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 entrevista:

 

 

Entrevista com Tess

Cantora, instrumentista e compositora

Por Pepe Chaves*

Para Via Fanzine

 

Tess, novo talento da MPB busca seu espaço

 

Ela é uma jovem cantora que cresceu ouvindo diversos estilos musicais, do barroco ao heavy metal, do rock progressivo

a música mineira e soube incorporar um pouco de tudo isso em seu estilo musical próprio. A carioca Tess, cantora,

instrumentista e compositora tem muito da musicalidade brasileira e, certamente, está fadada a integrar a nova safra

de talentos da MPB que está prestes a vir à tona. Nesta entrevista exclusiva, ela nos fala um pouco de sua carreira artística,

 iniciada desde sua infância, quando cantarolava as primeiras canções, até o momento atual,

quando já prepara material para lançar o seu primeiro CD de estúdio.

 

 

Via Fanzine: Tess, como começou seu envolvimento com a música e quais as canções mais antigas que você se lembra:

Tess Moniz: Nossa, desde que nasci! A influência foi grande, meu pai músico, minha mãe cantora... Brinco que meu pai fez uma lavagem cerebral comigo, porque com quatro, cinco anos de idade já ouvia música barroca, misturada com Iron Maiden, Pink Floyd... De nacional, lembro de ouvir e amar Blitz! E ficar horrorizada com um LP do Arrigo Barnabé “Clara crocodilo” que era meio música, meio teatro, super vanguarda...

 

VF: Você nasceu na cidade do Rio e Janeiro, mas desde cedo tomou contato com a música de Minas Gerais, já que seu pai, o tecladista Vermelho, integra o grupo 14 Bis. Como foi para você, o contato desde cedo com a música mineira?

TM: Foi ótimo, foi nessa mistura de estilos que eu ouvia em casa que comecei a conhecer e adorar Beto Guedes, Lô Borges, etc. Até o próprio 14 Bis. Mas confesso que só a partir de uma época da adolescência é que me dei conta da dimensão e beleza da musica mineira e o quanto eu era privilegiada por conhecer tão de perto tudo isso.

 

VF: Além do violão você toca também piano. Como se deu sua iniciação como instrumentista?

TM: Então, eu fico “meio assim” de falar que toco, porque não me considero nem de longe uma excelente instrumentista... Aprendi para compor e aprendi instrumentos que adoro. Tive sorte de ter um pai que toca piano e padrasto que toca violão. Não gastei dinheiro com aulas.

 

VF: Você também fez cursos e aulas de preparação vocal.

TM: Isso! Fiz com 16 anos canto lírico. Fiz também aula com um cantor de heavy metal, o Neto, que também cantou em musicais. Tive ótimos professores. Mas a minha melhor escola foi – e está sendo - a noite.

 

VF: Sua mãe, a cantora catarinense Meg, certamente, exerceu também uma forte influência em sua formação musical. Conte um pouco dessa relação musical dela em sua carreira.

TM: Nossa, toda. Ela me incentivou muito, sempre. Para compor, para treinar, para aprender. Ela me levava pra cantar sempre que podia. Aprendi muito. Fora que é uma excelente profissional.

 

VF: Quando e onde aconteceu sua primeira apresentação em público.

TM: Que pergunta difícil... Com uns seis anos eu e Ana Carolina, filha do baixista Magrão, invadimos o palco do 14 bis pra dançar, cantar. Ficávamos que nem loucas na frente da banda, era travessura mesmo. Foi sucesso total, lembro bem do público aplaudindo muito a gente. Acho que a partir daí fiquei com vontade de cantar. Agora, como cantora mesmo, foi num pocket show dos alunos de Maria Izilda, minha professora de canto lírico. Eu cantei uma musica muito aguda, da Kate Bush (Babooshka).

 

VF: Como compositora, o que você tem procurado abordar mais dentro da temática de suas letras e qual o estilo musical que prevalece em suas composições?

TM: Eu escrevo o que sinto, mas tem letras que já vêm de muitas reflexões sobre um tema e outras que, simplesmente, se “concretizam”. Por exemplo, “Nas Gerais”, eu tinha a melodia pronta e a letra veio num momento de inspiração muito louco, sinto como se eu tivesse psicografado a letra, de tão rápido que foi. Nessa letra, eu falei sobre um lugar. Em “Vaidade”, desenho um perfil de uma garota muito parecida comigo na adolescência e também costumo falar das diversas maneiras de amar, que é um tema universal e todo mundo sente. Quanto ao meu estilo... Aí você me pegou. Que tal um “pop-mpb-rock-mineiro”? Ok, melhor pop então, que abrange muita coisa.

 

VF: Você já compôs alguma canção em parceria com algum de seus pais?

TM: E você acha que eu não explorar esses dois talentos? (risos). Então, minha mãe é parceira em algumas letras minhas. Meu pai me ajuda muito a encontrar “saídas” para quando não sei o caminho que uma música minha pode seguir. Não exatamente sendo um co-autor, mas uma espécie de guia, maestro. Meus pais são tudo pra mim, na música, principalmente. Mas eles sempre me deixam livre para expressar o que quero, do meu jeito.

 

VF: E como tem sido para você, o apoio recebido deles para levar adiante sua carreira musical?

TM: Demais, claro! No inicio, principalmente minha mãe, ficou “meio assim” porque carreira de músico no Brasil não é fácil. Mas agora tenho total apoio dos dois. E são meus fãs número um. Para conquistá-los como “ouvintes da minha música” batalhei muito, e escrevi muitas canções péssimas, antes de escrever as que nós todos gostamos de fato.

 

VF: Você já disponibilizou na internet, uma mostra de suas composições em formato acústico, livres para download do público. Quais são os planos para gravar estas canções em estúdio?

TM: Estou batalhando para que isso seja feito do jeito que eu planejei. Quero que seja bem profissional, num estúdio legal, com arranjos bem elaborados e músicos que abracem esse projeto comigo. Estou correndo com isso, mas ao mesmo tempo sem afobação. Mas deve sair logo, estou ansiosa pra isso.

 

VF: Como tem sido o seu contato com produtores e gravadoras, no sentido de concretizar o seu tão sonhado primeiro CD de estúdio?

TM: Já tenho contato com produtora, e gravadora. Mas estou montando a banda. Não posso entrar em muitos detalhes ainda, mas quando tiver algo realmente concreto, vocês serão os primeiros a saber, com certeza!

 

VF: Para você, quais têm sido os mais recentes e promissores valores surgidos na música brasileira?

TM: O resgate da boa musica do passado, e ao mesmo tempo com um toque de originalidade. Vejo crescer no pessoal da minha idade mesmo, um refinamento de gosto musical. E muitos músicos novos estão fazendo interpretações diferentes para clássicos do rock ou do samba etc. Sinto que está voltando um amor muito grande pela musica brasileira.

 

VF: E como você tem visto esta onda de lançamentos da indústria fonográfica, onde são apresentadas produções musicais “descartáveis” e praticamente, sem nenhum valor artístico?

TM: Está tudo muito confuso, misturado. Mas, junto com produções cada vez mais descartáveis que nos deixam totalmente desanimados, aparecem essas produções como falei acima, de qualidade, e com aquele “frescor”, sabe? Na verdade, há um tempo atrás eu andava meio desanimada, mas agora estou certa de que os “descartáveis” estão cansando o pessoal. Sei lá, posso estar errada, mas essa é minha opinião...

  

VF: Que tipo de música você tem ouvido atualmente?

TM: Cantoras brasileiras.  O cd “Perfil” da Adriana Calcanhoto não sai da minha cabeça. E adoro a Céu, ela canta de uma maneira só dela, e as composições são muito diferentes. De internacional, tenho escutado Tom Petty and the Heartbreackers, as músicas mais antigas deles, da década de 80.

 

VF: Agradecemos pela entrevista e pedimos para nos deixar seu toque final aos nossos leitores.

TM: Fico muito feliz em conceder essa entrevista com perguntas tão bem elaboradas pelo pessoal do Via Fanzine. Leitores de bom gosto com certeza acessam esse site, e já começo assim com o pé direito minha carreira (essa é minha primeira entrevista!). Obrigada pelo apoio e espero que gostem do meu som. É musica feita com muito amor e dedicação, podem ter certeza disso!

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Leia mais sobre Tess:

   www.viafanzine.jor.br/musical.htm

 

- Ouça as canções de Tess:

   http://www.myspace.com/tessmoniz

 

- Visite o blog de Tess:

   http://pensoquepensoquepenso.blogspot.com

 

- Fotos: Arquivo Tess/Divulgação.

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.

   

 

 

 

Entrevista com Lúcia Amaral

Artista plástica e escritora. 

Por Pepe Chaves*

Para Via Fanzine

 

Lúcia Amaral trata-se de uma das mais destacadas

artistas em atividade no Estado de Minas.

Como artista plástica, participou

de vários salões e exposições

em distintas cidades do mundo.

Frente à presidência da Federação

das Academias de Letras e Artes

do Estado de Minas Gerais

(FALAEMG), Lúcia Amaral teve

a oportunidade  de contatar artistas

e produtores que vieram

somar positivamente em sua

carreira, seja através das amizades

ou dos intercâmbios criados.

A artista planeja agora lançar “Particularidades”,

seu primeiro livro de poesias e investir

na sua carreira de escritora.

 

Via Fanzine: Lúcia, por favor, nos faça um resumo dos últimos desígnios de sua carreira como artista plástica.

Lucia Amaral: Como sempre é um prazer falar de minha carreira, principalmente dos últimos anos. É notável o avanço da minha história na cultura e como as portas do Universo se abriram depois de 2003. Iniciei minha carreira em Minas Gerais e logo estive no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e outros Estados. O Rio de Janeiro foi meu berço na cultura em geral.Tive a felicidade de ser convidada e acolhida no Clube Naval pelo Diretor Cultural, comendador Pereira e a curadora de artes, comendadora Vera Figueiredo, comendadora Eliane Mariath Dantas, presidente da ALAP. Tive também total apoio para participar de várias exposições e salões de artes da Marinha, Clube dos Militares, Forte de Copacabana, Escola Superior de Guerra do Brasil, Legião dos Veteranos de Guerra do Brasil, Museu Conde de Linhares, Associação Brasileira de Desenhos e Artes Visuais, Instituto Universal de Cromoterapia, Casa do Estudante do Brasil, Casa das Beiras de Portugal, sediada no Rio, além de outros. Em São Paulo iniciei na Bienal no MAM participando do livro de artes em 2004 e 2006, também na Marinha recebi a medalha "Honra ao Mérito" pelos 450 anos de SP em 2004 e 453 anos de SP, neste ano de 2007. Em 2003 numa coletiva da Academia de Letras e Artes de Paranapuã (ALAP) do Rio de Janeiro da qual sou acadêmica desde 2001, fui para Europa onde participei de três exposições em Portugal. Nos anos seguintes fiz várias exposições no México. Em 2005 lá estive na cidade de Tijuana com o apoio da Gran Logia Maçonica do Estado Baja California e ministrei curso de arte na Casa de Cultura Municipal em 2006. Estes foram meus últimos desígnios nas artes.

 

VF: Diversos de seus trabalhos estão hoje em diversos locais do mundo. Nos fale um pouco dos lugares que abrigam sua arte.

LA: Sim, considero todos distintos. Começando de Itaúna no Museu Municipal, onde está em acervo a obra, "Fonte de Vida", quando conquistei o primeiro lugar no “Salão de Artes Levy Vargas”, em comemoração ao centenário de Itaúna. Tenho também algumas obras no acervo do Dr. Guaracy (Fundação Maria de Castro Nogueira) e diversas outras, adquiridas por pessoas de Itaúna. Tenho obra no Museu Maria da Fontinha, em Portugal e uma outra integra o acervo do português Dr. Armênio Vasconcelos, também em Portugal. Tenho trabalhos expostos também na Casa de Cultura de Tijuana, Gran Logia Maçonica do Estado Baja Califórnia, Clan Amaral, todas no México; no acervo de Jorge Conde, diretor da Casa de Cultura Of del Américas, em San Diego, Los Angeles; acervo na ALAP, no Rio Janeiro; Universidade Estácio de Sá-RJ; Grande Hotel Estrela, Museu Dr. Schinke, e acervo do Dr. João Vicente, todos em Estrela-RS.

 

Alguns trabalhos de Lúcia Amaral.

 

VF: Como a senhora tem visto a produção de artes plásticas em Itaúna nos últimos tempos?

LA: Como Itaúna é uma cidade pólo de artes, considero que tem havido uma boa produção, pois temos grandes artistas. Penso que está deixando a desejar são as produções de exposições na cidade. Não sei se os artistas estão levando suas artes para fora, o que seria lamentável...

 

VF: Em Itaúna, o Espaço Cultural, mantido pela Prefeitura de Itaúna, que abriga a única galeria pública de artes e o grande teatro encontra-se fechado, segundo consta, para reformas. O que a senhora acha dessa promoção "descultural" do poder público itaunense?

LA: Como participo muito pouco em Itaúna, não tenho conhecimento do porque deste acontecimento, mas vejo a necessidade de estar sempre em manutenção um teatro. Espero que o resultado desta reforma atenda a expectativa de todos artistas. Lamento o Teatro estar parado por este tempo.

 

VF: O que poderia ser feito pelos poderes públicos municipais (Executivo e Legislativo), no sentido de promover a arte e a cultura de Itaúna?

LA: Como já temos vários espaços físicos em funcionamento, fica fácil esta promoção. Cabe ao poder público estar criando promoções que visem o crescimento dos artistas. Como a criação de uma fundação cultural, que seria uma alavancada em vários segmentos das artes.Também urge a criação de uma Academia de Letras e Artes a nível municipal, além da criação de uma Casa de Cultura que seja referência na região e no Estado.

 

VF: Como a cultura e as artes são tratadas nas cidades por onde a senhora tem passado?

LA: Com muita valorização. No Brasil, me encantou a cultura gaúcha e creio que é por se tratar um Estado de origem européia. Os países de primeiro mundo vivem sua cultura com mais intensidade; é quase uma obrigação do povo ser culto. Para isso a base vem no investimento desde a infância, o que não ocorre no Brasil.

 

VF: Sabemos que a senhora é também poetisa. Coloque-nos sobre esse seu dom e da possibilidade de publicar um livro de poesias em breve.

LA: Há alguns anos despertou em mim o desejo de escrever. Creio que as artes são gêmeas e como sou pintora de inspiração criativa, escrevo meus momentos em poemas. Sim, tenho pronto um livro, creio que em breve estarei promovendo seu lançamento, sob o título de "Particularidades". Participo da Antologia do Forte de Copacabana-RJ, com dois poemas de minha autoria. Em Lisboa, Portugal, integro uma Antologia de países lusófonos com cinco poemas, que será lançada em setembro de 2007.

 

VF: Quais são seus planos para sua carreira artística?

LA: Estou numa fase de transição artística, vivendo artes plásticas e literatura. Neste ano estou novamente explorando Minas Gerais e pretendo estar em Lisboa no mês de setembro para o lançamento da antologia.

 

VF: Agradeço pela entrevista e peço para nos deixar suas considerações finais.

LA: É gratificante estar falando de artes, mais ainda, estar falando para este conceituado jornal. Obrigada pela oportunidade, sucesso sempre. 

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Clique aqui para visitar o site de Lúcia Amaral.

 

- Fotos: Site de Lúcia Amaral.

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright 2004-2007, Pepe Arte Viva Ltda.

 

 
 
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