acervo digital do historiador mineiro

  JOÃO DORNAS FILHO CONTINUA VIVO

 

História brasileira:

Dornas continua percorrendo o mundo

Pesquisa mostra que o escritor João Dornas Filho, natural de Itaúna-MG,

está sendo cada vez mais citado nos principais sites de fundações históricas,

acervos públicos ou particulares e nas universidades brasileiras e do exterior.

 

Por Pepe CHAVES*

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

Rara foto mostra a família de João Dornas, pai de João Dornas Filho, poucos anos antes de 1920.

Dornas Filho aparece de terno ao lado de uma de suas irmãs e de sua mãe - Arquivo Via Fanzine.

 

O escritor e historiador João Dornas dos Santos Filho, nasceu em 07 de agosto de 1902 na cidade de Itaúna e faleceu no dia 11 de dezembro de 19862 em Belo Horizonte. O mais expressivo nome da literatura local teve a data de seu nascimento, como é de praxe, esquecida pelo povo de sua terra natal. As datas de seu nascimento e de sua morte nunca são lembradas oficialmente pelas autoridades locais, mormente, por órgãos e instituições como a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Universidade de Itaúna, Museu Municipal "Francisco Manoel Franco", CODEMPACE, Fundação “Maria de Castro Nogueira” e demais instituições privadas ou públicas ligadas à cultura histórica na cidade.

 

Autor quase três dezenas de livros de teores históricos, todos publicados e distribuídos à nível nacional, desde a década de 1930 até a de 1950. Dornas teve seus trabalhos eternizados por milhares de exemplares literários que perfazem sua vasta obra, incluindo-se, crônicas, poemas e artigos publicados em inúmeros jornais e revistas brasileiras. Atualmente, seus livros encontram-se, quase que na totalidade, em acervos de bibliotecas públicas e particulares de muitas cidades do mundo. Entretanto, durante todos estes anos desde a sua morte, ocorrida em 1962, supomos que ele fora muitíssimo mais lido do que quando em vida.

 

Realizamos novamente a pesquisa de seu nome junto ao buscador da Internet Google (conforme fizemos a exato um ano), e tivemos uma nova surpresa: multiplicaram-se, acentuadamente, às citações a João Dornas Filho. E o que torna-se mais interessante, é o fato de que o nome do itaunense é citado por diversos portais, de algumas das mais conceituadas instituições, além das principais universidades brasileiras.

 

Entre as milhares de citações ao nome de João Dornas Filho na rede mundial de computadores, segundo o Google, pudemos encontrar também, alguns de seus trabalhos à venda, sendo oferecidos por editoras diversas, inclusive, para vendas online, com entrega pelos Correios.

 

LIVROS À VENDA E CITAÇÕES NO EXTERIOR - Na web, existe um significativo comércio de seus antigos livros, oferecidos por sebos virtuais, mas também convencionais  ou ainda, através de portais de grandes livrarias do país. Entre seus livros mais citados no meio acadêmico, destacamos os básicos, “Silva Jardim”, “Os Andradas na História do Brasil” e “Aspectos da Economia Colonial” (este último, digitando seu título no Google, pode ser adquirido por R$ 20,00, pelo sebo virtual A Traça, indicado pelo citado buscador). Além disso, existem diversas livrarias virtuais internacionais que oferecem livros de João Dornas Filho, sobretudo, em páginas do idioma inglês. Alguns de seus trabalhos podem ser adquiridos, por exemplo, através do site da World Cat Library (http://www.worldcatlibraries.org), em inglês, entre outros estrangeiros que comercializam a obra do historiador mineiro. 

 

Ainda no exterior, João Dornas Filho é citado por diversos portais norte-americanos e outros de língua inglesa, além de portais da Polônia e diversos de Portugal (Inclusive, em um documento da Câmara Municipal de Lisboa). Constatamos também a presença do trabalho desse historiador itaunense em inúmeras bibliotecas online, sites e clubes literários, acervos históricos, arquivos jornalísticos e pesquisas históricas no Brasil e no exterior.

 

CITAÇÕES NACIONAIS - Por escrever o clássico, “Os Ciganos em Minas Gerais”, Dornas é citado em texto do portal www.ciganosdobrasil.com e no portal Universo Cigano, sendo citado também citado pela Wikipedia (biblioteca pública virtual e internacional) e pelo Domínio Público do Brasil (www.dominiopublico.gov.br).

 

Em 1958, quatro anos antes de seu falecimento, Dornas Filho

aparece com seu amigo, Moacir Coutinho, um fazendeiro itaunense,

 Arquivo Via Fanzine.

 

No meio histórico brasileiro,  João Dornas é citado por conceituados arquivos públicos e expressivas instituições interestaduais, privadas ou governamentais, entre tantas outras, pelo IPHAN, Arquivo Histórico do Estado de São Paulo, Instituto Histórico de Petrópolis-RJ, Academia Mineira de Letras, Secretaria de Educação de Minas Gerais, Câmara Municipal de Cataguases-MG, Instituto Amílcar Martins-MG, Centro de Documentação “Eloy Ferreira da Silva”-MG, Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística-SC, Biblioteca do Patrimônio Cultural-PR, além dos sites de diversos departamentos e secretarias de órgãos ministeriais do Governo Federal.

 

Pude encontrar diversos trechos de seus livros em trabalhos assinados por historiadores ou originais arquivados em algumas das instituições citadas acima, entre outras, não mencionadas neste trabalho.

 

A obra de João Dornas Filho - a exemplo de seu amigo pessoal e contemporâneo cordisburguense João Guimarães Rosa, que também residiu em Itaúna-MG -, sugere que, com o passar dos tempos, está a receber verdadeiro e natural reconhecimento público, justamente, por se tratar de uma valorosa fonte de dados (em grande parte, primária), qual registra diversos detalhes e características da memória brasileira no século passado, bem como, anteriormente àqueles períodos em que viveram os citados escritores mineiros.

 

Além de reportes do ponto vista jornalístico, o autor autentica em sua obra, situações e “casos” bastante peculiares da vida social no Brasil, particularmente, em Minas Gerais. Contudo, Dornas desenvolveu em seu trabalho uma visão acentuadamente analítica e, por vezes, crítica, quando explana a política, a ética, os costumes e a cultura de sua época, ao vir protagonizar-se dentro desta, como verdadeira “testemunha viva” e fiel escrevente da história social de seu país.

 

UNIVERSIDADES - Prova disso, foram as recentes citações apontadas pelo Google à sua obra em sites de inúmeras instituições acadêmicas brasileiras, sobretudo, do Ensino Superior, incluindo distintas faculdades das mais expressivas universidades do país, entre tantas, a USP, Unicamp, PUCSP, UFMG, PUCMINAS, USF, UERJ, UFSC, UFOP e PUCRS.

 

Nestes casos pesquisados, as referências ao historiador aparecem desde teses de mestrado de alunos, passando por artigos assinados por professores e pesquisadores, até dados documentais expedidos pelas universidades aqui mencionadas, além da citação de alguns de seus livros originais nos acervos de tais bibliotecas universitárias. As citações, mostram também a inclusão de seu trabalho em provas de vestibulares de distintas universidades brasileiras.

 

Em sua época, João Dornas Filho criou laços de amizade com renomados artistas e escritores brasileiros, o que já proporcionava, desde aquele tempo, uma verdadeira "exportação" de sua obra, além das fronteiras do Estado de Minas. Quando residiu em Belo Horizonte manteve contatos com o movimento modernista de Mário de Andrade, editando o panfleto periódico "Leite Criôlo", que criticava, sobretudo, os vícios sociais daquela época. Tudo isso rendeu a ele algumas das inúmeras citações aqui pesquisadas, que perfazem pequena parte da totalidade de sua obra.

  

VISIONÁRIO - Ousado, Dornas parecia saber que estava a escrever mais para os “homens do futuro”, do que propriamente para as pessoas que o acercava em seu tempo-espaço. O historiador, sem dúvida, reconhecia em sua época, a importância dos serviços históricos e da preservação de tão preciosos dados como registros originais de uma civilização. Sabia ele, da importância das raízes culturais de seu povo, as quais, se sentiu no dever de repassá-las às várias gerações vindouras, pois que narravam efemérides comuns ao povo brasileiro e de relevante importância para o passado da nação.

 

Isso pode ser comprovado ao constatarmos a excelente aceitação que o trabalho deste historiador, têm recebido da posteridade, sabidamente, após décadas de seu tempo original. Em verdade, desde quando em vida, Dornas sempre foi acessado de forma crescente por pessoas de espaço (locais) e tempo (épocas) altamente avessas às suas e, seguramente, na atualidade, distribuídas em distintas regiões do globo terrestre. Sua obra foi e deverá prosseguir configurando-se dentro da língua portuguesa como uma preciosa fonte de consulta e pesquisa bibliográfica para autores históricos, pesquisadores, genealogistas e estudantes do Ensino Básico ao Superior.

 

Apesar de não ter sido tão popular quanto foi Guimarães Rosa, todo o árduo afinco histórico desenvolvido por João Dornas em sua época, vem agora imortalizar o seu nome e, sem sombra de dúvidas, colocá-lo como o maior escritor de Itaúna em todos os tempos. Além disso, o pacato Záu (como era chamado pelos amigos), pode ser considerado, amplamente, como dos mais destacados historiadores do Brasil no Século 20, qual soube garimpar o ouro informativo do passado de seu país, legando à posteridade os verdadeiros valores matriciais da cultura brasileira, sobretudo, aqueles garimpados em seu próprio quintal, as Minas Gerais.

 

PRIMEIRA REFERÊNCIA - Após esta última pesquisa ao Google, realizada em setembro de 2006, (que totalizou cerca de 12 horas e nos proporcionou visitar algumas dezenas de distintos sites), pude ter certeza de que o trabalho deste ilustre escritor itaunense está sendo, cada vez mais, lido e disseminado pela rede mundial de computadores, bem como, fora dela; ou seja, pelos meandros históricos, acadêmicos, informativos e universitários, do Brasil e do mundo.

 

Para a felicidade desse autor, como conterrâneo, admirador e pesquisador da obra de João Dornas Filho, o Google mostra encabeçando suas milhares de citações sobre João Dornas Filho, justamente, a página oficial do historiador itaunense que criamos em Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br/dornas.htm), parte integrante desse jornal digital que editamos em Itaúna-MG. Ainda na segunda citação do buscador internacional, aparece também outra página de nossa propriedade, a “Especial” (www.viafanzine.jor.br/especial.htm), onde Dornas é abordado em outro artigo desse autor. Além disso, na pesquisa por “imagem” do buscador Google, todas as imagens referentes ao historiador e disponíveis na Internet são exclusivas do Arquivo Via Fanzine, inclusive, consta um desenho caricato digital, inédito, mostrando o semblante de Dornas, criado com exclusividade por este autor, para ilustrar a matéria que compusemos em sua página, quando da passagem do aniversário de 103 anos do seu nascimento, em 2005.

 

Em síntese, ao encerrarmos este modesto trabalho, temos a supor que as milhares de citações à obra e até à pessoa de João Dornas Filho pesquisadas por nós junto ao Google, em verdade, configuram-se em apenas uma "ponta de um iceberg" acerca da realidade dimensional de sua obra hoje no mundo. Porém, os dados levantados e aqui expostos, vêm nos fornecer uma significativa noção da vivacidade de seus trabalhos em pleno Século 21. Destarte, podemos projetar que seu trabalho deverá estar sendo muito mais amplamente utilizado pelos meios citados neste artigo (quiçá, outros mais) e continuará seguindo em passos seguros rumo ao futuro certo, aliás - creio -, como o próprio Dornas imaginara que deveria ser uma missão bem cumprida: sem fim!

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Fotos: Arquivo de Pepe Chaves / Arquivo Via Fanzine.

 

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