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CULTURA

 

 

Arte de rua:
Artesãos se manifestam em prol da arte

A manifestação ocorreu em um clima de harmonia, onde os manifestantes colheram assinaturas do público presente, pedindo apoio à causa, ao som de música, danças alternativas e artes circenses.

 

Da Redação*

Jornal São Tomé Online

/05/2023

 

O 1º de maio foi marcado com uma manifestação de rua em prol das artes e da liberdade de expressão em São Tomé das Letras.

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Nesta segunda-feira (1º de maio), artistas de rua de São Tomé das Letras protestam pacificamente por espaço no município, onde possam ficar acessíveis aos turistas e expor seu trabalho artístico. A data marca a 3º ato Cultural Nacional da Malucada de BR.

 

Os artistas locais reivindicam apropriação cultural em uma cidade em que o turismo foi construído sobre a cultura do Maluco de BR, viajantes artistas que fazem parte do patrimônio cultural do país.

 

Manifestantes estiveram presentes na Esquina do Sucesso.

 

Os manifestantes pedem legislações mais inclusivas com esses trabalhadores, que são o cerne da cultura local. Também reivindicam o fechamento da rua nas imediações da Esquina do Sucesso para a viabilização de seus trabalhos, em finais de semana e feriados.

 

Os manifestantes pedem legislações mais inclusivas com esses trabalhadores, que são o cerne da cultura local. Também reivindicam o Reconhecimento Cultural, bem como o direito de expor e a legitimação do uso dos espaços públicos que são tradicionais da cultura, respeitando as características da identidade deste movimento.

 

Alguns participantes do movimento.

 

Reivindicam também o fechamento da rua nas imediações da Esquina do Sucesso para a viabilização de seus trabalhos, de forma harmônica com o fluxo de pessoas nas ruas, sobretudo em finais de semana e feriados. Já que os outros espaços cedidos pela Prefeitura quase não comportam mais artesãos em alguns períodos e encontram superlotados devido ao grande número de artesãos nômades que vêm a São Tomé.

 

Além disso, alegam que os espaços cedidos pela prefeitura não têm iluminação, nem movimento de turistas durante a noite. O movimento da Malucada de BR possui muitas formas de expressão cultural, e uma delas é a exposição de suas artes no chão e o "mangueio". Muitos não se sentem contemplados com o enquadramento de espaços delimitados, tendo os lugares de exposição de forma diversa pela cidade, e lutam por esses direitos.

 

A manifestação ocorreu em um clima de harmonia, onde os manifestantes colheram assinaturas do público presente, pedindo apoio à causa, ao som de música, danças alternativas e artes circenses.

 

Alguns comerciantes das imediações apoiaram o ato, enquanto outros repudiaram.

  

O Dia do Trabalhador também é o dia do Maluco de BR, e este já é o terceiro ano consecutivo que acontece nesta data uma mobilização por todo o país para o reconhecimento do artista de rua. Depois dos povos originários e dos ciganos, o IPHAN está em processo de reconhecer a cultura do Maluco de BR como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

 

 Trabalhos de artesanato ocupam as calçadas nas proximidades da Esquina do Sucesso.

 

O protesto começou às 10h30 da manhã e se estendeu por todo o dia na "Esquina do Sucesso", onde se localiza o Pub Caverna e onde nesta última sexta-feira ocorreu um conflito entre os artistas e a força policial local que teve alta repercussão.

 

Mercadorias de lojas na região central da cidade também ocupam o espaço dos transeuntes, igualmente aos artesãos, contrariando as leis vigentes.

 

Desde a lei orgânica municipal 15.035/2020, ficou proibido obstruir os passeios (calçadas), o que embasou a retirada dos artesãos que expunham com pano no chão. O tema levantou polêmica entre alguns lojistas que sentiram incomodados com a presença dos artesãos.

 

Em alguns casos, os próprios comerciantes que reclamam da ocupação dos artesãos, também expõem suas mercadorias nas calçadas.

 

Porém, outros tipos de obstruções também ocorrem por parte dos próprios lojistas: a colocação de chapéus, manequins, bolas, acessórios e camisetas, como se a calçada fosse uma extensão de suas lojas.

 

* Com informações de Pepe Chaves e Rafael Vidal de Tomi.

 

- Imagens: Pepe Chaves e Rafael Vidal de Tomi/JSTO.

 

- Produção: Pepe Chaves

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