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Cinema
Europa
Report:
Lua de Júpiter vira estrela de filme
Novo filme
de ficção científica mistura muito bem fantasia espacial com fatos reais.*

Europa
Report está disponível online nos serviços de vídeo on demand, como a itunes.
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As mentes por trás do filme Europa Report permitiram que a realidade
moldasse o mundo de ficção que eles criaram.
Tudo, desde dados científicos reais da NASA até a indústria espacial
comercial tiveram seu papel no script na hora de se fazer o filme, lançado
no último dia 2 de Agosto nos cinemas, mas Europa Report tinha um escopo
muito menor inicialmente.
“No começo era eu e um monte de livros”, disse o escritor Philip Gelatt na
première do filme que aconteceu no Museu de História Natural de Nova York.
“Existem duas partes da ciência: Existe a parte da viagem espacial e então a
parte científica em Europa. Eu já tinha trabalhado relativamente bem com a
parte da viagem espacial, então comecei com a parte científica em Europa, e
então uma vez que eu já tinha uma versão do script, fiquei trancado com meus
livros e então comecei a conversar com os cientistas o que tornou o script
muito mais intenso e específico”.
O filme segue o destino da primeira tripulação que deixa a Terra a caminho
de Europa. Enviados para Europa, a lua congelada de Júpiter por uma empresa
fictícia de voos espaciais privados, a Europa Ventures, a equipe
internacional de astronautas trabalha com uma missão única: pesquisar por
vida na lua.
Os voos privados espaciais tiveram um papel principal no filme parcialmente
porque Gelatt quis modelar seu script depois dos voos espaciais do mundo
real.
“Sempre foi parte do desenho do filme que fosse uma missão espacial privada,
pois, de algum modo, isso deixa o filme mais realista”, disse Gelatt. “Esse
é o tipo de direção que nós adotamos. Numa versão inicial do script, era
ainda uma missão privada, mas com um contrato com a NASA. Existia um pouco
de elemento governamental no filme, mas que foi tirado. Toda essa discussão
oficial acontecendo na Terra, não era interessante para a missão
verdadeira”.

Os
cientistas da NASA Kevin Hand e Steven Vance ajudaram no script, agindo como
orientadores
científicos durante a produção e depois de o filme ter sido finalizado.
“Quando eu li a primeira versão do script que saiu, ele já tinha um pouco de
pesquisa e um pouco de informação precisa que foi uma das coisas que me
guiaram”.
Essa atenção aos detalhes também se estendeu para as estrelas do filma. Elas
mergulharam a fundo em seus personagens para entender a ciência que os
estava motivando a fazer aquela missão.
“Eu li muito”, disse Karolina Wydra, que faz o papel da bióloga marinha que
vai a Europa no filme, disse ela durante a première. “Eu comprei um livro de
oceanografia. Eu falei com biólogos marinhos, então foi muito interessante
entrar na mente de alguém que devota toda a sua vida para a pesquisa. Quando
eu perguntei sobre a possibilidade de ir a Europa e se ela iria, a resposta
foi, absolutamente”.

O filme
Europa Report está disponível online nos
serviços de
vídeo on demand, como a itunes.
A lua Europa*
Em 1610, quando Galileu Galilei virou seu telescópio para Júpiter, ele viu
quatro pequenos pontos de luz acompanhando o planeta. Esses são os chamados
satélites Galileanos, as quatro maiores das 67 luas conhecidas de Júpiter. O
menor dos quatro é Europa.
Sob uma espessa e dura crosta de gelo, acredita-se que Europa possa hospedar
um oceano de água líquida com 170 quilômetros de profundidade. Marés
causadas pela proximidade com Júpiter poderiam ter aquecido o oceano de
Europa, fornecendo energia necessária para gerar ali um ecossistema de
formas de vidas alienígenas.
A superfície de Europa é excepcionalmente suave, com poucas crateras de
impacto ou outras feições.
Europa recebe cerca de 5.4 sieverts de radiação por dia, uma dose fatal. Em
algum lugar no nível do mar na Terra recebe cerca de 0.0014 siervert por
dia.
Europa tem 3122 km de diâmetro. Sua temperatura mínima na superfície é de
-160 graus Celsius. Sua gravidade é 0.134 da gravidade na Terra. A lua tem
uma atmosfera muito fina composta principalmente de oxigênio molecular.

Europa é um pouco menor que a Lua da Terra.
Europa tem mais água do que toda a Terra. A água de Europa, se fosse toda
reunida formaria uma esfera com 1754 km de diâmetro. A água da Terra,
reunida formaria uma esfera com 1384 km de diâmetro. O oceano de Europa é 10
vezes mais profundo do que os oceanos da Terra.
Como muitas luas no Sistema Solar, Europa é gravitacionalmente presa ao seu
planeta, ou seja, um lado da lua sempre está voltado para Júpiter. Enquanto
Europa orbita Júpiter, seu hemisfério principal desenvolve fraturas
profundas, muito provavelmente causadas pelas tensões de marés. Essas
feições são chamadas de lineae (a palavra em latim para linhas).
Embora nós não tenhamos nenhuma evidência atual sobre a existência da vida
no mar de Europa, alguns cientistas estimam que a sua água contenha oxigênio
suficiente para suportar três milhões de toneladas de criaturas parecidas
com peixes. Outros cientistas não esperam que a vida ali seja maior do que
micróbios.
Europa tem sido explorada em muitas histórias de ficção científica e filmes,
incluindo Space Odyssey: Voyage to the Planets, e Europa Report. Na
realidade, missões tripuladas para as luas de Júpiter são pouco prováveis
devido à enorme distância e a alta radiação que é encontrada nas
proximidades do planeta.
A próxima missão robótica a pesquisar Europa será a Jupiter Icy Moon
Explorer, ou JUICE, da Agência Espacial Europeia, planejada para ser lançada
em 2022. Mais no futuro uma missão composta de um submersível movido a
energia nuclear poderá descer abaixo da crosta congelada de Europa e
explorar seu oceano.
*
Informações de
Space.com, via Cientec.com.br.
04/08/2013
-
Imagens: Nasa/JPL/Divulgação.
- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
- Extra:
Veja infográfico com detalhes de Europa
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