocos de pedra estavam separados por uma espécie de rachadura que se estendia além, destacando os “encaixes”. Pela quantidade de pedras que se viam em volta e colina abaixo, tinha-se a impressão de que um terremoto de grandes proporções teria feito abalar aquela fortaleza.- Continua na próxima edição.
'Fiquei a imaginar que tipo de civilização poderia ter vivido naquelas paragens tão remotas'
Continuei minha subida e no topo da pequena colina, também pétrea, encontrei algo de caráter excepcional. Em um determinado ponto, com paredes escarpadas em direção ao vale havia uma concavidade na rocha, como se ela tivesse sido escavada. Nesta pedra mais elevada havia uma espécie de nicho, ou altar, com algumas pequenas lajotas assentadas por uma espécie de argamassa. Elas cobriam parte do que seria um suporte ou piso e um pequeno revestimento em vertical, como se tivesse sido preparado há anos para que ali fosse colocada a representação de uma Divindade. Não era uma coisa recente, pois podia-se perceber o desgaste natural por toda a parte.
Depois de algum tempo no local alcancei o topo da colina. Uma nova surpresa aguardava-me. Havia ali diversas formações cravadas na rocha, como se fossem alicerces retilíneos, perfeitamente organizados, que corriam em diversas direções, semelhantes a suportes de paredes agora inexistentes. Isto também me causou-me grande estranheza e fiquei a imaginar que tipo de civilização poderia ter vivido naquelas paragens tão remotas. À volta, o vale que se apresentava era esplendoroso e em todas as direções se viam grandes extensões planas que se estendiam além.
Em outras localidades, próximo à montanha encontrei também pedras de formatos singulares, monólitos imensos sobre bases gigantescas e pedras em meio à floresta com marcas estranhas em seu dorso e formatos curiosos. Afora outros grandes maciços de pedra, alguns deles com signos estranhamente insculpidos, muitos outros acontecimentos estranhos ocorreram, mas não cabe aqui mencioná-los.
Voltei à região da Serra do Roncador por inúmeras vezes. Em 1.984 estive novamente com o monge Udo Oscar Luckner, quando confabulamos longamente a respeito de muitos temas insólitos, inclusive sobre as minhas descobertas próximo ao Monte Nobre. Ele disse-me: “Existem muito mais coisas naquela região que sua imaginação não é capaz nem de sonhar…”.
Depois só vim a retornar a Barra do Garças em 1.994, quando apenas tive alguns encontros com a família do falecido Hierofante. No ano de 1.999, em fevereiro e em julho, percorri algumas localidades próximas a esta cidade e também em março de 2.000, quando participei de um encontro místico ali durante o carnaval. Nestas três últimas viagens pude conhecer um pouco mais sobre aquela misteriosa montanha e a cada nova experiência, pude constatar que alguma coisa teria acontecido ali há muitos milênios. Que suas estruturas petrificadas, guardavam um grande segredo, ainda por ser revelado.
SERRA AZUL - Próximo a Barra do Garças, num local de esplêndida beleza conhecido como Serra Azul, existem matas naturais e diversas cachoeiras, vegetação variada e paredões maciços, que propiciam uma caminhada especialmente agradável. Passando por riachos de água cristalina e subindo por elevações inclinadas, juntamente com um acompanhante, cheguei a um local surpreendente. Além de suas cachoeiras, que correm por entre fortificações pétreas proeminentes, nos vimos diante de verdadeiros paredões de basalto negro, cobertos de vegetação, com toda sua imponência e mistérios insondáveis.
'São três esfinges alinhadas umas com as outras, duas delas com fisionomias humanas ainda bem definidas e a terceira, que se acha voltada para o vale'
Quando delas nos aproximamos pudemos notar que se tratavam de construções e não de formações naturais, pois se encontram verticalmente assentadas, com suas formas ainda bem definidas e voltadas para um vale entre as paredes graníticas que ali podem ser encontradas. Suas posições parecem terem sido calculadas e determinadas segundo uma certa lógica.
IMPÉRIO - Há cerca de 70 km de Barra do Garças, numa localidade denominada Vale dos Sonhos, seguindo em direção norte, vamos encontrar um esplendoroso maciço pétreo, de formato belíssimo e estranheza monumental, que faz parte do complexo do Roncador (imagem exposta na página inicial). Sua beleza e magnitude ultrapassam o sentido da lógica e chegamos a imaginar que representa, em realidade, um conjunto de ruínas de um antigo castelo, pertencente a um império gigantesco, há milênios desaparecido. Por razões que fogem ao nosso conhecimento ou em decorrência das grandes modificações que ocorreram no passado da Terra, esse grande império teria sucumbido completamente, deixando apenas ruínas extravagantes de suas antigas fortalezas.
Inúmeras formações monumentais, já desgastadas pelo tempo, existem nestas regiões do Roncador que, como cicatrizes, se mostram abertamente a todos que delas se aproximam. Clamam silenciosas, mas com evidência pétrea, que a humanidade já teria vivido um passado glorioso, mostrando aos homens demasiadamente descrentes e materialistas deste nosso tempo, suas notáveis evidências. De fato, a região Amazônica parece ter sido já palco de fantásticos acontecimentos numa época muito remota e possui provas significativas disto. Porém, nossa mente, intelectualizada em demasia e somente voltada para as realidades cotidianas, não é capaz de assimilar tal possibilidade. Tudo isto sem falar do que vem sendo ocultado ao conhecimento do vulgo.
VALE DOS SONHOS - Esta região denominada Vale dos Sonhos é lindíssima e cercada por extensos planaltos que se perdem diante dos olhos, até o horizonte, além dos maciços pétreos com seus recortes inusitados. Próximo a esta localidade, numa fazenda no alto da serra e a cerca de 80 km dali, existe uma espécie de furna, curiosamente recortada no meio da mata. Próximo a ela encontram-se outras formações rochosas extravagantes, mas o que mais chama a atenção nesta lapa, é que ela possui janelas e janelões em diversas partes, que levam ao seu interior e onde se podem ver salas formando confortáveis abrigos.
Foi numa destas fazendas que soubemos da existência desta furna e seus desenhos de origem desconhecida. Fomos até lá e não houve nenhuma restrição do proprietário e sua esposa em nos mostrar o local.
Em sua maioria são compostos de símbolos circulares, diversos discos concêntricos e ranhuras que esboçam uma espécie de grafia indefinida. Possui também círculos de formatos menores, alguns deles com um ponto no centro, outros com uma linha, dividindo-o em duas metades ou com uma cruz. Esta simbologia pode ser encontrada em muitas outras regiões brasileiras e parece tratar-se de uma linguagem própria ou representativa de signos ocultos, uma vez que também podem ser observadas em diversas outras localidades da Terra. É de se estranhar que, tendo sido elaboradas por povos diferentes, em regiões as mais distantes, sejam estas figuras tão semelhantes entre si, como se quisessem expressar as mesmas idéias, os mesmos temores e anseios. Talvez quisessem transmitir os mesmos conhecimentos sobre um passado longínquo que teria sido comum a estes povos e que agora se encontravam dispersos sobre o globo terrestre.
Face à complexidade destas insculturas na pedra disforme, às margens do Rio Araguaia, além dos muitos outros mistérios que cercam este solo milenar, diríamos que tudo isto não apenas pequenas mostras de algo muito maior que aquela região no planalto central brasileiro tem a revelar. Segundo o próprio Hierofante, esta magnífica região teria muitos mistérios a serem desvelados, sobre seu passado desconhecido, ocultos em sua aparência agreste e que a humanidade haveria de considerá-la, no futuro, como um grande portal que daria passagem a um Novo Tempo de evolução para uma outra civilização, cujos princípios não mais se inspirassem nas contentas que marcaram nossa raça atual.
* J.A.Fonseca é economista, aposentado, escritor, conferencista, estudioso de filosofia esotérica e pesquisador arqueológico, já tendo visitado diversas regiões do Brasil. É presidente da associação Fraternidade Teúrgica do Sol em Barra do Garças–MT, articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. - Fotos: Todas por J. A. Fonseca. - Produção: Pepe Chaves.
Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.
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