ARQUEOLOVIA ASTROVIA DORNAS ITAÚNA J.A. FONSECA SÃO TOMÉ UFOVIA VIA FANZINE           

 

MOVIMENTO POPULAR

 

 

Movimento São Thomé Resiste!

Um pedido de socorro em praça pública

Uma insatisfação popular se tornou a combustão que culminou nesse sentimento mútuo de se reconhecer publicamente e cobrar da Administração Municipal pelo desrespeito e omissão com questões que tanto urgem socialmente.

 

Da Redação*

Jornal São Tomé Online

08/03/2023

 

Sob uma chuva gelada que depois cessou, cerca de 60 pessoas se reuniram diante do coreto na praça Barão de Alfenas e proferiram discursos diversos, sobretudo, cobrando responsabilidade e compromisso por parte do poder Executivo local.

- Leia outras matérias:

Editorial: Por que nosso prefeito se calou?

Prefeito tem rejeição superior a 80%

Prefeitura contraria ANVISA com capina química

A irregular contratação pública por MEI

Os migrantes de São Thomé das Letras

Emprego Público: Por transparência e garantia de direitos

Outros destaques em Via Fanzine

Página principal do Jornal São Tomé Online

 

População discursa no coreto

 

Ao anoitecer da terça-feira, 07/03, populares se reuniram na praça Barão de Alfenas, em São Tomé das Letras, num ato de protesto contra o descaso e abandono administrativo que grassa na cidade. Este município sul-mineiro, bastante conhecido em todo o país e até no exterior, vem sofrendo ao ser administrativamente maltratado, sob vários aspectos, segundo a opinião da população e até de alguns turistas.

 

Uma insatisfação popular se tornou a combustão que culminou no movimento "São Thomé Resiste!"nesse sentimento mútuo de se reconhecer publicamente e cobrar da Administração Municipal pelo desrespeito e omissão com questões que tanto urgem socialmente.

 

O tempo chuvoso não impediu as pessoas de participarem da manifestação em praça pública.

 

Dentre as cobranças colocadas estavam, a má conservação dos patrimônios, logradouros e imóveis públicos; das leis trabalhistas que não são cumpridas aqui; do uso desregrado de venenos em plantações rurais; da falta de um concurso público para contratação; da falta de política para migrantes e jovens; da transparência na prestação de contas e de informações por parte dos poderes Executivo e Legislativo, além de tantos outros pontos explanados durante o evento.

 

Sob uma chuva gelada que depois cessou, cerca de 60 pessoas se reuniram diante do coreto na praça Barão de Alfenas e proferiram discursos diversos, sobretudo, cobrando responsabilidade e compromisso por parte do poder Executivo local. Grande parte dos presentes exibiam bandeiras e cartazes e gritavam palavras de ordem contra o prefeito Alvarenga, cobrando compromisso.

 

Cidadãos discursaram sobre os inúmeros problemas do município.

 

Pelo microfone, passaram professores, trabalhadores, ativistas partidários, apartidários, artistas, atletas, empresários; todos cidadãos letrenses.

 

Todos os pronunciamentos foram feitos do coreto da praça. No entanto, os manifestantes tiveram que pular seu portão de entrada para adentrá-lo, pois este se encontrava trancado com um cadeado.

 

Cabe lembrar que a Prefeitura (que administra o coreto) sabia que ocorreria o evento, no entanto, trancou com cadeado o portãozinho do coreto (com menos de um metro de altura), fazendo que com que os manifestantes tivessem que pulá-lo para fazerem seus pronunciamentos. Um fato concreto, mas com um forte apelo simbólico no contexto da manifestação.

 

Cadeado colocado pela Prefeitura trancava o portão co coreto, fazendo com que os manifestantes tivessem que pulá-lo para entrar.

 

Participantes cobraram de Alvarenga e Quinzinho

 

Para a nossa surpresa, somente um vereador esteve presente ao ato, Gleiser Washington (AVANTE), que fez um discurso cobrando responsabilidade do prefeito Tomé Alvarenga (MDB), que segundo ele, deixou o município em péssimo estado, sob vários aspectos.

 

Estiveram discursando os cidadãos, Nilson Guia, Natan Flausino, Cheila Seixas, Silvana Soares de Assis, Maíra Aragão, Helena Gomes, Gleiser Washington, Rodrigo Experdito, Rao Caiuá, Raul Lemos, Paulinho, Rafael Vidal, Yan Felipe, Matheus Reis, Taylor Pereira Silva, entre outros. Todos trabalhadores e moradores da comunidade local.

 

Na maioria dos discursos houve cobranças especialmente ao Executivo, mas muitos também cobraram ao Legislativo, discursando sobre a corresponsabilidade da maioria da Câmara, na situação de sucateamento municipal, apresentada pelo Executivo de Alvarenga e Quinzinho Pereira.

 

Alguns discursaram sobre a falta de compromisso dos vereadores com relação às diversas denúncias públicas sobre o abandono da cidade, fartamente documentadas. Para estes, a omissão e silêncio do prefeito na busca de soluções se estende também à quase totalidade dos vereadores.

 

Manifestantes lembraram que o movimento "São Thomé Resiste!" é uma manifestação pacífica e suprapartidária, aberta ao público, não faz ataques pessoais e apresenta apenas assuntos de cunho público. Falando conosco, um dos organizadores afirmou que a manifestou foi um sucesso. "Essa foi somente a primeira versão do "São Thomé Resiste!", pois outros eventos desse gênero voltarão a ocorrer em breve", afirmou ele.

 

De acordo com os organizadores, ao longo evento passaram cerca de 200 pessoas pela manifestação.

 

Membros de partidos como UP e PSOL estiveram presentes e alguns discursaram.

 

A manifestação e o povo nas ruas

 

Na manhã que antecedeu a manifestação, pessoas que se encontravam acampadas na rodoviária foram retiradas de lá. Também os viajantes que estavam acomodados no coreto foram retirados e constatamos que não houve apoio da Assistência Social durante essa ação.

 

Nossa reportagem foi informada que alguns dos migrantes que estavam na rodoviária foram enviados de ônibus ao CRAS de Três Corações, que já os esperavam.

 

Mas, um deles discursou durante a manifestação e ressaltou a falta de apoio da cidade aos artistas viajantes que são parte da cultura local e uma marca registrada do turismo local. Artesãos, malabaristas e diversos artistas itinerantes compõem o diverso quadro cultural que caracteriza São Tomé como cidade alternativa e única.

 

Precisamos ter políticas de apoio a essas pessoas e escutar esses artistas que participam historicamente de nosso município. Este evento pode ter sido sim, um dos primeiros do gênero em nossa cidade, buscando envolver os trabalhadores que fazem acontecer a comunidade local, que vêm lembrar aos homens públicos acerca do respeito, a responsabilidade, a humildade e a comunicação com os seus munícipes.

 

População foi à praça pedir socorro ao poder Executivo.

 

Jornal sofre ataques pessoais pela internet

 

Durante o dia, nas redes sociais a manifestação era o assunto mais falado. Muitas discussões, planejamentos e ideias eram trocadas em grupos de conversação da cidade nas redes sociais.

 

E aqui registramos que, por ocasião desse evento, em um desses grupos locais de Whatsapp, dois membros do Jornal São Tomé Online foram verbalmente atacados e difamados por seis pessoas inflamadas, todas ligadas ao prefeito Alvarenga.

 

O fato de o jornal mostrar ao público a realidade do município tem nos custado caro, no sentido de enfrentarmos constante intolerância e ódio por parte de determinadas pessoas na cidade, que se mostram abertamente contra o nosso trabalho, seja por algum motivo político ou propósito pessoal (ou ambos juntos).

 

Oportunamente, estaremos dando "nome aos bois" e expondo com exatidão documental toda essa situação criada por apenas veicularmos assuntos de interesse público para recebermos ataques de cunho pessoal. Fato é que temos recebido reiterados ataques em rede social (todos registrados por nós) de pessoas diretamente ligadas ao prefeito Tomé Alvarenga e há várias testemunhas.

 

Destarte, nós, produtores e colaboradores do Jornal São Tomé Online, reservamo-nos ao direito de afirmar que, se chegarmos ao cúmulo de sofrermos algum dano físico e/ou outro em retaliação a quaisquer colaboradores ou diretores desse jornal, as autoridades competentes possivelmente deverão saber a quem averiguar.

 

Uma terra sem jornalismo é uma terra de cidadãos cegos e surdos. Não deixem nos calar, esteja do lado da transparência e da verdade. Apoie a imprensa da sua cidade.

 

* Com informações da reportagem de Pepe Chaves e Rafael Vidal de Tomy.

 

- Imagens: Pepe Chaves.

 

* Pepe Chaves é jornalista e editor da Rede ZINESFERA e do Jornal São Tomé Online.

 

- Imagem: Divulgação.

 

- Produção: Pepe chaves.
© Copyright 2004-2023, Pepe Arte Viva Ltda.

 

- Leia outras matérias:

Editorial: Por que nosso prefeito se calou?

Prefeito tem rejeição superior a 80%

Prefeitura contraria ANVISA com capina química

A irregular contratação pública por MEI

Os migrantes de São Thomé das Letras

Emprego Público: Por transparência e garantia de direitos

Outros destaques em Via Fanzine

Página principal do Jornal São Tomé Online

 

Ir para a página principal

 

ARQUEOLOVIA ASTROVIA DORNAS ITAÚNA J.A. FONSECA SÃO TOMÉ UFOVIA VIA FANZINE           
© Copyright 2004-2023, Pepe Arte Viva Ltda.