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Minas Gerais
Congonhas: Aos pés de uma constante ameaça Medo de barragem assombra moradores de Congonhas; alguns deixam a cidade*.
São 50 milhões de metros cúbicos - cerca de quatro vezes mais do que do Córrego do Feijão, que rompeu em 25 de janeiro – e, além do tamanho, chama atenção a localidade da estrutura, já que ela está a apenas 300 metros do perímetro urbano. Leia também: Outros destaques em Via Fanzine
Pânico e medo têm ganhado espaço no semblante de pessoas que convivem nos entornos de barragens. Em Congonhas, na região Central de Minas, são 24 estruturas, mas uma gigante chama atenção: a Casa Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CNS).
A barragem abriga aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos - cerca de quatro vezes mais do que do Córrego do Feijão, que rompeu em 25 de janeiro – e, além do tamanho, chama atenção a localidade da estrutura, já que ela está a apenas 300 metros do perímetro urbano. Caso uma tragédia acontecesse, um piscar de olhos seria o tempo que separaria a vida e a lama.
“São oito segundos. Não dá tempo de uma galinha bater asa”, desabafa dona Rita, moradora da cidade há vinte anos. “Vários moradores foram embora com medo porque ninguém dorme. A pessoa fica apreensiva. Nós precisamos de resposta, solução e ação. Não queremos briga, queremos só uma resposta”.
A Casa Pedra possui um modelo de construção diferente das de Córrego do Feijão (Brumadinho) e Fundão (Mariana). Feita a jusante, o modelo é, teoricamente, mais seguro do que as à montante, que romperam. No entanto, o prefeito de Congonhas, José de Freitas Cordeiro, alerta: “Não existe barragem 100% segura. Eu quero que eles me deem um documento sobre a segurança da estrutura”.
José de Freitas destaca que entende a importância do dinheiro arrecadado pelo município, mas que não é a prioridade. “Ajuda muito a cidade (o dinheiro), mas a prioridade é a segurança. O que queremos é a mineradora com sustentabilidade e segurança. A vocação de Congonhas é o minério. Não tem como falar que vou abrir mão de uma mineradora que gera a maior receita da cidade. Qual cidade não gostaria de ter a mina que Congonhas tem?”, pergunta.
O secretário municipal do Meio Ambiente de Congonhas, Neilor Aarão, cobra da CSN, empresa responsável pela barragem, um plano de segurança que ainda não foi entregue. “Eu diria que o nível de atenção é máximo. Estamos desde o ano passado negociando uma série de medidas e ainda não encontramos um amparo”, destaca.
* Informações da Rádio Itatiaia (BH). 22/02/2019
- Foto: Reprodução/Youtube.
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Crise nos municípios: Municípios solicitam intervenção federal AMM requer ao presidente Temer intervenção federal no Estado de Minas Gerais*.
O 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, entregou ao presidente Michel Temer requerimento de decreto para intervenção federal no Estado de Minas Gerais. Leia também: Outros destaques em Via Fanzine
Em reunião nessa segunda-feira, 19/11, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, prefeitos de todo o País se encontraram com o presidente da República, Michel Temer, quando apresentaram a pauta municipalista em debate na capital federal, dentro do evento “Encontro dos municípios com o presidente da República”, promovido pela entidade municipalista.
Na oportunidade, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, entregou ao presidente Michel Temer requerimento de decreto para intervenção federal no Estado de Minas Gerais, nos termos do artigo 34, V, “b” da Constituição Federal de 1988. O pedido atende também a solicitação de 18 associações microrregionais mineiras.
Segundo o presidente da AMM, foram esgotados todos os esforços e tentativas de diálogo com o Governo do Estado de Minas Gerais para a solução do confisco dos repasses aos municípios, além de ações nos órgãos judiciais e fiscalizadores, sem nenhuma resposta efetiva. “Tentamos o diálogo. Entramos com diversas ações, buscamos apoio de todos os poderes e nada. A dívida do Estado com os municípios só aumenta e já passa dos R$ 10 bilhões. O Estado voltou a confiscar o ICMS semanal e os municípios não aguentam mais. Por isso, estamos aqui, em Brasília, requerendo essa intervenção ao presidente Temer. A situação é gravíssima e as prefeituras estão à beira de fechar as portas, desencadeando uma crise sem precedentes em Minas Gerais”, desabafou Julvan.
O presidente Michel Temer se sensibilizou com a questão e prometeu tomar providências com o caso que envolve os municípios mineiros.
Força municipalista
Endossam o requerimento da AMM, as microrregionais de municípios: AMERP – Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Pomba; AMAPI – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Piranga; AMASP – Associação dos Municípios da Microrregião do Alto do Sapucaí; AMARP – Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Rio Pardo; AMVALE – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande; AMUC – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Mucuri; AMPLA – Associação dos Municípios da Microrregião do Planalto do Araxá; AMOG – Associação dos Municípios da Microrregião da Baixa Mogiana; ARDOCE – Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Doce; AMMESF – Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco; AMNOR – Associação dos Municípios da Microrregião do Noroeste de Minas; AMVAP – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba, AMESP – Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Sapucaí; ASSOLESTE – Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas; AMVER – Associação dos Municípios da Microrregião dos Campos das Vertentes, AMAV – Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Rio das Velhas, AMVA – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Aço e Nova AMBAJ – Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Jequitinhonha.
* Informações e imagem: AMM. 19/11/2018
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