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Sul de Minas
São Tomé das Letras: Prefeita nega informações e é cassada A prefeita Marisa Maciel de Souza foi investigada por uma Comissão Processante legislativa durante três meses.
Por Pepe Chaves* De S.T. das Letras-MG Para Via Fanzine 27/02/2018
O vice Tomé Alvarenga tomou posse no dia seguinte, sábado, 24/02, na Câmara Municipal. Leia também: Outros destaques em Via Fanzine
A prefeita de São Tomé das Letras, Marisa Maciel de Souza (PT) teve seu mandato cassado, por ter deixado de atender 17 pedidos de informações. O vice-prefeito Tomé Reis Alvarenga (MDB) assumiu o Executivo local.
Marisa Maciel de Souza foi cassada pela Câmara Municipal, na reunião legislativa extraordinária, realizada na sexta-feira, 23/02. Foram seis votos a favor da cassação e três contra. O vice Tomé Alvarenga tomou posse no dia seguinte, sábado, 24/02, na Câmara Municipal.
A prefeita foi investigada por uma Comissão Processante da Câmara durante três meses. De acordo com esta comissão, a prefeita teria deixado de responder a 17 requerimentos do Legislativo, contrariando assim, uma lei federal, motivo pelo o qual seu mandato teria sido cassado.
Tais requerimentos de informações envolviam prazos para entrega de obras, colocação de placas na cidade e até nomes de chefes de departamento. A prefeita Marisa Maciel de Souza afirma que teria respondido a cinco dos 17 requerimentos enviados pelos vereadores.
A voz do povo
Na cidade, a decisão do Legislativo divide opiniões. Nossa reportagem falou com algumas pessoas expressaram alívio e sentimento de justiça com o afastamento da prefeita e outros, outros expressam consternação, chamando de “golpe” a votação extraordinária do Legislativo, que cassou o mandato da prefeita.
Pelas ruas e na Praça da Matriz de São Tomé, ouvimos pessoas favoráveis à prefeita afirmar que a decisão de cassar o seu mandato se deu por motivos políticos. Alguns colocam os vereadores que votaram a favor da cassação como “traidores” e afirmam que a cassação foi um “golpe” contra a chefe do Executivo. Para estes, o fato de ela não responder a todos os requerimentos de informações não seria motivo suficiente para a cassação do seu mandato.
Nossa reportagem também ouviu outros populares, estes, descontentes com a prefeita Marisa Maciel de Souza, apoiam à cassação. Um cidadão nos disse que, depois de eleita, a prefeita não costumava receber as pessoas, ou sequer ouvir as reivindicações e por isso, achou natural o fato de ela não responder os requerimentos.
MPMG quer Concurso Público
Além da cassação, outra questão que tem sido bastante abordada na cidade tem sido sobre a não realização de concurso público pela prefeitura. Alguns cidadãos nos afirmaram que a prefeita teria feito diversas nomeações de cargos comissionados e assim, deixado de realizar concursos públicos, o que desagradou grande parte da comunidade. Recentemente, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obrigou o Executivo de São Tomé das Letras a realizar concurso público, destituindo todos detentores dos cargos comissionados.
Por sua vez, essa destituição dos cargos desagradou aos servidores municipais não concursados e esta questão mexeu com os brios da cidade, abrindo calorosas e polêmicas discussões. Uma licitação foi aberta para a contratação da empresa que realizará o concurso, mas ainda não há informações oficiais sobre a sua realização.
* Pepe Chaves é jornalista e editor do diário digital Via Fanzine e da ZINESFERA.
- Foto: Karen Parada/Ascom Prefeitura STL.
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