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 Observações celestiais

 

 

Astronomia:

Guia digital reúne observatórios do Brasil

Guia reúne 81 observatórios operacionais em território brasileiro.

 

Da Redação*

ASTROvia

 

Observatório Imperial do Rio de Janeiro-RJ.

 

Um guia reunindo dados e imagens de observatórios astronômicos situados no Brasil foi organizado e produzido por Irineu G. Varella e Priscila D.C.F. de Oliveira. A relação dos Observatórios Astronômicos do Brasil foi originalmente elaborada pelos produtores e editada pela Uranometria Nova em várias versões do AstroGuia de 1997 a 2002.

 

A versão original foi publicada por AstroGuia - Uranometria Nova - 1996/1997. A última atualização foi feita em 02 de abril de 2010 e reúne 81 observatórios.

 

De acordo com os organizadores, a presente relação, publicada na internet desde 2003, é uma ampliação da relação original, complementada e atualizada periodicamente com as informações coletadas pelos produtores e pelas atualizações enviadas pelos profissionais dos observatórios.

 

Irineu Gomes Varella é astrônomo. Foi diretor do Planetário do Ibirapuera

e da Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo, no período de 1980 a 2002.

 

Priscila D. C. F. de Oliveira é coordenadora do Centro de Documentação Técnica

e Científica em Astronomia do Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo.

 

Atualizações e novas inclusões podem ser encaminhadas aos editores pelos e-mails uranometrianova@yahoo.com.br e uranometrianova@hotmail.com.

 

- Visite: Observatórios Astronômicos do Brasil.

 

* Com informações e imagem de Uranometria Nova.

 

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WWT- Mars Experience:

Novidades marcianas na web

Microsoft e Nasa anunciam novidades no WorldWide Telescope (WWT),

serviço que permite explorar o Sistema Solar virtualmente.

 

 

Marte como nunca se viu. A Microsoft Research e a Nasa, a agência espacial norte-americana, lançaram uma nova experiência para os usuários do WorldWide Telescope (WWT), serviço que permite explorar o Sistema Solar virtualmente.

 

A novidade é o WWT-Mars Experience, que permite fazer passeios interativos por Marte, ouvindo comentários de cientistas e explorando o planeta por meio de imagens de alta resolução.

 

Trata-se de um resultado do trabalho que vem sendo conduzido desde o inicio de 2009 pela Microsoft Research em parceria com cientistas de diversos países. O objetivo é encontrar formas criativas e eficientes de empregar as imagens obtidas pelas missões da Nasa, disponibilizando-as ao público em geral.

 

“Quisemos tornar mais fácil para pessoas em todos os lugares, inclusive cientistas, o acesso a essas imagens únicas. Por meio do WWT fomos capazes de construir uma interface para o usuário que permite usufruir desse conteúdo valioso”, disse Dan Fay, diretor de iniciativas para Terra, Energia e Meio Ambiente da Microsoft Research.

 

O WorldWide Telescope, desenvolvido pela empresa, é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios espaciais.

 

Para criar a nova experiência marciana, o grupo de Fay trabalhou em conjunto com o de Michael Broxton, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, especializado na aplicação da visão computacional e do processamento de imagens a aplicações em cartografia.

 

Para Broxton, divulgar ao grande público os resultados dos trabalhos dos cientistas da Nasa é uma parte importante da missão da agência. “A Nasa tem um histórico de oferecer ao público acesso às imagens obtidas por suas missões. Por meio de projetos como o WWT, podemos disponibilizar um acesso mais amplo, de modo que futuras gerações de cientistas possam descobrir o espaço de novas formas”, disse Broxton.

 

Por meio do WWT-Mars Experience, o usuário pode passear por todo o planeta e, ao encontrar um ponto de interesse, aproximar a imagem até perceber detalhes na superfície marciana. Pode também admirar a altura das crateras ou a profundeza de seus muitos cânions. “É uma experiência que torna possível ao usuário sentir como se estivesse realmente lá”, disse Fay.

 

Das imagens, um destaque é o conjunto recém-processado pelo experimento HiRise, operado por pesquisadores da Universidade do Arizona e que consiste de uma câmera robotizada de altíssima resolução a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter. Cada imagem obtida pelo HiRise tem 1 gigapixel de resolução, ou cerca de 100 vezes mais informações do que uma foto feita por uma câmera digital comum.

 

Por conta do tamanho, abrir as imagens seria complicado para os usuários, mesmo com uma conexão de banda larga. E são mais de 13 mil imagens já produzidas pelo experimento, o que parece bastante, mas representa uma cobertura de apenas 1% da superfície marciana.

 

Os pesquisadores trabalharam com as imagens em alta resolução para criar um mapa integrado que permitisse a navegação simples e rápida. O mapa resultante é o de maior resolução já produzido sobre Marte. O que o torna muito útil também a pesquisadores.

 

Para apresentar e explicar a nova experiência marciana, o site do WWT incluiu passeios interativos conduzidos pelos cientistas Carol Stoker e James Garvin, da Nasa.

 

* Informações da Agência FAPESP (SP).

- Imagem: WWT.

- Mais informações: www.worldwidetelescope.org

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

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Dois Córregos-SP:

Alunos paulistas observam constelações

Atividade integrou a Olimpíada da Astronomia do Colégio Interligado.

 

Por Pepe Chaves

Para Via Fanzine

 

Alunos do Colégio Interligado, em Dois Córregos-SP, participaram de observações astronômicas.

 

Reconhecendo os astros

 

Na noite de 16/04, o professor Márcio Rodrigues Mendes, físico, astrônomo e consultor para os portais Via Fanzine e ASTROVIA, esteve coordenando observações celestiais para alunos do Colégio Interligado (Rua Tiradentes, 570, Dois Córregos/SP). A atividade integrou a OBA (Olimpíada de Astronomia) e teve uma excelente participação dos alunos, que compareceram acompanhados de seus responsáveis, incluindo, Daniel Mendes, filho do professor Márcio.

 

Com seus pais e avós presentes, o grupo de crianças se reuniu em um campo de futebol naquela noite fria, juntamente com outros professores do colégio que também coordenavam o evento.

 

O objetivo era, guiados por mapas, identificar alguns alvos no céu. “A princípio, achei que seria uma atividade confusa, pois fazer isso com crianças seria trabalhoso. Afinal, apontar pontos no céu e identificá-los em mapas de forma coletiva não é tarefa fácil. Mas, o pessoal incorporou bem o trabalho”, afirmou o professor Márcio Mendes.

 

A escola providenciou mapas das regiões de interesse e,  sob a luz dos celulares e de pequenas lanternas os alunos buscavam associar os astros no céu aos mapas. O professor Mendes fez alguns comentários ressaltando aspectos históricos e curiosidades em geral, como a realidade física, adaptada às crianças. Destacou o tamanho dos astros observáveis comparados com o nosso Sol, além das distâncias estimadas, bem como a idade dos astros e suas possíveis evoluções.

 

Pais e avós, ajoelhados junto aos seus pequenos, observavam os mapas e o céu. “É muito gostoso quando você sente a satisfação do indivíduo ao realmente ver in loco na natureza aquilo que está demonstrado no papel. Depois de um tempo suficiente para que cada um se inteirasse do alvo, logo devolviam a atenção para mais explanações”, afirmou o professor.

 

Depois da pequena aula, foi formada uma fila para observações no telescópio. Apesar do frio, Saturno estava esplêndido. Márcio Mendes diz que, “Alguns tiveram dificuldades em vê-lo no telescópio, no entanto, outra gratificação é quando você sente a reação de quem não está acreditando no que vê, inclusive, os adultos”.

 

A história da “Intrometida” (Epsilon, do Cruzeiro do Sul), chamou a atenção da criançada. O Cruzeiro é a menor constelação nos céus. Tem uma área de apenas 68° quadrados. A sequência de brilho de suas estrelas é perfeita para explicar o exemplar de brilho, alfa, beta, gama, delta, incluindo Epsilon.

 

O primeiro registro dessa constelação, de que se tem notícia está nas cartas de mestre João, um físico que integrava a tripulação de Cabral, quando das circunavegações. Contudo, Ptolomeu já havia a desenhado em suas cartas, mas associou-a ao Centauro e não a um grupo distinto, como hoje é conhecido.

 

A "alfa" estava bem brilhante e também Acrux ou Estrela de Magalhães, localizada a aproximadamente 360 anos-luz da Terra, enquanto a "Intrometida" se localiza a 58 anos-luz.

 

Esses fatos dá uma boa margem para que os alunos possam entender a ‘profundidade’ do céu. Sugeri - ajudado pela ingenuidade das crianças - que olhassem fixamente para a ‘alfa’ e a ‘Intrometida’, para depois perguntar qual delas estava mais próxima e qual estava mais distante. A resposta rápida e imediata, praticamente veio em uníssono: a ‘alfa’ estava bem mais próxima”, conta Mendes. Reveladas as verdadeiras distâncias ("alfa" quase 300 vezes mais distante) dá uma boa idéia do quão maior é, em relação à "pequenina" e bem mais próxima "Intrometida".

 

Para o professor Mendes, "É emocionante quando uma pessoa começa assimilar a realidade das dimensões do Universo, incluindo-se nele e contrastando com sua própria realidade aparente, das dimensões locais".

 

Márcio Mendes também sugeriu que pesquisassem as bandeiras nacionais que trazem estrelas do céu. O Cruzeiro está no pavilhão nacional brasileiro e somente em outras duas bandeiras: da Nova Zelândia e da Austrália. Estas últimas trazem a "Intrometida" na posição correta e deslocada um pouco à direita do eixo maior. No entanto, na bandeira brasileira, ela aparece do lado esquerdo do eixo maior, ou seja, aparentemente do lado errado. Talvez, em consonância com tantos desalinhos do nosso país, tal disposição já rendeu observações e críticas mais severas.

 

Perspectiva celestial

 

O projeto da Bandeira Nacional é de Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos; desenhado por Décio Villares. Na época, foi solicitado o trabalho do astrônomo Manoel Pereira dos Reis que idealizou a relação das estrelas no céu com um estado brasileiro numa condição "espelhada", ou seja, como se fosse visto "de fora" e na data e local da proclamação da República. O destaque para o Cruzeiro do Sul também lembra seus primeiros nomes: Vera Cruz e Santa Cruz. Todo este trabalho ocorreu durante o governo provisório de Benjamim Cosntant.

 

A justificativa às inversões (já que Escorpião e outras constelações figuram às avessas) é que o céu representado na bandeira brasileira seria visualizado de fora para dentro ou “de cima para baixo”, enquanto noutras bandeiras, é representado de baixo para cima.

 

Depois de observarem alfa e beta do Centauro, passando pelo Cruzeiro, Miaplácidus, Canopus, Sírius, Rigel, Três Marias, todo o conjunto de Orion e Procyon, finalmente, chega a vez do planeta Marte. No entanto, conforme Mendes, infelizmente, naquela ocasião, o planeta vermelho apareceu meio “desbotado” ao telescópio, devido à demasiada distância na sua atual conjuntura com a Terra.

 

Também foram tomadas fotos do Cruzeiro e de Orion para que os alunos identificassem durante a semana as mesmas estrelas a olho nu, “com vantagens de ter a constelação sobre alvos terrestres da cidade, os quais os alunos podem reconhecer com facilidade, como a torre da igreja e outros referenciais”, acrescentou o professor Márcio Mendes.

 

Estrelas na bandeira brasileira

 

Conforme informações do Observatório da UFMG, a disposição das estrelas no céu, no início das noites de junho, é a mesma representada na bandeira brasileira. No dia 05/06 essa disposição acontecerá às 19h20.

 

As estrelas e as constelações representadas na nossa bandeira correspondem ao aspecto do céu na cidade do Rio de Janeiro às 8h30, do dia 15 de novembro de 1889; local e data da proclamação da República. Dia após dia, durante o ano, essa mesma disposição se repete no céu, porém, nascendo quatro minutos mais cedo.

 

O Observatório da UFMG também informa que no dia 05 de junho de cada ano, às 19:20h, a disposição das estrelas no céu de Belo Horizonte e regiões vizinhas é quase exatamente a mesma representada na Bandeira Brasileira.

  

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine (Brasil).

 

- Foto: Márcio Mendes.

 

- Saiba mais sobre as estrelas na bandeira nacional brasileira:

http://www.observatorio.ufmg.br/pas12.htm

 

- Mais astronomia na bandeira nacional

http://www.uranometrianova.pro.br/historia/hda/0004/bandeira.htm

 

- Leia artigos exclusivos do professor Márcio Mendes:

www.viafanzine.jor.br/mmendes.htm

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

- Produção: Pepe Chaves

© Copyright 2004-2010, Pepe Arte Viva Ltda. 

 

Leia outras matérias na

www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

 

 

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