Violência:
Preso é resgatado em hospital e um morre
Secretaria do Rio foi avisada sobre plano de resgate em hospital.*
Mais de 20 homens armados invadiram o Hospital Souza Aguiar, mataram
filho de oficial da Marinha
e resgataram bandido. Alerta sobre operação foi dado na quinta, mas não
houve reforço no
policiamento.
"Fat Family", acima, em foto no hospital feita por parentes:
não
havia controle nas visitas ao criminoso, que acabou facilmente
resgatado.
Leia também:
Últimos destaques de Via Fanzine
Mais de 20 bandidos armados com fuzis, pistolas e granadas invadiram o
Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, e resgataram o
traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, na madrugada
deste domingo. Irmão de Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My
Thor, um dos maiores líderes da facção Comando Vermelho (CV), o
criminoso havia sido preso na tarde do dia 13, por agentes da Delegacia
de Combate às Drogas (Dcod), no Morro Santo Amaro, no Catete, Zona Sul
da cidade.
No cerco, acabou baleado na cabeça e levado para o hospital. Na
quinta-feira passada, a Polícia Civil avisou ao Centro Integrado de
Comando e Controle (CICC) da secretaria de segurança pública que havia
um plano para resgatar o traficante. Nada foi feito. Na noite passada, o
preço da omissão foi trágico. Ronaldo Luiz Marriel de Souza, filho de um
oficial da Marinha que estava na unidade esperando atendimento morreu, e
um PM e um enfermeiro foram baleados.
Dois policiais militares apenas faziam a escolta do bandido. O alerta
dado pela Polícia Civil foi emitido pouco depois das 20 horas da última
quinta-feira, dia 15, como 'informação A1', que na classificação de
órgãos de segurança significa de 'alto nível de credibilidade'. De
acordo com mensagens trocadas em grupos de policiais, às quais o site de
Veja teve acesso, além do CICC, o aviso de que o plano de resgate estava
sendo estudado partiu da Dcod e também foi repassado ao Cecopol (Centro
de Comunicações e Operações Policiais) e à Assinpol (Serviço de
Inteligência da Polícia Civil). Em seguida, a informação foi para a
Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da secretaria de Segurança e para
a cúpula da Polícia Militar, que é a responsável pela custódia de
criminosos hospitalizados.
Segundo testemunhas, os bandidos chegaram em pelo menos quatro carros
por volta das 3h e renderam o dono de uma barraca de doces. Ele foi
feito de escudo humano. Logo que invadiram o hospital atirando e
arremessando granadas, os criminosos foram em direção ao sexto andar,
onde Fat Family estava internado. Com uma enfermeira feita de refém,
eles chegaram à sala onde o traficante estava internado. Para se ter
ideia da falta de controle sobre quem o visitava, várias fotos feitas
com telefones celulares de visitantes começaram a pipocar nas redes
sociais nos últimos dias.
Os bandidos deixaram um rastro de violência no hospital de referência no
atendimento de emergência da cidade que vai ser a sede da Olimpíada
daqui a 45 dias. Detalhe: a unidade fica a cerca de um quilômetro do
Batalhão de Choque da PM e da sede da Polícia Civil, e a 500 metros do
prédio da secretaria de segurança, onde trabalha diariamente o
secretário José Mariano Beltrame.
* Informações de Leslie Leitão/Veja/Abril.
19/06/2016
- Foto: VEJA.com/Reprodução.
* * *
Hackers:
Estupradores na mira do Anonymous
Anonymous promove caça a envolvidos em estupro coletivo no Rio.*
Ilustração de Benjamin Mary (1792-1846), pintor, desenhista e primeiro
embaixador da Bélgica no Brasil, onde viveu de 1834 a 1838.
Leia também:
Últimos destaques de Via Fanzine
Em nota divulgada por meio do Facebook, o coletivo de hackers Anonymous
declarou estar buscando identificar os estupradores que coletivamente
violaram uma menina de 16 anos no último fim de semana. O crime ocorreu
no morro São José Operário, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A vítima
foi estuprada por 33 homens.
No post, o coletivo afirma estar "totalmente dedicado na [sic]
identificação e localização dos envolvidos" no caso. Não apenas os
estupradores, mas "Qualquer um que apoie, divulgue, seja conivente,
assista, compartilhe ou simplesmente que não aceite o fato de que o
único culpado pelo estupro é o próprio estuprador será visto por
Anonymous também como inimigo".
O coletivo afirma que pretende identificar e expor os envolvidos no
caso. Segundo o grupo "Anonymous é um coletivo que luta por liberdade",
e "Qualquer pessoa que se coloque contra nosso ideal é considerada nosso
inimigo".
Após o estupro, os estupradores filmaram um vídeo ao lado do corpo da
vítima e divulgaram-no em redes sociais. Por meio das imagens, a Polícia
Civil já conseguiu identificar quatro dos envolvidos, dos dois quais
também seriam os responsáveis pela divulgação do vídeo nas redes.
Manifestações em apoio à vítima e contra a cultura do estupro devem
acontecer em diversas capitais do país nos próximos dias. No dia 1 de
junho, as mulheres devem ir às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte às 16h.
* Informações de Olhar Digital.
27/05/2016
- Foto: Anonymous/reprodução. |