Literatura

Lançamento:

Joaquim Fernandes lança ‘Moradas Celestes...’

Trabalho inclui ideias nucleares que afetam toda a trajetória da cultura e da

ciência ocidental e que foram precocemente anunciadas ou pensadas em Portugal.

Da Redação*

 ASTROVIA

BH-18/03/2014

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O professor universitário e pesquisador português, Joaquim Fernandes, anunciou a publicação do seu novo livro nas redes sociais nesta semana. Sob o título, “Moradas Celestes. O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa (séculos XVII-XIX)” (Âncora Editora, Lisboa, 2014), esse trabalho revela alguns fatos históricos ocorridos em Portugal, bem antes da consagração científica mundial.

Falando com Via Fanzine, Fernandes sintetizou sobre o seu novo trabalho, “Descrevo pela primeira vez as visões e leituras das elites intelectuais portuguesas sobre o nosso lugar no Cosmos, de par com as representações dos ‘Outros’ eventuais habitadores dos ‘outros mundos’. No conjunto desta investigação estão dados inéditos sobre fatos pioneiros na história da Astronomia enunciados por intelectuais portugueses dos séculos XVII ao XIX”, declarou o professor.

Alguns dos tópicos abordados em “Moradas Celestes...”

1 - A ideia da "gravitação universal" proposta pelo médico lisboeta António Luís em 1540, mais de um século antes de Isaac Newton (1687).

2 - A ideia defendida pelo padre Antônio Vieira, que no século XVII não acreditou que o céu fosse azul bem antes de a primeira explicação científica fundamentada para tal fato, pelo físico inglês John Tyndall (1820-1893).

3 - A intuição do clérigo teatino Rafael Bluteau (1638-1734) que antecipou a existência dos satélites de Marte, descrita por Jonathan Swift, em 1727, nas famosas "Viagens de Gulliver", a exatos 161 anos antes de sua verificação por telescópio pelo norte-americano Asaph Hall.

4 – A ousada hipótese do jesuíta Inácio Monteiro, consagrado matemático que, se colocando contra todos os padrões religiosos da sua época, imaginou possível a existência, algures no Universo, de outros seres inteligentes distintos da matriz de Adão, ou seja, humanos. 

5 - A fantástica tese espírita, precoce no Ocidente europeu e em Portugal, da tese da reencarnação e da metempsicose enunciada pela Marquesa de Alorna, a poetisa Leonor de Almeida (1750- 1839), na sua obra poética, e que sonha peregrinar, de “estrela em estrela”, depois de deixar este mundo.

O trabalho inclui ideias nucleares que afetam toda a trajetória da cultura e da ciência ocidental e que foram precocemente anunciadas ou pensadas em Portugal.

A obra será apresentada por Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronômico de Lisboa, no dia 27/03, às 18h30, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa, Portugal.

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- Foto: Divulgação/Âncora Editora.

- Produção: Pepe Chaves

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