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 Curiosity em Marte

 

 

The Woodlands/Texas:

Curiosity identifica vestígios de água, mas sofre apagão

Análise do pó de uma rocha de lama perfurada em Marte indica que as últimas

condições ambientais da região foram favoráveis para a vida microbiana.

Entretanto, o robô sofreu seu segundo apagão enquanto enviava dados.

 

Da Redação*

ASTROvia

BH-19/03/2013

 

Último auto-retrato feito pelo Curiosity em Marte.

Veja galeria de fotos envolvendo o pouso do Curiosity em Marte

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Curiosity sofre segundo apagão

 

A NASA informou que uma falha no computador principal forçou o Curiosity a parar seu trabalho em Marte. Nesta última semana, a análise do robô mostrava que as condições em Marte eram “favoráveis à vida”.

 

Faz duas semanas, o veículo sofreu o primeiro problema no computador e ganhou alguns dias de folga. No entanto, um segundo problema no computador surgiu durante a noite do último domingo, quando o veículo estava enviando arquivos de dados de rádio para a Terra, disse o cientista John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

 

“Isso não é algo raro ou estranho”, disse Grotzinger durante a Conferência de Ciência Lunar e Planetária em Houston. Os cientistas esperam que o problema continue por alguns dias.

 

O robô desceu no planeta vermelho em 06/08/2012, onde tem vários objetivos. Um deles foi fornecer pistas para saber se o planeta tem ou já teve os ingredientes químicos favoráveis a vida microbiana. Os primeiros resultados, definitivamente positivos, foram anunciados na última semana.

 

Os cientistas também anunciaram nesta segunda-feira, a descoberta de novas evidências adicionais de que o Curiosity está localizado em uma área que foi coberta por água, um ingrediente chave para a vida.

 

Nesta imagem da rocha alvo, um código de cores mapeia a quantidade de hidratação mineral indicada por

uma combinação de intensidades de infravermelho, medida pela câmera de mastro (Mastcam) do Curiosity.

 

Evidências importantes

 

Segundo informações da NASA nessa segunda-feira, 18/03, o seu robô Curiosity localizou evidências de rolamento de água nas rochas perto de onde ele já havia encontrado argila no interior de uma rocha perfurada.

 

Na semana passada, a equipe cientifica que coordena as atividades do Curiosity anunciou que a análise do pó de uma rocha de lama perfurada em Marte indica que as últimas condições ambientais da região foram favoráveis para a vida microbiana.

 

Outras conclusões também apresentadas em uma coletiva de imprensa na Conferência de Ciência Lunar e Planetária, em The Woodlands, Texas, sugerem que essas condições sejam estendidas para além do local da perfuração.

 

Usando imagens em infravermelho, com o auxílio de uma câmera do robô e um instrumento que dispara nêutrons no chão para sondar o hidrogênio, os pesquisadores encontraram mais sinais de hidratação de minerais, próximos aos locais já visitados anteriormente pelo robô.

 

A câmara de mastro do robô (Mastcam) também pode servir como uma ferramenta  para detecção de mineral hidratado, informou Jim Bell, da Arizona State University, Tempe. Segundo ele, “Algumas rochas portadoras de ferro podem ser detectadas e mapeadas usando os filtros da Mastcam próximo do infravermelho”.

 

Usando a Mastcam a equipe pode observar os índices de brilho em diferentes comprimentos de onda do infravermelho, o que indica a presença de alguns minerais hidratados. A técnica foi utilizada para verificar rochas na Bay Yellowknife (“Baia da Faca Amarela”), área onde o Curiosity coletou a primeira amostra de pó do interior de uma rocha em Marte.

 

Algumas rochas em Yellowknife Bay são atravessadas por veias brilhantes. “Através da Mastcam, vemos sinais de hidratação elevados nessas veias estreitas que cortam muitas das rochas daquela área”, afirmou Melissa Rice, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

 

Segundo a cientista, “Estas veias brilhantes contêm minerais hidratados, que são diferentes dos minerais da argila colhida na rocha próxima”. O Albedo para Dinâmica de Nêutrons (DAN), instrumento de fabricação russa, é utilizado pelo Curiosity para a detecção de hidrogênio.

 

A área de estudo do robô é muita seca, assim, o hidrogênio é facilmente detectado nas moléculas de água concentradas nos minerais. “Nós verificamos a variação do sinal ao longo de toda a travessia a partir do ponto de pouso do Curiosity, até a Yellowknife Bay”, disse Maxim Litvak, investigador do Instituto de Pesquisas Espaciais de Moscou.

 

“Uma quantidade bem maior de água foi detectada em Yellowknife Bay do que anteriormente em rota. Mesmo dentro da Yellowknife Bay, vemos uma variação significativa”, acrescentou Litvak.  

 

Os resultados apresentados pelo Espectrômetro Alfa para Partículas de Raios-X (APXS), instrumento de fabricação canadense, indicam que no ambiente úmido os processos que produzem argila em Yellowknife Bay se faz sem muita alteração na mistura global de elementos químicos presentes.

 

A composição elementar verificada na perfuração feita pelo Curiosity era a do basalto. O basalto está na mesma proporção do silício, alumínio, magnésio e ferro. O basalto é o tipo de rocha mais comum em Marte. É ígnea, mas acreditam os cientistas, teria um parentesco com as rochas sedimentadas que o Curisity já havia examinado.

 

“A composição elementar das rochas em Yellowknife Bay não foi muito atingida pela alteração de minerais”, disse o membro da equipe cientifica do Curiosity, Mariek Schmidt, da Brock University, Saint Catharines, Ontário, Canadá. Uma camada de poeira nas rochas apontou a composição detectada pelo APXS, até eu o Curiosity usasse um pincel para retirar o pó. Depois desse procedimento, o APXS identificou enxofre.

 

“Ao remover a poeira, temos uma melhor leitura que empurra a classificação para a composição basáltica”, disse Schmidt. As rochas sedimentares em Yellowknife Bay provavelmente foram formadas quando as rochas originais basálticas foram fragmentadas, transportadas, re-depositadas como partículas sedimentares, e mineralogicamente alteradas pela exposição à água.

 

A NASA está usando o Curiosity para investigar se uma área dentro da cratera Gale em Marte já ofereceu um ambiente favorável para vida microbiana. Transportando 10 instrumentos científicos, o Curiosity desembarcou há sete meses para começar a sua missão de dois anos.

 

* Com informações de Nasa/JPL e tradução de Pepe Chaves.

 

- Fotos: NASA / JPL-Caltech / MSSS / ASU imagem.

 

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