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Denúncia na Câmara:

Acusação de suborno aos vereadores foi destaque

Vereadores reagiram à cobertura de Via Fanzine da Correição Judiciária em Itaúna, onde o

suposto suborno da base do prefeito foi abordado. Eles desqualificaram os dois denunciantes.

 

Da Redação

ITAÚNA Fanzine

 

Os vereadores itaunenses Delmo, Paulinho, Marcinho e Lucinho; e o prefeito Eugênio Pinto: personagens de um gasto

mal explicado de R$ 6,9 milhões em um contrato de informática, caso sejam comprovadas as denúncias contra eles.

Qual deles vai nos explicar para onde foi esse dinheiro? A sociedade aguarda.

FOTOS: ARQUIVO VF

 

Correição Judiciária reflete no Legislativo

 

Após o cidadão Júnior Capanema cobrar do Juiz Geraldo Rogério de Souza uma decisão sobre o pedido e afastamento do prefeito, proposto pelo Ministério Público (MP) em Itaúna, o assunto ganhou força na reunião da Câmara Municipal na terça-feira, 16/02, dirigida pelo presidente da Casa, Édio Gonçalves (PPS).

 

Durante a Correição realizada no dia 14/02 Capanema quis saber do juiz sobre a decisão da Ação Pública que indicia o prefeito de Itaúna Eugênio Pinto (expulso do PT local) e mais 15 pessoas e a empresa Prescon Informática.

 

Houve muita discussão na última reunião, com relação à cobertura da Correição, veiculada com exclusividade por Via Fanzine e lida pelo vereador Alex Artur (PSDB), onde foi colocada a fala de Capanema e ainda mais informações sobre a denúncia contra os quatro vereadores Delmo (DEM), Márcio (PT), Paulo (PMDB) e Lucimar (PT), todos da base governista do prefeito. E já que este jornal fez a denúncia que viria culminar na dita Ação Civil Pública, a promotora do MP, Sílvia de Lima Soares, nos remeteu cópia da inicial nos dando total acesso às informações da referida ação pública.

 

Atacar para se defender

 

Nessa reunião, os quatro vereadores governistas se mostram irritados por VF tornar públicas informações de uma ação pública, cujo o conteúdo, os mesmos estão cientes faz muitos meses e jamais vieram a público se justificar, a não ser agora, após a nossa publicação. No entanto, se irritam quando tais nuances de suas vidas públicas se refratam à comunidade. Capitaneados por Delmo Barbosa, coube aos quatro vereadores acusados de suposto suborno, desqualificar fortemente o médico Bruno Cauzin e o ex-secretário José Oscar, inclusive, proferindo ataques de cunho moral e palavras de baixo calão contra os mesmos - conforme registra o áudio gravado pela Câmara a que tivemos acesso e do qual publicamos trechos a seguir.

 

Possivelmente os vereadores Delmo, Marcinho e Lucinho, atentaram contra o Regimento Interno da Casa, em Capítulo VI, Do Decoro Parlamentar, vez que de acordo com o Art. 273 – § 1º, os vereadores citados usaram em seus discursos, para tratarem de matéria veiculada por Via Fanzine, de expressões que possivelmente configuraram como crime contra a honra do ex-Secretário José Oscar e do médico Bruno Cauzin. Além disso, há indícios claros da tentativa de violação do direito constitucional deste jornal - como veremos aqui -, de informar sobre os fatos ocorridos na Correição que aconteceu no Fórum, bem como de veicular informações de origem pública a que se tem acesso. Este é o nosso ofício e não somos do tipo que se intimida com ameaças ou processos. Telefonar ao editor de VF para nos desencorajar ou ameaçar possíveis processos contra este jornal, conosco não funcionam. Quem não deve à Lei e não recebe dinheiro público, não precisa temer processo ou Justiça - temos dito aqui. O homem público aqui não é o editor de um jornal particular.

 

O ex-secretário da Saúde José Oscar e o médico Bruno Cauzin foram os autores de denúncias (as quais constam no relatório da CPI da Informática e na Ação Pública do MP) graves contra o prefeito Eugênio Pinto e estes vereadores, sobre os R$ 200 mil supostamente desviados da Saúde para serem rateados entre os quatro vereadores para que os mesmos prejudicassem os trabalhos da CPI que poderia cassar o mandato do prefeito Eugênio Pinto. Conforme mostra o relatório da CPI e consequentemente a Ação Civil Pública, um denunciante afirma que ouviu toda a negociação entre o prefeito Eugênio Pinto e o vereador Delmo Barbosa, que teria sido o intermediário de uma negociação onde cada um dos quatro teria recebido R$ 50 mil para que a CPI da Informática "não fosse para a frente". Além disso, a denúncia também aponta - como iremos publicar na íntegra em breve - um desvio irregular de, "coincidentemente", R$ 200 mil de uma conta da Secretaria da Saúde, poucos dias após a dita reunião.

 

Declarando sua inocência, como veremos, Delmo Barbosa pronunciou um mini-currículo, exaltando sua formação e “feitos” ao vereador Alex Artur, afirmado ao mesmo que “aguarde, que você vai me conhecer melhor...”. Delmo falou de sua passagem pela vida pública, clubes que é sócio, e até mesmo de seu emprego na Universidade de Itaúna. Em sua defesa, citou até o reitor da Universidade de Itaúna, Faiçal Chequer, afirmando que também pertence ao corpo de jurados local. Procurando se sobrepor sobre a humildade do vereador Alex, nota-se, que os comentários de Barbosa também foram insuflando os demais acusados que, também reagiram e passaram desferir ataques com palavras nada dignas aos seus acusadores, com direito a farpas a este jornal VF, que apenas se limitou a adiantar pequeninos trechos do conteúdo de uma ação pública os quais ainda irá publicar.

 

Detalhes da ação ainda não foram divulgados

 

Tudo isso, sem termos ao menos divulgado ainda a parte do conteúdo da Ação Civil Pública, que implica gravemente os vereadores e eles sabem disso. Mais informações sobre as denúncias contra o prefeito Pinto e os demais indiciados pelo MP, além do envolvimento das quatro vereadores denunciados no relatório da CPI e agora também pelo MP, conforme já anunciamos, serão tornados públicos em uma matéria especial, cuja primeira parte deverá entrar no ar em Via Fanzine brevemente. Contudo, considerando as colocações de alguns vereadores acusados, inclusive, contra este jornal – que jamais acusou quaisquer deles de alguma coisa, senão somente reportou informações públicas e oficiais – estaremos priorizando a parte da Ação Civil Pública que denuncia o suposto suborno desses quatro “homens públicos”.

 

Na Ação que se encontra nas mãos do juiz Geraldo Rogério de Souza, estão inclusas partes do relatório da CPI da Informática (que constatou o gasto indevido de quase R$ 7 milhões dos cofres públicos de 2007 a 2010, através da PMI/Prescon) os quatro vereadores são denunciados tanto pela CPI Legislativa que apurou os fatos, ao fazer constar as graves acusações de um médico e um ex-secretário de Saúde contra esses vereadores, quanto citados pela Promotoria do MP.

 

A seguir, transcrevemos na íntegra o áudio da reunião da Câmara Municipal em 15/02, cujo destaque foi a cobrança de Capanema ao juiz Rogério acerca de uma decisão do mesmo sobre o afastamento do prefeito Eugênio Pinto de suas funções. As partes impressas em azul são reproduções fieis do áudio fornecido pela Câmara Municipal de Itaúna. No final da cobertura dessa reunião, publicamos uma nota do editor voltada aos vereadores que se referiram a este jornal em trechos do áudio, que segue.

 

Áudio da reunião legislativa de 15/02/2011 – Itaúna-MG

 

O vereador Alex Artur ao declarar seu voto contrário ao PMAT II (0:33:29), projeto que libera verba para – pasmem! - o prefeito gastar com mais projeto de informática, afirmou “(...) PMAT e Prescon estão de mãos dadas(...), estarei o mais breve possível, encaminhando ao Ministério Público (...), isso é uma aberração o que está acontecendo em nosso município, isso não é transparência (...). Prescon e PMAT é aberração total (...)”.

 

O vereador Delmo Barbosa (DEM) debatendo o PMAT II (0:38:55), buscou responsabilizar a gestão anterior da Câmara pelo primeiro ter sido aprovado e quer com isso, a aprovação do PMAT II, como deseja o prefeito Pinto.

 

Comentários de Barbosa: “Senhor Presidente, boa tarde, Senhores Vereadores. Eu não vou entrar no âmbito do PMAT. Mais uma matéria de responsabilidade do... Da Câmara que nos antecedeu. Todas as fiscalizações e questionamentos do PMAT I deveriam ter sido resolvidos por aquela Câmara. Nós estamos falando do PMAT II que não é só informática e vou citar um exemplo da dificuldade da não implantação desse sistema. Nós estamos representando nesta Casa ou pelo menos estávamos, não sei pois vamos ser confirmados na Comissão que está modificando o tão decantado, até na França, projeto de... Plano Diretor de Itaúna, que foi aprovado a toque de caixa por ameaça da Promotora [N.E.: Barbosa se refere à Promotora Sílvia de Lima Soares que o cita na Ação Civil Pública, segundo a CPI, como envolvido em suposto suborno para não votar a CPI contra o prefeito]. Essa mesma Promotora que vai ser denunciado a ela... É que às vezes desempenha até o papel de vereador, por causa da omissão de vereadores, ou pelo menos tenta, é... Desempenhar o papel é... Houveram declarações aí, passadas, que tinham até o telefone particular da Promotora e que qualquer dúvida ligariam pra ela, pra pegar orientações. Isso foi dito na minha presença e de outros vereadores (...)”.

 

O vereador Delmo Barbosa também falou sobre o processo que diz mover contra o ex-secretário municipal da Saúde José Oscar e médico Bruno Cauzin (0:43:24 ): “(...) sabe-se que muita coisa na área da Saúde realmente não foram cumpridas. Basta dizer que o Secretário que estava lá é... Além de ser um tremendo picareta, era um tremendo de um mentiroso. Aliás, entramos com ação contra ele hoje, eu, Lucinho, Marcinho e Paulinho [N.E.: todos são vereadores da base pintista na Câmara] por calúnia, injúria e difamação, por nossa... Com nosso dinheiro e ‘tamo’ entrando também contra o Dr. Bruno que é outro mentiroso, que criou uma reunião que realmente existiu, mas não foi nada daquilo que ele afirmou na imprensa, além de que o Zé Oscar... Nós provamos, através de um engenheiro contratado por nós, particularmente, que era tudo mentira o que ele falou (...)”. Contudo, Barbosa não explicou como um engenheiro pode provar que ele não estava envolvido no suposto suborno, acusado por Cauzin e Oscar.

 

Delmo Barbosa também comentou a leitura do vereador Alex, da cobertura pelo diário digital Via Fanzine da Correição do Judiciário, onde foi feita a cobrança de Capanema, ao Juiz, acerca do afastamento do Prefeito (1:40:54). Disse Barbosa, “(...) Eu não vou discutir com o vereador Alex, porque eu tenho aqui na minha mão, a cópia do processo que nós entramos hoje contra Zé Oscar e senhor Bruno (Cauzin), que é a respeito disso que ele está lendo ai. E se for verdade o que ele leu e se estiver no Via Fanzine, nós iremos estender a ação contra o Capanema e contra quem duvidar da nossa honestidade. Dizer a você, Alex, talvez você não me conheça, mas... Esta é a terceira acusação séria que você faz a meu respeito. Uma na primeira votação [N.E.: Alex retruca: “está no jornal aqui”]... Quem dá notícia caluniosa também está incorrendo em calúnia, se você não sabe, consulte seu advogado. Então... contra o Zé Oscar e o Bruno nós estamos citando aqui também o Via Fanzine, se realmente esta publicação estiver ai, falando da formação de quadrilha, etc. Isso é um depoimento do Zé Oscar, um mentiroso, eu provo através de perito contratado, engenheiro especialista em som. Ele está sendo denunciando por calúnia, injúria e difamação, ele e o Bruno. O vereador Lucinho está denunciando o Bruno, em um processo à parte, e não dá pra merecer também, confiança de pessoas do quilate do Zé Oscar e do Bruno Cauzin. Eu queria que o Bruno Cauzin explicasse os cheques encontrados, os pagamentos encontrados na conta dele, feito, autorizado pelo Zé Oscar, no valor de R$ 45 mil e R$ 50 mil, R$ 60 mil e R$ 35 mil por mês. É... A minha vida aqui em Itaúna, Alex, mais de 40 anos, ela é pautada... Talvez você não saiba, eu faço parte do Corpo de Jurados e pra ser jurado em Itaúna não pode ser viciado em droga, não pode ser cachaceiro, não pode dar show na cidade, não pode cometer delitos, a gente é periciado, a gente é orientado, e eu faço parte do Tribunal do Júri da cidade, há anos. Eu tenho um passado a zelar, sou um pai de família, não de se misturar problemas pessoais com problemas políticos. Eu sei que você é o maior advogado que Osmando Pereira tem aqui, eu até estou querendo saber qual o relacionamento seu com ele, vou terminar de descobrir... Mas eu quero deixar bem claro pra você o seguinte, e se te interessar, o meu sigilo bancário está à sua disposição. É só você requerer e você vai ver se eu participei de alguma quadrilha de alguma... Alguma... Coisa... Afiançado por algum cidadão que você citou muito que é o Zé Oscar. Espero que você não conviva com ele (...)”.

 

O vereador Márcio Bernardes (PT) ao apartear vereador Delmo Barbosa quando comentava a matéria de Via Fanzine, afirmou, “(...) Eu não faço parte de conluio de espécime nenhuma. Que meu sigilo bancário, fiscal, telefônico está à disposição de qualquer cidadão. Não precisa preocupar, não faço parte e nunca vou participar de conluios pra nada, nada. Se defendo a administração aqui é, porque eu acho que as ações em prol da cidade, é... Ainda... São válidas. A partir do momento, que tiver uma palavrinha que possa denegrir a minha imagem, que possa futuramente denegrir minha imagem, você pode ter certeza, que eu não faço parte de grupos nenhum”.

 

Delmo prossegue dirigindo sua fala a Alex, “Gostaria de deixar bem claro pra você, Alex, que eu sou professor da Universidade de Itaúna há quase 40 anos. E pra trabalhar com todos os reitores que lá passaram até hoje e, inclusive, com Dr. Faiçal – ex-promotor -, o vereador Gleisson sabe disso, se você tiver qualquer 'máculazinha', você é mandado embora. Te dizer que eu pertenço ao Lions Clube de Itaúna e à Maçonaria. Eu acho que você devia poupar um pouquinho, antes de se referir a mim, porque você não me conhece, ‘tá’? Estou colocando à sua disposição, se você requerer de ofício, todo o meu sigilo bancário, imposto de renda... Eu não devo ninguém, eu nunca dei o cano em ninguém, muita gente que dá o cano nos outros; eu não faço isso, ‘tá’? Eu tenho uma empresa no edifício Benfica, sala 309, tem CGC e tudo, (...) estou aqui no meu quarto mandato, eu tenho minhas dúvidas se você volta em algum outro mandato. Mas aguarde, que você vai me conhecer melhor...”.

 

O vereador Paulinho Morada Nova ao apartear vereador Delmo Barbosa que comentava a matéria de Via Fanzine a respeito da cobrança de Capanema, ao Juiz, sobre a cassação do prefeito (1:45:52), argumentou, numa tentativa de intimidar esse veículo de comunicação, (...) E a notícia que 'tá' no jornal [Via Fanzine]... Claro que nós ‘tamo’ tomando providência, e o meu manifesto também é igual às palavras do Márcio [Bernardes]”.

 

O vereador Lucinho de Santanense ao apartear vereador Delmo, afirmou, “(...) Não é esse tipo de coisa que vai entrar dentro de minha casa, por que eu tenho um filho dentro de casa, pra dar o exemplo para ele, e se quiser e se juiz e promotor olhar minha conta lá, acho que ele vai deixar um dinheiro depositado pra mim lá... Por que eu to devendo banco (...). As mesmas atitudes que o Delmo tomou, eu também tomei, entramos com um processo já, inclusive, com testemunhas (...), 'né', Delmo? Onde que, esse safado, sem vergonha, do Zé Oscar, conversa fiado aí, ele vai ter de provar, na Justiça... E se tem pilantra, é do lado de lá, aqui não. Se tem pilantra é ele e aquele amiguinho dele”.

 

Delmo continua se defendendo da acusação de suborno recebida pelos quatro (1:47:01): “(...) a Promotora não afirma, ela relata no pedido de improbidade administrativa do prefeito, palavras do Zé Oscar. Agora, um vereador, nesta altura do campeonato, acreditar na palavra de Zé Oscar, deve ser da laia dele ou igual, por que não é a pessoa que eu convidaria para ir na minha casa. Agora, eu sei que ele andou reunindo com alguns vereadores aqui, mas não tem problema, não, pois a 'casa está caindo' pra algum lado aí, mas não preocupa, não, porque para o meu lado, ela não vai cair não...”.

 

Os ataques a Oscar e Cauzin parecem inflamar os acusados, após a reação de cada um deles. Em seguida, o vereador Lucinho afirma o que pode ser entendido como uma ameaça explícita ao ex-secretário José Oscar (1:47:55), “(...) Peço a Deus que... Né? Não deixar eu encontrar de frente a frente com esse... Zé Oscar. Eu nem seio que eu seria capaz de fazer hoje... Que sem vergonha é ele! E eu provo que é sem vergonha!”.

 

O vereador Alex Artur em resposta (1:48:15), afirmou, “(...) Eu não estou denunciando ninguém, eu apenas li jornal. E o que eu ver no jornal, que eu ver que... O que tem no jornal eu vou ler. E dizer que, dor de cotovelo, isso aí vai ter sempre. Vereador que veio na rabeira duas vezes já, que não aceita até hoje que sofreu e perdeu duas eleições consecutivas aqui na Câmara. Agora eu... O contato com o Osmando continua o mesmo, foi excelente prefeito, agora a prestação de contas... Igual a Prescon, estava sob uma CPI, investigação. Teve vereador aqui que votou a favor da prestação de contas, do atual prefeito... Aí falar que vai vir a prestação de contas, que a Câmara tem de fiscalizar... Lógico que tem. É A ou B (...) não estou acusando ninguém, estou apenas lendo o que saiu no Via Fanzine (...). O que eu tiver de responder, eu vou responder (...) está aqui escrito pra quem quiser copiar (...), tem gente que cospe muito no prato que comeu, que esquece do passado, que andava com o ex-prefeito, quando era candidato. Nas empresas, até falando barbaridades do atual prefeito e hoje está do lado [risos]. Diga com quem tu andas e eu te direi quem tu és, acho (...). Ao falar do meu passado, quero dizer que hoje eu sou respeitado nos Garcias, como sempre fui, tive 700 votos e só o Garcias me elegeu (...). Eu não vivo em rabeira de ninguém e se eu for reeleito ou não, eu não dependo de política pra viver, não. Não tenho diploma de doutor, de dentista, de professor, de advogado, mas também sei me virar (...). O prefeito mandou a vigilância sanitária à minha casa, tentando fechar uns pasteizinhos que eu fazia aos finais de semana. Isso que é covardia desta administração (...), se eu já bebi, seu eu já aprontei, o passado é meu, se o Garcias me deu 700 votos, é porque acreditou em mim (...) Vereador que está fazendo o povo de palhaço (...). Agora eu não defenderei esta corrupção que está acontecendo em nosso município (...). O Ministério Público, eu tenho certeza, que na hora certa, ‘tá’ escrito aqui, na hora certa, tomará as devidas providências contra, conforme está escrito aqui, o atual prefeito e alguns outros envolvidos (...).

 

Márcio Bernardes rebate a fala de Alex Artur (1:54:37), “Gostaria de salientar ao vereador Alex, que essas falácias, que estão escritas, que não têm fundamento, ainda mais quem está falando, quem está escrevendo, to cagando e ligando pra isso. Não preocupo, não tenho preocupações com isso, não tenho rabo preso com ninguém (...). E não vai ser pessoas como do quilate do Zé Oscar, que foi muitas das vezes exaltado aqui, ele é um grande mentiroso (...).  Pepe Chaves que qualquer denunciazinha ele está acatando, por que ele é contra Itaúna, contra a administração, então eu não estou ligando pra isso, não. Pode vir doutora Sílvia, doutor Paulo, doutor Rogério [se refere à promotora e dois juízes da Comarca de Itaúna] e do sei que lá mais... E o meu sigilo bancário e fiscal e imposto de renda está à disposição de qualquer cidadão de Itaúna. Não é Pepe Chaves, não é Capanema, não é vereador Alex, não é qualquer um, está à disposição de quem quiser”.

 

[Fim da transcrição].

 

- Editor de VF responde aos quatro vereadores

 

Ao público: Em momento algum Via Fanzine acusou algum dos quatro vereadores Pintistas (que defendem o prefeito na Câmara), senão somente reportou parte do conteúdo de uma Ação Civil Pública iniciada pela Promotoria do MP em Itaúna, por uma denúncia enviada por este editor à promotora Sílvia de Lima Soares, acerca de possíveis irregularidades no contrato da Prefeitura de Itaúna com a Prescon Informática, que durou três anos e rendeu quase R$ 7 milhões à contratada, sem atender às demandas básicas da contratação - como mostra a CPI.

 

Como os senhores vereadores colocaram à disposição - não do Pepe Chaves, diga-se – este jornal solicita desde já e vai também solicitar por ofício, que nos sejam enviados os sigilos bancários dos mesmos vereadores, que disseram aqui que tais documentos estão à disposição. Podem remeter para o e-mail: pepechaves@gmail.com, até porque, é de interesse desse jornal veicular à verdade e publicaremos com muito prazer, mostrando assim, que as defesas (e ataques) dos senhores procedem.

 

E, creiam, este assunto não está em “alta” somente dentro Câmara, mas através de e-mails, sites e blogs de muita gente indignada com os absurdos de Itaúna. Se o povão não sabe o que se passa na Câmara, qualquer pessoa que é esclarecida e deseja saber, já tem como fazê-lo, e prova disso é Via Fanzine, agindo de maneira inconfidencial em prol do povo – que deseja se informar – em Itaúna. Disso, jamais abriremos mão e, de cabeça erguida e em nome da informação justa, iremos à Justiça sim, com prazer, seja qual ação for, em face deste jornal e por quantas vezes precisar.

 

Ao vereador Delmo Dentista: Respondo a este vereador, tornando público que eu recebi uma ligação na semana passada do seu filho e também dentista Gustavo Dornas Barbosa. Muito preocupado com o pai, ele pediu para que eu não publicasse a Ação Civil Pública, na qual o vereador Delmo Barbosa é acusado como articulador de suposto suborno (fato este que se configura em apenas um fragmento dessa longa e pesada ação do MP). Respondi a Gustavo que iríamos publicar e não o fizemos ainda por que não conseguimos a cópia digital do MP e ainda estamos digitalizando o material impresso que recebemos da Promotoria e editando o material. Expliquei a ele, que a Ação Civil Pública em questão se originou a partir de uma denúncia desse jornal junto à Promotoria do MP, em Itaúna. Gustavo, que ficou por mais de 20 minutos no telefone, tentando me convencer que a denúncia era “mentirosa”, desqualificou José Oscar e Bruno Cauzin, sempre me sugerindo a não publicar os trechos do documento público. Gustavo Barbosa também afirmou que a promotora Sílvia Soares foi “avisada que ele poderia provar” que seu pai era inocente. Ele pediu para publicarmos também um parecer de seu pai, que teria contratado um perito que supostamente teria provado que uma das testemunhas mentiu ao dizer que teria ouvido a conversa de seu pai com o prefeito Pinto, quando estariam sendo negociados R$ 200 mil de recursos públicos para divisão entre os quatro vereadores da base pintista na Câmara. Eu disse a Gustavo, que ele poderia enviar qualquer texto que julgasse por bem, em defesa do pai ou de autoria do mesmo, mas somente publicaríamos após publicarmos sobre a dita denúncia e ainda não tínhamos previsão de quando a mesma iria ao ar em nossos portais. Portanto, não adianta ligar para tentar nos intimidar ou nos ameaçar em reunião da Câmara, pois nós não “falamos mal” de ninguém, nós reportamos FATOS, sobretudo, quando públicos e com bases em documentos e comprovações. Nós não fabricamos informações, elas se fazem por si e o nosso ofício é torná-las públicas. Se o vereador Delmo Barbosa é inocente, ele tem que provar isso para a Justiça, não para mim. Tampouco, poderá ele impedir este jornal de veicular informações de cunho público e de assuntos que jamais atinaram à pessoalidade de alguém. Não adianta querer nos intimidar ameaçando processar, pois o que publicamos aqui é probo, não é fofoca, tampouco conteúdo apócrifo. Tudo é comprovado e palpável, pois sabemos do peso das nossas responsabilidades - ao contrário de muita gente em Itaúna! Lembro que Delmo Barbosa já caluniou, fez falsa acusação e prejudicou financeiramente este jornal em mandato passado nos anos de 1990 (já abordamos isso aqui), na época, decidimos NÃO abrir um processo contra o falso acusador, já que a Justiça julgou improcedente suas acusações contra este e outros jornais. Contudo, hoje, não vamos admitir qualquer tipo de ataque, intimidação ou ameaça por parte desse senhor ou de seu filho Gustavo Barbosa. Estaremos tomando todas as providências contra quaisquer excessos, ameaças ou agressões. Delmo precisa entender que "processo" não é uma ferramenta que ele pode usar conforme os seus interesses políticos ou pessoais; o que pauta um processo na Justiça é a razão do JUSTO, não necessariamente do processante. Ele fala como se "processar" uma pessoa fosse o mesmo que tratá-la como "condenada". Como advogado formado, ele deveria saber disso e parar de usar tal recurso - dos tempos da ditadura - como arma intimidadora aos seus contrários.

 

Ao vereador Marcinho da Prefeitura: O senhor que é um cidadão que sempre dependeu de dinheiro público, seja da prefeitura, pois lá ocupa um ofício concursado ou da Câmara Municipal, onde cumpre o seu terceiro ou quarto mandato, me diga: o que fez para Itaúna, quem se diz tão a favor da cidade? O que fez o senhor, a não ser criar uma leizinha desrespeitada pelo prefeito que o senhor defende dentro dessa Casa, omitindo reiteramente o valor das publicidades que paga com dinheiro público à uma "agência privilegiada", contrariando a "sua" lei municipal? O que faço para Itaúna, eu jamais cobrei, senhor Márcio; o faço graciosa e idealísticamente. Eu o faço por instinto de cidadão. O senhor está “cagando” (como disse acima) faz muito tempo, sabemos disso. O simples fato de emitir em público uma palavra dessa é prova de que o senhor está evacuando (decore esta palavra) realmente, inclusive, em público. Isso mostra a sua falta de respeito ao proferir uma fala em público, essa palavra chula é o medidor do seu nível como vereador e qualquer bom entender que o ler saberá disso, senhor Márcio Bernardes. Não sou eu quem fala isso, Márcio, vê quem o conhece, quem o assiste “atuar” (ou interpretar?) sempre defendendo um prefeito EXPULSO DO SEU PRÓPRIO PARTIDO. Mas jamais alguém teria o visto defendendo os interesses dos cidadãos itaunenses de maneira desprendida e não vinculada aos interesses do Executivo. Cresça como político para dizer que eu, Pepe Chaves, sou contra Itaúna, senhor Márcio Bernardes! O senhor não conhece Itaúna o suficiente para afirmar esta asneira, tampouco, à minha pessoa. Contra Itaúna  é aquele que está aí, sendo pago, defendendo prefeito, mas se mostra impotente para explicar um gasto com meia dúzia de computadores e softwares, que chega a quase R$ 7 milhões. Explique este gasto de nosso dinheiro, Sr. Márcio Bernardes, e mostre assim, que o senhor é a favor de Itaúna e defende o prefeito porque essa gastança que tomou corpo de uma Ação Civil Pública é justificável. Mostre, senhor Márcio, que todos os vereadores envolvidos nas comissões investigativas do Legislativo, mais o Ministério Público e os muitos ferrenhos críticos ao prefeito Eugênio Pinto estão todos enganados! Mostre onde foi parar cada centavo esse dinheiro, será fácil defender o prefeito se o senhor mostrar isso. Mas, prove também que eu sou "contra Itaúna", senão estará me caluniando, conforme comprova o registro de áudio da Câmara. Contra Itaúna é quem responde a dezenas processos por lesar o erário do município; contra Itaúna é quem apoia corrupto e condenado; contra Itaúna é quem omite e mente por interesses e promoções pessoais e pensa que vai se esconder às verdades que pertencem ao povo. Afirmo que não sou contra Itaúna, sou contra os ABSURDOS DE ITAÚNA, inclusive, muitos dos quais, apoiados pelo senhor nesses últimos seis anos e muito me estenderia se fosse enumerá-los aqui. Em VF, nós não acatamos “denunciazinhas”, senhor Márcio Bernardes, mas denúncias que podem culminar em Ação Civil Pública – como essa em questão e veja que não atacamos a pessoa de ninguém, como o senhor, usando de seu cargo público, tem o costume de fazer aos seus críticos; nós apenas REPORTAMOS ATUAÇÕES PÚBLICAS! Se o senhor discorda dessa Ação Civil Pública, no mínimo, o senhor nos deve muitas explicações sobre os gastos desses milhões de reais, jamais justificados em materiais e serviços, como o senhor está demasiadamente ciente. E, se o seu sigilo bancário está à disposição de quem quiser - como afirma -, senhor Márcio, eu solicito enfaticamente: envie a documentação que comprove o mesmo ao e-mail descrito acima. Publicarei com o maior prazer para mostrar publicamente a sua inocência. Mas, por favor, não precisa ser desbocado em público, EDUCAÇÃO é essencial. Senão, veja o que deu o contrato com a Prescon que o seu irmão, ex-secretário de Educação pintista, Carlos Bernardes, assinou em 2007, e que agora depõe contra o prefeito que o senhor defende.

 

Ao vereador Paulinho Morada Nova: Espero que o senhor, Paulinho Morada Nova, tome as providências mesmo e não apenas ameace, mas que esteja ciente de que se as mesmas não procederem o direito de indenização por danos morais e outros custos estão assegurados a nós. Um vereador que só sabe agradecer a prefeito e foi colocado na Câmara pelo prefeito - que retirou o eleito pra ocupar secretaria e, por sinal, já responde a uma outra CPI por suposto uso de maquinário em obras particulares. Quem ganha mandato de presente, jamais vai agir com isenção e obedecerá cegamente ao prefeito enquanto repousar suas nádegas nessa cadeira legislativa. O seu mandato está nas mãos do prefeito, Sr. Paulinho, por isso, bobagem desperdiçar muitas palavras com alguém sem a menor autonomia.

 

Ao vereador Lucinho de Santanense: O Lucinho que tentou processar infrutiferamente este jornal no final dde 2009 e acabou foi pagando as despesas que eu tive para ir às audiências no Fórum de Itaúna, sabe que não somos de inventar fatos, veicular mentiras ou textos anônimos. Ele nos disse na época e agora repetiu a mesma retórica, muito sentimentalista (como em sua fala aqui), de que seu filho não merece ver coisas ruins contra ele. E como pai, asseguro ao senhor vereador: eu também acho que seu filho não merece isso, realmente. No entanto, não sou eu que percebo salário público; não sou eu que sou homem público; não sou eu que denuncio à Justiça; não sou eu que trabalho (ou deveria) trabalhar para Itaúna e, tampouco, fui eu eleito para DEFENDER OS INTERESSES DO POVO. Sendo assim, que cada um responda pelos seus atos, fatos  e RESPONSABILIDADES SOCIAIS sem querer se passar por vítima ou “santo” diante a quem seja. Cruz, cada qual tem a sua e sabe o seu peso.

 

Senhores, Delmo, Márcio, Paulo e Lucimar, ficamos no aguardo do envio da quebra do sigilo bancário dos quatro vereadores, colocados à disposição pelos mesmos na reunião da Câmara que tratou desse assunto e espero que isso não se torne apenas uma “promessa”. Se realmente os senhores estão isentos a tão pesadas acusações, o nosso dever é veicular tais constatações, bastando, portanto, que as mesmas nos sejam enviadas.

 

Nos interessam tornar públicos os dois lados da moeda. Por essa e outras, nós não tememos nada que venha da parte dos senhores.

 

Pepe Chaves

editor - Via Fanzine

www.viafanzine.jor

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