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Reentrada:

Satélite GOCE vai cair nos próximos dias

Depois de trabalhar por quatro anos na órbita da Terra, o Satélite GOCE (ESA)

 perde altitude e atividade solar pode acelerar sua queda na superfície.

Da Redação*

Via Fanzine

BH-02/11/2013

 

O satélite Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer (GOCE)

está em queda e deverá atingir local incerto da superfície.

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Satélite em queda

 

Complicações no sistema de propulsão iônica do satélite Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer (GOCE), da Agência Espacial Européia (ESA), propiciam a sua reentrada na atmosfera, após executar mapeamentos precisos sobre a gravidade terrestre e suas anomalias.

 

O satélite GOCE foi lançado em 17 de março de 2009, do cosmódromo de Plesetsk, a 800 km ao norte de Moscou, Rússia. Seu objetivo foi produzir um mapa de alta resolução do globo terrestre, considerando as anomalias gravitacionais.

 

As leituras de alta-fidelidade do GOCE foram obtidas por um instrumento gradiômetro, usado para detectar a gravidade eletrostática, medindo com precisão sem precedentes todo o campo gravitacional da Terra.

 

Para tanto, a sonda precisou ser operada a uma altitude orbital muito baixa, inferior a 270 quilômetros. Nessa altitude, a fina atmosfera da Terra provoca um arrasto perceptível na nave espacial – o que exige do veículo um sistema de propulsão para se manter constantemente dentro da sua órbita.

 

O sucesso das medições gravitacionais ultraprecisas do GOCE depende de um controle muito acertado, entre sua órbita e velocidade. O empuxo de seu sistema propulsor deve ser exatamente o necessário para compensar a pequena resistência aerodinâmica produzida pela atmosfera à altitude da órbita do satélite.

 

A estabilização de sua altitude era obtida por meio da ejeção de íons de xenônio, mas depois de quatro anos no espaço, o seu combustível acabou, deixando o artefato na alta atmosfera, à mercê do arrasto.

 

Agora o GOCE está em posição de queda e se aproximando da marca de 200 quilômetros de distância da Terra, durante estes primeiros dias de novembro. Numa lenta descida rumo à densa atmosfera, sua velocidade de decaimento deverá aumentar à media em que se torna mais baixa a sua altitude. No geral, o GOCE perdeu altitude de aproximadamente 19 quilômetros, desde que a propulsão elétrica foi interrompida em 21/10.

 

Esse satélite carrega um sistema de propulsão iônica que ejeta íons de xenônio em velocidades elevadas para compensar a decadência orbital natural. Agora, após mais de quatro anos em órbita, o xenônio se esgotou. Sem as doses de propulsão, o GOCE já não pode manter-se em órbita e sua queda é esperada para dentro de duas ou três semanas. O satélite que pesa 1.100 quilos poderá cair em um ponto indefinido durante a sua trajetória até a superfície.

 

O arrasto atmosférico atuando sobre o veículo aumentou sua velocidade para mais de 15 Millinewtons - para se ter referência, durante a missão, o sistema de propulsão tinha para fornecer cerca de 5 a 8 Millinewtons de empuxo para uma navegação livre. Apesar disso, o GOCE ainda mantém um bom desempenho de suas atividades espaciais.

 

Gráfico mostra decaimento do satélite, provavelmente,

na segunda quinzena desse mês de outubro.

 

Velocidade e previsão da reentrada

 

A velocidade exata do decaimento orbital depende do estado atual do ambiente que irá se expandir e contrair-se como resultado da recente atividade solar. Uma vez atingindo a atmosfera densa, o GOCE vai sentir os efeitos da reentrada. A altitude exata do início da reentrada dependerá das condições atmosféricas. 

 

Normalmente, começa a reentrada destrutiva ocorre a uma altitude de 120 a 100 quilômetros, quando o satélite estará num rápido mergulho nas camadas densas da atmosfera. Uma vez que o GOCE atinja a densa atmosfera, o atrito fará com que ele se aqueça e as forças aerodinâmicas que ocorrem nessas altas velocidades levarão o satélite ao rompimento e desintegração.

 

Com suas asas e formato aerodinâmico, espera-se que GOCE irá manter uma posição estável na órbita ao se aproximar da entrada. Durante a reentrada, provavelmente, o satélite permanecerá nessa posição durante a fase inicial de reentrada até que se rompa. Após a destruição da nave, a maioria dos seus componentes não deve causar danos, pois deverão se queimar na atmosfera.

 

No entanto, sabe-se que cerca de 20 a 40% da massa total do satélite, após a reentrada deverão atingir a superfície da Terra. Será difícil obter uma previsão do tempo e a localização da decadência orbital, pois dependerá de uma série de fatores variáveis ​​que devem ser considerados. As primeiras estimativas serão disponibilizados alguns dias antes da reentrada, podem conter uma grande margem de erro, pela dificuldade de se encontrar a localização exata da queda. 

 

* Com informações da ESA e Space Flight, com tradução de Pepe Chaves.

 

- Imagens: ESA e Heavens-Above.

 

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