UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

 

 Ufofilatelia

 

 

UFO-selos:

Quando o original é consumido pelo pirata

O mercado de selos ufológicos em todo o mundo apresenta interessantes

 e raras peças filatélicas, mas, em contrapartida, se mostra infestado

 por fraudes e piratarias de todas as espécies.

 

 Por Pepe Chaves*

De Contagem-MG

Para UFOVIA

Setembro-2009

 

 

 

Selo supostamente emitido pela Guiné Equatorial.

 

Uma ideia inglesa

 

O primeiro selo postal surgiu na Inglaterra em 06/05/1840 e ficou conhecido como o selo negro Penny Black, (one penny black). A ideia de Sir Rowland Hill, membro do Parlamento do Reino Unido ao criar o primeiro selo postal era fazer com que o remetente pagasse pela tarifa de envio, pois antes da criação do selo, o destinatário é que a pagava pelo recebimento da correspondência. Este fato criava um enorme número de devoluções aos Correios e a criação do selo postal viria solucionar o problema.

 

Em qualquer país do globo, um selo postal de papel funciona como um título ao portador. O selo é um documento oficial, expedido por órgão competente do governo, comprovando a efetivação do pagamento da taxa dos serviços postais de envio. Um pequeno quadrilátero afixado à face de um envelope, assim são utilizados os selos postais em praticamente todos os Correios do mundo. Nessas nações, a posse desse pequeno título emitido pelo governo (selo) significa que o seu portador pagou (total ou parcialmente) pelo envio de sua remessa postal.

 

Selo russo aborda a temática cósmica.

 

Motivos ufológicos em selos de todo o mundo

 

A Ufofilatelia, como é chamada  a atividade de colecionar selos postais com motivos ufológicos na Itália, França e noutros países, vem chamando a atenção dos simpatizantes do tema, sobretudo, se forem também filatelistas. Alguns dos “UFO-selos” são realmente sedutores aos olhos dos amantes dos temas (Filatelia ou Ufologia), dadas às suas formas, cores e motivos impressos. Assim como noutras temáticas, grande parte destes UFO-selos ou estampas (como também são chamados), comercializada através da internet, presta homenagens a personagens, festividades, situações e efemérides conhecidas na ufologia de todo o mundo.

 

Constatamos que, desde nomes de grandes países do primeiro mundo, até outras pequenas nações nada populares têm seus nomes impressos em selos postais supostamente emitidos em todos os continentes. Exemplo disso é que em nossas pesquisas pela internet em busca desse material e questões inerentes, pudemos constatar a existência de uma intensa comercialização de selos ufológicos da pequena República do Komi, entre outras, igualmente sem grande projeção mundial, tais como, Granada, Tanzânia, Tatarstan, Serra Leoa, Nicarágua, Vietnã, Maldiva, Mongólia, Anguilla, Turcoquistão, Tadjiquistão, Guiné Equatorial, entre outros. Mas, também consta que, países considerados evoluídos produziram emissões de selos ufológicos, entre os quais, podemos citar a Itália, França, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Austrália e Canadá.

 

Descobrimos que neste último ainda é utilizado um autêntico carimbo postal (para marcar selos nos envelopes), que faz menção a um caso ocorrido em 04/10/1967, envolvendo a amerissagem e mergulho de um UFO/OSNI, no mar de Shag Harbour, litoral canadense [veja abaixo]. Segundo informações obtidas junto aos Correios do Canadá naquela vila, o carimbo ufológico oficial é usado para inutilizar selos nos envelopes postados na dita agência, conforme nos informa o pesquisador Mário Rangel em seu trabalho Ufomonumentos e Memoriais.

Carimbo postal utilizado pelos Correios

em Shag Harbour, Canadá.

 

Pesquisando os buscadores da internet encontramos um verdadeiro mercado voltado para a ufofilatelia. Há alguns sites destacando várias imagens e abordagens sobre o tema. Inclusive, alguns conhecidos internacionalmente e de países adversos, como, Fortean Times, Strange Persons, Clypeus, entre outros. Há um interessante site italiano, o Philcat.it, que apresenta uma revista ufofilatélica.

 

No site Space Lollini, da França, são oferecidos um catálogo e um CD sob o título Ufophilatelie. O CD e o catálogo de 12 páginas editados em francês reúnem 150 imagens de selos ufológicos. Ambos custam 12 Euros (cerca de US$ 15,00) ou R$ 32,00, incluindo as despesas de envio ao Brasil. Encontramos também curiosas imagens de selos ufológicos no site russo magnus-z.livejournal.com, inclusive, mostrando o conhecido “disco voador de George Adamski”.

 

Em uma coleção da Tanzânia contendo um jogo de 14 cromos (1+1+6+6), surge uma referência a um conhecido caso ufológico brasileiro. O selo destaca o clássico "Caso da Ilha Trindade", ocorrido em 16 de janeiro de 1958, no litoral brasileiro, cujo UFO avistado fora fotografado por Almiro Baraúna, que se encontrava a bordo do navio Escola “Almirante Saldanha”. Na época, estas imagens foram divulgadas ao mundo pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

 

Um selo de uma série de seis mostra o UFO

fotografado pelo brasileiro Baraúna.

 

A República da Maldiva ocupa 1196 ilhotas situadas ao sul da Índia. Foi colônia portuguesa, holandesa e inglesa, possui 300 mil habitantes distribuídos nas 203 ilhas habitadas. Consultamos os Correios da Maldiva (através de correspondência enviada no idioma inglês) com o intuito de checar a autenticidade e o valor para aquisição da bela série ufofilatélica Mysteries of the Universe. Entretanto, a resposta que obtivemos foi simplesmente que “aquilo o que procurávamos” se encontrava no site filatélico Maldives Post.

 

No cromo maldivo, o nome do país aparece bem pequeno e no idioma local, cuja escrita é lida da direita para a esquerda. Sendo autênticos, os selos maldivos impressos em inglês teriam sido produzidos com a intenção óbvia de serem vendidos para colecionadores de fala inglesa (e outras, que se interessam pelos mesmos) e não para circulação corriqueira dentro desse país.

 

No Brasil não existe até o momento, nenhum selo oficial produzido pela Casa da Moeda em menção a quaisquer das ocorrências ufológicas de destaques no país. No entanto, um site brasileiro, o INPU (Instituto Nacional de Pesquisas Ufológicas, de São Paulo) já são disponibilizadas imagens de selos ufológicos veiculados pela internet, alguns dos quais, citados nesta matéria. Além disso, preparamos uma página com algumas das muitas imagens de selos ufológicos que pesquisamos para a conclusão deste trabalho [clique aqui para ver].

 

Catálogo e CD francês "Ufophilatelie" reúne 150 imagens.

 

Comercialização e emissões clandestinas

 

Vimos que há uma grande procura por esta categoria de selos, bem como por outras temáticas. E, à medida que fomos encontrando páginas correlacionadas com o tema pesquisado, foi surgindo uma infinidade de imagens filatélicas mostrando UFOs e ETs sob todas as formas e para todos os gostos. Isso nos levou a duvidar da autenticidade da maioria desses cromos, pois que eles chegam aos milhares. Sim, descobrimos que existem milhares de imagens ufológicas forjadas que foram impressas em formato de selo postal e são comercializadas na internet, muitas delas, se passando por autênticas.

 

Assim, constatamos que quase totalidade desse vasto material ufofilatético exposto na internet é falsa ou pirateada, vez que se trata de “emissões clandestinas” ou “ilegais”  de selos. Desta maneira, o selo deixa de ser um título do governo ao portador e, se tratando de documento falso, obviamente, nenhum país entregará carta cujo selo afixado não tenha sido emitido legalmente por órgão oficial.

 

Em contato por e-mail, consultamos os Correios de algumas pequenas e distantes nações, as quais, seus cromos inundam o mercado de selos ufológicos na internet. Em pelo menos três casos a autenticidade desses selos foi negada pelos responsáveis, bem como, mostraram desconhecimento da existência de selos oficiais com a temática ufológica por parte dos governos de tais países.

 

Em alguns casos, das respostas que recebemos, os respectivos Correios que supostamente teriam produzido selos mostrando UFOs e ETs nos responderam de forma gentil, mas não esclarecedora. Como os Correios do pequenino San Marino, famoso produtor de selos, nos informando que, “no momento” não possui estoque de selos com UFOs. No entanto, não esclarecem se já teve em estoque ou se os referidos selos que circulam na internet envolvendo estas nações são mesmo originais.

 

Ao aprofundarmos nas pesquisas virtuais, vimos surgir uma enorme quantidade de UFO-selos, supostamente emitidos por países muito pouco conhecidos. Não sabemos informar sobre o valor filatélico de tal material, ou se este existe, tampouco, acerca da autenticidade do material, no entanto, alguns são bastante sedutores aos ufofilatelistas que valorizam belas imagens. Curiosamente, há selos que constam como sendo emitidos por países que não utilizam o alfabeto latino, mas mesmo assim, contêm palavras e frases grafadas em inglês, inclusive, o próprio nome do país que supostamente teria emitido o referido documento.

 

Há diferentes empresas especializadas na comercialização de selos de origem duvidosa na internet. Inclusive, em alguns sites aparece a informação de que determinada peça se trata de uma “cópia escaneada” e não de um cromo original. O valor unitário dessas peças é cotado a partir US$ 4,95, podendo atingir muito mais.

 

Selo supostamente emitido pela República do Tatarstan.

 

Fraudes e pirataria filatélica

 

Na verdade, parece que uma rentável “indústria” da reprodução gráfica tomou conta da produção e comercialização dos selos ufológicos em todo o mundo. Veremos nesse trabalho que esta indústria não opera na filatelia somente produzindo selos sob a temática ufológica, mas também noutras, das mais variadas possíveis.

 

A julgar pela farta gama de cromos ufológicos comercializados pela internet, é provável que mais de 90% desse mercado consistem em fraude ou pirataria, mais ou menos grosseiras. Há casos de falsificações altamente convincentes que enganam até filatelistas tarimbados. Mas há também casos onde os colecionadores adquirem o material já sabendo de pronto que não possui valor filatélico, criando uma espécie de coleção clandestina com imagens de selos que jamais existiram oficialmente.

 

As fraudes se configurariam simplesmente na “criação” de selos sem nenhum valor filatélico e que jamais existiram de verdade, onde o produtor procura inseri-los no mercado como se fossem originais. Nestes casos, tais imagens que exploram a ufologia são puramente obras de artes criadas por um artista gráfico para se passar por UFO-selos autênticos.

 

Desta forma, tudo nos leva a crer que há uma tendência entre alguns produtores em associar a emissão de tais selos, mormente, a pequenos países situados em latitudes adversas do globo. Desta forma, não despertam a atenção e as possíveis sanções legais das organizações de filatelistas e até mesmo das autoridades nacionais.

 

Muitas dessas imagens aparecem no formato de belos cromos e, de fato, são muito bem produzidas e, justamente, por sua beleza estética e gráfica, podem seduzir os simpatizantes num primeiro momento – sobretudo, os mais desavisados. No entanto, é importante salientar que tais materiais não possuem nenhum valor filatélico, tampouco, serão utilizados para o envio de correspondências, já que não foram impressos por uma gráfica oficial. Em alguns casos, a audácia dos falsários desafia o bom senso até dos próprios colecionadores. É que surgem selos com as mesmas imagens, onde muda-se somente o nome do suposto país emissor. Assim, a ilustração de um mesmo selo falsificado, pode aparecer em pretensos selos emitidos por países de continentes diferentes.

 

Já a pirataria, consiste na reprodução não autorizada, através da cópia de selos originais e a sua comercialização sem as devidas restituições autorais. Embora alguns dos sites de comercialização de imagens copiadas apontem que estas são fac-símiles (reprodução do original), é provável que tais comerciantes não detenham a autorização dos governos dos países de origem para a comercialização destas cópias de seus selos postais. Portanto, nesses casos, tais selos são considerados clandestinos, ou “pirateados”, já que, em verdade, nem se tratam de selos, pois não foram emitidos legalmente.

 

Exemplo de emissão ilegal de selos ocorreu com a Rússia em 2002, quando a nação emitiu um comunicado ao Clube Filatélico do Brasil, esclarecendo sobre a emissão de selos clandestinos naquele país, acusado de emissões clandestinas pela União Postal Universal (UPU).

 

Selo da série 'Alien Sighting' que, provavelmente jamais

foi lançado oficialmente pelo governo da Nicarágua.

 

Federação Russa explica falsificações

 

Como sócia da União Postal Universal, a administração postal da Federação Russa informou ao Clube Filatélico do Brasil, que emite selos postais conforme as providências da Convenção Postal Universal e dos regulamentos da “Carta Postal”. Porém, informaram que “apareceram recentemente no mercado filatélico mundial um grande número de emissões postais ilícitas, distribuídas em nome de entidades territoriais oficiais da Federação Russa”.

 

Conforme explica a federação, “estas emissões caracterizam assuntos da moda, como figuras políticas, celebridades, filmes e estrelas de Hollywood, entre outros”. Em seu informe, a administração postal da Federação Russa chama a atenção para o fato de que as regiões em que estes selos foram emitidos “são parte integrante da Federação Russa e que esta não autorizou, em nenhum momento, as emissões, atendendo as providências dos Regulamentos da UPU e da própria legislação da Federação Russa”. Assim, os russos deixam claro que, “todos os selos emitidos em nome de entidades territoriais oficiais da Federação Russa devem ser considerados ilegais. Eles não têm nenhuma conexão com os Correios e não podem ser usados como meios oficiais de indicação de pré-pagamento da taxa postal correspondente”.

 

A Federação Russa informou ainda que estes selos forjados estão sendo emitidos por companhias privadas anônimas que operam fora da Rússia e não têm nenhuma conexão direta com as entidades territoriais oficiais da Federação Russa. A entidade afirmou também que a distribuição de selos postais ilegais tem sérias implicações morais e causam forte dano econômico à Federação Russa. Além disso, para a federação, “o ocorrido desacredita o serviço postal russo aos olhos da comunidade filatélica mundial e acaba por levar os colecionadores a evitarem, não só o material ilegal, mas também as emissões perfeitamente legais do serviço postal da Federação Russa”.

 

Revista italiana de filatelia aborda o tema.

 

União Postal Universal combate ilegalidades

 

A União Postal Universal (UPU - Universal Post Union), sediada em Berna, Suíça, informa que “vem durante os últimos anos alertando as administrações postais associadas, bem como a imprensa filatélica sobre os vários artigos (emissões ilegais) que são postos à venda ao público em geral que ao adquirir tal material não desconfia do fato de serem selos postais ilegitimamente emitidos”.

 

Segundo a entidade, “os esforços da UPU não vem sendo relatados como deveriam, no âmbito dos colecionadores e com isso o comércio em emissões de selos ilegais continua crescendo”. A entidade elaborou uma lista com dezenas de países denunciados por emissões ilegais de selos, correspondentes às notificações emitidas pela UPU nos últimos anos.

 

Vale dizer que, mesmo que a emissão clandestina ou fraudulenta de selos envolva pequenos e exóticos países das mais distintas plagas, é possível que a produção de material ilegal esteja localizada em grandes nações do globo. Portanto, ainda que haja sanções por parte dos filatelistas contra países supostamente emissores de selos falsos, é provável que os mesmos tenham apenas seus nomes utilizados pelos falsificadores e que suas autoridades desconheçam por completo a emissão de tais selos, exatamente como vimos no caso envolvendo a Federação Russa.

 

Sob qualquer temática, somente por sua exuberância na impressão gráfica, um selo não pode ser considerado original, ainda que haja informações oficiosas que procurem mostrar o contrário. Conforme já mencionamos, o primeiro indício para descobrir se tais selos são mesmo autênticos, é observar se estão grafados em seus respectivos idiomas locais e não em inglês. Outras características também devem ser observadas, inclusive, checando junto aos departamentos emissores, se tais documentos foram emitidos licitamente e se são reconhecidamente autênticos.

 

Nossa sugestão, portanto, é que nenhum colecionador adquira qualquer selo ufológico sem se assegurar de sua autenticidade, caso contrário, poderá perder dinheiro ao obter material sem nenhum valor filatélico ou comercial.

 

Apêndice: Clique aqui para ver algumas imagens de UFO-selos que selecionamos.

 

* Pepe Chaves é editor dos portais Via Fanzine e UFOVIA.

 

- Imagens: vide fontes bibliográficas.

 

- Clique aqui para ver algumas imagens de UFO-selos que selecionamos.

 

- Bibliografia:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/ufoturismo.htm

http://www.forteantimes.com/

http://www.strangepersons.com/content/item/130768.html

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http://www.espacelollini.com/cat/ufoUS.php

http://magnus-z.livejournal.com/19630.html

http://www.maldivespost.com/

http://www.inpubr.com.br/selos.htm

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/ufo_colecao.htm

http://store.coolstamps.com/endeavor/product/12965.html

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http://stamp-search.com/images/tan9925ss2-ufo-arnold.jpg

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http://themes.common-space.net/category/currency-postage

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http://cuun.i2ce.com/misc/shagHarbourMuseum/index.htm

http://www.forteantimes.com/features/articles/528/the_stamp_collectors_guide_to_the_galaxi.html

http://www.clubefilatelicodobrasil.com.br/

http://www.clubefilatelicodobrasil.com.br/artigos/eilegais/info1.htm

http://www.upu.int/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Selo_postal

 

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