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Casos cariocas
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Rezende-RJ: Incidente na Barragem de Funil* Durante duas semanas quase toda a imprensa do Rio de Janeiro deu grande relevo ao caso do guarda cego por um disco voador na Barragem do Funil, na represa de Furnas, que abastece de eletricidade cinco cidades fluminenses.
Almiro Martins de Freitas testemunhou o insólito.
O ano era 1970, a testemunha, Almiro Martins de Freitas, 30 anos, casado, filhos, vigia do SESVI (Serviço Especial de Vigilância Interna), estava de plantão naquela noite e tinha feito vários disparos em direção a um suposto inimigo, o qual tinha revidado, cegando-o com uma luz. Foi então, fácil contestar a importância do caso, dizendo que o homem tinha entrado em pânico quando viu, ele sozinho entre as montanhas, as faíscas emitidas pelos postes de alta tensão durante a noite chuvosa. O que realmente houve foi algo de bem mais complexo. Os avistamentos de OVNIs naquela região tinham sido freqüentes e continuaram freqüentes após.
Eram 21h45, quando Almiro avistou uma série de luzes multicoloridas na seqüência: amarela, esbranquiçada, azul cintilante, amarelo, alaranjada, amarelo alaranjado e novamente azul. Tinha chovido bastante, a noite estava escura, ele tentou aproximar-se para melhor observar, rastejando à beira de um precipício.
A “coisa” estava emitindo raios de luzes coloridas, e ainda havia um som ensurdecedor, parecido com o de turbina a jato, que o impressionou. Chegou mais próximo, a uns 15 metros do OVNI, sacou da arma e deu o primeiro tiro. As luzes aumentaram de intensidade. Atirou novamente. No momento em que ia atirar pela terceira vez, o disco emitiu um raio de luz, cegando-o imediatamente. Simultaneamente ele sentiu um forte calor pelo corpo. Sentiu-se imobilizado, mas conseguiu gritar: “Não olhem, não olhem! A luz me cegou! Cuidado!”.
Os companheiros ouviram seus gritos, subiram o morro, mais chegando lá, o OVNI já havia desaparecido. Levaram Almiro até o carro ainda paralisado. Dali a pouco, Almiro recuperou os movimentos, mas levou cerca de dez dias para recuperar a visão. No local aonde o OVNI havia parado, o concreto fresco endureceu, secou, apesar da chuva na região, deixando um círculo de cimento antigo esfarelado. Almiro recebeu os primeiros socorros em Resende, e seguiu para tratamento no Hospital da Cruz Vermelha, no Rio.
Permaneceu aos cuidados do Dr. Orlandino Fonseca e a temporária cegueira de Almiro foi diagnosticada como Amaurose Psigogênica, causada por choque emocional. A causa da cegueira de Almiro foi real, provocada por algo de origem externa. Cinco dias após este avistamento de Furnas, o Ministério da Aeronáutica, anunciou que o caso estava sendo estudado e que os resultados da pesquisas iam ser anunciados em breve.
Nunca houve, porém, nenhuma declaração oficial após o ocorrido. Almiro de Freitas revelou para um conhecido no hospital durante a sua internação, que havia recebido um questionário enviado pela NASA para que fosse preenchido, o qual foi posteriormente completado por autoridades brasileiras.
O médico e hipnólogo Dr. Orlandino Martins Fonseca que tratou Almiro Martins de Freitas utilizando-se de hipnose, o que o coloca como um dos primeiros hipnólogos em ufologia do Brasil e do mundo.
Outros avistamentos seguiram-se na região de Itatiaia. Houve um entregador de leite, José Norberto de Lima, que disse estar cansado de ver tantas vezes a tal “luz”, e que estava pensando mudar de ramo de trabalho por estar sujeito a tanto ridículo. Outros guardas da barragem também tiveram repetidos avistamentos.
No dia 03 de setembro do mesmo ano, um objeto com luzes incandescentes se aproximou da transmissora da Rádio Pajeú, emitindo luz, cor de rosa, azul e vermelha, bloqueando a transmissão durante vários minutos. O controle da torre de transmissão teve a presença de espírito de apagar e acender as luzes de sinalização, até que subitamente o OVNI tomou outro rumo, em direção ao Pico da Carapuça, a 12 km de distância, aonde quase todos os moradores do lugar o observaram, junto com outros dois objetos que o acompanhavam.
No dia 05 de setembro, quatro guardas da Barragem do Funil observaram um OVNI emitindo luzes no mesmo local aonde Almiro tinha sido atingido. Foram enviados reforços, e dadas ordens para que não atirassem, se porventura houvesse outra aparição.
No dia seguinte, outros seis guardas observaram um objeto com luzes vermelhas, amarelas e verdes, transportando-se de uma ponta a outra, no vértice das montanhas, diversas luzes em vôo flutuante, observadas até passar de um rio distante, além do qual supunham, fossem pousar. José Antonio da Silva, disse ter observado de binóculos, um objeto de formato quadrangular, parecido com um avião, porém sem as asas.
* Texto extraído do Jornal O Dia, quarta-feira, 16 de setembro de 1970. - Fotos: O Dia/Arquivo Mário Rangel. - Obs.: A narrativa publicada no dia 16 não indica com exatidão a data do ocorrido com Almiro. - Colaboraram: Vitório Peret (RJ) e Mário Rangel (SP).
Apêndice: Usina Hidrelétrica de Funil**
A Barragem de Funil é administrada por Furnas.
A Usina Hidrelétrica de Funil apresenta uma arquitetura diferente das demais usinas de FURNAS. Com uma barragem do tipo abóbada de concreto, com dupla curvatura, única no Brasil, ela foi construída no rio Paraíba do Sul, no local conhecido como “Salto do Funil”, em Resende, no Estado do Rio de Janeiro.
Sua construção já vinha sendo planejada desde a década de 30, com o objetivo de permitir a eletrificação de uma estrada de ferro, ligando o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. O projeto foi postergado e, somente em 1961, foi iniciada a sua construção pela Chevap (Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba). Em 1965, a Usina de Funil foi absorvida pela ELETROBRÁS que, dois anos mais tarde, designou FURNAS para concluir a construção da obra e colocá-la em funcionamento.
Sua operação teve início em 1969 e, um ano e meio depois, a usina já fornecia ao sistema elétrico de FURNAS sua capacidade total: 216 MW.
Apesar de possuir uma potência instalada inferior às demais usinas da Empresa, a Usina de Funil é considerada de grande importância para o Sistema por estar localizada próxima aos grandes centros consumidores, garantindo confiabilidade do suprimento de energia elétrica aos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo e adequar a tensão nessa região, onde estão instaladas grandes indústrias, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda. Outro aspecto que evidencia a importância desta usina é sua barragem que, ao possibilitar a regularização do volume de sua vazante, reduz a freqüência e a intensidade das cheias que ocorrem nas cidades a jusante.
Como usuária da água do rio Paraíba do Sul, FURNAS participa de ações ambientais da região, por meio do Projeto Funil, que inclui recuperação ambiental, inserção social e projeto Guarda Mirim. No Horto Florestal de Funil são cultivadas 64 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica. As mudas são usadas no reflorestamento da região, levadas para outras áreas da Empresa e doadas para entidades públicas e proprietários agrícolas. Faça contato com a equipe técnica do Horto Florestal - (24) 3352-2638.
** Informações e
imagem:
www.furnas.com.br/.../
- Produção: Pepe Chaves
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