Segurança Pública:
Polícia Militar lança projeto Segurança Comunitária*
Ação visa aproximar o trabalho policial da população por meio
de bases móveis e reduzir ainda mais os índices de criminalidade.
O projeto foi apresentado nessa quarta-feira (24/5) pelo
comandante-geral da PM,
coronel Helbert Figueiró de Lourdes, para empresários e entidades de
classe de diversos setores,
durante reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg).
Leia também:
Últimos destaques de Via Fanzine
A atuação setorizada da Polícia Militar de Minas Gerais é a mais nova
estratégia da instituição para combater e reduzir ainda mais os índices
de criminalidade no estado. O projeto Segurança Comunitária será
iniciado em Belo Horizonte e prevê uma maior aproximação do trabalho da
PM junto ao cidadão e a comunidade, aumentando a sensação de segurança e
o trabalho de patrulhamento da cidade.
O projeto foi apresentado nessa quarta-feira (24/5) pelo
comandante-geral da PM, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, para
empresários e entidades de classe de diversos setores, durante reunião
na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
A ação integra o Programa Mais Segurança, criado pelo governador
Fernando Pimentel, e já realizou uma série de investimentos na segurança
pública em toda Minas Gerais, permitindo, após seis anos, a redução do
número de crimes violentos no estado.
O Segurança Comunitária, principal ação da segunda etapa do Mais
Investimentos, prevê a divisão da capital mineira em 86 territórios,
onde serão instaladas bases comunitárias, constituídas por uma van,
equipada com câmeras de videomonitoramento, rádios digitais e
equipamentos de segurança.
Nelas, também serão realizadas o registro de ocorrências, por meio de
sistemas informatizados. Além disso, cada uma das bases contará com duas
motocicletas – no total serão 172 – para o patrulhamento da região e
atendimento de ocorrências. Todo o trabalho soma-se ao serviço de
radiopatrulhamento já realizado na capital.
A expectativa é de que, até o próximo mês de agosto, o Segurança
Comunitária esteja em ação em todas as regiões de Belo Horizonte.
O coronel Helbert destacou a importância da implementação do projeto,
que irá potencializar o trabalho e o tempo de resposta da polícia. Com a
divisão dos setores, a cada quatro quilômetros haverá uma base
comunitária da PM. “Essas bases ocuparão 86 pontos selecionados
estrategicamente em Belo Horizonte, pontos esses de maior circulação de
pessoas, maior índice de criminalidade e de maior visibilidade”,
explica.
“É
um conjunto de ações que o Governo do Estado tem adotado com o objetivo
de devolver ao cidadão mineiro melhores condições de segurança, maior
tranquilidade para trabalhar e lazer. Temos a convicção que estamos no
caminho certo e que, no final de 2017 e em 2018, estaremos oferecendo ao
estado condições de segurança extremamente mais favoráveis”, afirma o
comandante-geral da PMMG.
A segurança, segundo o coronel Helbert, é fundamental na atração de
investimentos em Minas Gerais. “A segurança pública é um instrumento de
proteção do sistema econômico do nosso estado. Quando o estado está em
estabilidade em termos de segurança pública, ele também oferece uma
sustentabilidade ao seu sistema econômico em todas as vertentes de
atuação, seja na indústria, no comércio, no entretenimento, no lazer. A
segurança favorece isso”, finaliza.
Números e ações
Entre os investimentos já realizados na primeira etapa do programa Mais
Segurança está a ampliação do número de policiais no estado. Mil novos
policiais foram destinados para o trabalho na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, enquanto outros 1.800 foram designados para o trabalho
no interior. Mais de 1.400 novas viaturas foram entregues para o
trabalho em todas as regiões de Minas Gerais. Além disso, a
digitalização da rede de rádio da PM também garantiu maior segurança,
qualidade e cobertura para o trabalho.
Novos investimentos estão previstos em outras etapas do Programa Mais
Segurança, mas as primeiras ações já começaram a gerar resultados
positivos. O principal deles é a diminuição dos índices de criminalidade
em toda Minas Gerais.
Pela primeira vez nos últimos seis anos as estatísticas de roubo em
Minas Gerais e em Belo Horizonte apresentaram queda. Na comparação do
dos quatro primeiros meses de 2017 a igual período de 2016, a redução no
número de roubos foi de 4,6%, no estado, e de 13,8% na capital. Já o
número de vítimas de homicídio caiu 4,3%, no estado, e 22,8% em Belo
Horizonte.
A reversão na curva dos índices de roubo em Minas Gerais começou a
acontecer em fevereiro de 2016, com a diminuição dos índices de
crescimento, e foi modificada neste ano. Avaliando a variação alcançada
na comparação dos roubos, de abril do ano passado com este ano, de
15,7%, chega-se ao melhor percentual dos últimos 64 meses.
Dos 12 crimes violentos acompanhados mensalmente pela Secretaria de
Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio do Observatório de
Segurança Pública Cidadã, há redução, no estado em 11 deles, como o
homicídio consumado e tentado, lesão corporal, sequestro e cárcere
privado.
Na capital há queda em nove dos 12 crimes monitorados, com destaque para
a redução de 44,4% dos registros de extorsão mediante sequestro, 37% dos
sequestros e cárceres privados, 24,8% dos registros de homicídio tentado
e 22,75% das vítimas de homicídio consumado.
* Informações
da Agência Minas.
26/05/2017
- Foto: Omar
Freire/Imprensa MG.
* * *
Reciclagem:
Bióloga mineira transforma bitucas
de cigarro em porta-copos*
Ela coletou manualmente as bitucas pelas ruas da capital mineira e
também disponibilizou um coletor em alguns bares, onde os fumantes
poderiam fazer o descarte do resto do cigarro após o consumo.
Bárbara Sales, de 26 anos, apresentou seu trabalho durante a 7ª
ExpoCatadores, em Belo Horizonte.
Leia também:
Últimos destaques de Via Fanzine
A bióloga Bárbara Sales, de 26 anos, vem desenvolvendo uma pesquisa para
transformar as bitucas de cigarro em porta-copos. Ela apresentou seu
trabalho durante a 7ª ExpoCatadores, em Belo Horizonte. O evento,
organizado pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais
Recicláveis (MNCR), começou no dia 28 e terminou no dia 30.
Atualmente trabalhando como educadora ambiental no Instituto Inhotim,
Bárbara começou seu estudo, como projeto de final de curso, no Centro
Universitário Newton Paiva. Ela coletou manualmente as bitucas pelas
ruas da capital mineira e também disponibilizou um coletor em alguns
bares, onde os fumantes poderiam fazer o descarte do resto do cigarro
após o consumo.
Por meio de testes e de revisão bibliográfica, a bióloga estabeleceu um
processo de reciclagem. "Eu deixei as bitucas de molho em um componente
químico por cerca de sete dias. Em seguida, o material foi submetido a
um cozimento a 200 graus e virou uma massa. Depois, há um processo para
deixar as partículas mais homogêneas, a secagem e a confecção do
porta-copo", explica.
De acordo com levantamento da publicação Tobacco Atlas, da Organização
Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,8 trilhões de cigarros foram
consumidos em todo o mundo em 2014. O Brasil é apontado como o maior
mercado latino-americano do produto. Diante desse cenário, o objetivo de
Bárbara é promover a conscientização ambiental dos fumantes. "Eu pensei
no porta-copo por um raciocínio simples. O público fumante geralmente
frequenta bares. Se esses bares e restaurantes oferecerem um produto
feito a partir do resto do cigarro que ele consome, esse público pode se
conscientizar e parar de jogar as bitucas nas ruas de forma inadequada".
Ainda sem patrocínio para a pesquisa, Bárbara conta com o apoio do
Centro Universitário Newton Paiva, que lhe empresta os laboratórios
mesmo ela já tendo concluído a graduação. Sua pesquisa está agora
entrando na fase de análises químicas para verificar se ainda há toxinas
no porta-copo e como retirá-las. Ela também está fazendo testes com
outros reagentes para chegar a um produto final com mais resistência e
capacidade de absorção. A expectativa é de que o porta-copo possa,
futuramente, se tornar mercadoria e ser comercializado com os bares.
A iniciativa de reciclar bitucas não é inédita no Brasil. No Instituto
de Artes da Universidade de Brasília (UnB), já existe uma pesquisa com
resultados cujo objetivo é transformar os restos do cigarro em papel e,
consequentemente, em cartões, convites de festas e outros produtos de
papelaria. O projeto obteve a parceria de um empreendedor da cidade de
Votorantim (SP) que abriu, em março deste ano, uma usina na cidade
paulista para a reciclagem de bitucas.
A Rede Papel Bituca, gerida pelo Instituto SOS - Sistemas Organizados
para a Sustentabilidade - atua na capital paulista e também transforma o
resto do cigarro em papel. A iniciativa desenvolve ainda ações de
conscientização pelo descarte correto em shows. Segundo estimativa da
Rede Papel Bituca, cerca 34 milhões de bitucas são descartadas
diariamente nas ruas da Grande São Paulo. Cada uma delas demoraria em
média quatro anos para decomposição, gerando problemas ambientais em
metrópoles, florestas e campos.
* Informações de Leo Rodrigues /Agência Brasil.
05/12/2016
- Foto Leo Rodrigues/Agência Brasil.
* * *
Mobilidade:
Barão com Raja revelando o tamanho
dos engenheiros da PBH
Este é apenas um dos mais de 150 gargalos que consomem tempo,
combustível gerando poluição, paciência e saúde da população.
Por José Aparecido Ribeiro*
De Belo Horizonte-MG
Para Via Fanzine
13/09/2016
Querem que o povo ande a pé ou de bike, nos morros da capital
das alterosas debaixo do sol escaldante de 30 graus.
Leia também:
Últimos destaques de Via Fanzine
O cruzamento de Av. Raja Gabaglia com avenida Barão Homem de Melo é o
retrato dos homens que nos governam. Embora a topografia esteja gritando
para que uma obra decente de engenharia seja feita ali para minimizar o
martírio quem entra e sai do bairro mais populoso de BH, eles seguem
fingindo de mortos, alheios ao sofrimento de milhares de motoristas e
passageiros do transporte coletivo. Acho até que eles não querem ter
trabalho, acomodaram-se, não são cobrados, nobremente metas, não ouvem a
população e seguem cegos. Lembro que a sede da BHTrans é logo ali,
debaixo do bigode deles.
Este é apenas um dos mais de 150 gargalos que consomem tempo,
combustível gerando poluição, paciência e saúde da população.
Sorte deles e azar nosso é que a turma do deixa disso, composta por
urbanistas que moram aqui, mas vivem com a cabeça na Europa, continuam
dizendo que o problema é do excesso de carros nas ruas. Continuam
esperando um arrebatamento dos carros e seus condutores. Querem que o
povo ande a pé ou de bike, nos morros da capital das alterosas debaixo
do sol escaldante de 30 graus.
Isso é a realidade, veja a foto anexa.
* José Aparecido Ribeiro é membro da Ong SOS Mobilidade Urbana.
- Foto: Divulgação.
|