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 Lua

 

 

Módulo lunar:

Índia crava sua bandeira na Lua

A Agência Espacial Indiana (Isro) comemora a chegada do módulo Aditya em solo lunar.

O equipamento já enviou as primeiras imagens e deverá fazer diversos levantamentos no satélite terrestre.

 

Por Pepe Chaves &

J. Ildefonso P. de Souza*

Para UFOVIA

 

Imagem gerada pelo módulo indiano na Lua.

 

O dia 14 de novembro de 2008 se tornou histórico no mundo da exploração espacial. Nesta data, pela primeira vez, a Índia conseguiu fazer pousar um módulo espacial na superfície lunar. A Agência Espacial Indiana (Isro) comemorou a chegada das primeiras imagens (acima) geradas em solo lunar e enviadas à Terra por seu módulo.

 

A sonda espacial indiana, Chandrayaan1, foi lançada da Terra no dia 22 de outubro de 2008, com a missão de permanecer durante dois anos realizando uma bateria de experimentos científicos em solo lunar.

 

A chegada da Índia à Lua é vista com certa perplexidade pelas grandes agências espaciais, dos chamados países de primeiro mundo (EUA, Europa e Oriente). A Índia é uma nação de economia emergente e se torna uma exceção do terceiro mundo a figurar entre as mega-potências que investem bilhões de dólares em projetos espaciais. Além disso, o país deu um passo à frente destas potências, no sentido de se instalar uma inédita sonda na superfície lunar.

 

Este feito, sem dúvida, surpreendeu a todo o mundo astronáutico, pois a Índia se torna o segundo país (depois dos EUA) a oficialmente “tocar” o solo lunar e cravar, ainda que de forma simbólica, a sua bandeira naquelas áridas paisagens.

 

A alunissagem do módulo chamado de Aditya, ocorreu de forma perfeita. O módulo se desligou da sonda a aproximadamente 100 quilômetros da superfície lunar e pousou no pólo sul do satélite às 13h01 (horário de Brasília). “Foi uma operação impecável”, afirmou em entrevista à imprensa S.K. Shivakumar, diretor de comando e rastreamento de telemetria da Isro.

 

Assim como os robôs que a Nasa enviou a Marte (Rovers e Phoenix), também o módulo lunar Aditya vai recolher amostras do solo, que serão analisadas por instrumentos do próprio módulo. Os resultados das análises serão enviados posteriormente à Terra.

 

Trocando em miúdos, os indianos iniciam na Lua, um trabalho bastante parecido com o que a Nasa desenvolve em Marte já por alguns anos. Esta missão da Isro deverá aperfeiçoar o mapa cartográfico do satélite terrestre, bem como pesquisar o interior de sua crosta e a composição de sua atmosfera.

 

Madhavan Nair, diretor do programa espacial indiano, foi enfático ao afirmar que, “Conseguimos colocar a nossa bandeira nacional na superfície lunar”. Entusiasmado, ele anunciou uma segunda missão à Lua em 2012 e a possibilidade de enviar uma sonda a Marte nos próximos anos.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine.

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física e consultor de Via Fanzine.

- Imagem: Isro (Índia).

 

- A missão na tevê indiana – animação da alunissagem:

http://br.youtube.com/watch?v=XrCcuZluo-0

 

- Leia mais sobre a missão lunar indiana:

www.viafanzine.jor.br/ilde

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Reconquista da Lua:

MoonLite, fisgando a lua

A Nasa em parceria com o governo britânico deverá lançar "sondas penetrantes" em solo lunar.

 

Por J.Ildefonso P. de Souza*

De Taubaté/SP

Para Via Fanzine

Da ficção para a realidade: o escritor de Sci-Fi

E.C. Tubb previu a sonda penetrante há 50 anos.

 

O experimento

 

A missão Lightweight Interior and Telecoms Experimenta (MoonLite), se trata de um projeto proposto pela NASA em colaboração com o governo britânico, cujo objetivo é estudar o solo e o subsolo da Lua. Para tanto, um satélite seria colocado em órbita lunar. Ele estaria carregado de sondas penetrantes que seriam lançadas, buscando penetrar a crosta lunar. A leitura da resistência ao choque seria enviada de volta ao satélite e de lá, retransmitida à Terra.

 

Os cientistas acreditam que a mesma técnica será muito eficiente para a exploração das luas de outros planetas, como Europa, Ganimedes, Encélado e Titã.

 

A sonda seria lançada da seguinte maneira: depois de uma queda livre de cerca de 3,5 minutos, a partir da órbita lunar, um sistema a realinharia assegurando um impacto quase vertical. A velocidade final desse impacto é estimada em cerca de 350 m/s.

 

Teste da sonda penetradora

 

Os primeiros testes de penetração com os "pequenos mísseis" foram concluídos com sucesso em MOD Pendine em Gales do Sul, em maio de 2008, segundo os engenheiros da empresa inglesa QinetiQ. A sonda chegou a atingir 310 m/s antes de atingir o seu ponto de impacto. Ao atingir o alvo, a pressão sofrida pelos equipamentos internos chegou ao equivalente a 20.000 G.

 

O projeto já realiza testes de balística. Ao lado, a concepção artística dos lançamentos do satélite à superfície lunar

 

Pacote de instrumentos

 

A sonda penetradora é equipada com um sistema de coleta e análise de amostras do solo que inclui uma perfuratriz, para que possa ser coletado material não diretamente atingido pelo impacto.

 

O sistema é todo encapsulado no interior da estrutura, sendo liberado e acionado assim que a sonda penetra o solo. Outros equipamentos incluem uma grande variedade de sensores, acelerômetros, um sismógrafo e um espectrômetro de massa para analisar a composição do subsolo.

 

Todos os equipamentos mantiveram-se totalmente funcionais após o impacto, segundo o professor Alan Smith, diretor do Mullard Space Science Laboratory do University College London, em Londres. Os resultados foram tão animadores que os cientistas ingleses esperam utilizar a tecnologia da sonda já em 2013.

  

Curioso é que o escritor de ficção científica Edwin Charles Tubb, mais conhecido como E.C. Tubb, há exatos 50 anos publicou em seu romance The Mechanical Monarch (Ace Books, 1958) que astronautas mineradores de uma colônia em Marte queriam saber a composição dos asteróides antes de pousarem sobre eles. Para isso, eles utilizam o lançamento de pequenos mísseis na superfície do corpo celeste com o intuito de vaporizar o solo e, em seguida, usar análise espectral para determinar a sua composição. Tubb descreveu em sua época, detalhes idênticos aos da tecnologia que deverá ser usada em tempos atuais.

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física e consultor de Via Fanzine.

- Imagens: Mullard Space Science Laboratory/Divulgação.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Muralha Lunar:

Uma ‘Muralha da China’ na Lua?

Muito se tem estudado e falado sobre milhares de fotos que foram tiradas nas diversas missões

do Projeto Apollo, entre elas, encontram-se duas que mostram uma espécie de monumento

que sugere ter sido criado por alguma forma de vida inteligente em pleno solo lunar.

 

Cyro de Freitas*

De Belo Horizonte

Para Via Fanzine

 

Fotos da da Apollo 15 mostram a suposta muralha, inclusive, a sombra da mesma.

 

Desde as viagens que tinham como objetivo apenas testar os módulos de descida em órbita lunar até as missões que realmente pousaram no nosso satélite são centenas e centenas de fotografias das mais intrigantes.

 

Os curiosos sobre o assunto pesquisaram exaustivamente foto por foto das que foram liberadas pela NASA e puderam levantar suspeitas em dezenas delas. Diversos trabalhos foram efetuados, direcionados principalmente aos OVNIs que surgiam desafiadoramente em muitas delas. Com os recursos técnicos oferecidos atualmente pelos programas de computadores, tudo foi analisado, discutido, simulado e deixou a agência americana sem explicações para fatos realmente sensacionais.

 

Revistas especializadas e livros trataram do assunto com propriedade e nos deram uma clara visão de que muito está sendo escondido e o famoso sistema de acobertamento continua sendo usado descaradamente.

 

Apesar da clareza das fotografias e de depoimentos dos próprios astronautas, a NASA sempre negou e continua a negar qualquer anormalidade nas imagens liberadas. Contudo, estamos falando das imagens tornadas públicas. Imaginem as que não chegaram ao nosso conhecimento.

 

Dentre as que vieram a público, pelo menos duas delas levantam grandes suspeitas e, ao que parece, não foram alvo de investigações. Elas estão reproduzidas acima e podem ser acessadas através do site:

http://www.lpi.usra.edu/resources/apollo/catalog/pan/revolution/?AS15R27Cf .

 

Quando ampliadas, revelam uma muralha de proporções gigantescas, com centenas de quilômetros de extensão. Nota-se claramente o perfeito acabamento tanto na parte superior como nas laterais. As sombras projetadas no solo nos dão uma exata noção do topo que se apresenta liso e a visão do alto mostra sem nenhuma dúvida o seu formato de muralha.

 

Será que somente a ação da natureza poderia construir essa “Muralha da China” na Lua?

 

Creio ser esta uma bela questão a ser discutida.

 

* Cyro de Freitas é administrador, pesquisador em Astronomia e colaborador de Via Fanzine – E-mail: cyro.freitas@bol.com.br.

 

- Imagens: NASA/JPL.

                 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2007.

 

 

 

ESPECIAL: OPINIÕES DIVERGENTES SOBRE AS VIAGENS LUNARES:

Entrevistas com Roberto Silvestre e André Basílio

 

 

O homem foi à lua:

Entrevista exclusiva:

 Roberto Silvestre - Astrônomo

Pesquisador e grande difusor da Astronomia, sobretudo,  

junto à comunidade estudantil brasileira,

Roberto Silvestre falou conosco sobre vários aspectos

do estudo astronômico, com destaque às viagens lunares.

Por Pepe CHAVES*

 

 

Para Roberto Silvestre as viagens lunares

são inegáveis e voltarão a acontecer.

 

VF: Quando e por que o senhor veio a se interessar pela Astronomia?

RS: Não tenho lembranças de momentos anteriores ao meu interesse pela Astronomia ou pela Ciência de um modo geral. Esse sentimento sempre me acompanhou de uma forma crescente até os dias de hoje, gerando uma atividade que é a mais importante de minha vida profissional. Parece que foi mesmo o amor à primeira vista que atraiu minha atenção para o céu, pois desde cedo tive o contato visual com o Cosmos e a oportunidade de presenciar fenômenos de grande beleza.

 

VF: O senhor tem alguma religião ou credo específico?

RS: Não sigo nenhuma religião oficial, mas meu comportamento é orientado pela certeza de que a Terra é uma jóia rara no Sistema Solar, que a vida é preciosa em todas as suas formas e que as pessoas devem desenvolver-se interiormente para superar as diferenças que são hoje a causa de grande sofrimento para todos. Tudo o que faço é motivado por um sentimento forte de que existe um propósito para o Universo e para os seres que nele habitam. Talvez não se possa dar a isso o rótulo de religiosidade, mas o trabalho pelo bem coletivo, sem conotações egoístas, tem citações bíblicas conhecidas. O que faço segue essa filosofia, sempre, fluindo de um modo muito natural. Eu não saberia como agir de outra forma.

 

VF: Por favor, nos fale um pouco de seu trabalho astronômico desenvolvido em Uberlândia.

RS: Eu sempre estudei o céu, fiz observações, obtive fotografias de fenômenos astronômicos e contribuí com dados para centros de pesquisa variados, mas não havia percebido minha verdadeira missão. Pode-se considerar aquela fase como de preparação para o que viria depois. Há doze anos, uma casualidade me levou a mostrar o céu aos alunos de uma escola, através de um pequeno telescópio. Do adorável encontro com os alunos surgiu um pedido de palestra que logo se transformou em dezenas. Hoje faço cerca de 120 palestras por ano, calculo e divulgo fenômenos na mídia, tiro dúvidas de alunos, capacito professores, ajudo estudantes nos trabalhos para as feiras de ciências, recebo visitas escolares e de outros grupos no observatório que construí em cima de minha casa, mantenho pessoas de minha cidade bem informadas através de uma lista de distribuição de boletins, divulgo informações em uma página na Internet e conscientizo a população para o problema  pouco conhecido da poluição luminosa, causado pelo desperdício absurdo de luz artificial, que está no tirando a visibilidade  do  céu noturno  sem  nenhuma necessidade. É um trabalho voluntário, difícil e permanente, quase sem férias, mas muito compensador.

OBSERVATÓRIO DE UBERLÂNDIA

 

 

VF: Qual sua opinião sobre as viagens espaciais praticadas nos dias hoje?

RS: Eu as considero ainda muito modestas. A essa altura da pesquisa espacial, já poderíamos ter bases permanentes na Lua, estações espaciais menos complicadas, vôos ao espaço mais baratos e mais freqüentes, sondas orbitando todos os planetas do Sistema Solar, etc. Não temos saída: o espaço sideral nos aguarda. Quanto mais cedo nos lançarmos a ele, melhor.

 

VF: O senhor acredita que o homem esteve na Lua?

RS: Certamente. Como eu poderia não acreditar? Eu já estava na universidade quando aquela época de ouro da conquista espacial ocorreu. Doze homens estiveram de fato na Lua, de 1969 a 1972. Acompanhei aquelas aventuras fascinantes e também perigosas, como o acidente com a Apollo 13 deixou evidente. Infelizmente, a motivação para todo aquele enorme esforço coletivo foi fundamentalmente política. Faltaram visão de futuro e atenção àqueles que, de um modo pejorativo, são chamados de sonhadores.

 

VF: Como o senhor tem visto as crescentes contestações da ida do homem à Lua?

RS: Com preocupação, porque em minha opinião elas refletem um grave problema que vem ocorrendo, principalmente em nosso país, que é o educacional. Concordo que as viagens à Lua foram uma coisa aparentemente fantástica demais para a época, mas elas ocorreram. As gerações mais jovens não tiveram a oportunidade de testemunhá-las. Por essa e outras razões, supõem que a tecnologia da época não era suficiente para a realização daquelas viagens. Mas quem tinha algum conhecimento científico naquele período sabe que tudo aquilo aconteceu mesmo. Nós vimos, não somente pela TV. Foi possível acompanhar os foguetes, rastrear os sinais de comunicação, analisar o material trazido, etc. Foi incrível, mas foi real.

 

VF: Qual seria a maior prova de que o homem esteve realmente na Lua?

RS: As provas são muitas. O material trazido da Lua é seletivo; somente pessoas poderiam escolher aquelas amostras. O fato de os foguetes pesadíssimos decolarem na frente de todos é um bom argumento contra a tecnologia insuficiente. O disparo do motor que impulsionava o terceiro estágio em direção à Lua era visível a olho nu a partir da Terra, com muitas testemunhas. Observatórios puderam acompanhar o percurso das naves, na ida e na volta. O equipamento científico deixado na Lua pôde ser usado a partir da Terra, como os espelhos de raios laser, que nos deram uma melhor medida da distância até nosso satélite. As fotos e filmagens do ambiente lunar são perfeitamente coerentes com o que se deveria esperar ter por lá. Enfim, se tínhamos todas as condições técnicas e financeiras para ir à Lua, por que não teríamos ido? Como se pode enganar bilhões de pessoas, muitas delas cientistas e técnicos experientes? Ainda assim, se tudo isso não for considerado como prova mais do que suficiente, é bom lembrar que o material deixado pelos astronautas na Lua ainda continua lá, o que poderá ser comprovado em um futuro não muito distante.

 

VF: Como o senhor vê as análises feitas por alguns pesquisadores nas sombras encontradas em fotografias supostamente tiradas no ambiente lunar, as quais acusam de conterem erros de perspectiva?

RS: Vi muitas fotos, mas não encontrei erros de perspectiva nas sombras. Se as fotos tivessem sido falsificadas e obtidas em um deserto na Terra, as sombras seriam normais. Eu acredito que uma das razões que levam tais pesquisadores à desconfiança é a falta de experiência na observação da Natureza. Eu fiz alguns testes com sombras e notei os mesmos efeitos que foram apontados como estranhos nas fotos da NASA. As sombras podem sofrer deformações causadas pelo solo irregular, mas um solo plano também pode nos iludir, já que a perspectiva real, chamada tecnicamente de cônica, faz com que as sombras de fato paralelas apontem todas para o ponto de fuga. É exatamente esse o caso da descrição de sombras vistas como não paralelas por esses pesquisadores. O que mais se pode dizer, se eles negam um fato físico que pode ser testado e comprovado por qualquer pessoa? A própria teoria da perspectiva, que tive a oportunidade de estudar em meu tempo de curso ao vestibular, mostra como e por que as sombras paralelas parecem convergir. Há séculos essas leis simples são conhecidas. Como se pode pretender ignorá-las assim, se é possível ver suas provas diretas a todo momento, na prática?

 

VF: Alguns pesquisadores contestam também, as pegadas dos astronautas na Lua, que, segundo eles, não deveriam existir, já que naquele ambiente não existe umidade para formá-las. Como se explica este fato?

RS: Qual é o grau de umidade do solo em um deserto terrestre? Não disseram que as fotos foram feitas na Terra? Fiz um teste com areia seca e notei que ela permite a formação de pegadas pouco delineadas. Porém, o que se tem na Lua não é areia, mas um pó muito diferente, que define bem as pegadas. Com o pequeno ângulo entre os raios de luz solar e o solo, devido ao amanhecer, a depressão de uma pegada fica parecendo maior do que é. Ao que tudo indica, uma vez que alguém suspeite das viagens à Lua, passa a ver qualquer coisa como prova de que elas não ocorreram, ao passo que deixa de considerar até mesmo os argumentos mais simples e testáveis de que elas foram reais. É uma atitude normal no ser humano comum, mas não no cientista experiente. Então, quantos leigos suspeitam das viagens à Lua? Quantos cientistas sérios e objetivos?

 

VF: Uma das principais contestações acerca das fotos lunares se dá sobre a resistência física dos filmes utilizados em 1969, que segundo alguns pesquisadores, não suportariam as temperaturas extremas, como é o caso da Lua. Qual é a opinião do senhor a respeito?

RS: Quais temperaturas extremas? Há um engano muito popular sobre essa enorme variação de temperatura na Lua. Muita gente pensa que sob a luz do Sol se tem um calor insuportável, enquanto na sombra se tem um frio insuportável. Não é bem assim. O solo não iluminado pela luz do Sol pode chegar a temperaturas muito baixas, porque ele vai perdendo calor lentamente, na longa noite lunar. Por outro lado, o solo iluminado vai se aquecer também lentamente até atingir altas temperaturas, durante o longo dia lunar. Mas não há nenhuma temperatura no “ar” da Lua, pois ela não tem uma atmosfera. Se uma câmera for exposta à luz solar, ela vai se aquecer lentamente, como ocorre aqui na Terra. Ao ser posta numa sombra, começa também a perder o calor lentamente, por irradiação. Nenhum astronauta deixaria sua câmera durante dias sob a forte luz solar, porque ela seria aquecida a uma alta temperatura, nem a deixaria dias no escuro, fora da nave, porque ela perderia calor até esfriar demais. As câmeras usadas na Lua eram claras, para refletir a luz solar incidente. Por isso, não eram substancialmente aquecidas pela luz solar.

 

VF: Ainda abordando a temperatura da Lua, que varia de -140º até +150º, o senhor poderia nos esclarecer sobre as vestimentas usadas pelos astronautas? De que material foi feito tal “agasalho térmico” e como funcionava o seu sistema de refrigeração/aquecimento interno?

RS: Está tudo detalhado nas páginas da NASA. Além disso, pouco importa, porque é o solo lunar que sofre tal variação de temperatura, com muitos dias de intervalo de um valor extremo ao outro, por causa do efeito cumulativo. A roupa dos astronautas segue a mesma idéia da máquina fotográfica. A parte exposta à luz solar vai se aquecer lentamente, enquanto a não exposta vai esfriar lentamente. Nenhum astronauta ficou imóvel por dias, deixando um mesmo lado de sua roupa iluminado pelo Sol e o outro no escuro. Lembra-se da cor da roupa dos astronautas?

 

VF: Outra contestação de alguns pesquisadores diz respeito à transmissão de sinais de comunicação, da Lua para a Terra. Estes afirmam que naquela época, era impossível se fazer uma transmissão, onde, simultaneamente, sons e imagens foram enviados à Terra em tempo real.

RS: Curiosamente, na mesma época em que os astronautas estavam passeando na Lua, eu estava fazendo meu curso superior em Engenharia de Telecomunicações. Se as transmissões de som e imagens simultâneos fossem impossíveis em 1969, o que eu fazia numa sala de aula, estudando as teorias físicas e as equações matemáticas que as explicam? Não havia televisão naquela época? Não havia computadores? Sinais eletromagnéticos não se propagavam no vácuo do espaço? Não existiam antenas parabólicas gigantescas? Ao que tudo indica, quem questiona tais coisas está muito iludido a respeito da tecnologia existente na década de 1960. O que ocorre hoje é que, lamentavelmente, podemos muito mais e fazemos muito menos, no que se refere às viagens espaciais. Isso pode dar a ilusão de que ir à Lua é muito mais difícil do que de fato é. Na verdade, a maior dificuldade está mesmo em sair da Terra, nos primeiros minutos da viagem. Depois de estar em órbita, obrigatoriamente a uma alta velocidade, um pequeno impulso extra, torna possível todo o resto do percurso até as proximidades da Lua. Mas é justamente esse fato pouco conhecido que dificulta a aceitação da conquista da Lua por parte dos não especialistas. Essas pessoas acham normal aquele foguete enorme subir e levar seu terceiro estágio até a órbita terrestre em menos de quinze minutos, mas não conseguem acreditar na parte fisicamente mais fácil da viagem.

 

VF: Ainda foram constatados por alguns pesquisadores como irregulares na viagem à Lua: nas fotografias há penumbras (que não deveriam existir em ambientes onde não exista o ar - vácuo - para refletir seus detalhes) que são completamente visíveis; a ausência de estrelas no céu lunar; a forma em que o tecido da bandeira americana se portou no mastro, em um ambiente sem gravidade. O senhor poderia comentar estes tópicos?

RS: Por que não deveríamos ver penumbras na Lua? O solo lunar reflete a luz solar de modo difuso, em todas as direções. A parte da nave ou do astronauta que ficar escondida do Sol vai receber essa luz refletida pelo solo e não vai ficar totalmente escura. Se alguém duvida, que faça um teste em uma câmara de vácuo para se convencer, porque o ar não é mesmo necessário à criação de sombras claras. Quanto às estrelas, estavam lá o tempo todo, porque na Lua o céu é sempre negro e estrelado. Mas qualquer fotógrafo sabe que não pode obter uma boa foto de coisas muito iluminadas e coisas pouco iluminadas, se forem colocadas juntas no campo da objetiva. Ou se faz uma foto das estrelas ou se faz uma foto do solo iluminado pelo Sol. Para exemplificar, saiba que um solo muito claro pode exigir um tempo de exposição fotográfica da ordem de 0,002 segundo ou menos, enquanto um campo estelar em céu escuro pode exigir 20 segundos ou mais. Seria fácil fotografar as estrelas: bastaria retirar o brilhante solo lunar da cena e deixar por vários segundos em exposição. Tais testes podem ser feitos facilmente em nossos quintais. Quanto à bandeira americana, sua oscilação era inevitável, já que os astronautas a manipularam. A gravidade na Lua não é nula, mas cerca de 16,5% da que existe na Terra. Os pêndulos e as bandeiras oscilam lá mais lentamente e demoram mais a parar, porque não existe atrito com a atmosfera. Portanto, não havia vento na Lua. Foi o toque dos astronautas que deu aquele pequeno movimento irregular e complexo à bandeira.

 

VF: Como o senhor vê o fato de serem realizadas seis viagens à Lua, somente em três anos de governo Richard Nixon, para depois, nunca mais o homem retornar àquele satélite?

RS: Concordo que não é nada bom ver o nome de Richard Nixon associado às viagens à Lua, mas foi inevitável. Ele pegou o bonde andando e apenas deu prosseguimento ao que tinha de acontecer. A mim, o que as viagens à Lua fazem lembrar é do nome John Kennedy.

 

 

VF: O pesquisador mineiro André Basílio, que contesta a ida do homem à Lua, AFIRMOU EM SEU SITE www.afraudedoseculo.com.br ter encontrado nesta foto  acima, sete erros. Segundo ele, não estão em conformidade: 1 - A sombra da antena parabólica está para um lado, a do astronauta para outro e a da bandeira para outro; 2 - A bandeira deveria estar totalmente caída no mastro, devido à ausência de vento na Lua; 3 - Há diversas penumbras na foto, impossíveis de existirem num ambiente sem atmosfera; 4 - Há pegadas por toda a parte, impossíveis de existir num ambiente sem umidade; 5 - Não há estrelas no céu, que deveriam ser melhores visíveis na Lua; 6 - No chão, embaixo do Módulo Lunar, não há indícios dele ter pousado ali; 7 - Um astronauta nunca pousaria uma espaçonave bem ao lado de uma cratera!). O senhor poderia comentar tais observações?

RS: São quase as mesmas coisas de sempre. Enganos na interpretação de efeitos comuns de perspectiva, penumbras causadas pelo reflexo do solo, pegadas normais acentuadas pela incidência peculiar da luz solar, estrelas que não aparecem por causa do baixo tempo de exposição fotográfica e bandeira que não pode ficar caída no mastro porque uma haste horizontal a prende também por cima. Qual efeito seria de se esperar ver abaixo do módulo, indicando o pouso? A distância pode estar dissimulando qualquer marca de deslocamento de partículas do solo, que produziriam estrias radiais. Vi algumas marcas assim em uma outra foto, mas não devemos esperar que sempre apareçam, já que o solo pode diferir de um local para outro. Eu também não pousaria minha nave ao lado de uma cratera, mas, pelo que parece, os astronautas fizeram isso. Será que a cratera está mesmo tão próxima da nave? Sugiro uma pesquisa sobre a missão lunar específica e a busca por uma explicação. Como essas suspeitas apontadas vão muito além do que seremos capazes de abordar aqui, pretendo em breve escrever mais algumas páginas para a Internet, baseadas nos argumentos de André Basílio e de outros pesquisadores como ele, cujos textos tenho lido com atenção.

 

VF: Quando o senhor acredita que o homem voltará à Lua?

RS: É difícil dizer, mas, tendo em vista que já deveríamos ter cidades na Lua, quanto mais cedo voltarmos a ela, melhor para nós. A tecnologia existe, mas é cara, perigosa e não está pronta no momento. Alguns projetos interessantes estão em andamento, mas ainda carentes de testes. Há uma idéia sobre o aproveitamento da gravidade da Terra para lançar uma nave à Lua e outra para atirar a nave como numa catapulta, a partir da órbita terrestre. Estes são métodos mais econômicos em termos do gasto de combustível. Outros projetos são baseados em motores muito diferentes dos atuais, para utilização em viagens mais longas.

 

VF: Alguns pesquisadores acusam a NASA e a União Européia de estarem forjando o envio de sondas a Marte. Para estes (que também duvidam da ida à Lua), tais sondas jamais foram enviadas ao planeta vizinho e afirmam ainda que tais informações (sobre as sondas em Marte) foram simplesmente ‘plantadas’ para se afirmarem como detentores  da mais alta tecnologia terrestre. Como o senhor vê esta questão?

RS: O que será de nós se a alta tecnologia das maiores potências da Terra está produzindo coisas tão fantásticas que, não somente nos impossibilitam de imitá-las, mas que, nem sequer nos tornam capazes de acreditar nelas? Sinceramente, não adianta nada tampar a luz do Sol com uma peneira. A tecnologia daqueles países é de fato muito superior à nossa, por mais que não gostemos disso. Elas também não necessitam de forjar nada, porque têm muito mais dinheiro do que nós para investir no espaço. Pense um pouco: o Brasil ainda não chegou, em 2004, às realizações dos Estados Unidos e da antiga União Soviética em 1957, no que se refere à tecnologia espacial. É terrível o atraso, mas estamos tentando superar nossas dificuldades, porque não podemos ficar de fora. Por mais que a verdade seja dolorosa, negar o óbvio só vai dificultar as coisas.

 

VF: Quando, o senhor acredita, que o homem chegará a Marte?

RS: Não tão cedo. Acho até que seria mais prudente investir na Lua agora, deixando Marte para um pouco mais tarde. Há problemas sérios a superar; a experiência com a Lua poderia ajudar. Eu não espero ver naves tripuladas em Marte nos próximos 25 anos, não por causa de uma tecnologia insuficiente, porque ela não é, mas porque não acredito muito que o investimento necessário seja feito. Eu gostaria de estar errado, porque, se houver vontade, poderemos ir lá em menos tempo. 

VF: Quais são os verdadeiros motivos para se gastar fortunas na exploração de Marte?

RS: Fortunas muito maiores são gastas em armamentos e guerras estúpidas. Se não investirmos nas pesquisas espaciais, que são benéficas, logo alguém encontrará uma nova guerra para aplicar o dinheiro não utilizado. Marte é importantíssimo para nós. É o único planeta que oferece condições para ocupação. Ele pode nos dar as respostas para aquelas perguntas que há muito nos incomodam, principalmente sobre a da vida no Universo. É nosso destino natural e um dia poderá ser nossa única alternativa, quando o Sol começar a esquentar.

 

VF: O senhor acredita que existiu vida orgânica no passado remoto de Marte?

RS: Pode ter havido vida lá e é por isso que precisamos estudá-lo de perto. Uma simples bactéria marciana viva hoje ou um fóssil encontrado dentro de uma rocha em um daqueles leitos secos de rios seria a maior descoberta da Ciência. A menos de uma grande e desejável surpresa, não deve ter havido vida muito evoluída em Marte, pela provável falta de tempo para isso ocorrer. Marte pode ter perdido muito cedo suas condições de manter a vida ou até mesmo nunca ter tido tais condições. Ainda não sabemos.

VF: Como o senhor acredita que a vida teria surgido no planeta Terra?

RS: Há algumas idéias, mas todas adiam as respostas para as perguntas definitivas. Como e por que a primeira coisa viva veio à luz? Tem a vida algum significado maior? É mesmo tudo isso obra do puro acaso? Se a vida na Terra veio de outras formas de vida mais antigas que atravessaram o espaço cósmico, o que deu origem a essa vida anterior? Se a vida que conhecemos foi formada aqui mesmo, como ela começou? Por quê? Ninguém sabe.

 

VF: O senhor acredita que haja vida inteligente em outros planetas?

RS: O Universo está cheio de vida, com toda a certeza. São centenas de bilhões de estrelas, somente na Via Láctea. São dezenas de bilhões de galáxias como ela pelo espaço afora, até o limite que podemos observar. Cada estrela é um sol e muitas têm planetas ao redor. Um planeta que estiver na distância certa de sua estrela poderá ter temperaturas como as que temos na Terra. A vida pode surgir de forma semelhante à nossa em muitos deles. Se aqui a inteligência acaba de despertar, em mundos mais antigos ela pode estar milhares ou milhões de anos à nossa frente. O que isto significaria em termos de tecnologia? As enormes distâncias estelares são mesmo intransponíveis como pensamos atualmente? Ainda não sabemos, mas eu tenho uma certeza íntima sobre a existência dessas inteligências, mesmo que elas não possam se comunicar conosco, à distância ou presencialmente.

 

VF: Qual a opinião do senhor sobre o projeto SETI, que rastreia vestígios de rádio no Cosmos, em busca de sinais emitidos por supostas civilizações inteligentes?

RS: Eu participo do projeto, como milhões de outros voluntários. É uma tentativa válida, mesmo que corresponda à agulha do palheiro. Ainda que não encontremos o que estamos procurando, outras descobertas podem surgir dessa pesquisa. Temos dúvidas se uma civilização avançada usaria os mesmos sinais que usamos para nos comunicar, mas não custa tentar, porque, se nós estamos enviando sinais ao espaço, outros também poderiam fazê-lo, pelo menos se estiverem no mesmo estágio de evolução que o nosso.

 

VF: Em suas muitas observações telescópicas o senhor já flagrou algum objeto nos céus, o qual não pôde identificar com segurança? (Caso positivo, favor descrever detalhes do avistamento, cor, forma, horário, velocidade, tamanho, etc).

RS: Nunca. Os telescópios nos dão uma visão de campo muito reduzida. Mesmo com o céu talhado de discos voadores, numa invasão assumida, a chance de ver um deles não seria muito grande. Entretanto, a olho nu, em algumas poucas vezes, vi objetos no céu que não pude identificar. Está entre esses casos uma luz branca pontual, brilhando mais forte do que os planetas, com movimento lento e errático, no início da noite.

 

VF: Como astrônomo, qual sua opinião acerca da Ufologia Científica?

RS: Acho importante pesquisar. O que se deve evitar é o fanatismo que transforma fenômenos comuns em avistamentos espetaculares, pois já estive na presença de pessoas que juravam que Vênus era uma nave espacial alienígena. Houve casos semelhantes, ainda mais ridículos, em reportagens da TV. Isso depõe negativamente contra a ufologia séria, porque joga todos os eventos na mesma classe das alucinações coletivas. Se há mesmo algo estranho ocorrendo, merece toda a nossa atenção, com total seriedade.

 

VF: Agradecemos pela concessão da entrevista e pedimos para nos deixar suas considerações finais.

RS: Fico grato pela oportunidade de participar e de poder expor minhas idéias a pessoas que, como eu, estão sempre buscando a verdade. Quanto às viagens à Lua, que foram um tema importante aqui, gostaria de encerrar nossa  conversa dizendo que os argumentos a favor de sua realidade são contundentes, enquanto as provas contrárias têm resultado de interpretações equivocadas de fenômenos físicos comuns; de suspeitas com pouca ou nenhuma pesquisa e do desconhecimento de alguns sobre o nível tecnológico característico do final da década de 1960. Por isso, deixo minha sugestão para que esses pesquisadores façam, no mínimo, os experimentos simples que fiz com as sombras, porque eles nos mostram, de um modo definitivo, como podemos nos enganar facilmente.

 

- Pepe Chaves é editor de Via Fanzine e UFOVIA.

  pepechaves@yahoo.com.br

 

- Fotos: Arquivo pessoal de Roberto Silvestre e NASA.

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright, Pepe Arte Viva Ltda.

  

- Saiba mais sobre o trabalho de Roberto Silvestre: www.astronomia.triang.net e                                                                     www.inga.ufu.br/~silvestr/

*  *  *

O homem não foi à lua:

 

Entrevista exclusiva:

 

André Basílio, autor de “A Fraude do Século”

Por Pepe CHAVES*

 

 

André Basílio tem 33 anos é natural de Belo Horizonte e residente em Pará de Minas/MG.

 É formado em Processamento de Dados pelo Colégio Cotemig II de Belo Horizonte e cursa atualmente o

5o período de Administração na FAPAM - Faculdade de Pará de Minas. Empresário no ramo

de informática em Pará de Minas, Basílio dirige

a AB Informática, empresa que atua nas

áreas de treinamento, desenvolvimento

de sistemas e serviços.

Autor do livro “A Fraude do Século”, assina também matérias de informática para diversos jornais do Estado de Minas Gerais.

 

 

Via Fanzine: André, o senhor é adepto de uma religião específica ou de alguma linha filosófica ou espiritualista?

André Basílio: Já fui católico, estudei sobre espiritismo e Gnose, além de procurar saber algo sobre o islamismo e o budismo. Como cada religião tem suas deficiências, preferi por não seguir uma religião específica. Considero que o mais importante não é uma pessoa ter uma religião e segui-la rigorosamente, mas sim, ser uma pessoa honesta, comprometida com a verdade, que tenha ética, bondade e principalmente, que respeite o próximo como se estivesse respeitando a si mesmo, independentemente da religião que cada um segue.


VF: Como o senhor chegou às brilhantes conclusões expostas no seu livro "A Fraude do Século" e o que o levou a divulgá-las?

AB: Bem, nem todas as conclusões foram minhas. Há pesquisadores, no mundo inteiro, questionando a NASA quanto à ida do homem à Lua. Sou apenas mais um entre tantos que estão levantando os indícios de fraude. Meu mérito foi de encontrar novos indícios, apontar mais erros nas mais de 2.500 fotos que analisei, uma por uma, detalhe por detalhe, além de evidenciar que todas as supostas viagens do homem à Lua teriam acontecido somente durante a gestão de Richard Nixon, o mesmo Richard Nixon que foi o primeiro presidente dos Estados Unidos que passou por processo de impeachment e que renunciou ao cargo antes de ser deposto devido à comprovação de sua participação como mentor e mandante das práticas inescrupulosas ocorridas no Caso Watergate. O que me fez divulgar minhas conclusões, criando o site, foi exatamente o repúdio que tenho de mentiras; dos Estados Unidos, com sua arrogância que cresce a cada ano, e por possivelmente nos ter feitos de trouxas como em diversos outros casos.


VF: De onde partiu seu interesse para o estudo desses assuntos?

AB: Foi a partir de 2001, quando a norte-americana Fox Television fez o programa "FOX Special - Conspiracy Theory: DID WE LAND ON THE MOON?" ("Especial FOX - Teoria da Conspiração: Nós pousamos na lua?") mostrando diversas evidências da fraude da viagem do homem à Lua.


VF: Qual o tipo de público que compartilha de suas pesquisas e conclusões?

AB: Não procurei por pessoas ou instituições para realizarmos juntos a pesquisa. Fiz todo o trabalho sozinho pesquisando principalmente o próprio site da NASA e apontando as informações contraditórias. Quanto às minhas conclusões, recebo diversos apoios e algumas rejeições, de todo tipo de pessoas, inclusive de físicos. Alguns apóiam, outros contestam minhas convicções. O que já pude perceber é que físicos que apóiam minhas idéias preferem não se envolverem, possivelmente com medo de alguma discriminação.


VF: Como está sendo a repercussão de seu trabalho no meio acadêmico científico?

AB: Já tive notícias de vários professores dando como trabalho para seus alunos pesquisarem o site “A Fraude do Século” e procurarem encontrar onde está a verdade.


VF: Por que o senhor acredita que o homem ainda não conseguiu chegar à lua?

AB: Principalmente porque ele somente teria ido de 1969 a 1972, durante a gestão de Richard Nixon, pessoa na qual não se pode confiar, principalmente, pelo escândalo do Caso Watergate, que teve Nixon como seu principal mentor e mandante. Em 1967, durante testes de lançamento, a nave Apollo 1 pegou fogo matando os três astronautas dentro da cabine. Como a antiga União Soviética já tinha enviado Yuri Gagarin à órbita terrestre e o então presidente John Kennedy tinha prometido, num discurso ocorrido no início da década de 1960, que os Estados Unidos mandariam o homem à Lua antes mesmo do final da década, os Estados Unidos tinham ficado para trás na corrida espacial e precisavam cumprir a promessa a qualquer custo; mesmo que fosse produzindo uma grande mentira que ninguém conseguiria provar o contrário.


 

VF: Para o senhor, quando, de fato, o homem poderia chegar à lua, a julgar pela tecnologia dos tempos atuais?

AB: Creio que o homem já tenha tecnologia suficiente para ir à Lua. Mas, indo realmente à Lua hoje, os Estados Unidos poderiam trazer outras imagens de lá, que poderiam confrontar tudo o que já foi dito e visto.

 

VF: Caso tenha sido mesmo uma grande armação, que não passou de uma montagem cinematográfica (como afirma), os soviéticos não teriam como discordar ou rebater cientificamente o fato àquela época?

AB: E será que não o fizeram? Há duas semanas atrás encontrei um texto da década de 1970 que contestava a ida do homem à Lua. Sabemos que milhares de pessoas sempre duvidaram do feito. E... cá para nós: se logo após a suposta ida do homem à Lua, os soviéticos começassem a questionar o grande feito dos Estados Unidos, todos levariam as acusações como despeito de quem não conseguiu realizar tal façanha.

 

VF: Quais seriam as intenções dos Estados Unidos ao propagarem ao mundo uma inverdade deste quilate?

AB: Colocar os Estados Unidos como a nação mais evoluída tecnologicamente do mundo, atraindo grandes investimentos para o país e destacando-a como a maior potência do planeta. O que realmente (e infelizmente) veio a ocorrer.

 


VF: Caso se prove um dia que a ida do homem à Lua foi mesmo uma farsa, o que o senhor acredita que viria acontecer a partir de então?

AB: São tantas as mentiras que os Estados Unidos contam e fica tudo por isso mesmo, que às vezes penso que pouca coisa mudaria, além dos livros de história. O que poderia acontecer é o mundo inteiro passar a ficar contra os Estados Unidos. Mas, se pensarmos bem, isso já acontece hoje, após a invasão do Iraque, mas nada muda! Foi confirmado, mesmo antes da invasão do Iraque, que era falso o relatório criado pelos Estados Unidos e Inglaterra sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque. E o que aconteceu? Nada! O Iraque foi invadido do mesmo jeito. Antes da invasão do Iraque, o Pentágono realizou cinematograficamente o resgate da soldada norte-americana Jessica Lynch, no Iraque, contando uma estória que fez muita gente chorar e aprovar a invasão do Iraque. Após o início da guerra, Jessica Lynch, que morava num lugarejo com menos de mil habitantes no Estado da Virgínia Ocidental, confessou que foi usada como marketing de guerra e que a estória contada pelo Pentágono não era verdadeira. O que aconteceu com os Estados Unidos?... Nada novamente! Aliás, a mídia internacional (incluindo a brasileira) nem fez questão de divulgar e explorar o fato, publicando-o (quando publicam) numa pequena matéria, no meio de tantas outras... Quantos dos que estão lendo esta entrevista agora conhecem essa estória da Jessica Lynch, que depois foi posar nua para o lendário Larry Flynt da revista Hustler? Se 10% conhecer é muito. Os Estados Unidos também violam a Convenção de Genebra e mais uma vez, nada acontece com a megapotência mundial. Os Estados Unidos torturam prisioneiros de guerra, tanto no Iraque quanto na base de Guantânamo. Os prisioneiros não têm direito a visitas, a advogados, a defesa. Alguns são torturados até a morte. E o que acontece com a mega arrogante potência do mundo? Nada! Nada! Nada! A maior economia do mundo é quem dita as regras, sejam elas boas ou ruins, honestas ou não, dignas ou não, éticas ou não. É a nação que sempre arruma uma desculpa esfarrapada para detonar um paisínho qualquer desovando suas milhares de bombas que estão com prazos de validade quase vencidos, mostrando ao mundo o seu poderio militar e que, com os Estados Unidos, ninguém deve mexer.


VF: Qual a opinião do senhor sobre os engenhos americanos e europeus que espreitam Marte atualmente? Seriam também fraudes para afirmarem uma alta (falsa) tecnologia?

AB: A NASA começou a “enviar robôs a Marte”, primeiramente com o robô Pathfinder, justamente quando os indícios da fraude da viagem do homem à Lua começaram a ser mais debatidos. Agora, no auge das contestações mundiais, a NASA teria enviado os robôs Opportunity e Spirit. Para mim, isso não passa de uma mentira maior para tentar encobrir uma mentira menor, como se a NASA estivesse dando o seguinte recado a todos: “Vocês estão questionando a ida do homem à Lua? Nós já estamos indo a Marte!”. Para mim, Marte está sendo usado apenas para desviar a atenção de todos.


VF: Como o senhor vê os chamados "movimentos da nova era" e a grande profusão de novas religiões que têm surgido?

AB: Creio que quanto mais difíceis vão ficando as coisas para todos, quanto mais desordem existir no mundo e quanto mais a população se decepcionar com a sua religião atual, mais pessoas procurarão por uma nova religião ou seita para se apegarem, já que praticamente todos sentem a falta de um amparo divino. Devido a isso, a tendência é de que, cada vez mais, novas religiões e seitas sejam criadas para tentar atender à demanda das necessidades de cada indivíduo.


VF: Qual sua opinião sobre o projeto do governo estadunidense em colocar chip sub-cutâneo nas pessoas para detecção, o qual começou a ser usado este ano em certos casos de doenças naquele país?

AB: Na semana passada, uma amiga me fez uma pergunta semelhante, referente a um e-mail que ela recebeu, a respeito desse chip, que está circulando pela Internet com algumas informações falsas. Quanto ao uso do chip em certos casos de doenças, nunca ouvi falar. Mas, o chip seria utilizado para identificação das pessoas. Com os índices de violência crescendo assustadoramente, creio que daqui há uns 50 anos passará a ser obrigatório a colocação desse chip, localizando qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, passando o governo a saber também se tal pessoa se encontrava em certo lugar num certo dia e hora. Creio que, no futuro, perderemos nossa privacidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para Basílio a foto acima é simplesmente ridícula e trata-se de um menosprezo ao raciocínio e à inteligência humana. Parodiando as estórias infantis, o autor intitula

a foto de O jogo dos 7 erros, e brinca: 'tente encontrar os 7 erros, antes de ler abaixo':

1 - A sombra da antena parabólica está para um lado,

a do astronauta para outro e a da bandeira para outro;
2 - A bandeira deveria estar totalmente caída no mastro, devido à ausência de vento na Lua;
3 - Há diversas penumbras na foto, impossíveis de existirem num ambiente sem atmosfera;
4 - Há pegadas por toda a parte, impossíveis de existir num ambiente sem umidade;
5 - Não há estrelas no céu, que deveriam ser melhores visíveis na Lua;
6 - No chão, embaixo do Módulo Lunar, não há indícios dele ter pousado ali;
7 - Um astronauta nunca pousaria uma espaçonave bem ao lado de uma cratera!

 


VF: O senhor compartilha com a idéia de alguns ufólogos de que a chamada Área 51 (área militar restrita do governo norte-americano), no deserto de Nevada, nos EUA, guardaria espaçonaves alienígenas capturadas na Terra, seres extraterrestres e ainda que, cientistas americanos desenvolveriam ali a chamada reengenharia, a qual visa readaptar a tecnologia de outros mundos em benefício nacional?

AB: Acredito que realmente exista a Área 51 no deserto de Nevada e que lá estão guardados os restos daquele OVNI que caiu no Novo México em 1947. Acredito que o famoso Caso Roswell culminou na criação da Área 51, que tem sido usada para estudos ufológicos, militares e pela NASA guardando o que há de mais secreto encontrado até hoje no nosso planeta sobre visitas extraterrenas. Há boatos também de que, na Área 51, são construídas aeronaves baseadas em tecnologias extraterrenas; e de que, certos OVNIs avistados no nosso planeta não seriam de outros planetas, e sim aeronaves construídas pelos Estados Unidos na Área 51, que estariam fazendo testes de vôos pelo planeta. Isto que estou dizendo por último é apenas um boato. Não que seja verdade ou que eu acredite nisso.

 

VF: O senhor acredita na existência de vida inteligente fora da Terra, ou, alguma vez, já teve alguma prova concreta de tal fato?

AB: Nunca tive uma prova concreta de tal fato, mas creio que, praticamente ninguém duvide da existência de vida fora da Terra. Já presenciei, uma vez, um objeto estranho voando baixo (cerca de 3.000 metros de altura) e lentamente, sem que eu pudesse ouvir qualquer barulho. Apesar de ser um objeto estranho, não posso afirmar que se tratava de um disco voador ou algo parecido. Mas, tenho um amigo que disse que avistou um OVNI alaranjado muito grande, voando baixo perto dele e de um amigo. Ele ficou atordoado com o fato, saiu contando eufórico para todo mundo, mas muitos não acreditaram no que ele disse.


VF: Qual sua opinião sobre a Ufologia e para o senhor, por que tal estudo ainda não é considerado científico nos meios acadêmicos?

AB: Considero a Ufologia interessante. Uma vez comecei a me enfronhar na ufologia e comecei a ler vários livros do Trigueirinho. Porém, comecei a perceber que o Trigueirinho passou a tratar a sua Ufologia como religião. Então, me afastei das leituras. De vez em quando, apenas, leio uma coisa aqui, outra ali, mas não sigo uma pesquisa persistente ufológica, tanto porque existem muitas mentiras a respeito do assunto e não saberia em que acreditar. Quanto ao fato da Ufologia ainda não ser considerada um estudo científico, creio que seja pelo fato de até hoje não haver nenhuma prova física concreta da existência de extraterrestres.


VF: Haveria outras grandes verdades que estariam sendo escondidas da humanidade em detrimento de interesses nacionais ou de alguma grande corporação?

AB: Muitas! O assassinato de John Kennedy, por exemplo, é cheio de controvérsias e mentiras. Na minha opinião, havia vários atiradores em diversos pontos para acertarem o então presidente dos Estados Unidos. Lee Oswald foi pego como bode expiatório para pagar por um crime que não cometera, sendo assassinado por Jack Ruby, em público, dois dias após a sua prisão quando estava sendo transferido para a cadeia municipal. Jack Ruby, por sua vez, também morreu, dizendo, no seu leito de morte, que células cancerígenas foram injetadas no seu corpo. A arma que teria sido usada no assassinato de Kennedy era um rifle italiano de 6,5 milímetros Mannlicher Carcano, dos tempos da Segunda Guerra Mundial, arma incapaz de dar, com a devida precisão, os 3 disparos contra Kennedy em apenas 6 segundos, já que tal arma não é automática. Na minha opinião, nenhum avião caiu no Pentágono em 11 de setembro de 2001. Um míssil teria sido lançado lá por integrantes da Al Qaeda, de algum lugar próximo ao Pentágono. Tenho várias fotos que comprovam a minha teoria. O avião que teria caído no Pentágono, na minha opinião, fora abatido por caças estadunidenses, tal como aquele outro que caiu na Pensilvânia. Aquele apagão que ocorreu recentemente em Nova York, para mim foi ato terrorista. Tem tanta coisa a ser questionada, que ficaríamos dias e dias debatendo a respeito...


VF: Como o senhor vê o relacionamento dos Estados Unidos com os países que contrariam seus interesses e ordens?

AB: Vejo os Estados Unidos como uma nação extremamente arrogante que acha que tudo pode fazer e que em todos pode mandar. Mas, creio que seus dias de império acabarão brevemente, diante do ódio que está crescendo contra os Estados Unidos em todo o mundo. Basta que os mega investidores retirem seus capitais dos bancos estadunidenses para quebrar a economia norte-americana. Foi muito fácil os Estados Unidos crescerem tanto após as guerras mundiais, exportando seus produtos e financiando a reconstrução dos países destruídos pela guerra. Qualquer economia mundial cresceria imprimindo o valor de US$ 100,00 numa folhinha de papel moeda que era aceita em todo o mundo. Basta que se devolvam aos Estados Unidos todos os dólares por eles emitidos para criar uma mega inflação no país. A partir daí não dá para prever o que aconteceria com a economia mundial. Creio que haveria um colapso geral, com o capital migrando para a União Européia, que seria a próxima zona de investimento com o fortalecimento do Euro.

 

VF: O senhor não teme alguma espécie de represália ou intimidação contra sua pessoa ao divulgar na Internet informações tão fortes, contrariando altos interesses nacionais e econômicos de um país desenvolvido?

AB: Confesso que há mais tempo tinha muito receio em divulgar minhas teorias. Mas, vendo pesquisadores do mundo inteiro questionando a veracidade das informações da NASA, percebi que se os Estados Unidos fossem mandar matar todos os que os questionam, teriam que mandar matar muita gente.

 

VF: Já fomos enganados em nosso país alguma vez por alguma grande mentira partindo de nossas autoridades governamentais?

AB: Claro! Principalmente durante a ditadura militar. Recentemente, ficou confirmado que a Polícia Federal brasileira recebia propina dos Estados Unidos para gozarem de nefastos   privilégios   em   território   nacional.   Conforme  noticiou   o  repórter  Bob

 

        O presidente Nixon cumprimenta os

        astronautas recém-chegados da Lua.   

Fernandes, na revista “Carta Capital”, do dia 19 de março deste ano, os telefones do Palácio da Alvorada e do Itamaraty foram grampeados pelo serviço secreto dos Estados Unidos! Isso é um absurdo! É inadmissível! O ex-chefe do FBI no Brasil, Carlos Alberto Costa, afirmou ainda: “Uma das importantes funções que nós temos na embaixada é manipular a mídia brasileira.” Que a mídia brasileira era manipulada, isso nós já sabíamos. Agora, passamos a ter certeza de por quem ela era manipulada. O que podemos notar, mais uma vez, é que os Estados Unidos fedem à arrogância, o desprezo e à falta de respeito; que é um país fraudulento, no qual não se pode confiar, imerso em práticas ilícitas. Assistindo ao filme “Gangues de Nova York”, de Martin Scorsese, que retrata a formação dos Estados Unidos no século 19, mostrando o que os livros de história não contam, passamos a entender porque aquele país faz tanta coisa que não presta e sente-se como se fosse o dono do planeta. Para conhecer um lado dos Estados Unidos que raras pessoas conhecem, recomendo a leitura de um livro que já foi censurado naquele país (Sim! Nos Estados Unidos também há censura!). O nome do livro é "Stupid White Men - Uma Nação de Idiotas", de Michael Moore, um estadunidense extremamente patriota que começou a expor ao mundo a podridão que existe em seu país para que, talvez, um dia, seu povo passe a se envergonhar de suas atitudes e mudar o país para melhor. Vale a pena ler!


VF: Agradecemos pela gentileza de nos conceder a presente entrevista e pedimos para nos deixar suas considerações finais.

AB: Quem agradece sou eu. É com muita honra que recebo esta oportunidade de estar participando do novo portal UFOVIA e do jornal Via Fanzine nestes seus 10 anos de vida! Agradeço pelo apoio ao nosso site A Fraude do Século (www.afraudedoseculo.com.br) que tem recebido, nos últimos dias, uma média de mais de mil visitas diárias; e deixo aqui o meu convite para que cada um acesse o site, analise minhas indagações e tire suas próprias conclusões se o homem foi ou não à Lua.

 

- Pepe Chaves é editor de Via Fanzine e UFOVIA.

  pepechaves@yahoo.com.br

- Fotos: Arquivo pessoal de André Basílio e NASA, todas veiculadas em www.afraudedoseculo.com.br.

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright, Pepe Arte Viva Ltda.

   pepechaves@yahoo.com.br

 

CLIQUE AQUI para acessar o site A FRAUDE DO SÉCULO

de André Basílio.

 

 

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