JOÃO DORNAS FILHO

 ESCRITOR MINEIRO

Visite: www.viafanzine.jor.br/dornas.htm

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 CLIQUE AQUI para saber  mais sobre o trabalho do historiador João Dornas Filho.

 

 

Mais literatura em nossa página ESCRITORES

 

 

 

Lançamento:

Biografia de Jobs entre os mais vendidos

Biografia de Steve Jobs é o livro mais vendido pela Amazon em 2011

Um leitor segura a biografia de Steve Jobs, em Nova York.

 

Uma das biografias do co-fundador da Apple Steve Jobs se tornou o livro mais vendido da Amazon, apesar de ter sido recém-publicado no final de outubro, informou a distribuidora nesta segunda-feira.

 

"Steve Jobs", de Walter Isaacson, colocado à venda no dia 24 de outubro, três semanas depois do falecimento de Jobs, encabeça a lista dos livros mais vendidos da Amazon em 2011, que inclui os livros impressos e eletrônicos, segundo a companhia com sede em Seattle.

 

"Desde sua publicação em outubro, as vendas foram fenomenais em ambos os formatos", declarou Chris Schluep, editor chefe dos livros da Amazon.

 

O segundo da lista é "Bossypants", da humorista Tina Fey, e o terceiro "A Stolen Life", de Jaycee Dugard, sobre uma menina californiana sequestrada por duas décadas.

 

Entre os 10 primeiros estão vários livros publicados para o leitor eletrônico da Amazon, o Kindle.

 

A empresa não informou dados do número de exemplares vendidos por cada título.

 

* Informações de Emmanuel Dunand /AFP.

   12/12/2011

 

- Foto: AFP.

 

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Livros:

Aberta a XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro

Presidente Dilma Rousseff prestigiou o evento.

 

 

Foi aberta neste 1º/09, a XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Serão 11 dias de intensa programação cultural com a participação de autores de diferentes estilos.

 

Uma das presenças mais aguardadas foi da presidente Dilma Rousseff, que participou da solenidade de abertura do evento e discursou ao público.

 

Estão programadas atrações para todas as idades, sobretudo para crianças, com as já tradicionais sessões de autógrafos com Mauricio de Sousa, Ziraldo e Thalita Rebouças.

 

Leitores de livros policiais não podem perder Michael Connely e Scott Turow. Quem anda acompanhando a moda dos vampiros vai poder conversar com Anne Rice. Tem ainda Pepetela, Ferreira Gullar, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Luiz Ruffato, Michel Laub, Andrea del Fuego, Eduardo Sphor, Hilary Duff, William P. Young e muitos outros.

 

Quem nunca viu e-reader vai poder experimentar 20 modelos no espaço Bienal Digital, instalado no Pavilhão Verde. Atores e cantores também foram convidados. Eles vão ler textos de Castro Alves, Guimarães Rosa, João Cabral e outros.

 

E quem não faz parte dos mais de 5 milhões de brasileiros que já compraram seu exemplar de Ágape, é só dar um pulo no Riocentro que o padre Marcelo estará por lá no feriado de 7 de setembro. A programação completa da Bienal pode ser conferida aqui no portal do evento.

 

A XI Bienal do Livro do Rio de Janeiro será encerrada no dia 11/09.

 

* Com informações da PublishNews (RJ).

   01/09/2011

 

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Música:

Roberto Twiaschor lança livro em dezembro

Obra inclui aspectos biográficos, nos quais o autor destaca sua participação em eventos importantes, além da fundação de importantes orquestras brasileiras.

 

Da Redação*

 Via Fanzine

 

 

O músico Roberto Twiaschor, escreve seu primeiro livro aos 78 anos, “Memórias e outras histórias de um irrequieto violinista”. De acordo com ele, “O objetivo principal desta minha empreitada foi registrar os motivos que levaram à extinção o centenário e outrora glorioso Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, a ‘escola das escolas’ como a ela se referia Mário de Andrade”.

 

No livro também estão incluídos aspectos biográficos, nos quais o autor destaca sua participação em eventos importantes, como na execução da “Missa da Coroação”, de Mozart, por ocasião da inauguração de Brasília, concerto em Lucca, na Itália, por ocasião da V Sagra Musicale Lucchese e muitos outros.

 

Também são citadas as suas realizações no campo da música, como a criação das orquestras: Orquestra de Câmara de São Paulo, Orquestra L’Estro Armonico, Orquestra do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e Orquestra do Teatro Lírico de Equipe. Essas realizações contribuíram para o desenvolvimento cultural de nosso país.

 

“Memórias e outras histórias de um irrequieto violinista”, que descreve o triste fim do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, tem lançamento no dia 02/12, das 19 às 22 h, na Saraiva MegaStore, Shopping Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618 - Piso Higienópolis - São Paulo – SP).

 

* Com informações de Mara Montezuma Assaf (SP)

 

- Mais informações: Tel: (11) 3662-3060.

- Foto: divulgação.

 

 

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Lançamento:

‘O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos’

Livro de Joaquim Fernandes resgata vida e obra

de eminentes portugueses esquecidos pelo tempo. 

Da Redação*

Via Fanzine

 

O professor Joaquim Fernandes, historiador e docente da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em Portugal, está lançando “O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos” (Temas&Debates&Círculo de Leitores, 2009).

 

O prefácio é assinado por Carlos Fiolhais, que aponta, sobre os portugueses esquecidos, “Cientistas, escritores, matemáticos e inventores que deixaram um importante contributo em áreas como a química, a lógica, a física, a medicina. Resgatando muitas dessas figuras ao esquecimento, o historiador Joaquim Fernandes concretizou uma inédita pesquisa sobre os homens e mulheres que deixaram uma inquestionável marca na História”.

 

Também a crítica portuguesa opinou sobre a nova obra do professor Fernandes, “Deveria ser um manual escolar”, afirmou Tiago Cavaco, para a Revista Ler. Para Cavaco, “É revelador que O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos seja também e em grande medida uma coleção dos mais nobres traidores da Pátria. Traição aqui como a mais sublime devoção possível a um país. Boa parte desses valorosos concidadãos foi em vida apelidada de Judas pela sua própria terra. O mínimo que se espera é postumamente fazer justiça às suas memórias”.

 

Tiago Cavaco destacou também alguns inventivos portugueses, incompreendidos e injustiçados pela história, “Sabia que na corte de Catarina, a Grande, existia um médico português? Próximo da czarina, Ribeiro Sanches serviu a soberana russa sendo considerado um dos grandes precursores da reforma pombalina. Em Londres ardeu em praça pública Cavaleiro de Oliveira, escritor e diplomata que não se quis calar editando polêmicos escritos. Encarcerado na Junqueira morreu aquele a que os alemães chamaram de ‘Newton português’ – Bento de Moura, físico e inventor. Herói da independência do Brasil, Andrade da Silva descobriu o terceiro elemento químico, o lítio”.

 

Nesta sua nova obra, o professor Fernandes, faz jus a portugueses talentosos, lutadores e, por vezes, ignorados em vida. São destacados os atribulados percursos de vida de homens e mulheres que, dentro ou fora do país, deixaram um inquestionáveis contribuições. “Esquecidos, mas de extraordinárias vidas, é na verdade uma aventura a descoberta destes portugueses pelo mundo...”, afirma Fernandes.

 

No prefácio, Carlos Fiolhais, destaca o valor histórico do presente documentário, “A identidade nacional faz-se a partir da memória, mas a memória portuguesa é estranhamente seletiva. O historiador Joaquim Fernandes, neste seu livro bem documentado sobre os ‘portugueses esquecidos’, vem lembrar-nos muitos nomes que, apesar de o merecerem, não têm conseguido passar no crivo da nossa memória coletiva. As razões serão as mais variadas. Mas talvez a mais comum seja o fato de grande parte desses notáveis se terem ausentado do seu país natal (ou permanecido ausentes do país natal de seus pais). Muitos deles perseguidos na sua própria terra foram para longe e ficaram longe na nossa memória. Outros ficaram por cá, desafiando condições difíceis, mas foi como se tivessem ido para longe. Também foram injustamente ignorados”.

 

Na introdução da obra, justiça o autor, “Invocamos neste inventário – que não poderia ser definitivo, antes ilustrativo – o tríptico em que assenta o afrontamento e a incompreensão da sociedade portuguesa perante muitos criadores e pensadores da diversidade científica e cultural, das heterodoxias ideológicas e religiosas: errância, ignorância, intolerância, definem, a nosso ver, os nódulos conflituais que resulta(ra)m do cruzamento entre as minorias mais inconformistas e o corpo maioritário da nação”.

 

Sobre a pretensão de resgatar e também resguardar o nome e trajetórias de eminentes portugueses que deixaram valorosos legados não somente a Portugal, mas a todo mundo, afirma Fernandes que, “Pretende-se com esta divulgação histórica recuperar a memória de um longo cortejo de portugueses cuja obra, vilipendiada ou cerceada por obstáculos ideológicos vários, se diluiu nas ruínas de uma injusta amnésia coletiva. De uma forma didática, este espaço visa ajudar à formação de uma opinião leitora mais crítica que propicie novos espaços para a tolerância, incentive o reforço da nossa auto-estima comum e incorpore um conhecimento mais justo dos préstimos da cultura científica portuguesa para a constituição do saber universal”.

 

* Com informações e imagem fornecidas pelo autor.

 

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Lançamento:

‘Memória da imprensa contemporânea da Bahia’

Livro organizado pelo professor Sérgio Mattos é lançado pelo Instituto Geográfico da Bahia.

 

O Instituto Geográfico da Bahia lança o livro “Memória da imprensa contemporânea da Bahia”. A obra é organizada pelo professor doutor Sérgio Mattos, que é também colunista do jornal A Tarde, de Salvador e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Falando conosco, o professor Mattos afirmou que, “o objetivo é resgatar parte da historia contemporânea do jornalismo local contada a partir de depoimentos dos próprios jornalistas”.

 

O livro “Memória da imprensa contemporânea da Bahia” tem lançamento no dia 15 de julho de 2008, das 18 às 21h, no Panteon do Instituto Geográfico da Bahia.

 

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Rio de Janeiro:

A Festa Literária Internacional de Paraty

Evento reúne escritores na cidade histórica carioca.

Luís Melodia

 

Em agosto de 2003, a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) tornou-se a caçula da família de importantes festivais literários como Hay-on-Wye, Adelaide, Harbourfront de Toronto, Festival de Berlim, Edimburgo e Mântua. Com a presença de autores mundialmente respeitados, como Julian Barnes, Don DeLillo, Eric Hobsbawm e Hanif Kureishi, a primeira FLIP estabeleceu um padrão de excelência às edições seguintes. Em um curto período, ficou conhecida como uma das principais festas literárias internacionais, sendo reconhecida pela qualidade dos autores convidados, pelo irresistível entusiasmo de seu público e pela descontraída hospitalidade da cidade.

 

A FLIP já recebeu alguns dos grandes nomes da literatura mundial, como Salman Rushdie, Ian McEwan, Martin Amis, Margaret Atwood, Paul Auster, Anthony Bourdain, Jonathan Coe, Jeffrey Eugenides, David Grossman, Lidia Jorge, Pierre Michon, Rosa Montero, Michael Ondaatje, Orhan Pamuk, Colm Toíbín, Enrique Vila-Matas, Jeanette Winterson, J. M. Coetzee e Marcello Fois.

 

Dos brasileiros, alguns dos autores mais talentosos já estiveram na FLIP, como Ariano Suassuna, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Millôr Fernandes, Ruy Castro, Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Zuenir Ventura, Barbara Heliodora, Ruy Castro e Lygia Fagundes Telles, além de ícones da cultura brasileira como Chico Buarque e Caetano Veloso.

 

Com um repertório eclético de convidados – do dramaturgo inglês Tom Stoppard à psicanalista Elisabeth Roudinesco, do quadrinhista Neil Gaiman à roteirista argentina Lucrecia Martel –, a sexta edição da FLIP confirma mais que nunca sua vocação a mercado cosmopolita de todo tipo de idéias manifestadas através da palavra escrita.

 

A cada ano a FLIP homenageia um expoente das letras brasileiras. No primeiro ano, em 2003, celebrou-se o poeta e compositor Vinicius de Moraes (1917-1980). João Guimarães Rosa (1908-1967) foi o homenageado no ano seguinte. Em 2005 foi a vez de Clarice Lispector (1920-1977), em 2006, do baiano Jorge Amado (1912-2001), e, em 2007, do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Em 2008, ano do centenário da morte de Machado de Assis (1839-1908), a FLIP presta homenagem ao grande escritor carioca.

 

A música brasileira, uma das maiores riquezas da nossa vida cultural, não poderia estar ausente da FLIP. Os shows de abertura, que já valeriam a ida a Paraty, ofereceram aos convidados a chance de assistir Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto e José Miguel Wisnik, Orquestra Imperial e Maria Bethânia darem as boas-vindas aos visitantes da FLIP.

 

Enquanto a programação principal acontece na Tenda dos Autores e é transmitida ao vivo na Tenda do Telão, vários outros eventos ocorrem simultaneamente em diversos locais. A Oficina Literária, destinada a jovens aspirantes a escritor, é realizada por grandes autores brasileiros e internacionais. Há também uma programação exclusiva para as crianças – a FLIPINHA –, em que jovens estudantes de Paraty apresentam o resultado de seus trabalhos inspirados no universo literário e participam de palestras com autores convidados. O sucesso da Festa também estimulou o desenvolvimento de uma programação de leituras, shows e lançamentos de livros, batizada de Off-FLIP.

 

Paraty é uma cidade litorânea contornada pelo mar azul-turquesa da baía da Ilha Grande e por grandes faixas intactas de mata atlântica. Localizada a aproximadamente quatro horas de carro do Rio de Janeiro e de São Paulo, esse antigo porto, de onde se enviava a maior parte do ouro do Brasil ao Velho Mundo, é uma cidade histórica que atrai muitos eventos culturais. Poucos locais poderiam ser mais agradáveis para sediar a FLIP que esta charmosa cidade. Suas ruas de pedra propiciam encontros casuais proveitosos, enquanto restaurantes e bares convidam a um bate-papo descontraído. As pousadas e os serviços oferecem excelente padrão de qualidade.

 

Desde a primeira edição, o crescimento da Festa Literária está intimamente ligado à vida e às necessidades de Paraty. Artistas locais, comerciantes, hoteleiros e donos de restaurantes acolhem a FLIP, que, por sua vez, mantém os habitantes locais ativamente envolvidos. Por tudo isso, a FLIP se destaca de outros encontros literários contribuindo para a atmosfera alegre e calorosa que tem caracterizado esse grande evento.

 

* Informações e foto do site do evento: www.flip.org.br.

 

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São Paulo:

Zil Miranda aborda desempenho da Embraer

Empresa brasileira é destaque no mundo dos negócios aeronáuticos. 

Da Redação

Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

A escritora Zil Miranda lançou nesse dia 17/12, seu livro O vôo da Embraer (Editora Papagaio), obra que aborda a competitividade brasileira na indústria de alta tecnologia aérea.

 

A Embraer, empresa de capital nacional tem se destacado no mundo dos negócios aéreos ao exportar para diversos países suas aeronaves para uso comercial fabricadas no Brasil.

 

O lançamento do livro O vôo da Embraer, aconteceu no Bar Balcão (rua Mello Alves, 150, São Paulo-SP), a partir das 19h do dia 17/12/2207. A produção do livro é uma iniciativa da Editora Papagaio e do Departamento de Sociologia da USP, com apoio da FAPESP.

 

- Para adquirir peça para livros@editorapapagaio.com.br.

 

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O cronista e autor Márcio Kneipp, articulista de Via Fanzine estará participando da XIII Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Kneipp estará acompanhado de seu parceiro Pedro Toledo. Ambos são autores do livro “A Teia do Caracol” (Nitpress), lançado em 2006.

 

O livro aborda a criminalidade no Brasil, com ênfase para o Rio de Janeiro. Na obra, os autores, cobram soluções das autoridades que, passivas ou coniventes com o mundo do crime, não têm desempenhado com êxito suas funções, o que faz da vida do povo brasileiro um verdadeiro terror.

 

A bienal estará aberta ao público de 13 a 23 de setembro. Kneipp e Toledo estarão autografando o livro “A Teia do Caracol” no estande da editora Nitpress, no dia 16/09, a partir das 17h, no Rio Centro (avenida Castro Alves, Pavilhão Laranja).

 

+ sobre Márcio Kneipp:

Pagina oficial:

http://www.viafanzine.jor.br/kneipp

 

Entrevista exclusiva com Kneipp e Toledo:

http://www.viafanzine.jor.br/entrevistas7.htm

 

+ sobre “A Teia do Caracol”:

http://www.viafanzine.jor.br/caracol.htm

 

 

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Mídia Controlada:

Livro acende o necessário

debate em torno da censura

 

Carlos Eduardo Lins da Silva*

Especial para a Folha de S.Paulo

 

Mídia Controlada - livro de Sérgio Mattos

 

A liberdade de expressão é uma das mais importantes conquistas democráticas da história. Todos os países do mundo passaram a maior parte de sua história sem desfrutar desse bem, atualmente considerado indispensável para o convívio social construtivo.

 

Os brasileiros conquistaram esse direito há muito pouco tempo. Mesmo assim, ele ainda sofre ameaças graves, como se percebe em diversas iniciativas de poderes políticos diversos com o objetivo de restringi-lo ou mesmo eliminá-lo simplesmente.

 

O jornalista e professor Sérgio Mattos acaba de lançar um livro de extrema utilidade para a preservação dessa prerrogativa. Com extraordinário poder de concisão, ele traça em "Mídia Controlada" um histórico abrangente da censura no Brasil e no mundo.

Para demonstrar como é atual e necessário esse tipo de debate, Mattos abre o seu trabalho com exemplos muito recentes de tentativas de atentar contra a liberdade de expressão neste país por parte de instrumentos de Estado.

 

Para não se ater ao Poder Executivo, origem das três situações citadas, Mattos talvez devesse ter incluído a ação de juízes, que têm determinado apreensão de livros e proibido a veiculação de informações sobre determinados temas em veículos jornalísticos.

 

'O problema principal desse tema deriva do fato constatável

e bastante humano de que todos são a favor da liberdade

de expressão quando fazem o papel de estilingue'

 

Mas isso, de modo algum, diminui a importância e a abrangência do estudo de Mattos, que analisa diversos países, inclusive os Estados Unidos, sociedade onde a liberdade de expressão talvez esteja mais enraizada e, mesmo assim, como mostra o autor, ainda sofre intimidações, como se observa desde o 11 de Setembro de 2001.

 

No Brasil, apesar do artigo 220 da Constituição de 1988, formalmente continua a viger a Lei de Imprensa (a 5.520, de 1967) do regime militar.

 

Embora tenha sido relegada à irrelevância, ela sobrevive e pode ser usada se alguém desejar fazer assim - como o presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) no processo que moveu contra Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, em 1991. Essa é uma das inúmeras demonstrações absurdas de como o emaranhado de leis cria obstáculos para a consolidação das instituições no país. É essa rede de conflitos e inoperância que permite a ocorrência de abusos desmedidos contra a liberdade de expressão, apesar do claro desejo dos constitucionalistas para que isso não acontecesse.

 

Mattos discute se deve haver uma nova lei de imprensa. Cita os que alertam para o perigo de criar uma "indústria das indenizações" se o anteprojeto em debate no Congresso vier a ser aprovado com o texto atual.

 

Talvez o mais recomendável seja simplesmente não haver nenhuma lei de imprensa. Que os excessos do usufruto da liberdade de expressão sejam punidos pela lei penal comum, que já prevê sanções a quem cometa calúnia, injúria e difamação.

 

A experiência nacional é que a fartura de instrumentos legais, longe de auxiliar a sociedade, com freqüência a prejudica. Mattos se restringe em seu livro à ação do Estado no cerceamento (ou tentativa de) à liberdade de expressão.

 

Poderia, se o quisesse, ampliar o espectro e analisar como a criação de oligopólios econômicos da iniciativa privada também coloca em risco esse direito.

 

A convergência de meios de comunicação e a concentração setorial na economia se constituem em poderosos instrumentos capazes de ferir aos interesses da cidadania, como se tem visto em diversos incidentes nos EUA e em outros países.

 

É legítimo, porém, o objetivo do autor de se ater apenas à relação entre Estado e meios de comunicação. Afinal, é ele quem tem o monopólio do poder de censura formal e é dele que, com freqüência, emanam os principais atentados à liberdade de expressão.

 

O problema principal desse tema deriva do fato constatável e bastante humano de que todos são a favor da liberdade de expressão quando fazem o papel de estilingue, mas se sentem tentados a impedi-la quando passam à condição de vidraça.

 

Raros são os que mantêm a coerência de princípios quando se sentem prejudicados pelo uso da liberdade de expressão. Esses, especialmente quando chegam à condição de governantes, são os grandes heróis desse direito.

 

Felizmente, a sociedade brasileira teve a sorte e o engenho de ter contado com pessoas capazes desse prodígio no período em que os alicerces da democracia foram erguidos no fim da década de 80.

 

Ainda há muito a ser feito para que todo o edifício democrático se consolide. Manter, expandir e garantir a liberdade de expressão é uma das tarefas mais fundamentais para tanto.

 

Livros como o de Sérgio Mattos, capazes de motivar e ampliar o debate sobre esse tema, são instrumentos importantes para que isso ocorra.

 

 

* Carlos Eduardo Lins da Silva é jornalista e diretor da Patri Relações Governamentais e Políticas Públicas.

 

- Crítica publicada pela Folha de S.Paulo no dia 02/01/2006.

 

O  livro Mídia Controlada: a história da censura no Brasil e no mundo (232 páginas, R$ 30,00) de Sérgio Mattos, pode ser  adquirido nas principais livrarias do Brasil ou através da Editora Paulus pelo e-mail: editorial@paulus.com.br ou telefone (11) 5084-3066  e fax (011) 5579-3627. O endereço postal da Editora Paulus é: Rua Francisco Cruz, 229 – Cep 04117-091 – São Paulo - SP- Brasil. Web site: www.paulus.com.br.

 

 - Para saber mais sobre Sérgio Mattos:

Entrevista ao portal Via Fanzine:

http://www.viafanzine.yan.com.br/entrevistas3.htm

 

Home page oficial:  www.sergiomattos.com.br

 

Blog:  http://smattos.blog.com e http://metasigma.multiply.com 

 

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'Cinema dos anos 90' novo livro de Denilson Lopes*

O cinema está hoje no lugar em que a pintura e a literatura estavam no século XIX.

 

 

Novo livro de Denílson Lopes reúne  coletânea com  23 artigos

sobre filmes de longa metragem lançados no Brasil dos anos 90.

A década de 90 talvez seja lembrada no campo da cultura pelas discussões da Pós-Modernidade e da globalização, em especial pelas marcas dos produtos culturais criados. O cinema, pensado como resultado das idéias e das condições sociais, econômicas e culturais que estimulam e delimitam sua produção, é uma reflexão sobre os traços deixados pelas relações entre o estético e o cultural daquela época “Creio que ainda vivemos um longo período iniciado nos anos 70, quando os movimentos de vanguardas entraram em declínio, os valores do novo e da ruptura passaram a ser mais um item a ser vendido na indústria cultural. Creio que ha mais continuidade do que descontinuidade em relação as duas décadas do século passado”, diz Denilson Lopes, Professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasilia, que organiza o livro Cinema nos anos 90. O livro, publicado pela Editora Argos, é referência sobre o cinema desta época, vista por 26 críticos brasileiros.  

Ao contrário daqueles que apostavam na morte do cinema nos anos 70, o livro mostra que o cinema “vai muito bem obrigado”. O  que aconteceu  foram transformações que atingiram a todas as linguagens e expressões artísticas. A obra reúne  uma coletânea com  23 artigos sobre filmes de longa metragem lançados no Brasil. Os autores que participam da obra, em sua grande maioria  professores universitários ligados a área de cinema, puderam escolher seu próprio filme para comentar.  

Nas 381 páginas, há um predomínio de filmes autorais, mas existe uma amplitude na escolha. O livro não traz os melhores filmes da década; é um levantamento mais afetivo do que totalizante, indo desde cineastas que aparecem com toda força neste período como Hal Hartley,  Jane Campion, Kiarostami, John Sayles, Lars von Triers, Tim Burton, Paul Thomas Anderson, Julio Medem, Tarantino, Tsai Ming Liang, Wong Kar Wai e Alejandro González Iñarritu, a cineastas que vindos dos anos 80 que produzem obras significativas como Greenaway, Lynch, Almodovar ou Cronenberg, a veteranos como Kieslowski, Manoel de Oliveira, Altman e Kubrick.

O livro traz uma  nova geração de críticos que produzem reflexões sobre arte e cultura contemporanêas, interessando não só professores e críticos, mas também a estudantes podendo atingir um público mais amplo.  Denilson já tem dois livros publicados: “Nos os mortos: melancolia e neo-barroco” (RJ,7Letras, 1999) e “O homem que amava rapazes e outros ensaios” (RJ, Aeroplano, 2002). No momento, está preparando um novo livro que propõe uma estética para contemporaneidade, bem como a defesa de valores como os da delicadeza e da leveza.

* Release enviado pela Editora Argos.

- Foto: Divulgação.

'Cinema dos anos 90'- 381 páginas (16x23). Preço de capa: R$ 44,00.

- Mais informações e pedidos:  Editora Argos - pedidos@unochapeco.edu.br

 

*  *  *

Gustavo Dourado:

Sob o signo da invenção*

Sob o signo da invenção, o baiano oriundo de Ibititá (região de Irecê), Chapada Diamantina, Bahia, mas residente há 29 anos em Brasília, Gustavo Dourado, de pseudônimo Amargedom, propõe-se a reinventar e, com tal intenção, envereda sua poesia pelos campos da ecologia, da informática, da política, da economia, do cinema, das artes gráficas, da semiótica, da crítica e da sátira, da ironia, da denúncia, da literatura de cordel, de muito mais e de tudo enfim procurando abrir brechas na vastidão de possibilidades que lhe oferecem as palavras e uma prole numerosa de signos icônicos e indiciais.

 

 

 

 

 

 

 

  Gustavo Dourado

 

Trata-se de um criador multimídia, a movimentar um poderoso arsenal de recursos poéticos e transpoéticos, de inesgotável utilização dentro de sua determinação em desvendar os segredos do mundo e denunciar suas mazelas, fazer apologias e proferir julgamentos, inventando linguagens e postando-se em estado permanente de criar. Não recua diante da necessidade de criação de novas palavras, por fusão, aglutinação ou justaposição, nem diante do caos em que porventura essa fertilidade resulte. Quanto a isto, a terra é fecunda, por vezes apocalíptica.

 

Glauberrando, cinemagia, Rimbaudelaire, fonemastigando, termos colhidos a esmo, são apenas alguns exemplos, de que o verbo volpintar, usando o sobrenome do pintor italiano-paulista, impressionou o crítico de arte Olívio Tavares de Araújo. Poundiano, concreto, expressionista, pop, rótulos por certo não faltarão para pregar na testa de Amargedom, em quem Darcy Ribeiro viu "o faro, o ritmo, a vibração, a energia e a criatividade dos grandes poetas", e Affonso Romano de Sant'Anna, uma poesia a estilhaçar "ironias em granadas a granel, infinita e iluminada". Moacyr Scliar o qualificou como "expressão maior da cultura brasiliense".

 

* Texto de autoria da Comissão Editorial Selo Letras da Bahia.

- Foto: Divulgação.

 

 

Torquatian@

(Gustavo Dourado)

 

 

Anjo louco renascente

Anjo barroco cigano

Netuno do oceano

Sertanejo universol

Torquato fenomenal

És poeta soberano 

 

Desfolhaste a bandeira

Da manhã luz tropical

Estrela d'alva serena

Vespertina musical

Ritmaste a nova era

Iluminando o carnaval

 

Combateste o arcaísmo

O modismo, a opressão,

Ao morrer eternizou-se

Sem medo da repressão

Foste vítima da tortura

Da angústia da razão 

 

Antropófago criativo

MultiArtista criador

Mago do tropicalismo

Morreu de arte e amor

Morreste abandonado

Pelo sistema jogado

No precipício da dor...

 

ILUSTRAÇÃO: AMORIM

 

- Gustavo Dourado na Internet:

www.gustavodourado.com.br

www.gustavodourado.ebooknet.com.br

Literatura de Cordel*

No Brasil, o cordel ganhou estatura poética no Nordeste do Brasil,

pelas bandas do Sertão do Cariri e diversas paragens do Nordeste brasileiro.

 

As influências são multidiversas:desde a poesia árabe, mediterrânea, hindu e persa à poética egípcio-hebréia- greco-latina e afro - indígena... Entretanto, a Poesia de Cordel tem a sua força na expressão ibero-lusitana - brasilíndia e galego-castelã...
Foi na Espanha e em Portugal, que a poesia de cordel ganhou feição e postura literária.

 

É na poesia cavalheiresca e trovadoresca que o cordel se inicia de forma pungente e pujante, principalmente a partir dos 12 pares da França, de El Cid, O Campeador e da obra monumental de Camões e Cervantes, ambos influenciados por Dante Alighieri.
Os reis trovadores Dom Diniz e Dom Duarte foram nossos precursores ibéricos.

 

A Literatura de Cordel foi enriquecida pela criatividade e maestria de Gil Vicente, Camões, Gregório de Matos, Bocaje, Castro Alves, Rabelais, Cervantes, Catulo da Paixão Cearense, Ascenso Ferreira e dos mestres e pesquisadores da cultura popular: Leonardo Mota, Luiz da Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, Jorge Amado, Glauber Rocha, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida, Sebastião Nunes Batista, Sílvio Romero, Cavalcanti Proença,Vicente Salles, Téo Azevedo, Orígenes Lessa, Mário Lago, Jerusa Pires Ferreira, Joseph Luyten, Mark Curran, Silvie Raynal, Raymond Cantel, Zé Ramalho e tantos outros nomes de destaque.

 

'O cordel continua e sobrevive, apesar das idiossincrasias,

intempéries e dificuldades e das antropofagias

da Indústria cultural midiática e globalizante...'

 

No Brasil, o cordel ganhou estatura poética no Nordeste do Brasil, pelas bandas do Sertão do Cariri, do Pajeú, da Serra do Teixeira, Campina Grande, João Pessoa, Caruaru, Juazeiro do Norte, Crato, Recife, Fortaleza, Salvador, Serra Talhada, Mossoró, Caicó, Paulo Afonso, Feira de Santana, Juazeiro, Petrolina, Irecê, Chapada do Apodi, Serra da Borborema, Chapada Diamantina, Rio, São Paulo, Brasília e pela vastidão dos lugarejos,arraiais, vilas e cidadelas da caatinga e do agreste, com os vates - poetas Leandro Gomes de Barros, Rodolfo Coelho Cavalcante, Francisco Chagas Batista, Francisco Sales Areda, Manoel Camilo dos Santos, Minelvino Francisco da Silva, Caetano Cosme da Silva, João Melquíades Ferreira da Silva, José Camelo de Rezende,Teodoro Ferraz da Câmara, João Ferereira de Lima, José Pacheco, Severino Gonçalves de Oliveira, Galdino Silva, João de Cristo Rei, João Ferreira de Lima, Antônio Batista, Laurindo Gomes Maciel, Manuel Pereira Sobrinho, Antônio Eugênio da Silva, Augusto Laurindo Alves( Cotinguiba), Moisé Matias de Moura, Pacífico Pacato Cordeiro Manso, José Bernardo da Silva, Cuíca de Santo Amaro e João Martins de Athaide, Francisco Gustavo de Castro Dourado( Amargedom), João Lucas Evangelista, Zé de Duquinha, Audifax Rios e Rubênio Marcelo, entre outros nomes significativos do passado e da atualidade, entre tantos baluartes da Poesia Popular e do Romanceiro do Cordel..

 

Convém ressaltar figuras de destaque, mistura de cordelistas e cantadores como Zé Limeira, lendário Poeta do Absurdo, de Orlando Tejo e Patativa do Assaré, da Triste Partida,Zé da Luz, Raimundo Santa Helena e Franklin Machado Nordestino. Além de centenas de cordelistas que divulgam os seus trabalhos na Internet. Temos até a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

 

O cordel continua e sobrevive, apesar das idiossincrasias, intempéries e dificuldades e das antropofagias da Indústria cultural midiática e globalizante...

 

São imprescindíveis a abertura de espaços e fóruns de discussão e de publicação de textos de cordel, de autores tradicionais e contemporâneos para dinamização do movimento da Poesia Popular Universal...A Internet é um espaço primordial...

- Colaborou: Gustavo Dourado.

 

*  *  *

 

 Literatura brasileira:

Plínio, o maldito literário

'Eu nunca fui um escritor profissional. Morreria de fome se fosse viver dos meus livros.

Teria de acabar fazendo milhares de concessões. Mas camelô, ah!, isso eu sou bom; vendo meus livros, dou autógrafos e prometo morrer logo para valorizá-los'

Plínio Marcos

Por Pepe CHAVES

EDITOR DE Via Fanzine

 

Plínio Marcos nasceu em Santos/SP e se consagrou como dramaturgo no Brasil, ao ter seus textos representados por grandes nomes do teatro e da televisão brasileira. Apelidado de o “Maldito”, Marcos é autor de textos sobre temas polêmicos acerca do relacionamento humano, dentre eles, a prostituição, o homossexualismo e o submundo das drogas, da malandragem e das contravenções. Protagonizou, na vida real, o típico personagem do underground paulista dos anos 60 e 70.

 

Plínio Marcos trabalhou também como ator e jornalista, desempenhando ainda a função de técnico da antiga TV Tupi de São Paulo. Antes, porém, tentou sua fama como jogador de futebol, sendo mal sucedido no esporte, buscou a seguir suas primeiras encenações: trabalhando como palhaço de circo por cinco anos. Aos 22 anos escreveu seu primeiro texto que encaminhado por sua amiga Patrícia Galvão, se tornou a sua primeira montagem teatral, Barrela. A partir daí, Plínio Marcos seguiu pelo mundo teatral, como ator, ou como autor, sempre buscando inspiração em suas vivências passadas, nada fáceis, e na sua experiência de profissional polivalente das artes.

 

De 1968 a 1969, Marcos trabalhou como ator na novela Beto Rockfeller, da Rede Tupi, estrelada pelo ator global Luiz Gustavo. Naquela época, Plínio Marcos ascendeu como pensador no cenário brasileiro, despertando a atenção dos militares que governavam o país. Alguns de seus escritos, sobretudo, a peça "Navalha na Carne", era uma afronta aos generais que dominavam o Brasil. Para fugir da perseguição, segundo ele, o melhor foi ficar em evidência, como, por exemplo, fazendo pontas em programas de televisão.

 

Na mira da Censura, Barrela foi proibida durante o governo militar e, em 1970, Abajur Lilás foi censurada, sendo que ambas as peças só foram liberadas  partir de 1980. Chegou-se ao ponto, durante o regime militar, de se ter todos os seus textos proibidos e o autor sentir a frustração de não poder trabalhar. Porém, com o fim da Ditadura na década de 80, seus textos foram liberados e muitas outras pessoas vieram a conhecer o trabalho de Plínio Marcos. Com o fim da censura, literalmente mais maduro, passou a abordar o universo espiritual, escrevendo, dentre outros trabalhos, Jesus Homem e Madame Blavatsky.

 

Plínio Marcos possuía o dom da escrita e pôde casar de forma literalmente correta, a gíria dos subúrbios com a linguagem formal, seduzindo e encantando leitores de todas as classes sociais. Fez escola no teatro brasileiro e sua memória permanece viva, através inúmeros trabalhos que ele legou à dramaturgia brasileira e hoje se encontram são apresentados em diversas cidades do país.

  

Seus clássicos no Teatro:

"Barrela" (1958), "Dois Perdidos Numa Noite Suja" (1966), "Navalha na Carne" (1967), "Quando as Máquinas Param" (1972), "Madame Blavatsky" (1985).

Livros: "Malagueta, Perus e Bacanaço", "A Dama do Encantado", "Abraçado ao meu Rancor", ''Leão-de-Chácara'' e ''A Dama do Encantado'', entre outros.

Fotos: www.pliniomarcos.com /Arquivo Via Fanzine.

 

 

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O encontro adiado

 

Fernando Sabino foi o sobrevivente de uma geração. Ao lado de Helio Pellegrino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende formou uma curiosa confraria, celebrizada pela literatura mas cimentada na profunda

cumplicidade existencial.

 Por Leo Martins

 

Os Quatro Mineiros entraram para a história da literatura por acaso, pois o que os manteve unidos foi, acima de tudo, os vínculos de fogo da amizade, vínculos partidos sucessivamente pela morte precoce dos três e jamais cicatrizados num Fernando que passou seus últimos anos distante de entrevistas e aparições públicas, revirando gavetas, publicando inéditos e desenterrando correspondências, cioso de uma posteridade digna, livre de qualquer tipo de oportunismo ou apropriação. Morreu nesta cinzenta segunda-feira, em casa, cercado pelos filhos, na véspera de completar 81 anos.

 

Nas bibliografias, constam mais de 30 títulos publicados, entre romances, contos, novelas, relatos de viagens e correspondência. Escreveu muito e para muitos, tinha entre seus leitores uma impressionante diversidade de perfis e idades, sendo a única constante os jovens, que sempre passavam por suas deliciosas crônicas ou por romances como “O grande mentecapto”. Era, mais do que tudo, um raro escritor formador de leitores - e não apenas para seus livros. Como poucos, fez jus ao título da antológica série de crônicas publicada nos anos 70: “Para gostar de ler”.

 

Seu estilo límpido e fluente só teve a leveza como marca porque esta era resultado de uma lenta depuração dos volteios da barroca alma mineira, torturada entre os impulsos da vitalidade e os interditos da moral. A graça de, por exemplo, “O homem nu” só seria possível com a penosa gestação de “O encontro marcado”, um dos dez melhores romances brasileiros do século XX e um dos retratos mais lúcidos e emocionados daquele momento na vida em que é preciso decidir: amadurecer é transformar a convulsão em experiência ou administrar as frustrações de uma vida conforme?

 

Em 1956, quando o romance foi publicado, Antonio Candido definiu-o como “o moto contínuo da alma ofegante”. Não conheço síntese melhor para a história dos três amigos que, na Belo Horizonte opressiva dos anos 40, flertavam com a literatura e consumiam-se em dúvidas, reunindo-se na praça para “puxar angústia”. Aprendiam, na marra, que viver seria eternamente encontrar-se com o Outro, fosse ele um amigo, um amor ou Deus. Ignorá-lo é consumir-se em egoísmo e limitação; transformá-lo em tábua de salvação é diminuir sua própria responsabilidade e importância na vida, deixando-a passar em branco.

 

A primeira leitura de “O encontro marcado” – só aos 29 anos, muito mais tarde do que em geral lê-se este livro - deu-me um personagem e uma convicção. O personagem foi Hélio Pellegrino, tema de um dos Perfis do Rio, do recente Arquivinho publicado pela editora Bemtevi e elo de união com pellegrinos que transformaram-se em amigos queridos. Com este livro veio ainda a convicção de que é melhor saber puxar a angústia antes que ela te puxe e de que a amizade, o dedicar-se de alguma forma ao Outro, é um dos pouco valores que valem a pena serem cultivados.

 

Quando estava tentando decifrar meu personagem, pedi muitas vezes uma entrevista a Sabino. A mais doce das recusas era sempre acompanhada por um livro autografado, o mais querido deles uma edição especial de “O menino no espelho”. Livro publicado, recebo um dia na redação do “Globo” um telefonema: “Aqui é o Fernando Sabino”. E aquela voz, para mim inacessível e um tanto irreal, me contou o quanto gostou do retrato do Helio, de sua preocupação de que o enfático amigo se transformasse numa caricatura e ainda arrematou, bem ao seu jeito: “Viu como não precisava da minha entrevista?” Daí para frente foram outros telefonemas esparsos, recados que deixei na secretária eletrônica quando, fascinado, vi que a correspondência “Cartas na mesa” era uma espécie de making of do “Encontro marcado”.

 

Em junho passado, a publicação de “Movimentos simulados” me levou a escrever, aqui em No Mínimo, uma carta-aberta a ele, falando da importância para os jovens escritores de um livro que ele já dispunha muito bem no escaninho da posteridade. A resposta veio, semanas depois, num recado enviado através do jornalista Mauro Ventura, amigo em comum: “Fernando adorou o texto, quer falar com você”. Nenhum dos dois ligou para o outro, mas ambos sabíamos o que teria sido dito.

 

Como se pode homenagear adequadamente alguém que escreveu o livro que você gostaria de ter escrito e que, através dele, mudou de muitas formas a tua vida? Nada disso cabe entre as duas datas do obituário. A única resposta possível, pelo menos agora, é esta, puxar a angústia da morte para mais rápido libertar-se dela, sentir a perda de um amigo que nunca o foi pessoalmente mas que sempre consolou e esteve por perto - como só o mais fraterno dos companheiros pode conseguir fazer.

 

* Fonte e fotos: http://nominimo.ibest.com.br

 

 

 ²²²

Pepe Chaves lança seu terceiro livro

 

"Memórias de uma rua", autobiográfico,

 é o terceiro livro de Pepe Chaves.

Pepe Chaves/Arquivo Via Fanzine.

- MEMÓRIAS DE UMA RUA, crônicas, de Pepe Chaves, 2004, (Pepe Arte Viva, Itaúna-MG).

            Se recordar é viver, vivo bem, obrigado. E digo que vivo bem não somente porque tenho o hábito de recordar, mas porque as recordações sempre me são boas, exorcizando toda a tristeza que por vezes, pairou em minha vida. Creio que todo itaunense é um saudosista nato, gostamos de relembrar, contar causos, rir do que passou e registrar fatos que por algum motivo se tornaram memoráveis. Salutar este comportamento, pois deixa explícito o quanto nós aprendemos e crescemos com aquilo que vivenciamos, tanto que levamos tais episódios conosco para o resto de nossas vidas. Creio que esta mania não é exclusividade dos itaunenses, mas sim uma das características mais marcantes do humanismo do povo mineiro em geral.

            Dez vezes mais que o conteúdo destas folhas poderia ter sido escrito sobre a rua Godofredo Gonçalves e seus ilustres “personagens reais”, figurados aqui em modestas facetas esboçadas pela mão de meu coração. Muito além do que transparece aqui de cada um deles, é cada pessoa que cito, com seu estilo de vida próprio, manias e comportamentos legítimos. Muito mais poderia prolongar sobre cada personagem real desse pequeno livro, mas o objetivo maior é apenas sintetizar um tempo em comum, onde curiosas e boas lembranças foram perdidas numa Itaúna que ficou para trás... No entanto, outras destas lembranças foram encontradas naquela Itaúna sonolenta e até poeirenta dos anos 70 e aqui estão como prova de um tempo, de um povo que amadurece!

            O universo continuou se expandindo e assim, o tempo não parou e nós continuamos... Continuamos passando por aquela rua hoje em dia, vendo-a mudar um pouco a cada hora registrada no relógio... Mas a casa que morei, creio que a mais antiga da rua, ainda está lá, por incrível que pareça... Pelo menos até então! Mas quantas pessoas já não mais estão por ali? Um bocado, eu diria, mas aqui nestas páginas, eternamente estarão naquela rua, pois ela não seria a mesma hoje sem elas lá um dia. Então, mesmo com o Tempo os levando dali, ou mesmo dessa vida, creio que o espírito daquela rua ainda está impregnado pela energia dessas pessoas.

            Quando escrevi estas crônicas, me espantei com a reação positiva dos leitores quando foram publicadas em Via Fanzine, de 1997 a 1999. Muitas pessoas me paravam nas ruas ou em locais diversos para comentarem sobre “as memórias da rua”; e olhe que a maioria nunca morou por aquelas bandas! Daí, digo  que  o  itaunense  gosta mesmo de causos! Na verdade, mais que saudosista, o itaunense em geral parece-me um “trocador de experiências”; um “buscador de novidades”; sejam elas ‘novas ou velhas’... E dependendo do caso, quanto mais velha a novidade, melhor! Ele a considera rara! E como toda raridade, ele a guarda com carinho, sempre num local muito especial, por tempo indeterminado...

            Na verdade, “a rua” foi uma extensão para que eu pudesse conhecer outros locais e pessoas da cidade. Ali foi meu trampolim para o mundo, para a vida além das portas de e janelas de minha casa. Então, diria que outros locais e pessoas sempre estiveram associados à rua Godofredo Gonçalves, pelo menos para mim.

Sei que não estarei mais aqui fisicamente, quando daqui a algumas dezenas de anos certas pessoas tiverem acesso a estas modestas memórias. E para estes leitores que ainda virão, eu digo: estou aqui ainda! Estou de alguma forma e sempre estarei presente no clima desta cidade, ela não seria a mesma se eu não tivesse passado por aqui um dia... Da mesma forma que não seria a mesma, se cada pessoa (itaunense ou não) não tivesse aqui residido, trabalhado e feito esta cidade tomar sua forma atual, em todos os seus aspectos físicos e humanísticos. Para estes leitores do futuro, digo: meu espírito pedranegrense está por aí sim... Talvez nos quintais das casas daquela rua, ou de outra rua que morei; ou nos estúdios da Rádio Clube, na rua São José, no princípio dos anos 70 (já que, creio, espírito pode regredir e progredir no Tempo); ou posso estar ainda batendo uma pelada no campinho, ouvindo o César me xingar porque chutei uma bola errada ou deixei de dar um passe fatal num treino ou jogo do Granada...  Posso estar soltando papagaio com meu irmão Joel ou pajeando o Marco para minha mãe... Posso estar “caçando pombos”, na Rua da Ponte ou na Vila Mozart, na casa do Fico com o Láu e o Cuia, columbófilos da vila, negociando preços de pombos... Posso estar na quadra do Colégio Estadual ou no pátio do Grupo Escolar “Dr. Augusto Gonçalves”, numa aula de redação com a Dª Maria Lúcia ou de Matemárica com a Dª Jovita... Quem sabe estarei no sótão da casa do Dr. Dario com o Del, fuçando ninhos de pombos... Ou estaria na rua Santana jogando no time dos meninos do Zé da Iara? Poderia estar na casa do Joacy, com o Cabeça me ensinando a fazer tabela de campeonatos de futebol... Quem sabe comendo uma das guloseimas feitas pela Cica? Não da “Cica” (do elefante), mas da Itajacy... Enfim, só Deus sabe! Mas sempre estarei por aí...

            Nestas páginas trago-lhes uma realidade nua e crua, não uma ficção, ou fatos bordados em cima de uma vivência que tive. Estes personagens são reais, alguns, me tocaram profundamente e fizeram parte da minha educação e formação humanística, colaborando por me propiciar uma concepção própria da vida humana na Terra. E justamente, toda essa troca de experiência e aprendizado, nada mais é do que uma grande porção daquilo que me transformou no ser humano que hoje sou, não um anjo, nem demônio, diria que apenas um itaunense, bem comum... Graças a Deus!

O Autor.

    Clique aqui para ler o prefácio do Prof. Cláudio Tsuyoshi Suenaga.

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