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 Estação Espacial Internacional - ISS

 

Crise no espaço:

Rússia não vai prolongar vida útil de Estação Espacial

Em resposta às sanções dos EUA, Rússia anuncia que não vai

prolongar a vida útil da Estação Espacial depois de 2020.

 

Da Redação*

ASTROVIA

BH-14/05/2014

 

Até agora, Washington e Moscou têm sido capazes de manter a cooperação,

pelo menos em matéria de espaço, apesar das diferenças em termos de política externa.

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Como já havia sido esboçado, o confronto entre a Rússia e os EUA na crise da Ucrânia atingiu o espaço e pode ocasionar decisões irreversíveis em breve. Moscou anunciou nesta semana que não vai apoiar o prolongamento da vida útil da Estação Espacial Internacional (ISS) além da data original de 2020. Os Estados Unidos pretendem estender a vida útil da estação até 2024.

 

O vice primeiro ministro russo, Dmitry Rogozin, fez este anúncio em resposta às sanções americanas impostas às empresas russas pelo posicionamento de Moscou no conflito ucraniano.

 

Até agora, Washington e Moscou têm sido capazes de manter a cooperação, pelo menos em matéria de espaço, apesar das diferenças em termos de política externa. No caso da Estação Espacial Internacional esta aliança é fundamental para os Estados Unidos, uma vez que a nave russa Soyuz é o único veículo para transportar astronautas até a estação espacial.

 

A NASA está desenvolvendo em parceria com as empresas SpaceX e Orbital Sciences veículos de carga que operam no transporte de equipamentos, alimentos, equipamentos científicos e astronautas entre a Terra e a Estação Espacial. Mas, até o momento, este veículos não estão aptos para transportar tripulação.

 

O projeto da Estação Espacial Internacional envolve 15 países e Washington gostaria de mantê-lo por pelo menos mais dez anos, o que significa uma adição de 48 meses inicialmente acordados. Atualmente, a Estação Espacial pode acomodar até sete astronautas permanentemente.

 

Esta crise espacial vem no momento em que a NASA está trabalhando em missões de exploração de longa duração, o que exigirá dos astronautas o cultivo de alimentos durante as suas viagens.

 

Estações de GPS nos EUA

 

Moscou também anunciou a suspensão da operação das estações de GPS norte-americanas no seu território. Em junho, Moscou deverá paralisar operações em onze estações GPS americanas que estão na Rússia. É uma "vingança" dos russos à rejeição por parte dos Estados Unidos à instalação de estações de sinais de correção para o sistema de navegação por satélite russo, o GLONASS, operando em solo dos EUA.

 

Se não houver acordo nos próximos meses, em 1º de setembro o funcionamento destas estações "será permanentemente banido". Isto foi dito por Rogozin, que na semana passada esteve pessoalmente envolvido no confronto Moscou/Ucrânia. Rogozin também está no comando da indústria espacial russa e da Defesa.

 

Além disso, o governo russo vai proibir motores de foguetes americanos usados de fabricação russa RD-33 e NK-180 para uso militar. Os Estados Unidos usam este motor para colocar seus satélites militares em órbita.

 

Os EUA não vão jogar a toalha

 

Os EUA minimizaram a situação, ao responder o anúncio russo. "Tivemos uma longa cooperação no nosso programa espacial com o dos russos e esperamos que continue. Nós continuamos a cooperar em uma série de questões", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki durante um recente pronunciamento diário.

 

Psaki disse que existem materiais do mesmo tipo e que os dois países podem compartilhar no futuro, disse. “É nossa esperança continuar a trabalhar com os russos nesta questão", afirmou ele.

  

* Com informações de El mundo.

 

- Imagem: Divulgação

 

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