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Política Nacional
Tentativa de golpe: 30 dias após aquele 08 de janeiro E as consequências? Mais de mil já foram presos. Tantos outros estão sendo investigados. Prejuízos para os cofres públicos; prejuízos também para os terroristas, seus mentores e financiadores, a quem a Lei, se ainda não alcançou, alcançará. Lucro mesmo, só para os advogados. E muito!
Por Sérgio de Souza* De Ibirité-MG Para Via Fanzine 08/02/2023
Os invasores acreditavam que o Exército brasileiro, naquela oportunidade, se juntasse a eles, formando uma força imbatível em favor de sua causa. Leia também: Outros destaques em Via Fanzine
Aquele 08 de janeiro já ficou na História. Quem dera fosse uma data alegre, por exemplo, o Brasil ganhando mais uma Copa do Mundo! Mas não. Tivemos de engolir aqueles atos insanos, de irmãos querendo o mal de irmãos, gente quebrando o que era de todos. Total falta de sensibilidade!
E as consequências? Mais de mil já foram presos. Tantos outros estão sendo investigados. Prejuízos para os cofres públicos; prejuízos também para os terroristas, seus mentores e financiadores, a quem a Lei, se ainda não alcançou, alcançará. Lucro mesmo, só para os advogados. E muito!
O novo governo e a sua nova equipe agiram rápido. E aquilo, que poderia constituir um prejuízo à imagem do País, e lógico, do presidente, Congresso e STF, resultou em vantagem. Estes saíram mais fortalecidos. E a parte que cometeu os atos de vandalismo e violência é que saiu enfraquecida. O mundo confraternizou-se com o Brasil.
Os invasores acreditavam em sua vitória. Em seguida, o presidente Lula – eleito legalmente pela vontade do povo – seria banido, através desse golpe, retornando Bolsonaro, como um rei, a ocupar o trono. Isto, para sempre, ele e seus filhos, numa interminável dinastia. E isso seria bom para o Brasil? Ah, perguntemos depois aos terroristas. Até o momento, eles não sabem. Naquele instante, eles agiam irracionalmente.
Os invasores acreditavam que o Exército brasileiro, naquela oportunidade, se juntasse a eles, formando uma força imbatível em favor de sua causa. (Mas, afinal, quem havia combinado isso com o Exército? Ninguém. Apenas mais uma ilusão.) É certo que alguns militares aderiram ao golpe, por ação ou omissão, mas estão sendo investigados, e as prisões já começaram a aparecer, mostrando que a Lei é para todos.
Os invasores acreditavam que seu ídolo, Bolsonaro, estaria também ali junto com eles, para ser glorificado. Glorificado? ... Isso mesmo. É que o bolsonarismo se transformou numa seita, ou até mesmo, numa religião. Seus verdadeiros fiéis estariam dispostos a todo tipo de sacrifício, até matar ou morrer por esse seu deus: Bolsonaro. Alguém duvida? Não houve quem matasse aquele petista, lá em Foz do Iguaçu, quando ele comemorava seu aniversário? Não houve quem ficasse semanas nos acampamentos, comendo mal, dormindo mal, perdendo, às vezes, até emprego, família, como num reiterado ato de adoração ao seu ídolo? E aquele manifestante, que ateou fogo no próprio corpo e morreu? E onde está esse deus que não apoia? Fugido. E o que esperar desse deus, o mentor dos golpes, aquele que veio construindo, durante anos, uma narrativa, de que as urnas não eram confiáveis; depois, que houve fraude na eleição do Lula; que o comunismo iria tomar conta do Brasil; que o novo presidente iria fechar as igrejas... Tudo para tirar o foco dos reais desafios do Brasil, sob sua responsabilidade. Vamos lá: qual o legado de Bolsonaro, na educação, cultura, saúde, esporte, economia, meio ambiente...? O real legado que ele deixou foi um desgoverno, uma gigantesca corrupção, genocídio (durante a pandemia e com relação aos indígenas), tudo, como se ele tivesse lido e praticado o Elogio da Loucura, de Erasmo. (Tudo o que era errado, a Loucura aplaudia, não é isso, minha gente?)
Uma grande habilidade o Bolsonaro tem, ele e seus filhos. Entendem demais de comunicação, sobretudo nas mídias sociais. Se eles a usassem para o bem do Brasil, teriam dado uma valiosíssima contribuição. Acontece que, de regra, só se valem dela para o seu plano de enriquecimento e de poder, construindo enganosas narrativas, utilizando-se de fake news, evocando, sem o mínimo pudor, o nome de Deus, a fim de conferir mais credibilidade às mentiras que falam. A esposa dele também é assim.
Os terroristas do 08 de janeiro tiveram culpa? Sim. Grande parte deles, até mesmo dolo. Todavia, sem que notassem – e muitos não notaram até hoje -, estavam sendo manipulados. Tornaram-se nada mais que títeres, manejados por mãos malignas. Coitados! E ainda acreditavam estar participando de uma cruzada do bem (representado por seu deus, Bolsonaro) contra o mal (qualquer um que se opusesse a ele).
Amigas, Amigos, a propaganda tem o poder de mudar hábitos, de multiplicar adeptos, de incitar hostilidades contra os rivais. Tem o poder até mesmo de sequestrar.
- Imagens: Divulgação.
- Produção: Pepe Chaves. © Copyright, Pepe Arte Viva Ltda.
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