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 Em queda

 

Roscosmos:

Inquérito sobre fiasco de Phobos-Grunt é concluído

Comissão de inquérito conclui os seus trabalhos e divulga informações sobre fiasco da Phobos-Grunt.

 

Da Redação*

Para ASTROvia

04/02/2012

 

Em imagem oficial, a Roscosmos divulgou a localização estimada para a queda da sonda, no Pacífico sul.

 

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Documento oficial

 

Apesar das informações continuarem desencontradas entre empresas e experts do meio aeroespacial, a imprensa oficial russa informou que o presidente da comissão interinstitucional que está investigando a falhas na sonda espacial Phobos-Grunt entregou os resultados oficiais do trabalho ao dirigente da agência espacial russa, Vladimir Popovkin, na noite de 30/01. Contudo, o relatório final teria sido entregue à cúpula da agência quatro dias antes.

 

Em 03 de fevereiro de 2011, a Roskosmos lançou público as "principais conclusões" da comissão. Esta comissão avaliou mais de 700 documentos relacionados com o desenvolvimento do projeto Phobos-Grunt e todos os aspectos do lançamento, ensaio e voo da sonda. A Comissão analisou os dados de telemetria disponíveis, recebidos na fase inicial do voo através do complexo de medição NIK Fregat, em solo, bem como a telemetria da sonda, dados estes recebidos através de estações de X-band em solo, entre os dias 22 e 24 de novembro passado.

 

O documento confirmou que, durante as duas primeiras órbitas e até 01:10:2, a missão transcorria normalmente. A única anomalia detectada, nessa fase, foi a falta de confirmação de que os painéis solares tinham sido fixados na posição aberta. A abertura em si nunca esteve em dúvida, segundo a Roscosmos. 

 

Na sequência da situação de emergência que tomou a sonda espacial, esta entrou em "constante orientação solar", no modo de voo, conhecido como PSO, conforme a lógica da operação de naves espaciais. O "poder de equilíbrio" foi mantido a bordo, até 24 de novembro de 2011, quando a Roscosmos, confirmou a informação já previamente conhecida, de que o aparato espacial permanecera preso à orbita da Terra. 

 

A interrupção no fornecimento de energia começou em 24 de novembro, como a Roscosmos, também havia confirmado em relatórios anteriores. De acordo com a agência, em 29 de novembro, todos os recursos da bateria recarregável e da bateria química de emergência (KhIT) se esgotaram. Possivelmente, antes disso, em 27 de novembro, a sonda se mantinha ligada ao modo mínimo de alimentação (Umin2). 

 

Além disso, a bateria KhIT teria perdido a pressurização, o que se manifestou sob a forma de dois  fragmentos que separaram no espaço e foram detectados pelo rastreamento dos norteamericanos.

 

A Roscosmos também confirmou que pequenas mudanças registradas na altitude orbital da sonda ocorreram por conta dos seus propulsores de atitude, programados para manter a orientação solar.

 

E, finalmente, a Roscosmos confirma a perda da fonte de alimentação, o que conduziu à falha do sistema de controle de voo. A ativação periódica do sistema de controle de voo (BKU), e o próprio controle de voo eram ativados somente à luz do sol, quando os painéis solares eram expostos.

A sonda da agência Roscosmos deveria seguir para o satélite marciano Phobos,

mas acabou presa à orbita terrestre para depois cair na superfície.

 

À procura de um culpado

 

No esforço para encontrar a causa exata da situação de emergência a bordo da sonda espacial, a comissão de investigação analisou falhas de hardware e possíveis eventuais interrupções da pré programada sequência de voo do sistema integrado de controle de voo, BKU, segundo a Roskosmos. 

 

Em janeiro de 2012, a NPO Lavochkin usou a sua placa integrada na sonda Phobos-Grunt para modelar a influência eletromagnética e possíveis erros programáticos acerca do funcionamento do sistema de controle de voo. No entanto, nenhum destes cenários atuais poderia ser sido recriado, de acordo com a agência.

 

No entanto, informações oficiosas divulgadas pela imprensa especializada internacional, dão conta que, muito antes do lançamento da Phobos-Grunt, era notório que a missão estava fadada ao fracasso, devido à ausência para controle dos sistemas de voo e de comunicação. 

 

Ainda de acordo com estas fontes, depois de a sonda apresentar falhas, várias veículos de comunicação teriam transferido a culpa pelo fiasco para longe da má gestão de engenharia desse projeto.

 

* Com informações de Roscosmos e agências internacionais, com traduções de Pepe Chaves.

 

- Imagem: Roscosmos.

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

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