UFOVIA - ANO 5 

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Contato histórico:

O Caso Antonio Villas Boas*

por Antônio Villas Boas**

 

Era noite de 5 de outubro de 1957, por volta de umas 23h após ter recebido uma visita fui dormir. Estava no quarto em companhia de meu irmão João, fazia muito calor, abri a janela do quarto que dava para um terreiro, foi quando pude observar uma luz muito brilhante que iluminava todo o ambiente.

 

 Meu nome é Antonio Villas Boas, tenho 23 anos, agricultor, vivo numa fazenda com a minha família, de nossa propriedade localizada nas proximidades da cidade de São Francisco de Sales, estado de Minas Gerais, meus irmãos e minhas irmãs moram na vizinhança.

 

Todos os meus irmãos trabalham na fazenda comigo em longas e planas plantações.

  

       Antônio e a esposa Marlene

Em primeiro instante pensei em ser a luz da luz, mas era muito forte e muito branca, chamei meu irmão que se encontrava no quarto junto de mim, pacato e acomodado não levantou e falou para irmos dormir, fechei as venezianas do quarto e deitei, porém não conseguia dormir.

Movido por minha curiosidade abri a janela novamente e constatei que a luz estava ali parada, imóvel, no mesmo lugar que a havia deixado, num piscar de olhos percebo a luz vindo em minha direção, bato a janela com força e acordo meu irmão, que agora, pôde constatar sobre o que falava, ficamos ali observando a luz entrando pelas frestas da janela e se movendo em direção ao telhado, e da luz se fez a escuridão.

 

'Rebatia-me tentando escapar de suas garras, impossível,

estava preso tão firmemente que nunca poderia livrar-me, gritei,

pedi por socorro, enquanto isso, arrastavam-me até a nave'

 

Era noite de 14 de outubro do mesmo ano, estava eu e meu outro irmão trabalhando com o trator por volta de umas 22h30, estava frio, céu claro e estrelado. Por volta de 1 hora da manhã observei ao céu uma luz avermelhada a qual julguei ser uma estrela, porém a julguei cedo demais, pois estava aumentando seu tamanho e se aproximando de mim. Em poucos minutos estava coberto pela luz emanada pelo objeto que se encontrava mais ou menos uns 50 metros acima de minha cabeça, pensei em fugir, mas em comparação à velocidade da luz, a marcha do trator era muito lenta, correr!? Não, poderia ter causado uma fratura em minha perna. O medo tomou conta de mim, não sabia, afinal, o que aconteceria comigo, o trator não respondia ao meu mando de aceleração.

 

O objeto moveu-se à alguns metros à minha frente e pousou, pude perceber que era alguma espécie de nave fora do comum, apresentava uma forma ovalada com três pontas metálicas, não pude distinguir sua cor devido à grande luminosidade, na parte superior, algo rotacionava em alta velocidade emitindo uma luz vermelho fluorescente. Conforme o objeto se aproximava do chão, a parte superior rotatória ia diminuindo suas evoluções, pude perceber três suportes metálicos descendo para sustentar o objeto.

 

Não hesitei e nem pensei duas vezes, acelerei o trator ao máximo que pude, desviei-me do objeto, mas minha fuga foi frustrada, alguns metros a frente o motor do trator parou por completo e os faróis se apagaram, tentei religá-lo mas foi em vão, desci do trator e corri, o máximo que podia e que meus músculos permitiam, fuga frustrada, fui seguro por um ser que mal chegava à altura dos meus ombros, reagi aplicando-lhe um soco que o desequilibrou, assim me deixando livre para completar minha fuga, inútil, fui alvejado por outros três seres da mesma espécie do primeiro, agarrado pelos lados e pelos pés, fui-me ao chão, não consegui esboçar uma reação se quer.

 

Rebatia-me tentando escapar de suas garras, impossível, estava preso tão firmemente que nunca poderia livrar-me, gritei, pedi por socorro, enquanto isso, arrastavam-me até a nave, à cada grito meu, espantados ou curiosos, olhavam para a minha cara, mas sem afrouxarem as garras.

Cheguei ao objeto que se encontrava a alguns metros do chão apoiado nos pés, uma porta se abriu de cima para baixo e pude perceber que era constituída do mesmo material do objeto, um metálico muito brilhante, a escada era instável e oscilava a cada tentativa de fuga da pessoa.

Era pequena, suficiente para apenas duas pessoas, uma ao lado da outra, ao qual tiveram muita dificuldade para fazer-me andar sobre aqueles degraus.

Após infinitas tentativas frustradas de fuga de minha parte conseguiram colocar-me dentro do objeto, trancafiando-me em um pequeno recinto quadrado, a sala era muito iluminada, as luzes do teto refletiam o bonito teto metálico polido nas paredes.

'Gritei, xinguei, debati-me tentando impedir a ação, os cinco pararam,

olharam-me e fizeram tentar entender e compreender o que eles queriam'

 

A porta de entrada da nave se fechou, dentro uma forte luz que se igualava à luz do dia fez com que a porta desaparecesse após de fechada, só sabia que estava ali pela saliência dos degraus da escada. O pequeno ser apontou para uma porta que se encontrava aberta, entendi que era para entrar no próximo recinto, já que não me restava outra saída, caminhei.

 

Entrei num recinto com a mesma luminosidade e brilho da sala anterior, porém esta é oval e com alguns móveis, no centro da sala chamou-me a atenção uma grande coluna que ia até o teto com um pequeno afinamento no meio, para meu ver, aquela coluna estaria ali a modo de sustentação, e não somente, de enfeite. Os objetos eram metálicos, entre estes, uma mesa de desenho esquisito e algumas cadeiras parecidas com a que temos nos balcões de bares. A mesa era fincada ao chão unicamente por um pé, as cadeiras recebiam três saliências laterais por uma argola fixa ao chão, ao que dava total mobilidade para todos os lados.

 

Ainda preso pelas garras dos estranhos seres, que insaciavelmente conversavam sobre eu, não quero dizer que emitiam palavras, mas um som que era totalmente irreconhecível e inimaginável, após algum tempo a conversa parou e os cinco seres que me acompanhavam desde a minha captura começaram a me despir.

 

Gritei, xinguei, debati-me tentando impedir a ação, os cinco pararam, olharam-me e fizeram tentar entender e compreender o que eles queriam, voltaram a me despir até que fiquei completamente nu, durante todo o meu show a parte, eles não me feriram e nem sequer rasgaram a minha roupa.

 

Estava  nu e com muito medo. Não fazia a mínima idéia do que  eles  queriam  fazer  comigo.    

 

'Todos os investigadores que me entrevistaram concluíram

que a minha história é verdadeira, meu relato é sempre esse, o mesmo'

 

Pude  perceber  que  um  deles estava com uma espécie de  esponja  na  mão  a  qual começou a passar um líquido em meu corpo, a esponja era macia, porém não das comuns que conhecemos, e o líquido era transparente e inodoro, porém não era água. Não senti minha pele nem oleosa e muito menos gordurosa, o líquido fez-me senti um frio intenso, um frio que era aumentado pela noite fria e pelo meu medo, após algum tempo, o líquido secou e não senti mais nada.

 

De repente senti-me muito cansado e exausto e deitei-me numa espécie de um sofá, a porta se abriu a minha frente e por ela adentrou-se uma mulher semi-humana, à qual mantive relação sexual. Após algum tempo, no fim da relação, a mulher semi-humana apontou para a minha barriga e depois para o céu.

 

Após isto fiz um breve passeio pela nave, sempre acompanhado pelos seres que sempre conversavam entre si, mas nunca comigo, ao olhar pela janela pude perceber que estávamos viajando a uma grande velocidade.

 

Após isto, não me recordo sobre mais nada!

 

Demorei para contar isso à minha família e demorei mais ainda para levar isto a público, tinha medo do que poderia acontecer comigo, após assumir toda essa minha experiência, fui entrevistado por vários ufólogos. Todos os investigadores que me entrevistaram concluíram que a minha história é verdadeira, meu relato é sempre esse, o mesmo, não mudo sequer uma palavra ou um detalhe, são sempre os mesmos.

 

Talvez nunca possa ser explicado meu caso, talvez, eu nunca ganhe direito pelo o que aconteceu comigo, mas uma coisa eu afirmo e defendo, isto aconteceu comigo!

 

* Esta crônica foi escrita à partir do depoimento dado por Antonio Villas Boas em 22 de fevereiro de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, no consultório do doutor Olavo Fontes com a presença do jornalista João Martins.

 

**Antônio Villas Boas, já falecido, era agricultor em Minas Gerais, depois formou-se advogado. Seu caso tornou-se o maior clássico da Ufologia brasileira, sendo o caso nacional que mais mereceu destaque espontâneo na mídia internacional.

 

- Foto: autor desconhecido, fonte: www.conspiracyarchive.com

- Ilustrações: autor desconhecido, fonte: www.gnosisonline.org

 

- Produção: Pepe Chaves.

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