UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

 

 entrevistas

 

 Entrevistados nessa página:

Alberto Romero

Mário Nogueira Rangel

 

 

Exclusivo UFOVIA:

Entrevista com Alberto Romero

Pesquisador do grupo UFOBAHIA. 

Por Pepe Chaves*

Colaborou:

Daniel Carneiro

(Salvador/BA)

 

Alberto Romero

Alberto Romero,  68 anos, nacionalidade argentina, é publicitário, artista plástico, ilustrador, professor e jornalista. Foi correspondente da revista 4ª Dimension (RA). Escreveu durante 10 anos no extinto Jornal da Bahia, aos domingos, uma página sobre ciência e por ocasião da viagem à lua, o jornal lançou um caderno especial (o único suplemento sobre o assunto em todo o Brasil, escrito, diagramado e ilustrado por Romero). Teve e tem papel fundamental na Ufologia sul-americana, ao participar de grupos, publicações especializadas, entrevistas a rádios, jornais, Internet, além da execução de diversas pesquisas de campo, sobretudo, no interior da Bahia. Palestrou em diversas instituições, tais como, Escola de Policia da Secretaria de Segurança Pública; 6º Batalhão da PM; Museu de Ciência e Tecnologia, UFBA, UCSAL, UNEB, Faculdade Hélio Rocha, Inst. Social da Bahia, Esc. Politécnica e outros estabelecimentos educacionais em Salvador(BA), UEFS em Feira de Santana e no Centro Cultural de Amargosa, além de participar em diversos congressos ufológicos em Vitória da Conquista e Salvador. Alberto Romero participou também de alguns congressos nacionais de Ufologia, entre eles, o 1º CIUFO em Brasília-DF; o 3º CIUFO no Rio de Janeiro e eventos em Curitiba, São Paulo, São Lourenço(MG), Campinas(SP) e Fortaleza(CE). Concedeu entrevistas à tevê Argentina e várias emissoras de rádio de Buenos Aires e do interior do país. Participou de um programa especial de rádio para Jorge Martin em Porto Rico (via telefone) e com Fábio Zerpa para uma emissora de Miami EUA.

 

Romero que é artista plástico, se tratando de exímio desenhista e pintor é também autor de um dos mais clássicos livros de Ufologia na língua portuguesa, Verdades que incomodam (CBPDV, Biblioteca UFO), onde aborda diversos aspectos de manobras de acobertamentos ufológicos e acerca do comportamento de algumas autoridades diante ao fenômeno UFO. Romero reside em Salvador/BA desde a década de 70 e já se considera um “baiano nato”.

 

Ao lado dos destacados pesquisadores Emanuel Paranhos e Daniel Carneiro ele integra atualmente o grupo UFOBAHIA que mantém parceria com diversos pesquisadores daquele Estado, entre eles, o também destacado João Jorge Carvalho (J.J. Carvalho), que realiza há vários anos, levantamentos sobre a casuística de UFOs na caatinga nordestina. Nesta entrevista concedida a Pepe Chaves, editor de UFOVIA, Romero disserta sobre sua incansável militância na Ufologia brasileira e nos deixa suas impressões acerca da contemporaneidade ufológica, além considerar ainda, alguns casos notórios investigados por ele no Brasil.

 

UFOVIA: Romero, por favor, nos fale sinteticamente quando e como se deu o seu envolvimento com a ufologia.

Romero: Eu tinha na época 13 anos, quando descobri as notícias sobre queda de UFOS nos EUA e aos 16 vi um UFO enorme passar por cima da minha cabeça e da de minha mãe no interior da província de Buenos Aires e nunca mais parei de ler e estudar a respeito.

 

UFOVIA: O senhor nasceu na Argentina, mas está radicado no Brasil desde a década de 60. Ainda acompanha a Ufologia naquele país?

Romero: Durante muito tempo acompanhei a ufologia argentina, principalmente através do meu contato com Fábio Zerpa e outros colegas como Lãs Heras, Pedro Romaniuk e mais recentemente com Liliana Flotta e Eduardo Grosso. Mas em 2004 soube que o restante estava bastante parado.

 

UFOVIA: Através do Grupo G-Paz (Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zenith) o senhor pôde realizar diversos estudos e pesquisas no campo da Ufologia. Quais foram os casos mais impressionantes que o G-PAZ pesquisou?

Romero: Antes disso, cabe dizer que desde o inicio, o G-PAZ fundado em janeiro de 1970, ganhou respeito e credibilidade pela seriedade do seu trabalho o que facilitou contatos com pessoas de peso, como o falecido Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Magno P. Valente, que aceitou participar de um seminário em 1978 no qual também esteve presente o Prof. Hulvio Brant Aleixo. Antes, em 1972, realizamos um programa pioneiro na TV Tupi da Bahia onde trouxemos como convidados o Prof. Hulvio e outro grande pioneiro da Ufologia brasileira, Walter Karl Bühler. Em 1975 realizamos a 1ª Expo UFO no Foyer do Teatro Castro Alves com a presença do saudoso general Moacyr Uchôa. Mas, sem perder o fio da meada, nosso primeiro caso pesquisado foi em Dias D’Ávila (90km de Salvador) onde aconteceu um pouso de UFO e presença de prováveis alienígenas. Obtivemos fotografias de pegadas. Em segundo plano colocaria a série de pesquisas em Barreiras de Jacuruna - durante 15 anos – com a colaboração ímpar de Valmir de Souza e Emanuel Paranhos. Em terceiro lugar, o caso da queda de um UFO a 25 km de Feira de Santana com resgate de tripulantes. Isto tudo sem esquecer a magnífica fotografia em maio de 1972, em pleno dia, de um UFO imenso sobrevoando Salvador.

 

'Um carro, cujo motorista, jovem, cabelo corte “escovinha” parecia aguardar alguma coisa.

Quando fui interpelá-lo, o sujeito nem me olhou, e na hora em que chamei

o Paranhos para se aproximar, ele saiu em disparada...'

 

UFOVIA: Por favor, nos fale sobre o caso da possível queda de um UFO, ocorrida na região de Feira de Santana em 1995, chamado caso “UFO na Lagoa”, pesquisado pela equipe do G-PAZ e SEULF (Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas) em parceria com outros grupos da Bahia. Segundo consta, dentro do objeto haviam dois seres que teriam sido resgatados pelo Exército brasileiro, sendo cada qual, de características físicas bem distintas – consta que um se parecia com bicho-preguiça e o outro com um bebê. Por favor, disserte-nos sobre as manobras de acobertamento que o senhor acredita existir em torno deste caso, cujo qual, o senhor investigou bem de perto e, nos responda: baseado em quais dados foi constatado o resgate dos citados seres alienígenas?

Romero: O que você chama “UFO na Lagoa”, caro Pepe, é na realidade a chamada “Operação Preguiça” e que, agora oficialmente, sabemos que os militares que participaram a denominaram “Operação Queda”, em 12/01/1995. As primeiras notícias demonstravam um elevado grau de estranheza, mas no decorrer das investigações fomos descobrindo a seriedade e gravidade do caso. Assim, fomos descobrindo detalhes que chegaram a ser publicados, porém, tiveram alguns erros de copy desk e saíram um pouco truncados e/ou deturpados. Infelizmente não pude pedir uma retificação em tempo hábil devido ao meu afastamento da revista que o publicou. Você pergunta sobre quais dados constatam a presença de seres e o resgate por parte das Forças Armadas. Veja bem, nesse ínterim, desde o começo da investigação (12 horas depois de  acontecida a queda!) parecia um caso muito estranho e, às vezes, incongruente. Concedemos algumas entrevistas à Rádio Sociedade de Feira de Santana e aproveitamos para pedir a colaboração das pessoas - civis ou não - que naquela data (12/01/1995) tivessem presenciado algo estranho ou soubessem de algo ligado ao caso. Na porta da emissora, antes de começar o programa - para o qual tinham feito muitas chamadas -, um carro, cujo motorista, jovem, cabelo corte “escovinha” parecia aguardar alguma coisa. Quando fui interpelá-lo, o sujeito nem me olhou, e na hora em que chamei o Paranhos para se aproximar, ele saiu em disparada.

 

UFOVIA: O que se sucedeu? Chegaram a ser ameaçados?

Romero: Posteriormente, recebi uma carta anônima, que quase joguei no lixo. O “autor” dizia ter presenciado alguns fatos e citava “...mais de uma corporação envolvidas na operação” e termina a mesma pedindo que “tomássemos cuidado, porque poderia sobrar para nós”. Meses depois recebi outra carta – não poderia dizer se do mesmo autor ou de outro militar - dava muitos detalhes sobre a operação, já que ele seria um dos soldados do 35° Batalhão de Infantaria de Feira de Santana que diz ter enviado cópia (a minha era uma) para uma jornalista de Salvador (ela disse que a jogou no lixo) e a original, para o apresentador de tevê, Ratinho, motivado pela entrevista sobre o caso Varginha (20/01/1996), na qual se falava da morte do soldado Marco Eli Chereze e externava sua preocupação com os seus companheiros, que teriam tocado nas criaturas resgatadas na fazenda Gravatá. Também falou que houve participação de um helicóptero da FAB e da presença de alguns oficiais do SERIMAR (Serviço de Inteligência da Marinha do Brasil). O remetente anônimo assinou a carta como “um soldado brasileiro”. Fora isso, tivemos em diversas oportunidades, percebido que não apenas nossos celulares, como os telefones residenciais estavam grampeados. Eu mesmo fui perseguido (possivelmente apenas para assustar-me (!?)...) a mais de 120 km por hora e por pouco não aconteceu um acidente. Obviamente, após indagações no DETRAN, descobrimos que a placa do veículo perseguidor, JNE-0101, era fria... Em pelo menos uma vez constatei que durante minha ausência algumas “visitas” tinham xeretado o meu estúdio. Uma terceira testemunha militar nos deu – pessoalmente - muitos outros detalhes da operação, mas na condição expressa de não gravar, não fotografar, nem filmar. Assim tomamos conhecimento, por exemplo, do nome “Operação Queda” dado pelos militares e que a mesma comportou aproximadamente 120 homens entre os quais oficiais do SERIMAR e três helicópteros da FAB vindos do Recife. Os oficiais do PELOPES (Pelotão de Operações Especiais) do 35º BI, após a operação reuniram a tropa e ameaçaram com Corte Marcial a quem abrisse a boca.

 

'Não me arrependo de nada do que eu disse, já que não acuso a ninguém – nem poderia –,

mas somente levanto suspeita e cabe a outros descobrirem a verdade.

(ao afirmar no passado que não acreditava no suicídio do coronel Hollanda)

 

UFOVIA: Em seu livro “Verdades que incomodam” (CBPDV/Biblioteca UFO) o senhor aborda de forma superficial a morte do coronel Uyrangê Hollanda, dando a entender que não acredita na hipótese de suicídio do mesmo. O que o senhor tem a dizer, como pesquisador, sobre este episódio?

Romero: Com respeito a este assunto que já demonstrou ser “hiper-polêmico” o que posso acrescentar é que não me sinto nem um pouco preocupado em dizer, com todas as letras, que – até que haja uma prova insofismável em contrário - mantenho o meu ponto de vista. Tanto ele não é descabido que na época inúmeros sites tocaram no assunto, provocando grandes polêmicas, principalmente no centro-sul do país, compartilhando minha opinião e provocando a ira dos militaristas. Na atualidade, até no programa da TV Globo apareceu uma testemunha, o piloto civil Ubiratan Pinon Friás, que expressou suas dúvidas sobre a hipótese de suicídio. Também na época da morte do coronel, um comandante, ainda na ativa, que tinha servido no A2, junto ao coronel, demonstrou estranheza ante esse fato e me pediu (?) se eu poderia obter outras informações (!). Até o nosso querido confrade, Mário Rangel, quando trata do assunto no seu magnífico livro “Seqüestros Alienígenas” (CBPDV/Biblioteca UFO), demonstra sua estranheza no penúltimo parágrafo da página citada. Então?... Será que minha “incompetência” - já que não estive no Rio investigando este fato – para levantar tamanha suspeita acabou contagiando outras pessoas? Ou talvez, eu mesmo fui contaminado pela síndrome da “conspiração”? As dúvidas que levantei, baseadas em informações passadas por um pesquisador carioca, são as que qualquer pessoa medianamente informada teria levantado. Então, devo dizer que não me arrependo de nada do que eu disse, já que não acuso a ninguém – nem poderia –, mas somente levanto suspeita e cabe a outros descobrirem a verdade.

 

UFOVIA: Após quase 30 anos de seu encerramento, temos visto que a Operação Prato passou a figurar junto à mídia e alguns noticiários nacionais, com direito até a uma produção “global”. A que o senhor atribui esse “revival” da Operação Prato?

Romero: A análise dessa questão é um tanto complexa e sua resposta é cheia de obstáculos. Particularmente, gostei muito da produção global e parabenizo os responsáveis da emissora. Isso serviu para agitar um pouco o clima de “águas paradas” da nossa Ufologia. Eu acho que em nível de repercussão causou mais impacto na opinião pública que o “show de abertura de arquivos” em Brasília (ufológicos, claro!), numa atitude que pareceu mais uma operação “me engana que eu gosto”... Voltemos à Operação Prato: o dito programa, foi muito bem recebido pelo público em geral, ávido por esse tipo de informações sérias, sem gaiatices, como acontece em outras emissoras. Precisamos reunir um pouco mais de informações já que as mesmas vêm em doses homeopáticas, deixando-nos perceber um pouco do que aconteceu realmente durante a Operação Prato e expurgando os relatos do lado militar puramente “informativo-com-reticências” ou das declarações oficiais expondo o íntimo desses homens que de certa forma, (além de arriscar suas vidas) foram relegados a um segundo plano, mas por outro lado, romancearam e supervalorizaram suas ações. Essas são, ou deveriam ser, sempre as “verdades que incomodam”: confisco de fotografias jornalísticas e coação aos responsáveis por levar informações ao público, além de pressões aos profissionais da Saúde, ações típicas dos anos negros da ditadura e que, de repente quando afloram informações, as mesmas ameaçam salpicar todo mundo o que pode nos levar a um final melancólico, superando assim, incontestáveis fatos ufológicos decorrentes da Operação Prato. Há muitas perguntas a serem feitas a esse respeito e desconfio que muito poucas respostas cheguem até nós.

 

'No programa de tevê apresentado pela Rede Globo (Linha Direta sobre a OP) se fala que até baterias

antiaéreas a FAB teria empregado na Operação Prato. Verdade? Mentira?

Por que o silêncio sobre um ponto que, a meu ver, seria relevante e nenhum pesquisador esclareceu'

 

UFOVIA: O senhor acredita que os fenômenos ocorridos na região amazônica e em grande parte do Estado do Pará em fins dos anos 70 sejam totalmente ou parcialmente extraterrestres? Ou seja, acredita que possa ter fundamento a hipótese que defende estes fenômenos como tendo origem em tecnologias secretas terrestres que poderiam estar sendo aprimoradas naquelas regiões brasileiras, por exemplo?

Romero: Sobre esses fenômenos acontecidos no Pará, as afirmações oficiais nos levam a ignorar os guerrilheiros, contrabandistas, miragens etc., que tentaram nos impingir. Portanto, sobra pouca coisa para evitarmos a hipótese extraterrestre. Será que o militar de quase todos os países não têm um pouco de criatividade para inventar respostas mais inteligentes ou verossímeis? Ou talvez o script que chega ao nosso país tem que ser seguido à risca, sem mudar uma vírgula?

 

UFOVIA: Mesmo não sendo um “especialista” em Operação Prato o senhor acompanhou diversas pesquisas a respeito, o suficiente para deter um discernimento bastante claro no que se diz respeito às manobras militares de investigação, bem como aos ataques alienígenas às populações. Para o senhor, quais seriam os pontos fundamentais da Operação Prato e dos fenômenos amazônicos que, ao seu ver, as pesquisas não exploraram ainda ou que poderiam explorar, doravante, no sentido de se buscar maior discernimento para tão atrozes ações alienígenas?

Romero: Eu acho que já passei alguns desses pontos nas minhas respostas anteriores, mas vamos lá: a) No programa de tevê apresentado pela Rede Globo se fala que até baterias antiaéreas a FAB teria empregado na Operação Prato. Verdade? Mentira? Por que o silêncio sobre um ponto que, a meu ver, seria relevante e nenhum pesquisador esclareceu; b) Foram feitos exames médicos sérios, nos mais de trinta homens da equipe (que, oficialmente, soma um terço desse número) para se verificar supostos efeitos de exposição à possíveis radiações?; c) Quais os resultados?; d) Será que houve períodos de missing time até no próprio capitão Hollanda (na época)?; fizeram depois algum exame de regressão no mesmo?; e) E na tropa? Depois, entre outras questões, como pergunta o pesquisador Mário Rangel: “foi realizada a autópsia no coronel Hollanda, para se saber o que o incomodava por baixo da pele do braço”? Meu amigo Pepe, poderíamos encher páginas com estas perguntas e o pior de tudo é que, de repente um de nós (ou ambos) poderia enlouquecer e tentar também o “suicídio”... Da minha parte, ainda quero usufruir os anos que me restam!

 

UFOVIA: Certo. Então só para fechar a questão: por que a região Amazônica?

Romero: A região Amazônica é uma porteira escancarada na América do Sul e dentro dessa área existem riquezas imensas as quais damos pouca atenção, mas que enlouquecem os visitantes daqui e de alhures.

 

'Quando fundei o G-Paz eu tinha 35 anos a menos e muito gás, porém,

atualmente o que falta por um lado é compensado em experiência e jogo de cintura por outro'

 

UFOVIA: Como o senhor analisa a não concebida e tão propalada “abertura” da FAB, que recebeu uma junta de ufologistas de uma entidade no COMDABRA em Brasília e mostrou-lhes que, de fato, há diversos registros sobre UFOs, ainda inacessíveis pela sociedade civil, sem no entanto liberarem quaisquer desses documentos?

Romero: Bem, eu acho que você gosta de me deixar com a língua coçando... [risos] Você assistiu ao filme que tem aquela seqüência em que o ET passa os dedos por baixo da porta, pela sua abertura? Pois é, nosso caso é um pouco parecido: pessoalmente acho que não existe abertura nenhuma...

 

UFOVIA: Além de pesquisador da Ufologia, o senhor é também exímio ilustrador. Para o senhor, qual é o papel da Arte, quando utilizada como recurso de ilustração e reconstituição ufológica?

Romero: O recurso da arte pictórica na investigação de casos ufológicos é quase (a depender da habilidade do artista) como fotografar a memória das testemunhas. Para mim é importantíssima, já que na maioria dos casos não temos outros meios de visualizar o ocorrido. Nas minhas investigações me tem ajudado muito e assim pude levar aos leitores uma visão mais clara dos fatos. Outro caminho é transformar casos importantes em histórias em quadrinhos, como tive oportunidade de publicar certa vez, mostrando sobre abduções, mutilações de animais, o caso Hermínio e Bianca e a odisséia de Onilson Patero (Veja "Caso Patero" em UFOVIA).

 Ilustração e Romero para matéria do UFOBAHIA, exclusiva para o portal UFOVIA.

 

UFOVIA: Como o senhor vê os recursos usados por designers da Ufologia, tais como softwares avançados que reproduzem com grande precisão, paisagens, objetos e seres? E ainda, o senhor compactua com este tipo de arte e a entende como um progresso para a ufologia, ou, ao contrário, abomina o computador e seus recursos para a produção de ilustrações ufológicas?

Romero: Os recursos atuais que relegam à categoria de “dinossauros” os velhos ilustradores, fazem com que a moçada que se utiliza de softwares avançados, crie quase fotografias, o que é ótimo para todos. Pessoalmente, não ligo muito para o computador, embora reconheça seu valor, mas prefiro – como artista plástico – continuar o velho caminho da ilustração ou pintura, embora nunca colocasse nos meus quadros, nada que tenha ligação com a Ufologia. Essa é uma forma de não misturar o irreverente pesquisador sem papas-na-língua, com o artista que procura sempre expressar a beleza e a vida que ela lhe transmite para criar suas obras.

 

'Surgiu uma luz de vermelho intenso junto ao tope de um mandacaru que, de repente,

se tornou-se uma bola de cor laranja vivo com uns 50 ou 60cm de diâmetro

a se movimentar como se estivesse descendo uma pequena rampa na frente da vivenda'

 

UFOVIA: Tem acompanhando a Ufologia? A quantas anda a Ufologia baiana?

Romero: Acompanho sempre o que acontece no Brasil quanto à Ufologia. Com respeito  à Bahia, as coisas, às vezes, se tornam difíceis devido as enormes distâncias que nos separam na maioria das vezes, daquilo o que acontece, além dos custos. Recentemente iniciamos uma pesquisa que foi divulgada pelo portal UFOVIA (http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/casuistica.htm), em Maiquinique, interior baiano que obteve alguns bons resultados que ainda estamos analisando. Além disso o UFOBAHIA pesquisou o caso de uma família que foi seguida durante uma viagem de carro, também publicado pela UFOVIA (http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/casuistica.htm).

 

UFOVIA: Como tem sido seu trabalho e sua militância na Ufologia nestes últimos anos? Nos fale de suas atuações frente ao grupo UFOBAHIA, que se fez da fusão do G-PAZ e SEULF.

Romero: Quando fundei o G-Paz eu tinha 35 anos a menos e muito gás, porém, atualmente o que falta por um lado é compensado em experiência e jogo de cintura por outro. Quando começamos éramos pouco mais de uma dúzia, depois aumentamos a quase quarenta pessoas e após a decantação dos anos, ficamos apenas sete, sendo que o G-Paz e SEULF se fundiram no UFOBAHIA. Em 1994, Emanuel Paranhos e eu, passamos uma semana na Chapada Diamantina investigando os casos de Mucugê, acompanhados primeiramente, por uma equipe do jornal A Tarde, de Salvador e depois com a equipe da TV Bahia (Globo local) liderada pelo jornalista José Raimundo.

 

UFOVIA: O senhor já viu um UFO ou um alienígena?

Romero: Bingo! Esta pergunta é inédita!... Sobre ao avistamento do UFO já respondi na primeira pergunta e, posteriormente, tive outras observações de luzes puntiformes. Em 1997/98 foi a plena luz do dia que observei um charuto com tamanho estimado de um Boeing 737. O mais recente caso, foi em Riachão do Jacuípe, com o pesquisador João Jorge de Carvalho, onde ele e nosso amigo e companheiro de pesquisas Daniel Carneiro têm obtido registros de imagens muito sugestivas. A observação em questão não foi de UFO, mas de algo mais estranho. Estávamos, João Jorge e eu em vigília num terreno próximo da Fazenda Volta do Rio, quando próximo da meia-noite ele me chamou a atenção para uma luz numa casa próxima (a uns 100/150m  de distância de nós) que se parecia com as luzes de um carro convertendo luz baixa em alta e vice-versa, atrás da vivenda. A seguir, surgiu uma luz de vermelho intenso junto ao tope de um mandacaru que, de repente, se tornou-se uma bola de cor laranja vivo com uns 50 ou 60cm de diâmetro a se movimentar como se estivesse descendo uma pequena rampa na frente da vivenda e apagando-se em não mais de 10 segundos. Por favor, entenda bem o que vou dizer: essa luz não iluminava em volta, nem à frente como um farol de carro. Apenas parecia refletir a sua luz numa silhueta por trás dela que parecia o torso e a cabeça de alguém que vestisse uma roupa e capacete prateados. Assim que o dia começou a clarear, corri para o local e no solo não existia marcas de pegadas ou pneus de qualquer veículo. Essa imagem jamais vou esquecer, embora não posso afirmar nada além disso.

 

'A respeito da origem, se analisarmos as atividades deles e os prováveis biótipos, segundo as testemunhas, poderíamos, quem sabe, traçar um paralelo com a nossa humanidade nada homogênea: temos pigmeus,

negros, brancos, gigantes, loiros, peles vermelhas, amarelas e todos são habitantes do mesmo planeta'

 

UFOVIA: Para o senhor, de onde provêm os UFOs e seus tripulantes e quais seriam suas intenções?

Romero: Cá entre nós, eu gostaria de ter visto o passaporte deles, mas já que é impossível, tenho que lhe dizer que não sei! Quanto às intenções, isso é terrivelmente embaraçoso. Poderíamos aventar a possibilidade de alguns deles serem “amistosos” ou talvez fosse melhor dizer “indiferentes”. Mas, temos um elevado número de sujeitos evidentemente perigosos. Não vou enumerar, mas temos que lembrar que, infelizmente, casos de mutilação humana como o de Guarapiranga, em 1988 e na Bahia em 1990, na cidade de Vitória da Conquista. Os “ratos” que agiram na represa paulista, devem ter migrado depois para estas terras... [risos]. E ainda, quando fui investigar o caso de Vitória da Conquista, contatando alguns oficiais da PM após uma palestra, um capitão da Corporação me deu o conselho de “ficar na minha”, já que a morte desse “marginalzinho” era de autoria desconhecida e, portanto, qualquer um poderia ser enquadrado como suspeito. Fora isso, as experiências genéticas por eles praticadas – conforme mostram B. Hopkins e David Jacob - são no mínimo, uma incontestável demonstração de impunidade e desprezo pela espécie humana. Não nego que tenha havido inúmeras demonstrações de boa vontade por parte deles, curas milagrosas, salvamento de acidentados, e ainda, a possível intervenção no vôo da Apollo XIII, etc. mas tudo isso é muito controverso...

 

UFOVIA: O senhor acredita que todos “eles” vêm de uma mesma fonte? Ou seja, agem de forma a disfarçar a tipologia física e o formato das naves ou esta vastidão de descrições narrando seres e naves tão distintas ao longo dos  tempos viria da mente humana, ou quem sabe, de fato, seria isso, resultado de uma possível interatividade de inúmeros seres exógenos em nosso mundo?

Romero: A respeito da origem, se analisarmos as atividades deles e os prováveis biótipos, segundo as testemunhas, poderíamos, quem sabe, traçar um paralelo com a nossa humanidade nada homogênea: temos pigmeus, negros, brancos, gigantes, loiros, peles vermelhas, amarelas e todos são habitantes do mesmo planeta. As mesmas diferenças encontramos nas suas atitudes. Temos aqui gente boa e gente má! É indiscutível! Assim como nós, quem sabe se não existirá o mesmo comparativo com esses seres que não temos a menor dúvida de existirem? Só não sabemos ainda de onde provêm.

 

UFO: Por favor, nos diga pelo menos três verdades que incomodam.

Romero: Esta tua pergunta é como as anteriores, além de complicada, é restritiva... Talvez possamos dizer, ou tentar dizer algumas coisas que francamente não sei se são válidas: a) O ser humano não pode cruzar sua espécie com um chimpanzé e criar vida, por apenas dois cromossomos de diferença. No entanto, o material genético deles parece ser compatível com o nosso, embora possam vir do outro lado da galáxia; b) O projeto de hibridização pode vir a confirmar o que disse Betty A. Luca e assim, “eles” estariam protegendo a espécie humana da extinção, como também podem estar povoando outros orbes às nossas custas. Nesse caso, é impossível aceitar meias verdades; c) A humanidade está preparada para sofrer uma colonização dessas? Ou nos vai acontecer como aos nossos índios ante a chegada dos “descobridores”, e, então estamos fadados a desaparecer...? Portanto essa pouca verdade na atual conjuntura tem que ser convertida em perguntas até que nossos governos assim o desejarem: 1 - Os UFOs existem sim. Vêm do espaço exterior até que se prove em contrário - e/ou de outras dimensões; 2 - Se formos formalmente invadidos o que me parece que já aconteceu de forma sub-reptícia, no início poderíamos reagir, já que conhecemos algumas debilidades das EBES, mas depois, só Deus sabe; 3 - Os militares dos países sob a égide dos EUA, devem obediência incondicional ao governo desse país. Eu particularmente, acredito que, em nossas Forças Armadas (As quais respeito desde que pisei neste País) os verdadeiros patriotas gostariam – eu penso – de abrir o jogo, mas, não podem fazê-lo pelas razões citadas acima.

 

UFO: Agradecemos pela entrevista, desejamos-lhe sucesso frente aos trabalhos do UFOBAHIA e pedimos para nos deixar suas considerações finais.

Romero: Agradeço pela oportunidade de contatar teus leitores e felicito a você, Pepe, pelo trabalho que vem realizando.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e webmaster do portal UFOVIA.

 

- Foto: Arquivos Via Fanzine / UFOVIA.

 

- Ilustração: Alberto Romero.

- Contato com Alberto Romero: ufobahia@ig.com.br

 - Produção: Pepe Chaves.

 

 

 

 

 e x c l u s i v o   u f o v i a

 

Trilogia de entrevistas com Mário Rangel

 

Mário Nogueira Rangel, nasceu em 28/11/1932 em Tabapuã/SP. É hipnólogo em ufologia (HU) e autor do livro Seqüestros Alienígenas – Investigando Ufologia com e sem Hipnose (Biblioteca Ufo), no qual conta inúmeros casos que pesquisou, incluindo de abduções. Mário Rangel é dos raros pesquisadores de abdução no Brasil. Disponibilizamos a seguir, até então, dois, dos três blocos de entrevistas que faremos com Rangel.

 

Mário Rangel - Hipnólogo em Ufologia - Parte 3

Junho/2005

           Por Por Pepe CHAVES*

 

Mário, como o senhor tem visto a divulgação de assuntos de origem ufológica, tais como avistamentos fartamente documentados e autenticados em diversas partes do globo? Sabemos que em praticamente todas as nações do mundo, cada vez mais, pessoas estão a narrar ocorrências diárias envolvendo UFOs. Como o senhor vê o interesse das populações com esse assunto?

 Grande parte da população tem medo do assunto, prefere fingir que não acredita, porque realmente é assustador. Uma curiosidade: não conheço nenhum caso de abdução nem hipnólogo em ufologia em país oriental, o que me parece muito estranho. Caso algum leitor conheça, peço que me informe a fonte.

 

Para o senhor, pesquisador do campo da abdução, quais seriam as intenções desses seres supostamente extraterrestres, com relação à Terra e seus habitantes?

Esses seres estão fazendo alguns estudos ou retificações nos homens e animais. Eles trabalham para governos ou empresas multi-planetárias que têm algum tipo de interesse nisso. Da mesma maneira que os homens colocam   chips   para   controlar   tartarugas,   ursos,   borboletas  etc.,

Mário Rangel e Leo Sprinkle

 

eles colocam implantes em nós com o mesmo objetivo. As cirurgias tecnologicamente muito avançadas que fazem em vacas, por exemplo, servem ou para copiar órgãos perfeitos ou para corrigir os que ainda podem ser melhorados.

Falando em Brasil, o senhor acredita que a Ufologia deveria merecer uma maior popularização por parte dos pertinentes órgãos públicos do Governo Federal?

Acho, sim. 1) A EMBRAER, que teve um presidente, Ozires Silva, que sobrevoou um OVNI, deve se interessar em produzir aeronaves com aproveitamento de novas tecnologias, como material levíssimo com que são construídos os discos voadores, velocidade que atingem, manobrabilidade etc. 2) O Ministério da Educação deve estudar mil temas, como a comunicação telepática com os ETs, a hipnose rápida com introdução do “tempo perdido” etc. 3) O Ministério de Ciência e Tecnologia deve estudar os implantes, a luz que transporta abduzidos, a luz que ilumina sem que se possa identificar a origem etc. 4) A Marinha deve urgentemente enviar seus mergulhadores devidamente protegidos para procurar mais destroços do OVNI que explodiu no nosso litoral e encaminhar o que for encontrado para estudos pormenorizados, pesquisar entre os militares que servem ou serviram na Ilha de Trindade se há abduzidos etc. 5) Mais incontáveis estudos a serem feitos por muitas áreas.

'Recebo muitos e-mails de possíveis abduzidos,

muitos dos quais não fazem as hipnoses

talvez com medo de descobrir a verdade'

 

Nos fale de sua militância. Como tem sido o seu trabalho na ufologia atualmente?

Continuo fazendo hipnoses e pesquisando abduções. O Luiz Ricardo da Luz Geddo tem trazido ouvintes de seu programa de rádio sobre ufologia com “tempos perdidos” e em alguns casos descobrimos abduções. Recentemente pesquisei mais um caso muito interessante na casa do Carlos Alberto Machado em Curitiba, quando confirmamos a abdução de pessoa de altíssimo nível cultural. Recebo muitos e-mails de possíveis abduzidos, muitos dos quais não fazem as hipnoses talvez com medo de descobrir a verdade. Tenho publicado artigos em jornais de vários estados, feito palestras em congressos, em faculdades e entidades, concedido entrevistas a programas de rádio e TV comerciais e universitários do Brasil e do exterior, e permutei e doei quase 200 exemplares de meu livro a bibliotecas militares e civis de todos os países onde se fala o português, e fiz permutas com livros de outros hipnólogos em ufologia do mundo sobre quem possuo dados biográficos e fotos, catalogados alfabeticamente.

 

O caso México, que já completou um ano, continua ainda nublado perante a opinião pública. Quando parecia que o governo daquele país estaria mostrando ao público algumas provas definitivas do que poderia se tratar de aeronaves desconhecidas e invisíveis a olho nu, eis que surgem diversos contestadores que apontam outras possibilidades aos sinais registrados pelo FLIR do Merlin das FAM que viveu a questão. Visto que o senhor é uma das pessoas que a acompanhou com interesse este caso desde seu início, como o senhor vê esta questão?

Para mim não há nenhuma dúvida de que realmente as Forças Aéreas Mexicanas documentaram com o radar e o FLIR OVNIS invisíveis aos olhos humanos. Não podemos esperar que a SEDENA, Secretaria de Defesa Nacional, do México, que corresponde ao nosso Ministério da Defesa, aceite as provocações do pessoal da ACAPRODI, Associação de Céticos Amadores, Profissionais, Debunkers e Infiltrados, nem dos inocentes úteis, e entre em debate público com interessados em confundir. Na página 129 do “Dossiê Roswell” (Educare Brasil), o coronel Philip J. Corso relacionou 14 itens da maior importância e valor econômico produzidos no mundo e resultantes da engenharia reversa feita em objetos do disco voador caído no estado do Novo México em 1947, cujos fabricantes têm o maior interesse em combater a Ufologia para eliminar concorrentes, o que fazem com enorme sucesso há mais de meio século. Caso a informação de Corso tivesse sido mentirosa, os acusados de tirar patentes do que não inventaram já teriam movido ação para impedir a venda do livro. E, lógico, todos eles sabem de onde vieram as peças que copiaram, que valem bilhões, de grande importância para a indústria bélica.

 

A seu ver quais são as reais possibilidades de que os sinais captados pelo FLIR sejam mesmo de ondas quentes emanadas pelas plataformas de petróleo no solo?

O FLIR captou calor de OVNIS. Como imaginar que mais de 200 chamas longínquas e distantes entre si tenham eleito 11 ou 16 representantes para acompanhar e circundar o Merlin em vôo? Há muitos anos as FAM fazem esse tipo de trabalho e sabem perfeitamente distinguir focos parados ou lentos de calor vindos de poços de petróleo, altos-fornos de indústrias, aparelhos de ar condicionado no alto de edifícios e hotéis de luxo, caldeiras de hospitais, de transatlânticos de turismo e cargueiros no mar, queimadas em matas etc., todos ao rés do chão ou nível do mar, inconfundíveis com o calor em movimento rápido captado naquele 5 de março de 2004 em grande altitude e alterando velocidade.

 

'o militar (Uyrangê) pediu-me que lhe fizesse em breve hipnose

para saber se tinha sido abduzido e implantado,

como supunha, mas morreu antes disso'

 

O senhor acredita que as Forças Armadas do Brasil pesquisem o fenômeno UFO, ou apenas arquivam as ocorrências registradas, como afirmam?

No Exército a pesquisa é feita pelo CIEX, Centro de Informação do Exército. Sabemos que a FAB pesquisa desde 1954, quando o então Ministro da Aeronáutica brigadeiro Eduardo Gomes, depois candidato à presidência da República, nomeou o então coronel João Adil de Oliveira para chefiar a primeira “Comissão de Investigação sobre Discos Voadores”, no Rio de Janeiro, que teve a colaboração do ufólogo civil, professor e autor Fernando Cleto Nunes Pereira. Depois, entre 1969 a 1972 o tenente-brigadeiro José Vaz da Silva chefiou o SIOANI, Sistema de Investigação de Objetos Voadores Não Identificados, em São Paulo, que contou com a colaboração dos ufólogos civis e autores Flávio A. Pereira e Guilherme (Willy) Wirtz. De setembro a dezembro de 1977 houve a Operação Prato chefiada pelo então capitão Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima que pesquisou intensamente na Amazônia onde, em 1981, acompanhou em avião monomotor e pequenas embarcações motorizadas o jornalista norte-americano Bob Pratt depois diplomado Ufólogo Brasileiro Honorário, que narrou esse trabalho em livro publicado em inglês e português. Em 05/11/1996 o ufólogo Edison Boaventura Júnior fez uma palestra para oficiais da Base Aérea de Santos, com projeção de muitos slides. Em 2001 foi publicado meu livro “Seqüestros Alienígenas – Investigando Ufologia com e sem Hipnose” (CBPDV), que despertou grande interesse em operadores de radar, resultante do fato de que eles sabem quando e onde OVNIS ingressaram em nosso espaço aéreo e meu livro informa o que alguns deles vieram fazer. Doei onze exemplares do livro com dedicatórias para entidades das Forças Armadas e autoridades que sabem que discos voadores e OVNIs são reais e espero algum dia ter a confirmação de que os radares registraram que essas naves estiveram nos locais onde foram narradas abduções.

 

Como o senhor vê este momento de aparente abertura, criado pela FAB, ao receber em Brasília uma junta de ufólogos civis com o intuito de mostrar documentos relativos aos UFOs no Brasil?

É importantíssimo. Nesta primeira fase a FAB apresentou fatos e fotos quase todos já bem conhecidos. Sobre a “Noite Oficial dos OVNIs” o próprio ministro da Aeronáutica da época e os pilotos dos caças a jato que perseguiram os OVNIs, prestaram amplas informações á imprensa mundial no dia seguinte ao ocorrido. Quanto à Operação Prato o próprio chefe Uyrangê de Hollanda, quando reformado como coronel, concedeu entrevistas contando detalhes e falou a centenas de interessados em reunião do ufólogo Marco Antonio Petit de Castro no Rio de Janeiro em 1997, que tive a oportunidade de assistir, quando o militar pediu-me que lhe fizesse em breve hipnose para saber se tinha sido abduzido e implantado, como supunha, mas morreu antes disso. Conclui que ele não dispunha de hipnólogo militar para fazer tal trabalho. Espero que em fases posteriores, a FAB informe coisas que não sabemos como o tempo registrado pelos radares que demora uma abdução e as diferentes durações dos seqüestros de Antonio Villas Boas em outubro de 1957, Onilson Páttero, Elias Seixas, Luli Oswald, Tasca, Bete & Débora, Nádia Marzalle, Iolanda Kmiecik, Décio, José Inácio Álvaro, Antonio Carlos Ferreira etc., etc., etc. Devemos lembrar que em alguns casos os OVNIs podem ter utilizado tecnologia stealth, que os deixa invisíveis aos radares. E havia uma nave mãe ou disco voador sobre Capão Redondo em 02/1/1998, pertinho do radar de Congonhas, aguardando que a sonda filmada pelo menino de 10 anos Alan Bruno de Oliveira voltasse ao hangar voador?

 

O senhor acredita que poderia vir a existir de fato, uma aproximação e um entrosamento efetivo entre os órgãos oficiais e entidades civis no Brasil, no sentido de melhor estudar e dirimir o fenômeno UFO?

Como já vimos nos Estados Unidos esse entrosamento já existe secretamente há mais de meio século e tem proporcionado enorme riqueza às indústrias bélicas privilegiadas e ao governo. No Brasil a lei de liberdade de informação está sendo votada pelo Congresso e deverá estabelecer 30 anos como prazo máximo para manutenção de sigilo para o governo. Se isso ocorrer, como se espera, tudo o que houve na Ufologia antes de 1975 terá que ser revelado. Só na cronologia do meu livro, página 378, há 16 casos assim, todos ocorridos depois de 1954, quando a FAB começou a arquivar informações, como mostrado pelo programa Fantástico em 22/05/2005. Se dessas abduções for possível comprovar a autenticidade de apenas 3 ou 4, já será suficiente para eliminar a atuação do pessoal da ACAPRODI e então passaria a ser vital o entrosamento de militares com civis, especialmente universidades, indústrias, inventores, religiosos, legisladores, ufólogos, historiadores etc. Os psicólogos brasileiros, por exemplo, têm a maior urgência para aprender como tratar de abduzidos. Nos Estados Unidos da América já há mais de 200 clínicas especializadas nisso.

 

'Os ufólogos brasileiros são muito atuantes e há pessoas

de enorme valor que estão surgindo

e outras sendo discriminadas injustamente'

 

O senhor tem vários contatos no exterior e bem sabe que a Ufologia brasileira, apesar de conter em sua história alguns dissabores e desentendimentos entre alguns de seus pesquisadores, prima por ser das mais qualitativas e sérias do mundo. Para o senhor como é visto o trabalho dos ufologistas brasileiros no exterior?

Somos muito respeitados no exterior. Mantenho contatos principalmente em inglês com mais de uma centena de hipnólogos em ufologia de 20 países ocidentais e já fui entrevistado pessoal e telefonicamente em espanhol por diferentes radialistas e programas de TV. Os desentendimentos entre ufólogos também existem em outros países e acho que isso deve terminar.

 

Como o senhor vê o momento contemporâneo da Ufologia no Brasil e quais são as grandes promessas da militância desse estudo em nosso país?

Os ufólogos brasileiros são muito atuantes e há pessoas de enorme valor que estão surgindo e outras sendo discriminadas injustamente. Grandes promessas são os organizadores de congressos, autores das melhores conferências, artigos, sites, livros, artes, CDs, vídeos, colunas em jornais, programas em rádio, televisão e Internet, e inteligentes participações em listas de ufologia.

 

A verdade está lá fora?

A verdade está em todos os lugares, mas nem sempre é reconhecida.

 

Agradecemos e pedimos para deixar suas considerações finais.

Muitos acham que está próximo o momento em que os ETs vão se apresentar publicamente. Seria bom que o governo liberasse as informações o quanto antes, para diminuir o gigantesco choque cultural que isso provocará, mil vezes maior do que ocorreu quando os europeus chegaram às Américas e à Austrália.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.yan.com.br) e webmaster do portal UFOVIA.

 

- Foto: Arquivos Via Fanzine / UFOVIA.

 

Mário Rangel - Hipnólogo em Ufologia - Parte 2

Setembro/2004

           Por Por Pepe CHAVES*

Mário, a seu ver, qual é o caso de abdução mais significante ocorrido no Brasil?

É o caso Antônio Villas Boas, talvez o mais famoso internacionalmente, e que figura em muitos livros no Brasil e no exterior. Com 23 anos de idade ele estava trabalhando com um trator na propriedade rural da família em São Francisco de Salles/MG na noite de 15 ou madrugada de 16/10/1957 quando foi agarrado por quatro seres que o levaram para uma nave que decolou, onde manteve relações sexuais com uma tripulante. Ele lembrava-se conscientemente do ocorrido e foi examinado pelo ufólogo e médico Dr. Olavo Teixeira Fontes (1924/68) que constatou manchas em seu queixo, além de várias outras conseqüências.   O   caso     foi   mantido   em   sigilo. Quatro anos depois ocorreu a abdução do casal Betty e Barney Hill, submetidos posteriormente à regressão de idade pelo médico Dr. Benjamin Simon,  um  dos  pioneiros  mundiais  de  hipnose em ufologia (HU).

Com a ampla divulgação desse caso foi revelada também a abdução anterior do brasileiro que após o evento estudou Direito e trabalhou como advogado até sua morte em 1991, sempre repetindo coerentemente sua história, tida como autêntica.

 

Em muitos casos as pessoas narram que estão no interior de naves espaciais sendo “medicadas” por seres estranhos fisicamente. Em grande parcela desse tipo de narração, é constatada pelo abduzido, a presença de seres de variadas tipologias físicas. Como se explica, o fato, de seres de diferentes raças, ou espécies, estarem agindo em parceria nesse tipo de “trabalho”?

Há inúmeros casos em que pessoas são examinadas e sofrem cirurgias de implantes por seres de variadas tipologias físicas. Na Terra há raças muito diferentes = pigmeus e nórdicos; aborígenes australianos e chineses etc., e que às vezes se encontram em atividades comuns, como nas olimpíadas. Como supostamente os tripulantes dos ovnis são provenientes de diferentes planetas, essas diferenças podem ser muito maiores, o que não impede de terem interesses comuns.

 

Afinal, por que se dá a abdução?

Para a realização de estudos físicos, tanto em humanos como em animais. O mesmo que fazemos com ratos, tartarugas, borboletas, corais, amebas, micróbios, formigas, andorinhas, etc. A infindável curiosidade de saber mais. Supõe-se que grande parte dos humanos abduzidos são devolvidos com pequenas seqüelas, mas como anualmente desaparecem em todo o mundo milhares de pessoas, é possível que algumas tenham sido abduzidas em caráter definitivo, como ocorreu com um piloto australiano e dois porto-riquenhos levados com seus pequenos aviões monomotores, com registros em radares. Já os animais – eqüinos, bovinos e outros – são devolvidos mortos com sérias mutilações realizadas com avançadas tecnologias desconhecidas por nós.

 

Quais são as seqüelas que mais se destacam numa pessoa que sofreu abdução?

Certa ocasião um banco foi assaltado e clientes foram mantidos prisioneiros e uma mulher apaixonou-se pelo seqüestrador, o que ficou conhecido como a Síndrome de Estocolmo. Isso ocorre também com abduzidas que se apaixonam pelos seqüestradores. Outras ficam com medo de novas abduções, têm a impressão que estão sendo observadas, têm pesadelos, etc. A Síndrome do Abduzido ocorre quando uma pessoa obtém prestígio com sua abdução e quando o evento vai caindo em esquecimento pode ocorrer a vontade de simular um novo caso para readquirir fama.

 

Há casos comprovados de a pessoa ser abduzida, e posteriormente, continuar levando uma vida normal? Ou ela voltará a ser abduzida por mais vezes?

Ocorrem ambos os casos.

 

'Estudos comprovaram que há uma tendência

de soldados que participaram em guerras com o

passar do tempo criarem por auto sugestão falsas

memórias de terem praticado atos heróicos'

 

Além do senhor, quais são os pesquisadores que usam a hipnose com abduzidos no Brasil?

1. O médico Dr. Max Berezovski examinou e hipnotizou Onilson Pátero, abduzido duas vezes em Catanduva/SP, e vários dos abduzidos narrados em meu livro. 2. O médico Dr. Sílvio Lago (1909/98) hipnotizou os abduzidos pianista Luli Oswald, o motorista Elias Seixas, os três sobreviventes do caso da Ilha do Caranguejo/MA, contado no livro do ufólogo brasileiro honorário Bob Pratt, e outros. 3. O funcionário público José Júlio de Lemos Rodrigues (1922/96), pai do ufólogo Ubirajara Rodrigues, hipnotizou Geraldo Simão Bichara, abduzido quando estava como sentinela em quartel do Exército em Minas Gerais. 4. O parapsicólogo Álvaro Fernandes (n.1931) um dos pioneiros mundiais como hipnólogo em ufologia, fez a regressão de idade em Antônio Carlos Ferreira, abduzido em Mirassol/SP. 5. O médico Osvaldo Alves hipnotizou Jocelino de Mattos, abduzido em Maringá/PR. 6. O advogado Palmor Brandão Carapeços (1913/92) hipnotizou José Inácio Álvaro, abduzido em Pelotas/RS. 7. O hipnoterapeuta Pedro Reis Louzada também hipnotizou José Inácio Álvaro. 8.O Dr. Cid Filgueiras hipnotizou o abduzido Assis Antonio de Ávila, de Pelotas/RS. 9. A psicóloga Dra. Gilda Moura também hipnotizou Vanderlei, como contado em meu livro. Outros hipnólogos em ufologia brasileiros são a psicóloga Mônica Borine, o engenheiro Claudeir Covo, o engenheiro José Luiz Lanhoso Martins Filho, Francisco José Baqueiro, o radialista João Oliveira, dentre outros.

 

E quais são, para o senhor, os mais expressivos pesquisadores do mundo nessa área? Relacionei mais de 130 hipnólogos em ufologia do mundo, de 20 países ocidentais, obtive fotos de 70 e mantive correspondência (devidamente arquivada) com muitos deles, trinta dos quais são autores de livros. A relação está publicada em alguns sites de ufologia. Entre os mais famosos, com livros muito vendidos, estão os norte-americanos, artista plástico Budd Hopkins, médico Dr. John Mack (1929/04), professor de história Dr. David Jacobs e a inglesa residente na Austrália enfermeira e parteira Mary Rodwell. Não sei de nenhum hipnólogo em ufologia de país oriental, agradecerei muito se alguém me prestar outras informações a respeito.

 

A hipnose é mesmo passível de fraudes e auto-sugestão como dizem alguns de seus críticos?

É sim. Foram feitos estudos muito interessantes em nível acadêmico sobre falsas memórias e sabe-se que podem ocorrer com ou sem hipnose. Na Espanha utilizou-se projeção de fotos para gerar em estudantes universitários em vigília informações errôneas sobre acidentes de trânsito. Nos Estados Unidos fizeram cobaias crer que tinham sido seqüestradas quando crianças em grandes centros comerciais, também sem hipnose. Um professor canadense utilizou recursos sofisticados para provocar em estudantes em vigília a impressão de estarem com ETs em naves extraterrestres. Estudos comprovaram que há uma tendência de soldados que participaram em guerras com o passar do tempo criarem por auto sugestão falsas memórias de terem praticado atos heróicos. Há outros exemplos. Como se comprovou que é possível o surgimento de falsas memórias sem hipnose, sabe-se que será muito mais fácil criá-las com hipnose.

 

'O governo brasileiro sabe que os

ovnis e discos voadores existem'

 

Há alguma fraude notoriamente constatada nesse campo?

Sabe-se hoje com absoluta certeza que nenhum avião comercial chocou-se com o edifício do Pentágono em 11 de setembro. Há hábeis mentirosos, amadores e profissionais. Uma jornalista, por exemplo, submeteu-se a uma hipnose feita pelo professor de psiquiatria e autor premiado Dr. John E. Mack e narrou para ele uma abdução. Posteriormente quando ele contou o caso em congresso de ufologia nos Estados Unidos ela publicamente revelou que fingira estar hipnotizada e inventara o caso, o que teve ampla divulgação na imprensa, com o claro objetivo de desacreditar a hipnose em ufologia. A mentira dela não torna mentirosas as demais abduções, como a mentira sobre o avião chocando-se contra o Pentágono não quer dizer que aviões repletos de passageiros não se chocaram contra as duas torres do World Trade Center.

 

Qual foi o caso que o senhor pesquisou como hipnotizador que mais lhe impressionou?

Um dos que mais me impressionou foi o Caso Gonçalo. Aos 19 anos de idade ele voltava do Rio de Janeiro para Barbacena/MG dirigindo um caminhão carregado quando entre  22h30 e 23 horas viu uma luz forte, o motor deixou de funcionar e ele o dirigiu para o acostamento onde estacionou. “Imediatamente depois, e sem saber como, acordou embaixo do veículo. Já eram 5 horas da manhã”. Ele não sabia o que tinha ocorrido nesse tempo, ocorreu o chamado missing time, “tempo perdido”. Vinte oito anos depois ele procurou a hipnose, feita por mim em noite fresca, na residência do Dr. Max Berezovski, em São Paulo, com testemunhas e gravada em vídeo sigiloso. Gonçalo contou ter sido levado à força por três seres pequenos para dentro de uma nave que pousou posteriormente em local onde o Sol era azulado, fazia muito calor e ele foi exposto à visitação. Durante a hipnose ele suou abundantemente, o que não ocorreu com mais ninguém na sala. Depois o Dr. Max escreveu um importantíssimo artigo publicado na revista UFO, de novembro de 2002, interpretando essa ocorrência como prova irrefutável da autenticidade da regressão de idade, ou seja, ele esteve mesmo nesse local extremamente quente, já que não conseguiria forjar essa sudorese. Ao voltar para casa, após a hipnose, ele vomitou com o mesmo péssimo sabor como ocorrera quase três décadas antes, quando foi entrar na boléia após a abdução, o que me contou no dia seguinte.

 

O senhor está pesquisando algum caso de abdução atualmente?

Estou pesquisando alguns. Um deles se refere a um menino abduzido durante alguns minutos quando brincava com amigos num pomar à uma hora de São Paulo, o que o abalou tanto que ele foi internado para tratamento mental há mais de 50 anos e nunca trabalhou na vida. Nos próximos dias deverei fazer nova hipnose para eliminar o “tempo perdido” de algumas horas após ter visto uma nave próxima, de pessoa já abduzida anteriormente e, que é capítulo de meu livro. Deverei atender também pessoas que escreveram para o programa de ufologia do Luiz Ricardo da Luz Geddo, aos sábados na Rádio Boa Nova de Guarulhos/SP. Ele e a esposa médica acompanham os ouvintes que trazem, visando ambos a aprender a hipnose em ufologia. Já pesquisamos juntos vários casos.

 

Como o senhor vê o relacionamento do Governo Brasileiro para com o fenômeno ufo?

O governo brasileiro sabe que os ovnis e discos voadores existem. O deputado federal Celso Russomano, reeleito com mais de 300 mil votos, entrevistou para seu programa de televisão o brigadeiro comandante do COMDABRA que exibiu aos telespectadores o “livrão” com os registros dos radares de visitas de ovnis ao Brasil. Fundadores do PT do presidente Lula declararam à imprensa ter visto ovnis e discos voadores, como a senadora Heloísa Helena, Frei Betto e Celso Furtado, como também o ministro Gilberto Gil. Um disco voador escuro, com 30 metros de diametro, estacionou durante cerca de 6 minutos e realizou um lindíssimo show de luzes a 200 metros sobre a cabeça do então capitão Uyrangê de Hollanda que estava acompanhado por sargentos da Operação Prato e integrantes do SNI, com o óbvio objetivo de que essa realidade fosse informada oficialmente ao governo. Pouco tempo depois uma gigantesca nave mãe exibiu-se a 100 metros de distância para os integrantes da Operação Prato, em plena floresta paraense, dando tempo de documentarem de perto a invasão ao espaço aéreo nacional. Já é tempo de serem reveladas mais informações ufológicas oficialmente, além das que já dispomos. Também ocorreu o caso do disco voador que se exibiu intencionalmente para marinheiros, inclusive Almirante, na Ilha de Trindade em 16/1/1958. Aguardo especialmente uma consideração oficial ou extra-oficial sobre a cronologia de 44 casos ufológicos constante nas páginas 378/9 do meu livro [Sequestros Alienígenas – Abordando Ufologia com e sem Hipnose, Biblioteca Ufo/CBPDV, Brasil], que elaborei graças a uma preciosa sugestão do ufólogo Rodolfo Heltai. Com esse objetivo doei inúmeros livros de minha autoria para órgãos da FAB e para dois deputados federais interessados no assunto.

 

'As abduções ocorrem totalmente à revelia das pessoas.

Com pavor ou sem pavor, eles abduzem quando querem'

 

Em seu livro, o senhor destaca em diversas passagens, interessantes casos ufológicos. Estes casos acontecem em muitos locais distintos?

Os ovnis e discos voadores têm aparecido e abduzido em muitos locais. Há vários casos comprovados de atuação dessas aeronaves em Minas Gerais, nos municípios de Pelotas/RS, Quixadá/CE, Conservatória/RJ, na Amazônia... Só na cidade de São Paulo, onde moro, registrei em meu livro oito abduções de dez mulheres brancas e jovens, muitas ocorridas durante o dia em bairros populosos. Se eu residisse em outra cidade grande, os casos seriam de lá, e não aparecem por falta de hipnólogos em ufologia locais. Felizmente, em 5/3/2004 as Forças Aéreas Mexicanas comprovaram com radar com leitura em infra-vermelho e com o FLIR que ovnis podem ficar invisíveis ao olho nu, o que revela porque os residentes desses bairros populosos de São Paulo não viram as duplas aproximações dessas naves para abduzir e devolver os seqüestrados.

 

Qual seria a finalidade da presença desses seres em nosso meio?

Pura curiosidade científica e estratégia militar. Eles querem saber como somos e que risco futuro poderemos oferecer para eles.

 

Existe a possibilidade de que seres extraterrestres estejam vivendo em nosso meio?

Existe sim. Alguns deles são muito parecidos com os humanos e podem respirar nosso ar. Pesquisei longamente um caso que não publiquei por achar fantasioso, no qual duas universitárias declararam que no tempo do cursinho elas tinham colegas extraterrestres. Convidei um deles para vir à minha residência, mas não consegui o hipnotizar, o que é muito raro.

 

Existe um número estimado de pessoas que sofreram abdução, no Brasil e no mundo?

Alguns hipnólogos em ufologia dos Estados Unidos fizeram um cálculo de abduzidos em seu país, onde supõe que são milhões de pessoas. Não conheço nenhum caso de abduzidos, nem qualquer hipnólogo em ufologia em países orientais. Acho duvidosos os cálculos de meus colegas.

 

A maioria das pessoas, sobretudo as leigas em ufologia, têm verdadeiro pavor de serem abduzidas. O que o senhor diria para essas pessoas?

As abduções ocorrem totalmente à revelia das pessoas. Com pavor ou sem pavor, eles abduzem quando querem. O ufólogo brasileiro honorário Bob Pratt em seu livro importantíssimo Perigo Alienígena no Brasil [Biblioteca Ufo/CBPDV, Brasil], conta casos de nordestinos que conseguiram evitar suas abduções, um deles agarrando-se ao tronco de uma árvore. Penso na possibilidade de que essas pessoas não sabem que foram abduzidas, por falta de hipnólogos em ufologia. Eu diria a essas pessoas que não resolve ter pavor, mas estão certas de torcer para que isso não lhes ocorra.

 

Se o senhor estivesse dentro de uma nave, assistindo a um procedimento clínico de ETs com humanos, o que o senhor perguntaria a eles?

Por que não fazem a facílima anestesia hipnótica e seus procedimentos ficam tão  dolorosos? Estão medindo a dor humana?

 

O que mais lhe interessa saber sobre esse polêmico assunto?

Muitíssimas coisas. Nas “Reflexões Finais” de meu livro escrevi 5 páginas (389 a 393) com 30 perguntas, como: Se os ETs são milhares de anos mais evoluídos do que nós, por que utilizam métodos tão rudes e maldosos para tratar os abduzidos? Ninguém relatou ter observado ETs do sexo feminino grávidas – será que as mulheres extraterrestres engravidam, dão à luz e amamentam? Seria possível a comunicação telepática coletiva, por exemplo, para todos os alunos de uma sala de aula, mesmo que falem diferentes idiomas? Etc., etc.

  

Agradecemos por esta entrevista, que compõe a segunda parte de nossa trilogia, e pedimos para nos deixar suas considerações finais.

Hoje são milhares ou milhões de pessoas que declaram ter visto discos voadores ou ovnis com formatos não discoidais. Os que duvidam disso estão duvidando da humanidade. Quando céticos amadores e profissionais declaram que o disco voador fotografado na Ilha de Trindade, a meio caminho da África, era um pequeno bimotor, estão chamando de mentirosos ou incompetentes as 48 testemunhas, sendo um fotógrafo civil, um oficial da FAB e muitos marinheiros até o posto de almirante. Não devemos dar nenhuma atenção a essas pessoas. São da mesma família dos que disseram que Santos Dumont não poderia voar com algo mais pesado que o ar; que o mundo era plano; que pedras não podem cair do céu; que picada de inseto não pode provocar doenças sérias e que os ovnis invisíveis ao olho nu que se exibiram ostensivamente para oito tripulantes de avião militar mexicano eram reflexos de chamas a centenas de quilômetros de distância.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.yan.com.br) e webmaster do portal UFOVIA.

 

- Fotos: Arquivo Via Fanzine e Biblioteca Ufo (www.ufo.com.br)

- Ilustração: "Ancorando", por Pepe Chaves.

 - Produção: Pepe Chaves.

 

 

Mário Rangel - Hipnólogo em Ufologia - Parte 1

Agosto/2004

 Por Pepe CHAVES*

Como o senhor aprendeu a hipnotizar?

Meu interesse surgiu ao ler um livro da biblioteca de meu pai, quando era criança. Depois adquiri e li muitos outros. Na bibliografia de meu pai há 110 títulos só sobre hipnotismo e parapsicologia, todos lidos até 2001, ano de lançamento da edição. Assisti cursos de alguns dos mais importantes hipnólogos atuando no Brasil e assisti apresentações de vários.

 

O senhor pesquisa também a parapsicologia?

Pesquiso sim. Tenho um grande interesse nisso. Tenho total, completa e absoluta certeza de que os humanos podem praticar a telepatia, que já comprovei sem nenhuma possibilidade de engano com 100% de resultados positivos, desde que se utilize a hipnose e selecione as pessoas corretas. Alguns pesquisadores universitários publicaram livros com resultados muito inferiores porque não ficaram “a favor da correnteza”, como costumo dizer. Pesquisei também um caso importante, quando um grupo sob hipnose que coordenei soube com absoluta correção, como tinha ocorrido um acidente aéreo com um avião desaparecido há quatro dias e que só foi achado muitas horas depois.

 

A hipnose em ufologia é aceita em todo o mundo?

Não. Há muitos defensores e muitos que são contrários, alguns por interesses puramente acadêmicos e outros por outros tipos de interesses.

 

O senhor pode nos falar a respeito dessas pessoas que atacam a hipnose em ufologia por outros tipos de interesses?

Os céticos amadores e profissionais e os debunkers são interessados em atacar tudo o que se refere à ufologia. Há milionários interesses envolvidos, tanto de reserva de mercado das indústrias que fabricam artigos de tecnologia até então desconhecida na Terra copiadas de nave acidentada, como por interesses bélicos. O livro “Dossiê Roswell” de autoria do coronel Philip J. Corso e William J. Birnes, publicado em português, informa vários produtos fabricados por engenharia reversa e os nomes das indústrias e técnicos envolvidos, baseados em objetos retirados da nave encontrada em Roswell. O coronel Corso ocupou posições elevadíssimas no Exército dos Estados Unidos e como assessor de senador e presidente da República. Ao envelhecer resolveu contar ao mundo o que sabia. Como a hipnose em ufologia revela a existência de inteligências que atuam com os terráqueos, há pessoas interessadas em nos combater, logicamente.

 

'...uma enorme nave-mãe, com formato de zepelim,

pairou na selva a 100 metros de distância de Uyrangê

e seus comandados, em posição vertical, com a obvia

intenção de se deixar filmar e fotografar.'

 

E quanto àqueles que atacam a hipnose em ufologia por interesses puramente acadêmicos?

Através de prolongada pesquisa pude localizar mais de 130 hipnólogos em ufologia em 20 países ocidentais, 30 dos quais autores de livros sobre esse trabalho. Creio que todos nós buscamos a verdade e temos pesquisado casos muito similares, mas somos combatidos. Alguns estudiosos acham que algumas memórias podem ser implantadas e assim os depoimentos de abduzidos não merecem total crédito. Sabe-se hoje que há as “falsas memórias” que surgem SEM a utilização da hipnose, em pessoas em estado de vigília. Só para exemplificar: estudos acadêmicos na Espanha pesquisaram casos de falsos acidentes de trânsito e nos Estados Unidos casos de crianças falsamente perdidas em shopping centers. Um pesquisador canadense ataca muito a hipnose em ufologia demonstrando que ele consegue inserir falsas memórias de imaginários casos ufológicos em voluntários. O que eles não dizem é que muitas vezes há o chamado missing time, que é o “tempo perdido” por pessoas, que não sabem o que lhes ocorreu durante minutos, horas, dias ou anos, logo após terem visto uma luz forte se aproximando velozmente, o motor de seu carro ter parado de funcionar ou outras circunstâncias raras.

 

Por que se utiliza a hipnose em ufologia?

Os abduzidos recebem uma ordem hipnótica dentro das naves para esquecerem o que ocorreu. É mais fácil recuperar essas informações através de ordem hipnótica contrária.

 

É possível recuperar todas essas informações?

Não. A impressão que tenho é que a amnésia é imposta em níveis diferentes. Só conseguimos eliminar as amnésias mais superficiais. As mais profundas os hipnólogos em ufologia do mundo não conseguem recuperar.

 

Essas ordens hipnóticas são dadas pelos extraterrestres abdutores?

Suponho que sim, mas não tenho certeza. Há ufólogos que crêem que esses seres vêm do futuro, são de outras dimensões, etc. Não há dúvida que ocorre um contato com seres de conhecimento muito maior que o nosso.

 

E por que eles não se apresentam ostensivamente aos habitantes da Terra?

Ninguém tem certeza, mas teorizo que eles sabem que o choque de duas civilizações destrói a mais fraca. Os incas e astecas, por exemplo, foram eliminados pela cultura européia. Quando um disco voador parou à pequena distância sobre as cabeças do coronel Uyrangê de Holanda, sargentos da FAB integrantes da Operação Prato e funcionários do Serviço Nacional de Informações em novembro de 1977 na Ilha do Mosqueiro, próxima à Belém do Pará, pode ter sido com o objetivo de que eles comunicassem ao governo, a quem caberia pesquisar o assunto e aumentar seu conhecimento utilizando recursos próprios. Poucos dias depois, uma enorme nave-mãe, com formato de zepelim, pairou na selva a 100 metros de distância de Uyrangê e seus comandados, em posição vertical, com a obvia intenção de se deixar filmar e fotografar.

 

Então, ao que parece, quando a imensa espaçonave, em forma de charuto, que parou em posição vertical em frente ao coronel Uyrangê e os membros do SNI (conforme relatado a revista Ufo pelo coronel), estaria fazendo uma apresentação oficial aos terráqueos, do tipo “estamos aqui”...

As autoridades que receberam essa documentação devem ter procurado obter igual tecnologia, mas o povo não sabe exatamente como. Seria importantíssimo que essas informações chegassem ao conhecimento das universidades, industriais, inventores e povo em geral, que iria procurar descobrir novas coisas. Essa civilização, seja extraterrestre ou não, exibiu ostensivamente conhecimentos que os terráqueos devem procurar obter por recursos próprios, o que nos ajudará a progredir.

 

Qualquer pessoa pode ser hipnólogo em ufologia?

Teoricamente sim. Não há no Brasil nem em qualquer outro país legislação que reserve a prática da hipnose a qualquer categoria profissional. São mentirosos os que dizem o contrário. Eu estudei direito até o quarto ano, não me formei. Budd Hopkins, um dos principais hipnólogos em ufologia do mundo é artista plástico, José Júlio de Lemos Rodrigues era funcionário público, David Jacobs é professor de história, Mary Rodwell é enfermeira e parteira, Álvaro Fernandes é parapsicólogo, Palmor Brandão Carapeços era advogado, Max Berezovski, John Mack e Mário Dussuel são médicos, Derrel Sims foi agente da CIA e militar... Como não há nenhuma restrição também à pratica da ufologia, a hipnose em ufologia pode ser praticada por qualquer pessoa que se dedique ao assunto. Minha opinião pessoal é que deve se preparar adequadamente, fazendo cursos, lendo livros e se assessorando.

 

 

 
 

'Essa civilização, seja extraterrestre ou não, exibiu ostensivamente conhecimentos que os

terráqueos devem procurar obter por recursos próprios, o que nos ajudará a progredir'

 

 

Em suma, a hipnose autentica como verdadeiro um relato de abdução?

Na maior parte das vezes, não. É possível mentir sob hipnose. Pesquisei alguns casos em que a hipnose autenticou o relato. Um deles deu elementos para que o médico Dr. Max Berezovski que participou da pesquisa, escrevesse o histórico artigo “Considerações médicas sobre uma abdução”, publicado na revista Ufo de dezembro de 2002, sobre um hipnotizado em noite fresca que, ao recordar ter sido levado por um disco voador para um local extremamente quente, iluminado por uma estrela azulada, suou abundantemente durante a hipnose, o que não poderia ter feito intencionalmente. Depois ele vomitou sentindo o mesmo péssimo sabor como ocorreu ao ser devolvido à Terra após a abdução.

 

O senhor pretende escrever mais algum livro sobre hipnose em ufologia?

Tenho um vasto material inédito que me permite isso. Sempre sou procurado por pessoas interessadas em esclarecer “tempos perdidos” e, em alguns casos, as hipnoses revelaram abduções. Acho importante que os estudiosos tenham acesso a essas informações. Caso surja alguma editora interessada em publicar outro livro meu, em poucos meses poderei dar uma redação final aos relatórios já escritos sobre esses casos.

 

O senhor tem alguma sugestão para melhor se desenvolver a ufologia?

Tenho sim. Ufólogos jovens poderiam procurar bibliotecas públicas em cidades populosas como São Paulo, Rio de Janeiro, outras e conseguir criar um “Espaço para Ufologia”. Este espaço especializado numa biblioteca teria prateleiras em salão de leitura e sala anexa onde pudessem ser assistidos vídeos e CDs ufológicos. Além de ter enviado exemplares do meu livro para muitas bibliotecas do Brasil e outros países que falam o português, doei obras de outros ufólogos para a biblioteca do Museu Internacional de Ufologia “Victor Mostajo”, de Itaara/RS. Caso houvesse espaço cultural em São Paulo com área de fácil consulta de livros ufológicos, alguns estudiosos daqui, por exemplo, poderiam doar livros que eles mesmos consultariam quando desejassem. No dia 15 de novembro de 2003 entreguei a uma biblioteca pública de Havana, em Cuba, vários livros enviados por autores brasileiros, com a presença de 15 ufólogos cubanos. Essa biblioteca, no centro da cidade, tem um ótimo auditório freqüentemente utilizado por nossos companheiros de lá, onde assistimos interessantíssimas palestras e vídeos ufológicos nesse dia. Caso eu venha a morrer algum dia, o que não pretendo, minha família entregaria gratuitamente meus livros, muitos dos quais com dedicatórias de autores de todo o mundo, para essa biblioteca, bem como vídeos ufológicos não confidenciais.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e webmaster do portal UFOVIA.

 

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