A sua plataforma de embarque para a Astronáutica, Astrofísica e Astronomia  - Com a qualidade jornalística  Via Fanzine

 

 

 Sistema Solar

 

Sucesso da missão:

Sonda Dawn da Nasa atinge órbita de Vesta

Cientistas comemoram o sucesso da missão lançada em 2007 pela Nasa e seus parceiros.

                                              

Por Pepe Chaves*

Para Astrovia

18/07/2011

 

O asteroide Vesta, focado pela câmera da sonda Dawn.

 LEIA TAMBÉM:

   Nasa divulga imagem completa do asteroide Vesta

   Nasa comemora sucesso da sonda Messenger

   Messenger: descoberta água em Mercúrio

   Sonda japonesa Kaguya obtém sucesso na Lua

   Cápsula retorna após visita histórica a um asteroide 

   Messenger é lançado: mensageiro segue para Mercúrio

   Vídeo - Messenger: informações (em inglês)+animação da Nasa

   Satélite GOCE é acionado com sucesso

   Matérias sobre outras sondas espaciais

 

A sonda espacial Dawn (Aurora) da Nasa atingiu a órbita do asteroide Vesta. A nave não tripulada e teleguiada viajou durante quatro anos, até que na manhã do sábado, 16/07, entrou na órbita de Vesta, um dos maiores asteroides do sistema solar.

 

A Nasa comemorou o feito e divulgou imagens do bólido errante [veja acima], tomadas a uma distância estimada em 41 mil quilômetros da superfície de Vesta. Os responsáveis ​​pela missão estima que a Dawn foi capturada pela órbita de Vesta às 05h00 GMT de sábado. No domingo, a informação foi confirmada num comunicado da agência espacial dos EUA.

 

Preparação para abordagem

 

Em maio de 2011, a sonda saiu de um período de hibernação induzida por cerca de seis meses e ativou seus motores iônicos. As câmeras de enquadramento a bordo da Dawn foram então reativadas pela Nasa e arriscaram um tímido olhar para as estrelas.

 

Cerca de um mês antes, a nave espacial ainda se encontrava a uma considerável distância do alvo, quando ligou o seu espectrômetro para mapeamento visível e infravermelho. O instrumento é especializado na investigação de mineralogia da superfície. Também foram ativados os raios gama do seu detector de nêutrons, que detectam composições elementares. A reativação prepara os instrumentos para a abordagem em maio e chegada  da Vesta,  em julho, ao primeiro alvo do cinturão de asteróides.

 

As atividades da câmara de enquadramento são coordenadas por cientistas do Instituto Max Planck para Investigação do Sistema Solar, situado em Katlenburg-Lindau, na Alemanha. "O sistema de câmara está funcionando com perfeição. O funcionamento a seco foi sucesso completo", disse Andreas Nathues, investigador chefe do instituto.

 

A equipe internacional de cientistas e engenheiros do projeto Dawn na Alemanha e nos Estados Unidos testou todo o sistema de câmera, confirmando a excelente saúde dos componentes mecânicos e elétricos, além da atualização do software.

 

Chegada em Vesta

 

A sonda Dawn se encontra a cerca de 16 mil quilômetros acima da superfície de Vesta e 188 milhões de quilômetros distante da Terra. "Demorou quase quatro anos desde o lançamento da Dawn, para que ela pudesse atingir esse objetivo", disse Robert Mase, chefe da missão que custou US$ 466 milhões, executada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory-JPL), da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.

 

De acordo com uma nota da Nasa, "Nossos últimos testes e verificações mostraram que Dawn se dirigiu diretamente ao o alvo e operando normalmente".

 

Christopher Russell, diretor científico da Dawn, com base na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, comparou o feito à descoberta da América. "Nos sentimos um pouco como Cristóvão Colombo, ao adentrarmos as fronteiras de um novo mundo", afirmou o cientista. E complementou, "A equipe da Dawn está ansiosa para começar a mapear esta terra desconhecida".

 

"Hoje, nós celebramos um marco incrível na exploração espacial, com a pioneira entrada de uma nave na órbita de um objeto situado no cinturão de asteróides", afirmou o dirigente número 1 da Nasa, o administrador geral Charles Bolden.

 

"Os estudos da Dawn acerca do asteróide Vesta marcam uma importante conquista científica e também apontam o caminho para os destinos do futuro, quando as pessoas poderão viajar ao espaço nos próximos anos", afirmou o presidente americano Barack Obama em mensagem dirigida à Nasa.

 

Concepção artística da sonda Dawn.

 

 

Missão em dois mundos

 

A sonda Dawn deverá permanecer por um ano realizando observações e levantamentos em torno de Vesta, para depois retomar sua turnê. No início de 2012, ela deverá seguir rumo à órbita de Ceres, outro grande e conhecido asteróide do Sistema Solar. A previsão é que a Dawn chegue até Ceres em fevereiro de 2015, quando totalizará 5,1 milhões de quilômetros percorridos.

 

A Nasa também informou que num primeiro objetivo, a missão Dawn em Vesta e Ceres, está prevista para durar oito anos. O principal objetivo é "buscar a compreensão dos primeiros momentos de nascimento do Sistema Solar".  A agência espacial afirma que a missão deseja obter informações sobre o que teria se passado a cerca de 4,6 milhões de anos aqui no nosso Sistema Solar, além de estudar a formação desses dois asteróides, situados no espaço entre Marte e Júpiter.

 

Lançada em setembro de 2007, a sonda Dawn é um projeto do Programa Discovery, que é gerido pelo Marshall Space Flight Center, da Nasa, em Huntsville, em Alabama.

 

Sediados na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, os cientistas responsáveis controlam o andamento da missão Dawn. O JPL é uma divisão do California Institute of Technology. A Orbital Sciences Corp de Dulles, em Virgínia, projetou e construiu a nave espacial. O Centro Aeroespacial Alemão, o Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar, a Agência Espacial Italiana e o Instituto Nacional Italiano de Astrofísica também são parceiros da equipe Nasa nessa missão espacial.

 

* Pepe Chaves e editor do diário digital Via Fanzine e da Rede VF.

 

* Com informações e imagens da Nasa/JPL e tradução do autor.

 

- Colaboraram: J. Ildefonso P. de Souza e Márcio R. Mendes (SP).

 

- Tópicos associados:

   Nasa divulga imagem completa do asteroide Vesta

   Nasa comemora sucesso da sonda Messenger

   Messenger: descoberta água em Mercúrio

   Sonda japonesa Kaguya obtém sucesso na Lua

   Cápsula retorna após visita histórica a um asteroide 

   Messenger é lançado: mensageiro segue para Mercúrio

   Vídeo - Messenger: informações (em inglês)+animação da Nasa

   Satélite GOCE é acionado com sucesso

   Matérias sobre outras sondas espaciais

 

- Produção: Pepe Chaves

©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

  

*  *  *

 

Planeta vizinho:

Trânsito de Vênus pode ser observado

Passagem de Vênus diante do Sol será chance única para ver outros planetas.*

 

O sol aparece, entre nuvens, enquanto Vênus (o ponto à direita) transita à sua frente.

 

A passagem de Vênus diante do Sol, nesta terça (05) e quarta-feira (06), um fenômeno excepcional que não voltará a acontecer em 105 anos, será uma oportunidade única para observar planetas distantes onde pode existir vida, afirmaram astrônomos.

 

O fenômeno "nos dá a oportunidade de estudar com grande detalhe o que estamos observando muito mais longe (da nossa galáxia, a Via Láctea) e nos dá mais confiança em nossa capacidade para interpretar os sinais que detectamos", disse à AFP o astrônomo Rick Fienberg, da Sociedade Astronômica Americana (AAS, na sigla em inglês).

 

A próxima passagem de Vênus entre o Sol e a Terra não voltará a acontecer até dentro de 105 anos, em 2117. Este tipo de trânsito ocorre aos pares em intervalos de oito anos e não voltam a aparecer em mais de um século. No século XXI, o último foi em 2004. Não houve nenhum no século XX.

 

"A passagem de Vênus diante do Sol é exatamente o mesmo fenômeno que o telescópio (americano) Kepler capta ao orbitar outras estrelas, quando seus planetas transitam diante delas", explicou.

 

No entanto, no caso destes exoplanetas, planetas distantes que orbitam em torno do Sol, "sua estrela não é mais do que um ponto de luz porque estão muito longe de nós e por isso é difícil ver o que acontece", disse o astrônomo Alan MacRobert, editor da revista Sky and Telescope.

 

Tudo o que se vê quando um planeta passa pela frente é uma suave redução do brilho da estrela, informou à AFP.

 

Mas a luz da estrela que atravessa a atmosfera destes exploplanetas deixa uma "marca" espectrográfica que permite reunir informação valiosa sobre sua composição, acrescentou MacRobert.

 

"Poderemos fazer medições da atmosfera de Vênus durante sua passagem diante do Sol e ver que tipo de sinais são obtidos tomando medidas similares de exoplanetas que passam em frente à sua estrela e depois comparar os resultados sabendo que no caso de Vênus são exatos", disse Gerard van Belle, astrônomo do Observatório Lowell (Arizona, sudoeste).

 

Feinberg informou que os primeiros e últimos 20 minutos da passagem de Vênus, fenômeno com duração total de seis horas e meia, serão os melhores momentos para obseração porque então a luz solar através da atmosfera de Vênus formará uma espécie de camada em todo o planeta.

 

"Será então que os astrônomos tentarão medir a composição da atmosfera de Vênus", acrescentou.

 

O início do trânsito será visível na América do Norte, América Central e norte da América do Sul na última hora da tarde de 5 de junho, desde que o céu esteja limpo. O final do fenômeno não será visto nas regiões devido ao pôr-do-sol.

 

Toda a passagem de Vênus diante do sol poderá ser vista na Ásia oriental e na região do Pacífico Ocidental. Em Europa, Oriente Médio e Sul da Ásia se verão as etapas finais desta passagem à medida que for amanhecendo na região, em 6 de junho.

 

O fenômeno poderá ser visto a olho nu, informaram os astrônomos, lembrando que devido ao risco de cegueira ou dano permanente na vista, não se deve olhar diretamente para o sol sem um filtro apropriado.

 

Os especialistas acreditam que a galáxia está cheia de bilhões de planetas rochosos que poderiam permitir a existência de vida. A maioria ainda não foi descoberta e fica tão longe que seria impossível alcançá-los com a tecnologia moderna.

 

O catálogo mais recente lançado pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, mostrou em março um total de 2.321 candidatos a planetas orbitando 1.790 estrelas.

 

Dez dos 46 candidatos a planetas que podem conter água em estado líquido têm tamanho similar à Terra, segundo a Nasa. Mas na maioria dos casos, os cientistas não têm detalhes sobre a atmosfera destes planetas.

 

* Informações de Jean-Louis Santini | AFP.

   05/06/2012

 

- Foto: Stan Honda/AFP Arquivo.

 

- Tópicos relacionados:

   Sonda Juno registra Terra e Lua vistas de longe

   Nave Dragon da SpaceX retornou com segurança

   Geólogos teriam encontrado meteorito de Tunguska

   Astronauta fotografa aurora austral da Estação Espacial

   Nasa divulga imagem completa do asteroide Vesta

   Nasa comemora sucesso da sonda Messenger

   Messenger: descoberta água em Mercúrio

   Sonda japonesa Kaguya obtém sucesso na Lua

   Cápsula retorna após visita histórica a um asteroide 

   Messenger é lançado: mensageiro segue para Mercúrio

   Vídeo - Messenger: informações (em inglês)+animação da Nasa

   Satélite GOCE é acionado com sucesso

   Matérias sobre outras sondas espaciais

 

- Extras:

- http://venustransit.nso.edu

- www.transit-of-venus.org.uk

- http://venustransit.nasa.gov/transitofvenus/

- http://eclipse.gsfc.nasa.gov/OH/transit12.html

- http://blogs.esa.int/venustransit/

 

*  *  *

 

Constatações:

Novidades atmosféricas em Vênus e Júpiter

Em apenas três dias, dois planetas do Sistema Solar mostraram alterações atmosféricas.

 

Por Pepe Chaves*

Para Astrovia

 

Foto mostra o spot escuro de Júpiter, próximo ao pólo sul.

 

O chamado "astrônomo amador", geralmente, é um profissional formado em outras áreas acadêmicas que não seja a Astronomia, mas que de alguma maneira se dedica a ela. Não é uma regra, mas muitos deles estão ligados às ciências exatas e fazem suas pesquisas celestiais sem receber quaisquer remunerações, sobretudo, porque trabalham autonomamente. Mas, sobretudo por esse fato é que são chamados de astrônomos amadores.

 

Contudo, nem porque são “amadores” deixam de ser competentes. E assim, ocorre que as contribuições de astrônomos amadores à Astronomia, atualmente, tem tão ou mais relevante que as dos astrônomos profissionais.

 

O que garante isso, é que profissionais - dotados dos mais sofisticados equipamentos e laboratórios especializados -, são esforços que geraram preciosos registros que correm o mundo nesse instante. Foram feitos de grande precisão, repletos de informações e, graças ao advento da internet, são rapidamente espalhados pelo mundo.

 

Spot Escuro em Júpiter

 

E ainda que verdadeiros batalhões de cientistas e instituições acadêmicas em todo o mundo estejam voltadas a monitorar os astros, sobretudo, os planetas observáveis do Sistema Solar, foi um astrônomo amador australiano que descobriu uma recente anomalia em Júpiter. No domingo (19/07), o astrônomo amador Anthony Wesley em Murrumbateman, Austrália, tomou uma fotografia de Júpiter, que mostra um novo ponto escuro (spot) próximo à região polar sul do planeta [veja acima].

 

A imagem de Anthony Wesley chamou a atenção de cientistas da Nasa/JPL que investigaram o spot com o Telescópio Infravermelho da Nasa, no Havaí. Eles concluíram que o causador da alteração na atmosfera de Júpiter foi o impacto de um objeto contra o vaporoso planeta. As imagens feitas pelos cientistas mostraram que o ponto escuro formado em Júpiter tem diâmetro similar ao da Terra.

 

“Inicialmente Wesley julgou se tratar da sombra de uma das luas de Júpiter, mas logo se deu conta de que se movia muito lentamente comparado à velocidade normal dessas sombras. Depois, constatou que para a data e horário de observação, nenhuma das luas de Júpiter poderia estar produzindo aquela sombra”, nos disse Márcio Rodrigues Mendes, físico, astrônomo amador e consultor de Via Fanzine.

 

Shoemaker-Levy 9

 

O maior planeta do Sistema Solar funciona como uma espécie de “protetor” de sua periferia (que inclui a Terra, Marte, Vênus, entre outros), já que sua imensa gravidade atrai para si asteróides e possíveis cometas que trafeguem por toda a região.

 

Júpiter possui histórico de recentes impactos, como o do cometa Shoemaker-Levy 9, descoberto por Eugene e Carolyn Shoemaker e David Levy em 24 de março de 1993, usando um telescópio Schmidt de 0,4 m de diâmetro e situado no Observatório de Monte Palomar, Califórnia. Seu estranho aspecto logo chamou a atenção, pois era constituído por uma fileira de nove cometas. Em 25 de maio de 1993 descobriu-se que o cometa Shoemaker-Levy 9 se chocaria contra Júpiter em julho de 1994.

 

O spot claro captado por Merillo no planeta Vênus.

 

Spot brilhante em Vênus

 

No entanto, três dias depois da confirmação do aparecimento de um novo spot escuro em Júpiter, é divulgada uma novidade também em Vênus, contrapondo a mancha escura na atmosfera joviana. Vênus, o planeta mais próximo da Terra mostrou um spot branco e brilhante em sua superfície, nas proximidades do pólo sul.

 

A anomalia foi detectada por outro astrônomo amador, Frank Melillo de Holtsville, em Nova Iorque, através de fotografia feita coincidentemente no mesmo dia 19/07 [veja acima]. Em um alerta enviado aos seus colegas, Frank Melillo, que se dedica a observar de Vênus, divulgou relatórios com suas imagens capturadas em 19 de julho. “Eu tenho visto manchas brilhantes antes, mas esta é de um brilho excepcional e uma área muito intensa”.

 

Ele sugere que a mancha branca poderia ser explicada como um efeito atmosférico, mas assegura que poderia se tratar de um sinal de atividade vulcânica manifestado na atmosfera venusiana, já que o planeta – ao contrário de Marte - é todo coberto por um espesso manto de nuvens que impede qualquer observação visível de sua superfície. Melillo informou que um radar está sendo usado para mapear possíveis atividades vulcânicas na superfície de Vênus e que nunca foram observadas anteriormente. “Seria bom se fosse uma erupção vulcânicas, mas vamos aguardar e descobrir”, afirmou.

 

O especialista em Vênus, Dr. Sanjay Limaye, da Universidade de Wisconsin, informou que, “Uma erupção teria de ser bastante enérgica para obter uma nuvem tão alta quanto essa”. Além disso, a uma latitude de 50 graus sul, onde se localiza o spot brilhante, se encontra fora da região dos conhecidos vulcões em Vênus.

 

Melillo destaca que o fenômeno na atmosfera de Vênus não poderá mais ser visto novamente com a mesma nitidez com que foi constatado, por causa da rápida rotação do planeta.

 

Liquidificadores planetários

 

Em questão de três dias dois planetas do Sistema solar sofreram algum tipo de alteração em suas estruturas. Apesar disso, o registro de anomalias nas estruturas planetárias do Sistema Solar não é algo corriqueiro. Dificilmente se observa ou registra qualquer tipo de alteração que não seja natural nesses mundos.

 

Estas alterações, observáveis por algum tempo - salvo em raros casos -, serão completamente absorvidas pela atmosfera desses planetas e desaparecerão em suas próximas rotações. Entretanto, as constatações de tais anomalias, ocorridas no curto espaço de tempo de nossas vidas, nos levam a refletir sobre o quanto o Universo e seus astros – distantes e próximos - estão constantemente repletos de energia latente.

 

* Pepe Chaves e editor do diário digital Via Fanzine.

- Com informações de

Márcio Rodrigues Mendes

http://www.astronomynow.com

http://www.fayerwayer.com

 

-Imagens:

- Anthony Wesley, Murrumbateman, Austrália.

- Frank Melillo. Holtsville, Nova Iorque.

   

- Link indicado: Astrônomo amador Coreano localiza cometa

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza.

 

- Produção: Pepe Chaves

©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

Leia outras matérias na

www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

 

 

DORNAS DIGITAL

 

 

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter