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 CNSA - Agência Espacial Chinesa

 

 

Pequim:

China acopla 1º módulo de sua estação espacial

Módulo espacial Shenzhou-8 foi acoplado com sucesso ao Tiangong-1 e dá início

às instalações da estação espacial chinesa. INPE é parceiro neste projeto espacial chinês.

 

Da Redação*

ASTROVIA

BH-03/11/2011

 

Três imagens distintas mostram o momento do acoplamento.

 

A nave Shenzhou-8, lançada na segunda-feira, 31/10, marcou uma nova era na exploração espacial chinesa. Nesta quarta-feira, 02/11, ela se acoplou ao módulo  Tiangong-1, a cerca de 340 quilômetros de altura.

 

A manobra de aproximação foi realizada por sistemas autônomos a bordo, que assumiu o comando do processo, quando as naves encontravam a cerca de 50 quilômetros de distância, mas foi monitorada a partir do solo em todos os momentos.

 

Após o contato inicial e alinhamento dos módulos, 12 ganchos foram acionados para efetivar a junção, enquanto uma série de conexões provenientes da frente da Shenzhou 8 estabeleceu as conexões elétricas. Esta segunda parte do processo de ancoragem durou cerca de 10 minutos.

 

Vários testes serão realizados e, se tudo correr bem, em 2012, a deverá lançar as Shenzhou 9 e 10, sendo uma delas tripulada. A tripulação deverá permanecer a bordo do módulo Tiangong-1 por até duas semanas.

 

O módulo central da estação espacial chinesa, o Tiangong-1 deverá ser substituído mais tarde pelo Tiangong-2 e depois pelo Tiangong-3 . O objetivo principal da China é colocar uma estação espacial em órbita até o ano de 2020.

 

Imagem ilustrativa mostra a nave Shenzhou-8 se acoplando ao módulo Tiangong-1, que já se encontra em órbita.

 

No dia 31/10, a Agência Espacial Chinesa (CNSA) lançou com sucesso a nave espacial não tripulada Shenzhou-8 do Centro de Lançamento de Satélites em Jiuquan, no noroeste da China.

 

A Shenzhou-8 segue rumo ao módulo Tiangong-1, colocado em órbita no dia 29/09 passado. Juntos, estes elementos deverão efetivar o primeiro encaixe da primeira estação espacial autônoma daquele país oriental.

 

A tevê estatal CCTV transmitiu o lançamento ao vivo e o disponibilizou em vídeo na internet. Esta oitava versão da nave Shenzhou - que significa “barco divino” - constitui o segundo capítulo para o gigante asiático construir a sua própria estação espacial permanente no espaço orbital.

 

De acordo com o porta-voz do programa espacial chinês, Wu Ping, está previsto para 2012, o acoplamento das versões 9 e 10 da Shenzhou, ampliando assim, as instalações da estação espacial chinesa.

 

Através desse ousado projeto, a China deseja demonstrar que está equipada tecnologicamente para trabalhar em bases permanentes no espaço, contraponto o posicionamento contrário de alguns países, como os Estados Unidos, em aceitar a participação dos chineses na Estação Espacial Internacional (ISS).

 

Contudo, a Alemanha, ligada a Agência Espacial Europeia (forte parceira na ISS) participa na Shenzhou-8, através de um plano de cooperação espacial no campo da microgravidade.

 

Alguns dias depois de entrar em órbita, o primeiro módulo da estação espacial Chinesa já receberá sua primeira visita. Um dia depois do lançamento, o foguete não tripulado levando a nave Shenzhou-8 se acoplará ao primeiro módulo que já se encontra em órbita.

 

O módulo Shenzhou-8 e o foguete que o lançou ao espaço.

 

O módulo Tiangong 1 ('palácio divino' em mandarim), considerado o coração da estação espacial chinesa, é um laboratório espacial de 8,5 toneladas, que será usado como ponto de interconexão para as diversas partes que virão a integrar a Estação Espacial Chinesa.

 

Com o propósito de testar as tecnologias envolvidas, dentro de apenas dois anos, o módulo Tiangong-1 deverá ser descartado.

 

O acoplamento da Sehnzhou com o Tiangong-1 será realizado de forma automática e tem como objetivo desenvolver as habilidades tecnológicas e logísticas necessárias ao funcionamento de um laboratório espacial completo, que deverá abrigar astronautas por longos períodos.

 

Segundo a agência espacial chinesa, a CNSA, o próximo passo será o envio, já em 2012, de duas missões tripuladas até o módulo Tiangong-1. estas missões deverão aprimorar ainda mais as técnicas de acoplagem no espaço.

 

Shenzhou-8 conta com o apoio do INPE

 

A Estação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em Alcântara, no Maranhão, Brasil, está dando suporte à missão da espaçonave chinesa Shenzhou-8, lançada nesta segunda-feira (31). De acordo com informações do INPE, por solicitação do CLTC (China Satellite Launch and Tracking Control), o Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) daquele instituto acompanha as operações da Shenzhou-8 até 6 de novembro.

 

“Aproximadamente duas horas e meia após seu lançamento a Shenzhou-8 passou pela primeira vez sobre a Estação de Alcântara. Todas as operações previstas foram executadas com perfeição”, informa Pawel Rozenfeld, chefe do CRC/INPE.

 

“Foram realizados durante este ano vários testes, treinamentos e ensaios entre o Centro de Controle de Xi'an e a Estação de Rastreio e Controle de Alcântara, como preparação ao lançamento da Shenzhou-8, explica Pawel Rozenfeld.  Já está acordado entre o INPE e o CLTC o apoio, em 2012, às missões Shenzhou-9 e Shenzhou-10, sendo uma delas tripulada.

 

O Centro de Controle de Satélites (CCS) do INPE, em São José dos Campos-SP,

presta apoio logístico ao programa chinês das missões Shenzhou-8, 9 e 10.

 

O Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) realiza a operação em órbita dos satélites desenvolvidos pelo INPE ou em cooperação com instituições estrangeiras. O Centro está capacitado, ainda, a dar suporte às missões espaciais de terceiros. É composto pelo Centro de Controle de Satélites (CCS) em São José dos Campos (SP), pela Estação Terrena de Cuiabá (MT), pela Estação Terrena de Alcântara (MA), bem como pela rede de comunicação de dados e voz que conecta os três locais.

 

O CRC/INPE mantém parcerias internacionais e atua na continuidade da operação do satélite científico francês Corot, ao mesmo tempo em que realiza o controle e a recepção de dados dos satélites brasileiros SCD-1 e 2 e se prepara para a operação do sino-brasileiro CBERS-3 e do brasileiro Amazônia-1

   

* Com informações e imagens da CNSA / CNTV / INPE-SP e agências.

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

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- Extra:

  Assista vídeo sobre o lançamento da Shenzhou-8.

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