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EDITORIAL

 

    

STL 60 anos - nada a comemorar

Por que o nosso prefeito se calou?

Ignorar questões pertinentes ao próprio mandato; se calar à comunidade e deixar de enviar respostas a ofícios legislativos são ações bastante graves, as quais estão se repetindo de forma corriqueira neste mandato, irritando assim, a todos que tenham um mínimo de bom senso e prezam por respeito, incluindo parte dos nossos vereadores. Até quando isso vai continuar?

 

  Por Pepe Chaves*

Para Jornal São Tomé Online

1º/03/2023

 

Vice-prefeito Quinzinho e prefeito Tomé Alvarenga: gestão é contestada com mais de 80% de reprovação em grupo de moradores.

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Executivo: críticas não respondidas

 

Hoje, 1º/03/2023, São Tomé das Letras completa 60 anos de emancipação. Mas, infelizmente, a comunidade não tem muito a comemorar, em meio a tantos problemas e a falta de soluções até mesmo para questões mais básicas. É patente na cidade a forte crítica de grande parte dos moradores ao poder público Executivo local, composto pelo prefeito Tomé Alvarenga e o vice-prefeito Quinzinho. Estas ocupam várias páginas de redes sociais e aplicativos, algumas ilustradas com fotografias, além de tristes testemunhos de moradores em busca de soluções aos problemas sociais que os afligem e que aqui vivenciam.

 

Este próprio jornal tem publicado uma série de reportagens de autoria de colaboradores e da nossa redação nestes dois últimos meses denunciando o verdadeiro desleixo administrativo que assola no município. E tudo o que veiculamos pode ser comprovado com qualquer morador da cidade.

 

São denúncias levantadas pela própria reportagem do jornal ou por cidadãos indignados que nos procuram para expor problemas, enviando fotografias e narrando “absurdos” dos mais variados, no tocante ao que deveria ser serviços de uma administração pública municipal. Embora sejam assuntos urgentes ou de alta gravidade e/ou do interesse comum, o Executivo tem optado por se silenciar a tais problemas.

 

Comprovações dessa insatisfação social, pôde ser vista numa enquete pública promovida pelo Coletivo, um grupo de moradores local sobre a satisfação com a administração municipal. A enquete registrada por este jornal mostrou uma reprovação da ordem de 81% à administração municipal de Alvarenga, votos estes que a consideram "péssima" (veja mais aqui). Nas redes sociais, vários moradores e até alguns vereadores já começam a falar em cassação do mandato Executivo, quem sabe, podendo repetir um filme até recente que já assistimos por aqui.

 

Como reverter o sucateamento e sair por cima?

 

Acreditamos que para sanar tantos problemas há um verdadeiro leque de providências urgentes que deveriam ser tomadas pelo Executivo na cidade, no mínimo para corrigir alguns dos erros administrativos crassos e das degradações literais causadas aos patrimônios públicos [muitas documentadas nestas páginas em fotografias e testemunhos].

 

Isso, a nosso ver, era algo urgente a ser feito, primeiramente com o prefeito assumindo a “mea culpa”, acompanhada de um pedido de desculpas à comunidade, pela falta de manutenção; pela falta de atenção; pela falta de competência; pela falta de respostas às inúmeras arguições da população, incluindo membros do poder Legislativo local, antagonizando assim, a própria lei que cassou o mandato da prefeita anterior “por se calar ao Legislativo local”.

 

Ignorar questões pertinentes ao próprio mandato; se calar à comunidade e deixar de enviar respostas a ofícios legislativos são ações bastante graves, as quais estão se repetindo de forma corriqueira neste mandato, irritando assim, a todos que tenham um mínimo de bom senso e prezam por respeito, incluindo parte dos nossos vereadores. Até quando isso vai continuar?

 

Sem conciliação e ao ataque

 

No entanto, em vez buscar trabalhar com pessoas conciliadoras, que poderiam servir de ponte para diálogos sadios entre o Executivo e a população, procurando assim, utilizar das críticas recebidas para se apresentar soluções e atendimento popular de qualidade, o que ocorre, infelizmente, por parte do nosso prefeito, é o contrário. Como a contração de determinados servidores dispostos a promover “mimimis sem causa” em rede social, ataques pessoais, inverdades e até difamações contra aqueles que criticam a ineficiência desse Executivo. Este jornal mesmo já provou de tal veneno, expelido por determinados “servis servidores” municipais.

 

Entretanto, tudo isso apenas inflama ainda mais os ânimos dos nossos munícipes justos e conscientes dessa falta de respeito, além dos péssimos serviços oferecidos pela nossa atual gestão municipal. Tudo isso, que engloba essa forma desrespeitosa de se tratar as vozes da comunidade (sempre vistas como “inimigas”), apenas se transforma em combustível e vem somar forças para se combater alguns atos de injustiça emanados por esse Executivo. Toda a forma descortês que o Executivo de Tomé Alvarenga tem tratado este jornal, nossos munícipes e alguns vereadores, naturalmente, se voltará contra o seu próprio governo e o resultado natural de tudo isso será colhido por ele no devido tempo.

 

Muitas soluções poderiam vir através de diálogos com críticos e oposicionistas, que podem até se tornar parceiros e criadores de soluções. Tais soluções jamais virão dos ataques de inflamados servidores pagos com dinheiro público para “contra-atacar” os seus críticos.

 

Apenas reportamos fatos

 

Este jornal não “fala mal” do prefeito; fala aquilo o que prefeito faz ou não faz. Trabalhamos com FATOS e o que é “mal” ou não, cabe a cada leitor julgar por si. Aqui não buscamos “formar opiniões” ou “fazer a cabeça” de ninguém. Apenas veiculamos informações de interesse público. Forma opinião própria quem lê, quem está munido de boa informação e possui raciocínio e intelecto próprio, capaz de discernir uma situação por si mesmo. Logo, cabe a todo e qualquer veículo de comunicação, não mais que refratar os anseios e a realidade de sua comunidade, cumprindo sua função de “instrumento dos fatos”, dando assim, publicidade aos assuntos de interesse público.

 

Este é o nosso ofício e vamos continuar cumprindo-o sem o menor temor das ameaças já recebidas por parte de pessoas ligadas ao Executivo municipal. Seguiremos pautando dentro do nosso senso de justiça, imparcialidade e sobriedade; norteados em documentos e testemunhos probos. E se tais servidores se exaltarem novamente conosco, nós iremos tomar as devidas providências com base no Direto, acionando as leis devidas, e responsabilizando-os pelos seus excessos e/ou difamações.

 

Todas as matérias que depõem contra o sabido desleixo administrativo local foram compostas por alguns colaboradores, catedráticos em suas respectivas áreas de atuação, credenciados, portanto, para expor publicamente tais problemas aqui enfrentados. Isso inclui nossa redação e reportagens, que sempre agiu responsavelmente para apurar e mostrar em fatos e fotos a realidade que vivemos em São Tomé das Letras, doa a quem doer.

 

Todas matérias e reportagens veiculadas apontam para falhas administrativas, jamais respondidas ou sanadas pelo poder público, entre elas, sobre a falta de manutenção do prédio da rodoviária; o sucateamento do Centro de Eventos, além da quadra esportiva e pista de skate; bem como da escola do João Cota caindo no chão; da falta de manutenção nas estradas rurais; do uso desregrado de agrotóxicos em plantações no município; da má gestão das águas; da manutenção ilegal de capina química urbana, da contratação ilegal de pessoal por MEIs, do adiamento de um Concurso Público municipal, da devida assistência aos migrantes nas ruas da cidade; da fraca atuação dos vereadores locais, da inexistência de lixeiras pela cidade e parque, entre outros problemas e denúncias trazidas pela comunidade, todas de conhecimento público e fartamente documentadas.

 

Prefeito sempre teve espaço nesse jornal

 

E é bom lembrar que da mesma forma que este veículo está aberto aos reclames e críticas de nossos concidadãos - que assim ajudam a compô-lo - também frisamos que sempre estivemos abertos para ouvirmos aos três poderes locais. Incluindo, é claro, o nosso hoje criticado prefeito Tomé Alvarenga que, noutras épocas, certamente foi beneficiado por “notícias positivas” produzidas por este jornal e que chegaram a milhares de eleitores locais. Publicamos inúmeros apelos da Saúde local, bem como materiais publicitários da prefeitura, envolvendo cultura, saúde, turismo e tantas outras nuances sociais.

 

Mas, especialmente, no período da pandemia, veiculamos diversas notícias positivas à atual gestão que pode tê-la ajudado a se reeleger. Agora, ninguém se lembra mais disso... Mas não é que por isso “falamos bem” do prefeito nesse jornal naquela época; falamos o que ele fez ou não fez na ocasião, bem como o fazemos nos dias de hoje. Ele fala por si; assim como o nosso trabalho. Na época, ele falava conosco; falava com pessoas do povo nas redes sociais. Hoje ele não fala nem através de ofícios assinados por vereadores. Por que? Será que ele desistiu de ser um administrador, mas continua no cargo? É o que gostaríamos de saber...

 

No entanto, em todas as matérias veiculadas por nós acerca da má administração de patrimônios públicos locais, jamais recebemos qualquer resposta por parte do poder Executivo, ainda que este se manifestasse ciente das críticas publicadas. O prefeito não se expressa, seja justificando sua postura diante de denúncias tornadas públicas; tampouco apresentando alguma solução ao problema colocado por um denunciante.

 

O espaço do Executivo (independente de quem seja o prefeito) sempre esteve reservado neste jornal desde 2018. Respeitamos tal pessoa e para se expressar, basta que ele, como bom homem público, tenha argumentos e queira assumir sua responsabidade diante ao cargo que ocupa. Responsabilidade essa, sobretudo, para voltar a se comunicar com as autoridades do Legislativo municipal quando é evocado, em vez de ignorá-las.

 

Bem como, quiçá, ele volte a se comunicar com todo e qualquer crítico ou arguidor desse seu segundo e infeliz mandato municipal, como no mandato anterior ele fazia nas redes sociais, dando provas de sua “humildade”. Comunicação essa que, sem dúvida alguma, também ajudou a reelegê-lo. Mas hoje, fica uma dúvida, sobretudo, ao seu eleitor e antigos apoiadores: quem é ele realmente?

 

* Pepe Chaves é jornalista e editor da Rede ZINESFERA e do Jornal São Tomé Online.

 

- Imagem: Chapa Alvarenga/Quinzinho (Eleições 2020).

 

- Produção: Pepe chaves.
© Copyright 2004-2023, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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